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Quando a gota se viu semelhante a uma gema valiosa, na folhagem da primavera, insultou o rio em que se formara:
Sai da frente, monstro do chão.

Quando o tronco se agigantou diante do firmamento, blasfemou conta a própria raiz:
Não me sujes os pés.

Quando o vaso passou pela cerâmica em que nascera, gritou, revoltado:
Não suporto essa lama.

Quando o ouro se ajustou ao palácio, indagou da terra que o produzira:
Que fazes aí, barro escuro?

Quando a seda brilhou, na pompa da festa, disse à lagarta que lhe dera a existência:
Não te conheço, larva mesquinha.

Quando a pérola fulgiu, soberana, exigiu da ostra em que se criara:
Não te abeires de mim.

Quando o arco-íris se reconheceu admirado pelo pintor, acusou o Sol de que se fizera:
Não me roubes a luz.

Copiando esses contra-sensos figurados da Natureza, o homem insensato, quando erguido ao pedestal do orgulho pelos abusos da inteligência, costuma escarnecer de si próprio, afirmando jactancioso:
“A vida é poesia e nada... e Deus é ilusão”.

Por Emmanuel & Francisco Cãndido Xavier

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