Eu sou a consciência que fala
a fissura cravada com navalha.
Mistérios da alma humana
seu presente eternizado.
Pavio embebido a centelha.
Sua fuga para casa quando cansado...
Sou mãos que acalma seu corpo
a tranquilidade que se faz rainha.
A majestosa princesa,seu conto de fada.
A flor dama da noite exalando sedução
adentra pela noite te faço repouso.
Apago a luz do farol em cada rua,
acendo a luz do amor que irradia candura.
Em meus braços encontra a paz que procura
Penetro os espaços ocultos e reservados...
Virilidade que toca, mas não machuca.
Totalidade de duas almas em parceria...
Eu sou o que queria ter e que tem.
Eu sou o que é, e que gostaria de ser.
O verbo consagrado e materializado...
A ação e reação além do que os olhos vêem.
Eu sou a desordem no seu corpo
outrora a direção que precisava.
A semelhança das palavras na língua...
Ao quebrar o encanto da última mulher.
Em caminhos errantes sou o novo mundo
Eu sou a invenção do seu canto em lira
acalanto seu silêncio e sua fala.
Quero ser a passividade do amor cego,
Viajando em lugares que nunca sonhei.
Aprofundando seu íntimo...
Entregando ao desejo somos escravos.
Tornar a primeira esperança realizada...
Viver de presente e futuro no declive da vida.
Deslizar docemente os dedos em sua direção.
Andar retocando o paraíso que construí.
Com tinta e pena eu assino,
o meu nome ao marcar o seu corpo.
Além da eternidade eu caminho...
Amiúde eu bebo dessa gota em sua boca.
Autor: Perséfone Diana