O Dever é Semear (Lucius)
— Não nos permitamos abater diante das tarefas que nos esperam na semeadura geral, quando deveremos espalhar sementes sobre todos os tipos de solo, mesmo aqueles não preparados para recebê-las. Não é tarefa do semeador avaliar-lhes a qualidade. Seu dever é semear. Quem cuida da terra é o dono do campo que identifica o pedregulho tanto quanto sabe onde se encontra o chão obediente e dadivoso.
Não são os resultados que devem nos dirigir as atividades, já que eles não nos pertencem. Honra-nos a possibilidade de servir apesar de nossos imensos débitos diante da lei. Somos quais doentes que a misericórdia utiliza como enfermeiros que cuidam de outros enfermos. Assim, não desperdicemos a oportunidade do reequilíbrio pelo devotamento ao equilíbrio de nossos semelhantes. Suas necessidades se revelam espontaneamente pelas reações da insanidade, da violência e do exercício de todos os vícios e fraquezas nesta hora delicada dos destinos coletivos.
O chamamento se repetiu ao longo das décadas e, se muitos puderam escutá-lo, bem poucos tiveram a coragem de escolher o caminho real, pela vivência dos conselhos do Cristo. E isso se verificou em todos os quadrantes da fé, indiscriminadamente. Ligados mais estreitamente ao movimento cristão-espírita, nossos esforços junto de seus adeptos também identificaram problema semelhante, quando alguns de seus seguidores não compreenderam o sentido profundo de suas máximas, permitindo-se desviar da rota segura. Recordemos a palavra de Erasto dirigida aos verdadeiros espíritas:
Se, entre os chamados para o espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?
Não são os resultados que devem nos dirigir as atividades, já que eles não nos pertencem. Honra-nos a possibilidade de servir apesar de nossos imensos débitos diante da lei. Somos quais doentes que a misericórdia utiliza como enfermeiros que cuidam de outros enfermos. Assim, não desperdicemos a oportunidade do reequilíbrio pelo devotamento ao equilíbrio de nossos semelhantes. Suas necessidades se revelam espontaneamente pelas reações da insanidade, da violência e do exercício de todos os vícios e fraquezas nesta hora delicada dos destinos coletivos.
O chamamento se repetiu ao longo das décadas e, se muitos puderam escutá-lo, bem poucos tiveram a coragem de escolher o caminho real, pela vivência dos conselhos do Cristo. E isso se verificou em todos os quadrantes da fé, indiscriminadamente. Ligados mais estreitamente ao movimento cristão-espírita, nossos esforços junto de seus adeptos também identificaram problema semelhante, quando alguns de seus seguidores não compreenderam o sentido profundo de suas máximas, permitindo-se desviar da rota segura. Recordemos a palavra de Erasto dirigida aos verdadeiros espíritas:
Se, entre os chamados para o espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?
Resposta: Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição.
— Erasto, anjo da guarda do médium (Paris, 1863)
Não nos falta entendimento a respeito das tarefas que nos esperam. Lastimaremos não termos feito mais quando observarmos a real dimensão da seara, em um mundo onde mais de dois terços dos Espíritos que nele orbitam são dos que não desejam fazer esforços na direção do próprio crescimento.
Uma palavra de alento poderia despertar um coração caído, dando-lhe forças.
Um gesto de apoio seria capaz de aliviar a fome que inspirava o furto ou a violência.
Um ato de compaixão produziria a paz que alguém não encontra há décadas.
Em cada um de nós, poderá prevalecer a nossa luz ou a nossa escuridão. Não nos cabe, assim, escolher terreno para espalhar a semente. Todos são dignos de recebê-la. Caso não a utilizem e a façam produzir, demonstrarão seu descaso e se condenarão por si próprios.
Nossa hora é a da coragem no bem, durante a qual deveremos superar limites, exercitando nossas vontades.
O concerto da evolução já está pronto e nos pede a cooperação nos últimos retoques.
É por esse motivo que nos deslocaremos para as cercanias da nossa casa terrena, onde se reúnem os demais servos do amor puro e nos integraremos em uma grande vibração para todos os povos do mundo.
O esforço sublime não desperdiça tempo nem se desgasta em palavras inúteis. Atua para que as forças se equilibrem com os recursos que Deus disponibiliza.
E se é certo que um corpo carnal adoece ao contato dos desequilíbrios espirituais de seu administrador humano, o contrário também ocorre em todas as áreas da vida.
Onde o pensamento nobre se enraíze, onde a palavra otimista flua, onde a alegria encontre eco, aí o equilíbrio se estabelece, porque representa a harmonia que nasce no Criador e mantém toda a criação.
Mesmo os mais empedernidos não são capazes de resistir eternamente ao próprio mal. Chega o dia em que se cansam e se decidem a modificações essenciais, uma vez que não podem renegar a paternidade divina de que se acham investidos.
Cooperemos com nossos maiores, oferecendo-lhes a pequena dose de bênçãos que portemos no devotamento ao trabalho que aceitamos.
Espírito Lucius;
Psicografia: André Luiz Ruiz;
Do livro: No Final da Última Hora, cap. 40.
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