Pior que os porcos

[Elvia Pereira]

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
Lucas:15.16
No mundo, há todo tipo de engano, e os imprudentes se encantam com o que ouvem. Dói ver o estado a que serão reduzidos. Um jovem de uma família próspera, o qual tinha um único irmão com quem dividiria a herança, deu ouvidos ao que lhe falavam sobre uma terra distante, onde se vivia do jeito que quisesse e, talvez, onde poderia ganhar muito dinheiro, decidiu fazer a prova, em vez de conversar com o pai. Sem dúvida, este iria exortá-lo a ser prudente.
Os dias de boémia e orgia lhe trouxeram certo prazer sujo, nunca experimentado entre seu povo, mas também lhe sugou a herança recebida antecipadamente. Quando se tem grana, é fácil conseguir amigos cordiais e carismáticos, mas, se o dinheiro acaba, também acabam as amizades e as considerações. Essa desventura tem sido o resultado de muitos que confiaram nas palavras de irresponsáveis. Porém, quem confiar em Deus nunca dará atenção ao diabo (Jo:10.27).
Com pouquíssimas exceções, pode-se dizer que os homens são iguais em toda parte. Diante das ofertas do pecado, eles agem do mesmo modo. Infidelidade conjugal, mentiras e prejuízos são vistos na vida de quem não serve ao Senhor com coração verdadeiro. No entanto, os servos de Deus jamais deixam que a tentação os faça agir como traidores. O mal nunca assumirá o controle dos que são guiados pelo Espírito de Deus. O Senhor os guarda!
As coisas boas acabam tão rapidamente que nem prestamos atenção. O dinheiro que o jovem levou na sua louca viagem minguou a ponto de não haver mais nada em seu bolso. Então, para comer, vestir e pagar suas despesas, teria de trabalhar. Bem, como seu pai o ensinou a lutar pela vida, saiu à procura de um local para ganhar seu pão decentemente. Mas a fome trouxe sérios problemas. Onde poderia encontrar uma vaga? Ele se viu em apuros!
O único trabalho que conseguiu era muito humilhante: apascentar porcos – algo que ele não devia entender bem. Ora, sendo seu pai um fazendeiro, essa função destinava-se a quem não tinha preparo em outra tarefa e estava acostumado a enfrentar os animais daquelas criações. Era aceitar ou morrer de fome, e o rapaz aceitou. Porém, ao lançar a comida à vara de suínos, ele quis comer dela, mas nem isso lhe fora permitido. Vida dura!
Na sua humilhação de ter pedido permissão ao capataz da fazenda para ingerir as bolotas dos animais, não obteve autorização. Tudo ficava no desejo. Na tristeza que invadia sua alma, só podia querer o alimento dado aos porcos. Nesse ponto, o fraco se desespera e parte para soluções que agravarão os problemas. O que o jovem poderia fazer? Só procurando Deus, ele saciaria a fome. Ore!
Quantas pessoas estão neste momento na penúria, vivendo de modo miserável por não ter orado a Deus e pedido direção antes de tomar uma decisão! Quem faz o que sua mente manda, a menos que se arrependa, não terá a ajuda divina. Atrás da história de quem se prostitui, há frustração e um leque de lamúria e desespero. Não dá para viver sem Cristo!
Em Cristo, com amor...