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Sou o que sobrou de mim...
Restou a poesia como companhia
O canto da melancolia,
Os rastros dos meus passos passados,
Ouço os pássaros
Eles cantam quase como um choro
O céu menos azul...
A lua não brilha tanto,
Me chama...
Ouço muito mal este chamado...
Nem sei meu nome
Ontem não foi ontem
Nem será amanhã!
Nada resta...
Nem as arestas do que passou
Meu nome é ninguém...
De sobrenome... coisa...
Assim no compasso
Me desfaço
Nem palhaço sou
Quem sou eu?
MENDUIÑA
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