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Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
(O Mundo é um moinho, composição de Cartola)
Um amigo que está passando por grande dificuldade, num desabafo, parodiou Cartola e declamou para mim:
Ouça-me bem, amigo
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos de mansinho
Vai reduzir tua vida a pó
Em razão das dificuldades que atravessamos na vida, sobretudo diante das dores mais pungentes advindas da maldade humana, vez ou outra fraquejamos e temos vontade de desistir, de jogar a toalha, de permitir que “o moinho do mundo triture nossos ossos”, entregando os pontos de uma vez por todas.
O mal prevalece em nosso mundo, isso é inquestionável.
As decepções, via de regra, surgem com relação a pessoas que mais confiamos – por isso doem tanto.
Observamos que o egoísmo é o móvel dessas ações onde cada um pensa mais em si do que nos outros.
Afinal, tem cabimento eu ceder aqui ou ali, perder alguma coisa qualquer, deixando o “outro levar vantagem”?
Aí entra, num segundo plano, o orgulho também. Reconhecer que erramos exige força moral que ainda não possuímos.

O “não fazer aos outros o que não desejaríamos para nós”(1), parece que somente vale, mesmo entre os cristãos, se nosso interesse pessoal não estiver em jogo, pois se houvermos de perder qualquer coisa numa disputa, num jogo de poder, num negócio, até numa opinião, quase sempre não vamos admitir sair da situação como “perdedores” e agiremos pensando, em primeiro lugar, em nós, mesmo que isso cause grande sofrimento à pessoa envolvida.
Essa é uma dura realidade.
Praticar, em todas as ocorrências da vida, os ensinamentos de Jesus, caracteriza o verdadeiro cristão. Se isso não estiver ocorrendo, nos tornaremos a que chamo de “cristão de carteirinha”.
O Espírita-Cristão de carteirinha é aquele que estuda Doutrina, conhece bem o Evangelho de Jesus, no entanto é apenas uma pessoa que possui informações, mas não conhecimento verdadeiro. Ainda não entronizou o conteúdo divino das mensagens.
É aquele que afirma que “bandido bom é bandido morto” (e não recuperado!), que faz piadas de pobre, preto, mulher e gay, que comemora o falecimento de D. Marisa, esposa de Lula, por exemplo.
A consequência disso?
As piores, pois somente a consciência tranquila com cumprimento dos nossos deveres morais para com Deus e nosso próximo é que nos “credenciará” o ingresso em regiões melhores após o desencarne, condizentes com nossos valores internos conquistados.
Ocorre que quase sempre preferimos ignorar esse fato quando nosso interesse pessoal está em jogo. Pensamos, equivocadamente, que ninguém nos acompanha de perto.
Uma pessoa que se diz espírita, um dia me disse que está preparando um lugar na cidade espiritual “Nosso Lar” e que, estando lá, preparará as condições para levar e abrigar, naquela cidade, seus entes queridos.
Trata-se de uma pessoa complicadíssima, que não pensa duas vezes para pisar em alguém e sair-se vencedora.
Falta de autocrítica? Sim, um pouco. Mas a vida material de nosso planeta combinada com nossas imperfeições provocam uma ilusão a respeito de nós mesmos e da real Justiça.
“A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, dourada quando fala face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás”.(2)
Aqui na Terra nos escondemos atrás de um corpo e vivemos de aparências.
Se a justiça verdadeira não é feita aqui, será feita na Vida Espiritual, não tenhamos dúvida.
E até nossos pensamentos e sentimentos, pequenos gestos e deslizes como sonegar uma venda, levar uma vantagem ilícita por menor que seja, tratar com desrespeito nosso semelhante, tudo isso será considerado.
Ninguém engana a Justiça de Deus.
Tema para reflexão.

Fernando Rossit
Referências:
-Mateus 7:12, "Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas".
-O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX, Bem-Aventurados os Mansos e Pacíficos.

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