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Não gosto da Páscoa.
E, no entanto, lembro-me que não foi sempre assim.
Havia um tempo em que a Páscoa era roxa e as buganvílias vergadas com o peso das flores explodiam em perfume à porta da casa da minha avó. Abraçavam-me enquanto eu subia as escadas e derramava o olhar sobre os montes castanhos que ladeavam o rio... Sempre achei que aquelas buganvílias me conheciam e me sorriam...
Havia um tempo em que a Páscoa cheirava a folar de presunto com ovos caseiros, pingado de azeite nascido no nosso quintal, cheirava a mel e a compotas coloridas...
Era um tempo em que eu calçava sandálias novas e vestia vestidos de manga curta, um tempo em que ainda ninguém tinha morrido e a casa sorria, lavada com esmero, refulgia no seu brilho cheiroso...
Havia um tempo em que as Páscoas se passavam na larga varanda de cima, onde eu me pendurava para escalar a velha figueira, tão perto do céu... e onde as conversas se demoravam pelas noites mornas, as cigarras enlouquecendo num cantar infinito, e as estrelas tão perto de mim...
Lembro-me que estendia os braços, estendia as mãos com os dedos abertos, e nas pontas dos pés, tentava agarrar as estrelas...
Desse tempo só me ficou a saudade, uma saudade colada a mim... e esta mania doida de tentar agarrar as estrelas...
Autor: Ana Paula Mateus
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UM CONTO DE PÁSCOA
UM JOVEM MORREU EM CHAMAS
Tinha terminado o curso em Dezembro
Ficara de plantão no quartel a noite inteira
Era a Semana Santa ia para casa descansar
De longe viu um prédio pegando fogo
Estacionou sua motocicleta na calçada
Com seu casaco de couro e seu capacete
Entrou valorosamente no prédio em chamas
Conseguiu salvar quatro pessoas desconhecidas
Três crianças, uma ainda bebê, e a mãe delas
Mas nas não conseguiu sair daquele inferno
Morreu entre as chamas daquela construção.
Ao parar a moto não pensou em mais nada
Apenas que havia vidas em perigo e enfrentou-o
Salvou quatro pessoas que nem sabia quem eram
Quem imaginaria que um motoqueiro barulhento
Tinha um coração tão integro, amoroso e límpido
Capaz de jogar sua vida por gente desconhecida
Porém era um bombeiro militar, ainda aspirante
Não sei se era cristão ou frequentava uma religião
Mas consciente ou inconsciente serviu a Cristo
Tanto amor por seu semelhante, só Cristo teve
Sua morte reflete as características da morte de Jesus
Liberdade, gratuidade e salvação
Liberdade de quem assume um risco sem ser obrigado
Gratuidade de quem o faz, não para salvar amigos ou
Conhecidos, porém pessoas totalmente desconhecidas
Salvação de quem recebe a morte à mesma hora que
Quatro pessoas, graças a ele, escaparam das chamas
Vemos que o mundo é muito melhor que imaginamos
Pensamos que só existe violência e ambição de poder
Todavia também há muito amor e de amar em liberdade
Procuremos imaginar este jovem depois de salvar
Quatro pessoas, se viu encurralado pelo fogo selvagem
Com certeza deixou-se dominar pelo pânico e terror
Mas também compreendeu que continuaria a viver
Nas pessoas que salvou e estavam fora de perigo
É provável que pensasse na moto que deixou na calçada
Nos seus colegas de turma na Academia agora aspirantes
Nos seus pais ,na Corporação de bombeiros militar
Na namorada com quem pensava casar em breve,
Sabia que não morria só. Seu amor ao próximo
O tinha levado à mesma morte que Aquele Galileu
Há dois mil anos havia morrido por igual loucura
De amor aos outros, que na cruz inclinou a cabeça
E se deixou morrer para nos salvar
Escrito por meu namorado
Que linda mensagem, amigo.
Uma Feliz Páscoa para sí e toda sua família!
beijinho
Adul a Páscoa vai continuar sempre da maneira que nós queremos, o que os outros fazem da Páscoa não é problema nosso, eu continuo a fazer a Páscoa como minha mãe me ensinou e como eu amo.
Feliz Páscoa Adul!
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