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Quem sou eu

Sou aquela de olhos tristes
Sou a amargura sem fim
Sou aquela que chora assim
Sou esta do coração doido
Sou a mais triste solidão
Sou a noite escura sem alegria
Sou a noite chuvosa, sem abrigo
Sou como a ventania sem fim
Sou o amor desmedido, aflito
Sou o sabor dos beijos nossos
Sou teu perfume brejeiro amor
Sou teu mais triste amor distante
Sou o que sou sem permissão!
Sou a desventura perniciosa, sim
Sou a tua jamais esquecida doença
Sou eu sim, o que restou de mim,
DE TI AMOR

Poetisa Menduina

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