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Libertação!

Ando no tempo da procura
batendo as asas de poeira e sal,
n'um riso amargo
qual gorjeta dada
nos bares sujos da periferia.
Ando sozinho margeando o cais
varrendo com o olhar,
embarcações que dançam,
delirando no vento
sua febril solidão.
De repente
desatam-se as amarras.
Atravesso,
o silencio da noite
em direção ao ponto
mais alto da dignidade!


Alvaro Sertano,
do livro "A Face do Amor"

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