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Vindo o lavrador da arada,
Encontrou um pobrezinho;
E o pobrezinho lhe disse:
-Leva-me no teu carrinho.
Deu-lhe a mão o lavrador,
E no seu carro o metia;
Levou-o para a sua casa
Prà melhor sala que tinha.
Mandou-lhe fazer a ceia
Do melhor manjar que havia;
Sentou-o na sua mesa,
Mas o pobre não comia.
As lágrimas eram tantas
Que pela mesa corriam;
Os suspiros eram tantos
Que até a mesa tremia.
Mandou-lhe fazer a cama
Da melhor roupa que tinha:
Por cima damasco roxo,
Por baixo cambraia fina.
Lá pela noite adiante
O pobrezinho gemia;
Levantou-se o lavrador
A ver o que o pobre tinha.
Deu-lhe o coração um baque,
Como ele não ficaria!
Achou-o crucificado
Numa cruz de prata fina.
-Meu Jesus, se eu tal soubera,
Que em minha casa Vos tinha,
Mandava fazer preparos
Do melhor que encontraria.
-Cala-te aí, lavrador,
Não fales com fantasia.
No céu te tenho guardada
Cadeira de prata fina,
Tua mulher a teu lado,
Que também o merecia.
(Da tradição popular)
Fonte: Livro de Leitura da 3ª classe, Ministério da Educação Português)
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Linda letra, palavras, mensagem e música. Obrigada pela postagem de reflexão... linda madrugada de domingo!
Maravilhoso Adul me fez chorar e me fez lembrar aqueles imigrantes que querem entrar na Europa cheios de fome e com frio e muitas vezes são recebidos a tiros ou mandados para traz. Que todos nós tenhamos LUZ, compaixão para abrirmos as nossas portas quando nos vêm bater
Lindo!!!
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