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Era uma vez o tempo...
o tempo da esperança do sorriso do palpitar do coração.
De poemas de versos brancos
velozes capazes sutis inexpugnáveis graciosos!
Era o tempo da paz da harmonia da juventude
descompromissada e feliz.
Das tardes de matinês e namoricos.
dos bailes, dos pés inchados dos sapatos de salto alto.
Esse tempo já se foi... sumiu... espairou-se nos ventos da juventude.
Deixou marcas indeléveis e muita, muita saudade!
Ah, tempo, porque não estacionastes nas passarelas,
na beleza do porvir, no primeiro namorado,
no relógio da Matriz de Sant'Ana do velho Barroso.
No despestador dourado com sininhos infernais
do quarto do papai e da mamãe?
Nas cirenes da fábrica de cimento,
lembrando o atraso que os saltos altos causavam,
o cansaço da noite mal dorrmida teimava em fazernos
parar voltar dormir descansar.
Porque não paraste da magia do começo?
Porque teimas em mostrar meu rosto maduro?
Minha mente desbotada?
Meu corpo disforme?
Meus sonhos desfeitos?
Porque teimas em se voltar ao fim?
Sonhei um dia cantar e ser feliz, sem calcanhares rachados.
Hoje sou feliz, não cantei e meus calcanhares estão
usados pelas caminhadas da vida.
São horas e horas de muita entrega e abnegação.
Minutos e minutos de muito carinho.
Segundos e segundos de muito amor.
Insaciáveis instantes de um passado
vivido... profundamente vivido!
Obrigada, tempo, por mostrar-me que a "madurescência" da vida
é a continua profunda e eterna busca.
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