O erro da fascinação das riquezas

[Elvia Pereira]

Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
Isaías 5.8
O erro do homem de hoje é triplo, conforme o Senhor disse na parábola do semeador (Mt 13.1-23). O ser humano fica fascinado com a possibilidade de ajuntar riquezas, como se isso o protegesse dos males do mundo. Ele é como o terreno cheio de espinhos, onde a semente cai e produz pouco ou nada. Isso é mau, não vem de Deus e só serve para mostrar um coração orgulhoso, prepotente e vaidoso. Ora, é preciso tanto para sermos felizes? Vigie!
Muitas pessoas também se preocupam com o que Cristo chamou de cuidados da vida. Isso é demoníaco, assim como a fascinação das riquezas. Ora, o que tiver de suceder à sua vida ocorrerá, a menos que você seja forte na fé e ore para Deus protegê-lo. Por que tanta inquietação, se o Senhor prometeu não deixar nem abandonar aqueles que fazem a Sua vontade? (Hb 13.5,6). O melhor é andar de braços dados com o Altíssimo; portanto, jamais se desvie disso.
Jesus falou ainda da ambição de outras coisas. Algumas podem ser normais, mas existem as malignas, como possuir o cônjuge de alguém, tomar a fazenda do outro, além de outras vaidades. Ora, temos de desejar o que Deus nos oferece, procurando aquilo que Ele nos mostra pela Sua Palavra. Ambicionar o bem do próximo ou o que o Senhor não planejou para nós é pura perda de tempo. Por que querer saber mais do que os demais?
Isaías lançou uma repreensão aos cobiçosos, dizendo: Ai dos que ajuntam casa a casa (v. 8a). Adianta possuir tantas residências, se só precisamos de uma para viver? É verdade que muitos possuem imóveis porque sabem poupar e negociar, ou fazem isso para ter rendimento extra na velhice. Porém, quando o espírito do orgulho e da vaidade está por trás desse ato, eles devem sentir que a advertência do profeta se refere ao que sofrerão por atenderem à tentação.
A ambição por outras coisas leva muitos a comprarem casas, herdades e outros itens valiosos, como fazem os colecionadores de raridades. Eles se satisfazem com a posse desses bens, como se lhes garantissem felicidade na Terra e, depois, na eternidade. Quem é de Deus deve mirar na ordem d'Ele e cumpri-la sob a direção do Santo Espírito. O salvo precisa lutar para agradar ao Altíssimo em tudo. No final, ele viverá ao lado d'Ele no Céu (Cl 3.17,23).
O espírito do egoísmo sempre arruma uma desculpa – inventando uma notícia mentirosa ou lançando mão de outro plano cujo instrutor é o diabo – para pegar o que pertence ao próximo. O Senhor avisou: o propósito deles é ficar como únicos moradores no meio da terra. Os bens podem ficar ao lado deles, mas o povo não. Por que não fazem o contrário, levando Jesus aos corações? O rico para com Deus verá que ajuntar tesouro no Céu é bem melhor (Mt 6.20).
Não podemos perder tempo, e sim empregar todos os esforços para dar ao mundo o Pão do Céu, o Único capaz de saciar a fome que todos têm pela Verdade (Jo 6.33ss). Desse modo, serão bem-aventurados, pois deixaram o descanso do lar para ir aos mais diversos lugares do mundo, levando a mensagem que cura, liberta e salva o homem da perdição eterna. Creia e viva!
Em Cristo, com amor...