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Quando eu te amo,
Meu corpo como num deleite
Esvazia-se de mim,
Eu sinto indo para o meu amado,
Como a água na corredeira,
Como a ave que voou,
Como um botão no jardim
Ao canto do beija flor,
Eclode e se abre em pétalas aveludadas,
Surge assim a rainha do jardim,
A rosa vermelha que tem cor de carmim...
E meu corpo se esvazia nos beijos
Com um quê de sedução,
Como o vento que passa
Carregando as folhas secas,
Sou eu te levando
Quando me sinto esvaindo de mim,
O sangue fervendo nas veias,
O corpo trémulo em suas mãos,
Eu sou a estrela que brilha no horizonte,
Na faísca que sai dos meus olhos,
É unção desse amor
Que nos desorienta...
É como se fosse a minha boca
Buscando-te num grito,
Que se cala com os seus beijos,
Que apazigua o meu coração,
E numa doce melodia,
Eu sou a fala, que não fala,
Que mostra em gestos e em rituais,
Não precisa me falar de nada,
Eu te desvendo em todas as suas fantasias,
Eu me guio pelo seu olhar
E encontro o caminho,
Aquele em que devo andar.
Nas carícias esperadas,
Eu sou a mão que toca...
Eu sou o cheiro da sua amada,
Quando trago nos seios o perfume de mirra.

Autor: Perséfone Diana

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Os comentários estão fechados para esta entrada de blog

Comentário de Elieth Tavares Castro em 9 novembro 2018 às 18:44

Muito linda a poesia.

Comentário de Patrizia Gardona em 7 novembro 2018 às 15:19

Que Poesia mais linda, meu amigo, e sua formatação também esta Maravilhosa, parabéns!

Comentário de Conceição Valadares em 7 novembro 2018 às 9:16

Lindo poema Adul! Adorei a moldura picotada e depois com o os dois riscos a volta

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