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Já não lembro quando o amor entrou porta a dentro.
E foi como um furacão, colocando todos para fora. Invadindo todos os espaços, jogando tudo ao vento. Esse desconhecido, chegou assim, esse amor por mim esse estranho e não lembro como fomos apresentados, mas ele veio e foi lindo e assustador nosso encontro.
Amor próprio, amor meu, demorou tanto e chegou, chegando sem ser chamado.
Acordei um dia de um coma, esquecida sem saber o que aconteceu direito.
Mas as dores já não me doem, acho que nesse estágio letal, deixei de correr atrás, nenhuma vontade mais de voltar, dei as costas para quem deu para mim, sai assim não olho mais para trás, a renuncia não foi fácil, renunciei a tudo que me fazia mal. Esse ciclo vicioso de correr atrás do outros.
O que procuro está em mim só em mim, demore a entender, mas é tão simples assim carência boba, não sei, só sei que acordei do coma.
Meu coração não quer doer, está em paz e feliz assim. Não sou nenhuma santa em algum lugar devo ter dado as costas a alguém também Talvez tenha machucado e se machuquei, que esse alguém tenha sarado assim como eu sarei. Tenha se encontrado como eu me encontrei.
Mas que não tenha fechado o coração como eu fechei.
Estou melhor assim...
Autor: Nelma Barros Correia
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