Para quem gosta realmente de amizade, de aprender e adquirir conhecimentos
Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um macaco de barbas brancas.
- Esta peste é um castigo do céu – respondeu o macaco – e o remédio é aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? – perguntou o leão.
- O mais carregado de crimes.
O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É…
Adicionado por Patrizia Gardona em 27 janeiro 2021 às 7:00 — Sem comentários
Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim.
Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada.
Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a…
Adicionado por Patrizia Gardona em 26 janeiro 2021 às 9:00 — Sem comentários
De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?
Bom,…
Adicionado por Patrizia Gardona em 25 janeiro 2021 às 8:00 — Sem comentários
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas.
Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um…
Adicionado por Patrizia Gardona em 24 janeiro 2021 às 8:00 — Sem comentários
Numa cidade há um milhão e meio de pessoas, noutra há outros milhões; e as cidades são tão longe uma da outra que nesta é verão quando naquela é inverno. Em cada uma dessas cidades há uma pessoa, e essas pessoas tão distantes acaso pensareis que podem cultivar em segredo, como plantinha de estufa, um amor a distância? Andam em ruas tão diferentes e passam o dia falando línguas diversas; cada uma tem em torno de si uma presença…
Adicionado por Patrizia Gardona em 23 janeiro 2021 às 8:30 — Sem comentários
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão.
É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se…
Adicionado por Patrizia Gardona em 22 janeiro 2021 às 9:30 — Sem comentários
É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é…
Adicionado por Patrizia Gardona em 21 janeiro 2021 às 9:30 — Sem comentários
Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma
A esta tortura de homem e de artista:
Desdém pelo que encerra a minha palma,
E ambição pelo mais que não exista;
Esta febre, que o espírito me encalma
E logo me enregela; esta conquista
De ideias, ao nascer, morrendo na alma,
De mundos, ao raiar, murchando à vista:
Esta melancolia sem remédio,
Saudade sem razão, louca…
Adicionado por Patrizia Gardona em 20 janeiro 2021 às 8:30 — Sem comentários
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as…
Adicionado por Patrizia Gardona em 19 janeiro 2021 às 10:30 — Sem comentários
Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou.…
Adicionado por Patrizia Gardona em 18 janeiro 2021 às 9:00 — Sem comentários
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que…
Adicionado por Patrizia Gardona em 17 janeiro 2021 às 10:30 — Sem comentários
Dois horizontes fecham nossa vida:
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro, —
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais.
O gozo do amor,…
Adicionado por Patrizia Gardona em 16 janeiro 2021 às 11:30 — Sem comentários
Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas.
Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir.
É um começo de sabedoria, e dói.
Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido.
Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta…
Adicionado por Patrizia Gardona em 15 janeiro 2021 às 7:00 — 1 Comentário
Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito.
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.
Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas.
Ele falou, com simplicidade:
"no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo".
Colocou em mim…
Adicionado por Patrizia Gardona em 11 janeiro 2021 às 9:30 — Sem comentários
Aceitarás o amor como eu o encaro?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar,…
Adicionado por Patrizia Gardona em 10 janeiro 2021 às 10:30 — Sem comentários
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme,…
Adicionado por Patrizia Gardona em 9 janeiro 2021 às 10:00 — Sem comentários
Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece.
Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um…
Adicionado por Patrizia Gardona em 8 janeiro 2021 às 11:00 — Sem comentários
"Humano, vejo que está chorando porque chegou meu momento de partir. Não chore, por favor, quero te explicar algumas coisas. Você está triste porque eu fui embora, e eu estou feliz porque te conheci. Quantos, como eu, morrem diariamente sem ter conhecido alguém especial?
Os animais às vezes passam tanto tempo sozinhos a nossa própria sorte. Só conhecemos o frio , a sede, o perigo, a fome. Temos que nos preocupar em como…
Adicionado por Patrizia Gardona em 7 janeiro 2021 às 10:30 — 3 Comentários
Adicionado por Patrizia Gardona em 31 dezembro 2020 às 11:00 — 3 Comentários
E foi então que apareceu a raposa:
__Bom dia, disse a raposa.
__Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
__Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa, disse a raposa.
__Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
__Eu não posso brincar contigo, disse a…
Adicionado por Patrizia Gardona em 5 outubro 2020 às 10:00 — Sem comentários
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