Pequena grande mulher

[Francisca de Caldas Menduiña]

De pequena estatura, grande nas lutas da vida,
há décadas esta mulher sobrevive aos mistérios
que a vida lhe propõe, a poeta rodopiava
nas armadilhas que se apresentavam;
desde jovem ela se fez lutadora pela vida
entre um labirinto e outro caía levantava
sacudia a poeira, continuava...
Pobre rica mulher seu mundo é de tormentas
enfrenta altas ondas sem sair do lugar,
salta montanhas com lágrimas nos olhos, mas segue,
seu sorriso a muitos enganam, entre eles ela grita!
seu grito de socorro é aterrorizador,
seu leito acolhe suas mágoas,
as dores lhe inspira escrever o amor,
que a sustenta vivendo nesta magia,
as artérias do coração sangram de amor e dor
a dançarina poeta resistiu, e continua,
seus olhos espalham poesia por onde passa
no vai- e- vem das canções de amor
pelos olhos verdes do homem que ama
tentou resistir as mazelas da vida, impossível,
ela não resistiu, a poeta tristonha,
se foi com o papel e a caneta
nas mãos, deu ADEUS.

MENDUIÑA