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"Quero pois que os homens orem em todo lugar levantando mãos santas sem ira nem contendas".[1]

A palavra tentação vem do latim tentatio, onis que etimologicamente significa instigar, induzir, influenciar.

Somos criaturas facilmente influenciáveis e a prova inconteste é o crescente número de ocorrências positivas e negativas que nos envolvemos num período relativamente curto no espaço-tempo.

Até o presente momento as vozes do mundo espiritual vem realizando um esforço hercúleo a fim de que despertemos para a verdadeira vida, que é a vida espiritual, porém, o sono da ilusão ainda mantém-nos induzidos às manobras lentas e desprovidas de iluminação interior.

Mergulhados num sono profundo e alheios a nossa responsabilidade com a vida espiritual iniciamos os primeiros movimentos para o despertar do espírito, todavia, a tentação de permanecermos na ilusão ainda nos ensombrece a razão.

O gosto pelo domínio das ideias e instituições, pelo poder, pelos prazeres efêmeros, fazem com que permaneçamos em estado de hipnose e inutilidade.

A busca pela verdade deveria ser o objetivo real e intransferível das nossas existências na matéria densa.

Pela tradição do Judaísmo, Malaquias foi o último dos Profetas do Antigo Testamento a anunciar a vinda do Cristo e as verdades esquecidas e restabelecidas para época. Malaquias foi o profeta que após o exílio do povo Judeu na Babilônia teve a tarefa de avivar os ensinamentos transcendentes ao povo hebreu. Após o seu silêncio os seres espirituais, na sequência, emudeceram profundamente.

Por quatrocentos anos não se ouviram mais as vozes do "céu", entretanto, os habitantes das regiões celestes, responsáveis pelo nosso adiantamento e evolução espiritual, permaneceram no trabalho silenciosos.

Os operário divinos, responsáveis pelo destinos da Terra, enviaram para o orbe alguns personagens grandiosos na área da filosofia, a saber, Sócrates, Platão, Aristóteles; artesãos da beleza como Horácio, Virgílio e estrategistas militares como, Aníbal, Alexandre, Júlio Cesar, dentre outros homens, com os objetivos específicos de solavancos psíquicos e progresso social, político, económico, filosófico, artísticos na Terra.

Todos os enviados citados acima foram falíveis como todo ser humano o é, porém, se contribuíram para alguns avanços ao mesmo tempo escreveram dores e sofrimento nas suas trajetórias.

Entretanto, de repente o silêncio do mundo espiritual é rompido e as vozes inexplicáveis retornam ao mundo físico através de João, o Batista, notório pelo simbolismo da voz do que clama no deserto. O filho de Isabel anuncia a presença apoteótica do Cristo entre nós. Os panoramas socioculturais e espirituais ganham outra dimensão, outro colorido, outra Vida. Novas esperanças.

O pensamento religioso sofre um abalo, não obstante as transformações do ser continuem morosas, lentas.

Com Jesus iniciamos uma Nova Era de emancipação espiritual, ou seja, a transição entre a ignorância e a sabedoria espiritual. Suas pregações, seus exemplos nos impulsionaram para o pensamento de um novo paradigma, que lançado silenciosamente, levaram-nos a entender que há um mundo espiritual à nossa volta com qual mantemos contato, ou seja, somos influenciados, induzidos, seduzidos, instigados e constrangidos.

O espírita, médico neurologista e neurocirurgião Nubor Facure elucida reflexões oportunas na sua recente obra intitulada Metaneurologia ao proferir que "há outras expressões de vida e energia para os quais ainda não temos instrumentos para registrar a presença. (...) A evolução fundamental é a evolução da Alma que repercute e altera a evolução biológica. (...) Há muito mais experiências ao nível psíquico do que na dimensão material. (...) O corpo espiritual é o que contém nossa história filogenética em toda a sua pujança".[2]

Somos seres que vivemos múltiplas existências e no Universo há várias moradas. Nossas crenças e convicções dantes inflexíveis hoje carecem de revisões. Os ancestrais julgamentos sobre a vida terrena e a pujante realidade espiritual carecem ainda de apuradas cogitações coerentes. As crenças autocráticas e monolíticas haverão de desaparecer. A tentação de conservarmos inertes nos braços de Morfeu tem que ser vencida, porém, conforme orienta sobre a concórdia, o "Convertido de Damasco" adverte ao discípulo Timóteo: "Quero pois que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas sem ira e sem contenda".[1]

É imperioso lembrar que As grandes vozes do céu ressoam como o toque da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem. Homens, nós vos convidamos ao divino concerto: que vossas mãos tomem a lira, que vossas vozes se unam, e, num hino sagrado, se estendam e vibrem, de um extremo do Universo ao outro.[3]

Somos colaboradores do Cristo e nossas vozes precisam entoar o cântico da Terceira Revelação ao mundo nas expressões arrebatadoras da verdade, do consolo e da instrução oriunda do mundo espiritual, amparadas na concordância e universalidade dos ensinos dos espíritos.

Deterioremos as vaidades, debelemos as injúrias, silenciemos as blasfêmias, afinal, Jesus nos solicita mãos que servem ao bem e vozes que anunciam verdades imortais, jamais iras e contendas entre nós.

Jane Maiolo
Referências bibliográficas:
1-Timoteo 1;8
2-Facure, Nubor Orlando-Metaneurologia – Há um "cérebro" além do cérebro /- Londrina, PR: EVOC, 2016. 63 p.
3-KARDEC, Allan Kardec. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 3ª edição .FEB. Rio de Janeiro, 2007.

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