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Corpo
O meu corpo vive porque vives dentro dele
Antes de poeta sou inteira mulher a sorver tua dureza
versejei-o a cada noite minha poesia secreta
A qual da vida ao pequeno grande corpo teu
Porque te amo e me faço assim encantada
Simultânea mulher, adolescente madura de breves amores
Incontável plenitude, de demente volúpia fascínio e tréguas
Eu louca mulher inteira que me firo e fico muda encabulada
Na esperança de como um silvo, penetrar em seu ouvido
Cintila a morte grita ao mundo, nosso insano desejos
Pulsando no meu corpo, escorres pelas veias o teu suor
Um urro sem lamento, morrendo vivo no tormento de meus poemas
Porque ti peço virtude, nessa agonia se perplexa sou em eterna paixão
Adele Pereira
14/11/2019
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