O propósito da aliança

[Elvia Pereira]

Para que confirme o juramento que fiz a vossos pais de dar-lhes uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Então, eu respondi e disse: Amém, ó SENHOR!
Jeremias 11.5
>O Senhor faz uma severa advertência antes dessa declaração, ao dizer que é maldito quem deixa a Aliança feita por Ele com o homem. O Todo-Poderoso está simplesmente relatando a verdade: essa pessoa sucumbiu à voz do tentador e, como Eva, sofrerá bastante (Gn 3.16). Eva não teria dores ao dar à luz, mas, ao ceder ao diabo, a sua condição passou a ser outra. O inimigo pode fazer algo prazeroso se tornar angustiante. É tempo de voltarmos para o Pai celestial, porque Ele pode nos libertar de fato.
Aquele momento vivido pelos servos de Deus era perigoso, porém eles não se importavam. Mesmo diante da severidade das advertências do profeta Jeremias, o povo caminhava em direção ao cativeiro e até parecia rir da repreensão divina. O Senhor nos adverte do erro de vivermos displicentemente, porque nos ama e quer o nosso melhor. No entanto, muitos preferem pagar para ver. Estes comprovarão que deveriam ter considerado os alertas do Altíssimo. Ouça a divina voz!
Como resultado da rebeldia dos israelitas, Nabucodonosor veio da Babilônia naquele dia e, após destruir Jerusalém e o resto de Judá, levou o melhor deles, deixando apenas o grupo menos favorecido (2 Rs 25.1-12). Dessa mesma forma, o maligno age com as pessoas talentosas, levando-as às drogas e à prostituição. Quando elas não tiverem mais nada para lhe oferecer, serão abandonadas à própria sorte. Confie no Senhor de todo o seu coração para viver liberto.
A insistência divina se devia a um juramento feito por Deus há milênios: Para que confirme o juramento que fiz a vossos pais de lhes dar uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Abraão, Isaque e Jacó foram escolhidos para iniciar a geração que traria o Filho de Deus à Terra. Aqui, Ele pagaria o preço da redenção, pois o Senhor estava disposto a perdoar a humanidade. Entretanto, como os israelitas estavam prosperando financeiramente, não deram ouvidos ao profeta. Devido a isso, chegou o dia em que Jerusalém, a cidade do grande Rei, caiu, e seus habitantes foram para o cativeiro.
A Terra Prometida era próspera, manava leite e mel, mas a rebeldia do povo o fez passar 70 anos sob o chicote babilônico. Deus nos adverte sobre a perdição eterna. Diante dela, o cativeiro é um simples aviso do que será o lago de fogo e enxofre. Por que muitos debocham das Escrituras quando ela admoesta sobre isso? O povo de Judá também desrespeitou essa exortação!
O Evangelho é a verdadeira terra que mana leite e mel, onde temos o poder de Deus, que nos dá as bênçãos necessárias para uma vida plena. Mas a porta larga oferece práticas condenadas pela Palavra para o nosso bem. Quem passar pela porta larga terá um final terrível, pois descobrirá que o diabo mentiu oferecendo uma vida dissoluta (Mt 7.13,14)!
Os israelitas preferiram pagar para ver e se assombraram com o que viram. Eles foram levados à força para a escravidão e presenciaram seus talentosos jovens servirem ao rei que destruiu o país deles. Ora, se tivessem se arrependido e dado atenção aos avisos divinos, não teriam ido para longe. Setenta anos depois, voltaram destruídos!
Em Cristo, com amor...