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Auto-afirmação

 
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As raízes da auto-afirmação do indivíduo encontram-se na sua infância, quando os movimentos automáticos do corpo são substituídos pelas palavras, particularmente quando é usada a negativa. Ao recusar qualquer coisa, mediante gestos, a criança demonstra que ainda não se instalaram os pródromos da sua identidade. No entanto, a recusa verbal, peremptória, a qualquer coisa, mesmo àquelas que são agradáveis, denotam que está sendo elaborada a auto-afirmação, que decorre da capacidade de escolha daquilo que interessa, ou simplesmente se trata de uma forma utilizada para chamar a atenção para a sua existência, para a sua realidade.
Trata-se de um senso de identificação infantil, sem dúvida, no qual a criança, ainda incapaz de discernir e entender, procura conseguir o espaço que lhe pertence, dessa maneira informando que já existe, que solicita e merece reconhecimento por parte das demais pessoas que a cercam.
Quando a criança concorda, afirmando a aceitação de algo, age apenas mecanicamente e por instinto, enquanto que se utilizando da negativa, também denominada conceito do não, dá início à descoberta do senso de si mesma, do seu Self, passando, a partir desse momento, a exteriorizá-lo, afirmando o NÃO, mesmo quando sem necessidade de fazê-lo. E a sua maneira de auto-identificação que, não raro, parece estranho aos adultos menos conhecedores dos mecanismos da mente infantil.
Quando ocorre a inibição da negativa - o que é muito comum - esse fenômeno dará surgimento a alguém que, no futuro, não saberá exatamente o que deseja da vida, experimentando uma existência sem objetivo, que o leva a ser indiferente a quaisquer resultados, e, por cuja razão, evita expressar-se negativamente, deixando-se arrastar indiferente aos acontecimentos, assim desvelando o estado íntimo de inibição, de timidez e de recusa de si mesmo. Com o tempo essa situação se agrava, levando-o a um estado de amorfia psicológica.
O Self, por sua vez, se estrutura e se fixa através do sentimento, e quando este se encontra confuso, sem delineamento, a auto-afirmação se enfraquece e a capacidade de dizer NÃO perde a sua força, o seu sentido.
A auto-afirmação se expressa especialmente no desejo de algo, mediante duas atitudes que, paradoxalmente se opõem: o que se deseja e o que se rejei­ta.
Em um desenvolvimento saudável da personalidade, sabe-se o que se quer e como consegui-lo, o que se torna decorrência inevitável da capacidade de escolha. Quando tal não ocorre, há surgimento de uma expressão esquizóide, na qual o paciente foge para atitudes de submissão receosa e de revolta interior. Silencia e afasta-se do grupo s ocial que passa a ser visto com hostilidade, por haver-se negado a penetrá-lo, alegando, no entanto, que foi barrado... A sua óptica distorcida da realidade, trabalha em favor de mecanismos de transferência de culpa e de responsabilidade.
Mediante essa conduta, o enfermo se nega a liberação dos conflitos, mantendo-se em atitude cer­rada, por falta do senso de auto-afirmação. O seu é o conceito falso de que não é bem-vindo ao grupo que ele acredita não o aceitar, quando, em verdade, é ele quem o evita e se afasta do mesmo.
À medida que vão sendo liberados os sentimentos perturbadores e negativos que se encontram em repressão, os desejos de afetividade, de expressão, de harmonia, manifestam-se, direcionando-o para valiosas conquistas.
Com o desenvolvimento da capacidade de julgar valores, surgem as oportunidades de auto-afirmação, face à necessidade de escolhas acertadas, a fim de atender aos desejos de progresso, de crescimento ético-moral e de realização interior.
Por meio de exercícios mentais, nos quais se encontrem presentes as aspirações elevadas e de enobrecimento, bem como através de movimentos respiratórios e físicos outros, para liberar o corpo da couraça dos conflitos que o tornam rígido, a auto-afirmação se fixa, propiciando um bom relaxamento, que se faz compatível com o bem-estar que se deseja.
Com o desenvolvimento intelecto-moral da criança, passando pela adolescência e firmando os propósitos de autoconquista, mais bem delineadas surgem as linhas de segurança da personalidade que enfrenta os desafios com tranqüilidade e esperanças renovadas.
Nesse particular, a vontade desempenha importante papel, trabalhando em favor de conquistas incessantes, que contribuem para o amadurecimento psicológico, característica vigorosa da saúde mental e moral.
Em cada vitória alcançada através da vontade que se faz firme cada vez mais, o ser encontra estímulos para novos combates, ascendendo interiormente e afirmando-se como conquistador que se não contenta em estacionar nos primeiros patamares defrontados duran­te a escalada de ascensão. Desejando as alturas, não interrompe a marcha, prosseguindo impertérrito no rumo das cumeadas.
Esta é a finalidade precípua do desenvolvimento emocional, estabelecendo diretrizes que definam a realidade do ser, que se afirma mediante esforço próprio. Em tal cometimento, não podem ficar esquecidos o contributo dos pais, da família, da sociedade, e as possibi­lidades inatas, que remanescem do seu passado espiritual.
Estando, na Terra, o Espírito, para aprender, reparar e evoluir, nele permanecem as matrizes da conduta anterior, facultando-lhe possibilidades de triunfo ou impondo-lhe naturais empecilhos que lhe cumpre su­perar.
Quando a auto-afirmação não se estabelece, apresentando indivíduos psicologicamente dissociados da própria realidade, tem-se a medida dos seus compromissos anteriores fracassados e da concessão que a Vida lhe propicia por segunda vez para regularizá-los.
Cumpre, portanto, ao psicoterapeuta, o desenvolvimento de uma visão profunda do Self, de forma especial, em relação ao ser eterno que transita no corpo em marcha evolutiva.
Somente assim, se poderá entender racionalmente o porquê de determinados indivíduos iniciarem a auto-afirmação nos primeiros meses da infância, enquanto outros já se apresentam fanados, incapazes de lutar em favor da sua realidade, no meio onde passará a experienciar a vida.
A sociedade marcha inexoravelmente para a compreensão do Espírito eterno que o homem é, do seu processo paulatino de evolução através dos renascimentos, herdeiro de si mesmo, que transfere de uma para outra etapa as realizações efetuadas, felizes ou equivocadas, qual aluno que soma experiências educacionais, promovendo-se ou retendo-se na repetição das lições não gravadas, com vistas à conclusão do curso.
A Terra assume sua condição de escola que é, trabalhando os educandos q ue nela se encontram e propiciando-lhes iguais oportunidades de evolução e de paz.

Fonte:
Livro Amor imbatível amor - Cap. 39
Joanna de Ângelis - Psicografado por Divaldo Franco

ida e Obra de Divaldo Pereira Franco 
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Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus quase noventa anos, sessenta foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador.

Nasceu em cinco de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia, e desde a infância se comunica com os espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo.

Seu currículo revela um exímio e devotado educador com mais de 600 filhos adotivos e mais de 200 netos, atendendo atualmente a cerca de 3.000 crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato.

Orador com mais de 11.000 conferências, em mais de 2.000 cidades em todo o Brasil e em 62 países, concedendo mais de 1.100 entrevistas de rádio e TV, em mais de 450 emissoras. Recebeu mais de 700 homenagens, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais.

Como médium, publicou 202 livros, com mais de 8 milhões de exemplares, onde se apresentam 211 Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve 92 versões para 16 idiomas (alemão, albanês, catalão, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). Além de 17 escritos por outros autores, sobre sua vida e sua obra. A renda proveniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em Cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em sete de setembro de 1947. Dois anos depois, iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação para queimar tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício. Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como Um Espírito Amigo, ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se identificar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas dando diretriz espiritual.

Em 1964, Divaldo, sob orientação de Joanna de Ângelis, selecionou várias mensagens de autoria da mentora e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo. Atualmente, o médium é recordista e conta com 202 títulos publicados, incluindo os biográficos que retratam sua vida e obra.

MANSÃO DO CAMINHO

Divaldo Pereira Franco é emérito educador. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, instituição que acolheu e educou crianças sob o regime de Lares Substitutos.

Em 20 Casas Lares, educou mais de 600 filhos, hoje emancipados, a maioria com família constituída. Na década de 60, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico.

Hoje, a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e 50 edificações que atende a três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1 , Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador.

O complexo atende a diversas atividades sócio-educacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de ensino básico de 1º e 2º graus, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas. Mais de 30 mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho.

A obra é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevista e mensagens por Divaldo.

HOMENAGENS

Divaldo Franco recebeu homenagens em diversos países e cidades da América do Norte, Central, do Sul, Europa e África:

• 20 Comendas
• 334 Placas de prata, douradas e bronze
• 54 Medalhas • 49 Troféus
• 43 Moções de Congratulações
• 187 Diplomas e Certificados
• 12 Títulos Honoríficos significativos.

Dentre todas essas maravilhosas homenagens, destacam-se:

• 1991 – Título Honoris Causa em Humanidade, pelo Colégio Internacional de Ciências Espirituais e Psíquicas, em Montreal, Canadá em 23.05.1991.
• 1997 – Decreto de Ordem do Mérito Militar, 31.03.1997, pelo Presidente da República do Brasil.
• 2001 – Medalha Chico Xavier, do Governo do Estado de Minas Gerais.
• 2002 – Título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade Federal da Bahia.
• 2002 – Homenagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Algumas Condecorações:

• 2005 – Título de Embaixador da Paz no Mundo, junto com o amigo Nilson de Souza Pereira. O título foi recebido em Genebra, na Suíça, em 30 de dezembro de 2005, pela Ambassade Universalle Pour la Paix.

Fonte de consulta: site da Mansão do Caminho.

CONTATO COM O MUNDO DOS ESPÍRITOS

Como ocorre a comunicação entre encarnados e desencarnados, como identificar uma comunicação verdadeira de uma falsa e quais os problemas que podem surgir nessas ocasiões de contato são apenas algumas das perguntas importantes a serem consideradas quando se fala de comunicação com o mundo dos espíritos.

Gilberto Schoreder e Rosana Felipozzi
Em O Livro dos Médiuns (1861), Allan Kardec diz que toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Trata-se de uma faculdade inerente ao ser humano e, por isso mesmo, não é um privilégio. “Pode se dizer”, ele explica, “que todos são mais ou menos médiuns”. O que, hoje em dia, pode parecer uma afirmação óbvia para qualquer um que estude parapsicologia, foi comprovado apenas cerca de 70 anos depois com as pesquisas do cientista norte-americano, J.B. Rhine, da Universidade de Duke, provando estatisticamente que as capacidades mentais, chamadas mediúnicas, estão presentes em larga escala da população, em maior ou menor grau.

Para Kardec, Deus deu a mediunidade aos seres humanos para que eles penetrassem no mundo invisível estabelecendo, dessa forma, o contato com os espíritos. Isso, no entanto, só pode ser realizado por aqueles médiuns com capacidades acentuadas, sendo eles os responsáveis pelo contato entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados.

E, apesar de existirem várias formas de se estabelecer esse contato, também é preciso tomar alguns cuidados, uma vez que podem surgir problemas.

A comunicação com os espíritos pode ocorrer de várias formas. As mais conhecidas são a psicografia, a psicofonia, a intuição, a inspiração, a premonição e a audiência, entre outras. No entanto, como explica Aluney Elferr, todas as comunicações se realizam por meio do perispírito. “Ele é o agente intermediador de todas as manifestações mediúnicas, posto que o espírito não pode agir sozinho sobre a matéria”.

Os fenômenos estão ligados ao tipo de efeito que também varia de um médium para outro. Kardec ofereceu uma classificação que inclui médiuns de efeitos físicos; médiuns sensitivos; auditivos; falantes; videntes; sonâmbulos; curadores; pneumatógrafos (ou voz direta); psicógrafos.

“A comunicação ocorre”, continua Elferr, “primeiramente pela vontade, que é o carro-chefe de qualquer ocorrência espiritual – tudo nasce no pensamento. Depois, a simbiose com o médium se dá por meio de afinidades pré-existentes”. Aluney entende que a psicografia se tornou tão comum na comunicação com os espíritos por ser fácil de ocorrer e de ser verificada depois de recebida. Seu desenvolvimento tornou-se possível também pela facilidade que os espíritos encontram para manifestar seus pensamentos com clareza e objetividade.



UM PONTO QUE FREQÜENTEMENTE É LEVANTADO QUANDO SE FALA EM COMUNICAÇÃO com a dimensão espiritual é a separação entre as comunicações verdadeiras das falsas. Especialmente os cientistas dão muita atenção a esse aspecto.

Para Aluney, “o reconhecimento se dá através de constantes verificações e vigília”. Ele explica que, depois de um tempo, o médium treinado ou educado passa a ter segurança e começa a se conhecer melhor a conhecer as comunicações. “Mas não pensemos que isso ocorre de um dia para outro”, ele prossegue. “Sempre é possível ver médiuns com essas dúvidas, e então o melhor é recorrer à prece e ao amigo espiritual para nos ajudar. Mas somente o treino constante e a boa educação mediúnica nos farão, um dia, sermos médiuns bons, ou bons médiuns”.

O empresário e bacharel em Direito e Administração, Avildo Fioravanti, atual presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo (www.feesp.com.br), diz que se parte da premissa de que uma árvore boa não dá maus frutos. “Kardec disse que o espírito, por mais inteligente que seja e esteja tentando enganar uma pessoa, em algum momento acabará se traindo e demonstrando que aquela não é uma comunicação verdadeira. Porém, há apenas duas pessoas que têm condições de identificar uma comunicação: o médium e o público que está ouvindo”.

Fioravanti também concorda com Aluney ao afirmai que somente o estudo, aprofundamento e a prática trarão ao médium espírita a bagagem necessária para saber que tipo de mensagem se trata. “Geralmente”, explica, “numa falsa mensagem ocorrem elogios a determinada pessoa; o conteúdo exposto tem um teor de vaidade ou mesmo de egoísmo. E por esses aspectos que detectamos o nível do espírito”.

Essa postura parece mesmo ser geral. Wagner Borges – sensitivo espiritualista, instrutor de cursos de projeção da consciência, bioenergia e outros temas espirituais, e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (www.ippb.org.br) – diz que, quanto mais preparado espiritualmente o médium estiver, maior será o seu discernimento a respeito das mensagens que recebe. “Por isso é necessário o aprofundamento do médium nos estudos espirituais sérios. A medida que for progredindo em seus estudos, e baseado em sentimentos elevados, suas percepções se ampliarão, e aí a identificação da procedência espiritual será clara e precisa”.



MAS COMO O MÉDIUM PODE TER CERTEZA DE ESTAR RECEBENDO A COMUNICAÇÃO de um espírito e não somente ouvindo sua voz mental? “Posso afirmar”, diz Avildo Fioravanti, “que no Espiritismo consideramos o termo animismo como sendo os conteúdos e experiências que o espírito traz de outras encarnações e que ficam gravados na consciência do perispírito como uma cultura, um conhecimento. Ao reencarnar, há um esquecimento natural, e no transe mediúnico ocorre muitas vezes que o médium coloca, junto com as palavras transmitidas pelo espírito, palavras do seu repertório”.

Fioravanti ressalta que esse mecanismo enriquece a comunicação, não é ruim, desde que o médium esteja preparado para isso. “Intercalar o conteúdo transmitido pelo espírito com o conhecimento do médium é, hoje em dia, considerado importante. Antigamente, considerava-se um erro, uma deficiência, mas tanto para Kardec quanto para os novos estudos desenvolvidos no Espiritismo, esse fenômeno contribui para a melhoria e aperfeiçoamento das comunicações. O que o médium não deve fazer é colocar palavras ou opiniões pessoais durante a comunicação, com a finalidade de alterar, influenciar e desvirtuar seu objetivo”.

Também é preciso ter em mente que algumas precauções são necessárias no contato com os espíritos. “No próprio Evangelho”, diz Avildo, “existe uma citação sobre esse assunto, que diz: ´Olhai se os espíritos que vêm a nós são de Deus´. Só podemos saber de fato se os espíritos que vêm a nós são de Deus ou pela linguagem, pelas vibrações, ou pela maneira como expõem um tema”. Segundo explica, espíritos superiores não gostam sequer de declarar seu nome, ou o fazem apenas em reuniões muito reservadas. Já os de ordem inferior gostam de dizer que são nobres ou que foram pessoas importantes no passado. “Porém, muitas vezes ocorre que um espírito sério se comunica em nome de outro espírito, como se fosse ele. Mais ou menos como o que acontece entre nós quando um político ou empresário manda alguém representá-lo numa reunião”.

Para Wagner Borges, um espírito pode alterar a aparência de seu corpo espiritual, mas não é capaz de alterar o seu padrão energético. “Pode até se parecer com um mentor espiritual”, explica Borges, “mas como as energias seguem o padrão do que a consciência pensa, sente e faz, o seu clima psíquico será insidioso e estranho. E o oposto também é verdadeiro: um mentor espiritual pode alterar a aparência de seu corpo espiritual para uma figura diferente, só para testar o discernimento do médium, mas suas energias e suas idéias continuarão sadias”. Em outras palavras, o médium deve prestar atenção ao teor das idéias passadas e à qualidade das energias manifestadas pelo espírito. “Pode-se dizer que o padrão energético de cada espírito é o seu cartão de visita consciencial. Compete ao médium saber avaliar se o cartão é válido ou não”.



ALGUNS PROBLEMAS PODEM SURGIR NO CONTATO COM OS ESPÍRITOS. “O contato com espíritos legais”, conta Wagner, “é sempre sadio, pois eles portam energias conscienciais elevadas. Porém, o contato com entidades enfermiças causa sérias intoxicações na aura do médium. Isso pode acarretar sérios distúrbios nas vibrações dos chacras e do campo energético (duplo etérico). Além disso, há o risco de distúrbios psíquicos, com alterações de personalidade e o surgimento de tendências estranhas no jeito de ser do médium desavisado. Pode-se dizer que muitas obsessões espirituais começam por aí”. Segundo ele, não custa nada relembrar o toque espiritual de Jesus: “Orai e vigiai”.

Para Fioravanti, tudo depende do ambiente em que o espírito está se comunicando. “Primeiramente, um médium nunca deve permitir que os espíritos se comuniquem fora do ambiente apropriado, ou seja, a casa espírita. Isso porque o médium pode se fragilizar diante do espírito e, na casa espírita, ande toda o ambiente é preparado para o trabalho de comunicação, ele estará seguro”.

O presidente da Feesp explica que muitos médiuns começam a receber espíritos dentro de seus lares, orientam um filho, um amigo, e alguns ainda cobram para fazer essa assistência. “Aí, o que ocorre é que os espíritos que se afinam com esse tipo de atividade vêm e, com certeza, não são espíritos superiores. Podem não ser maus, mas não são superiores. Muitas vezes, são espíritos brincalhões, frívolos, e acabam influenciando mal as pessoas. Há casos em que esses espíritos se sentem tão bem naquele ambiente que, quando a reunião termina, eles não vão embora; permanecem na casa, ficando ao lado do médium, acarretando sensações de muito mal-estar”.

Avildo também fala a respeito das chamadas sessões com o copo, algo que muita gente gosta de fazer como uma brincadeira. “Quando eu era menino”, explica Avildo, “nunca fui atrás dessas brincadeiras. Meu pai era dirigente de uma casa espírita e dizia que isso era perigoso. Apesar de não saber por quê, eu respeitava, temendo que algo de ruim pudesse me acontecer. Na verdade, uma pessoa que tenha um certo nível de conhecimento, não se identifica com certos tipos de brincadeiras, não é? Por exemplo, um professor não entra na classe jogando papel na cabeça dos alunos, derrubando coisas ou atirando cadernos no chão. Ele entra para dar aula. A mesma coisa acontece com os espíritos superiores; eles não vêm até nós para participar de brincadeiras”.

O problema, ele explica, é que nessas sessões com o copo estão presentes espíritos despreparados e, às vezes, com um pouco de maldade, o que pode tornar a “brincadeira” perigosa. O copo realmente se mexe por existir um ou mais médiuns nessas sessões, mesmo que sejam crianças. “De repente, numa dessas brincadeiras, as crianças resolvem parar e o espírito não quer. E nesse momento que podem começar a acontecer alguns problemas. Eu sei de um caso em que um grupo de adolescentes estava brincando com o copo e ele não parava. Os jovens começaram a se apavorar e, depois, esse copo foi arremessado contra a janela e quebrou do lado de fora da casa. E preciso tomar cuidado”. O mesmo se pode dizer sobre as tábuas ouija, cujo princípio é o mesmo, apenas com outro objeto. “Eu não tenho conhecimento”, prossegue Fioravanti, “de algum incidente que tenha havido com essa brincadeira, mas eu recomendo que não se brinque, porque você está brincando com uma inteligência. Um espírito é um ser inteligente cuja índole você não conhece. É mais ou menos como pegar qualquer indivíduo na rua, levar para dentro de sua casa para que ele participe de uma atividade qualquer. Penso que você jamais faria isso sem saber os antecedentes dessa pessoa”.



WAGNER LEMBRA QUE, PARA MOVER UM OBJETO NO PLANO FÍSICO, é necessária certa quantidade de ectoplasma para que os espíritos desencarnados possam utilizá-lo na produção dos efeitos físicos. “Ocorre que os espíritos apegados e obsessores estão mais próximos, no ponto de vista vibracional. Por isso, há uma forte possibilidade de que quem mexa o copo ou a tábua ouija seja alguém de um plano denso. Há espíritos levianos que adoram se passar por espíritos superiores, dando conselhos furados e aparentando uma nobreza que não possuem. Esses espíritos manipulam a energia psíquica das pessoas envolvidas nas sessões com o copo e a prancha, e movimentam os mesmos a partir desse uso indevido das energias alheias”.

Ele diz que é possível que um espírito superior possa se apresentar e ajudar alguém numa sessão dessas, mas não é o que mostra a prática mediúnica. “Normalmente, os amparadores costumam passar coisas úteis pelas vias da intuição, das idéias criativas, ou mesmo se encontrando com as pessoas durante o sono, quando elas estão projetadas fora de seus corpos densos, para aconselhamento e estudo de temas enobrecedores”.

Além desses cuidados que devem ser tomados, ainda existe o perigo do médium ficar dependente da comunicação espiritual. Para Wagner Borges, a maneira de se evitar isso é o médium estudar e elevar-se espiritualmente, sem se esquecer de que ele também é um espírito e, como tal, apresenta o seu próprio potencial criativo, independentemente do espírito-guia. Fioravanti diz que isso pode ocorrer se o médium estiver em desequilíbrio, com um nível vibratório semelhante ao do espírito, de forma que ambos entram em sintonia. “Se esse médium não tem condições de reverter esse desequilíbrio”, explica Avildo, “essa sintonia permanece e, dependendo do grau de envolvimento já atingido, o espírito pode se tornar um obsessor”. Caso o envolvimento não seja afetivo e esse espírito não mantenha pelo médium qualquer tipo de sentimento de ódio ou raiva, ele entra em sintonia e depois vai embora. Mas se houver um vínculo entre eles, ligado a um passado triste e doloroso, esse espírito pode querer prejudicá-lo.



“É BOM RESSALTAR”, PROSSEGUE FIORAVANTI, “QUE A MELHOR COMUNICAÇÃO É aquela em que há um bom entrosamento e afinidade entre o espírito e o médium. Após o término de uma comunicação recebida por meio de um bom médium, há uma elevação do seu nível vibratório. Às vezes, não permanece por muito tempo, mas se no caso for um espírito superior que está presente, consegue elevar as vibrações a ponto de manter no médium esse equilíbrio. É como ligar um rádio; tem que estar sintonizado na estação escolhida, senão mudamos, porque simplesmente não queremos aquela. Isso ocorre também entre o médium e o espírito que, quando estão sintonizados, transmitem uma boa comunicação, não havendo dependência de nenhuma das partes”.

Com outras palavras, Wagner Borges diz o mesmo. “O legal é ver um conjunto sadio: espíritos comunicantes elevados trabalhando com pessoas encarnadas excelentes”. E ele complementa dizendo que os estudantes espirituais devem ficar atentos para o fato de que o desenvolvimento parapsíquico – incluindo aí a mediunidade; as experiências fora do corpo; a ativação dos chacras; a telepatia; a clarividência e outras capacidades – não é o mesmo que desenvolvimento espiritual.

“Esse último é o desenvolvimento das qualidades de caráter e virtudes de um ser em evolução. E nem sempre os dois desenvolvimentos andam equilibradamente. Há médiuns que apresentam fortes qualidades mediúnicas, mas não portam bom senso e nem se utilizam de suas capacidades para melhoria de si mesmos ou dos outros. Alguns chegam a se utilizar da mediunidade para finalidades destrutivas e sem ética”.

“Para aqueles interessados nesses estudos e práticas espirituais, é sempre bom objetivar o desenvolvimento equilibrado de suas capacidades parapsíquicas como o desenvolvimento de paciência, do discernimento, da compaixão, do bom senso, da inteligência, da modéstia, além de muita alegria e agradecimento ao Todo pelas oportunidades de crescimento consciencial”.

Wagner conclui com uma lição espiritual que o espírito André Luiz lhe passou numa ocasião em que se encontrava fora do corpo: “O subdesenvolvimento da consciência se caracteriza pelo baixo nível dos pensamentos, que nascem no seu campo mental, e pelo alto grau de radicalismo, egoísmo, medo, orgulho, raiva e preconceito que se manifestam no seu campo emocional”.

NA CHAMADA INCORPORAÇÃO QUE OCORRE DURANTE O CONTATO COM OS PLANOS EXTRAFÍSICOS, alguns médiuns perdem totalmente a consciência e outros, não. São tipos diferentes de médiuns, como explica Avildo Fioravanti. “A maioria dos médiuns é do tipo consciente, ou seja, o espírito na verdade não incorpora; apenas induz, através dos pensamentos, a transmissão de uma mensagem. Ao médium cabe o papel de relatar com as suas palavras o conteúdo que está recebendo do espírito, que não manipula os órgãos que transmitem a fala do médium. Porém, existe uma mediunidade mais rara na qual o médium inconsciente transmite pensamentos emitidos pelos espíritos e, após o término do trabalho, não se lembra de nada do que falou. Os chamados médiuns de efeitos físicos também recebem uma ação mais direta do espírito quando, por exemplo, sob seu controle, utilizam as mãos do médium para pintar, desenhar, escrever. Às vezes, em sua vida cotidiana, esses médiuns nunca sequer aprenderam a pintar ou desenhar”.

Com relação à transcomunicação instrumental, Avildo cita Jesus. “Certa vez, Jesus disse que, se proibissem os homens de falar, as pedras falariam. A transcomunicação instrumental nada mais é do que as pedras a que ele se referiu. Nesse processo, os espíritos podem transmitir uma mensagem através de um aparelho eletrônico, gravar uma imagem ou até mesmo falar ao telefone. A complexidade do fenômeno pode ser verificada, por exemplo, na reprodução da voz obtida pelo espírito por meio da manipulação do fluido de um médium, presente ou ausente no local. Sem a participação de um médium e sem esse fluido, não haverá a compatibilidade molecular necessária para tornar possível a materialização da voz ou qualquer outra manifestação física. Nosso órgãos sensoriais estão vinculados às nossas dependências ou necessidades, e é por isso que não conseguimos ver ou ouvir esses espíritos”.

Outro tema importante no que diz respeito a essas comunicações com outras dimensões é a regressão a vidas passadas, ultimamente muito utilizada na psicanálise. Fioravanti diz que o assunto é importante, porque se fazem algumas confusões, tanto no meio espírita quanto entre leigos. “O Espiritismo”, diz ele, “estuda os fenômenos que sempre existiram na natureza. Nada foi inventado. Há alguns utilizados em consultórios ou laboratórios e que estão ligados aos processos mediúnicos, mas não têm nada a ver com o Espiritismo. A terapia de vidas passadas é considerada um fenômeno autêntico que pode ser utilizado pelo terapeuta, mas não na casa espírita, por não fazer parte do currículo de estudos da Doutrina Espírita. Respeitamos e sabemos que existem casos em que certos traumas mantidos no inconsciente podem, através de uma terapia realizada por um psicólogo ou psicanalista bem preparado, ser eliminados e, com isso, o sofrimento de algumas pessoas. É uma técnica válida para os tempos modernos”.

Fioravanti acrescenta que a comunicação com os espíritos só vem trazer um grande alívio à consciência humana.

“Durante muito tempo”, ele diz, “a humanidade viveu de maneira repressiva. Foi educada para ter medo, acreditar em promessas e culpas. O Céu e o Inferno eram os dois elementos para onde nossa alma se encaminharia. Quando Kardec trouxe explicações e exemplos racionais, extraídos do próprio evangelho, um mundo novo surgiu. Em sua afirmação os espíritos não morrem, mas sim continuam tendo uma vida muito semelhante à nossa, ele consegue transmitir um conforto incalculável a todos nós. Sabemos que, no Plano Espiritual, tanto as amizades quanto as famílias se constituem pelo afeto, e não pelos laços consangüíneos ou mesmo por interesse. Sendo assim, viveremos e sempre estaremos com aqueles por quem tivermos verdadeira afinidade e amor”.

É por esse motivo que Jesus disse: “Onde estiver seu tesouro, estará seu coração”.Resultado de imagem para uma imagem pára mensagem contato com o mundo dos espiritas

(Extraído da revista Espiritismo e Ciência 17, páginas 26-33)

Comportamento e Tecnologia



Evita o tumulto extravagante das novidades perturbadoras.
Harmoniza-te de forma que não sejas arrebatado pela ilusão de estar presente em todo lugar ao mesmo tempo, fruindo somente prazeres, possuindo os equipamentos mais recentes, que logo são ultrapassados por outros mais complexos, incapazes, porém, de proporcionar-te a harmonia interior.
Essa correria insensata para a aquisição de instrumentos de utilidade tecnológica e virtual esconde, no seu bojo, a fuga psicológica do indivíduo que não se encoraja a viajar para dentro, procurando descobrir as razões dos conflitos que o aturdem, escondendo-se sob a tirania das máquinas que lhe permitem comunicação com o mundo e todos quantos deseje, sem produzirem a autorrealização no seu possuidor.
Ninguém vive em paz interior sem a consciência do dever retamente cumprido. Após anestesiar-se a consciência por algum tempo, ei-la desperta, gerando culpa e necessidade de corrigenda. Daí o enfermo moral busca novamente a distração nos mecanismos de fuga e transferência.
O ser humano está destinado à glória imortal. A sua é a fatalidade das excelsas bênçãos que o aguardam. Dessa forma, a conquista da dignidade moral é um desafio que deve ser enfrentado e vivenciado desde as experiências mais simples, a fim de ser criado o condicionamento superior para que se transforme em aquisição valiosa. Eis por que o Espiritismo, na sua condição de filosofia exemplar, oferece o concurso da iluminação interior, explicando as razões da existência, sua finalidade, sua origem e sua culminância...

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. 

Fui muito amado! Meus pais se desdobravam em atenção e cuidado para comigo. Fui o segundo filho deles. O primeiro, meu único irmão, Júnior, era perfeito e muito bonito.

 

Não tenho muitas lembranças do período em que estive encarnado com deficiência.

 

Fixo minha mente para recordar, sinto a sensação de que estava preso num saco de carne mole e disforme. Parecia que, ao estar encarnado, estava restrito a uma situação desconfortável e sofrida, porém sabia ser melhor que meu estado anterior, o de desencarnado.

 

Realmente estava restrito, era deficiente físico e mental. Tive paralisia cerebral.

 

Lembro que cuidaram de mim com ternura imensa, gostava quando falavam comigo, me acariciavam.

 

Meus pais tentaram de tudo para que eu melhorasse, fisioterapias, especialistas e cuidados especiais.

 

Vivi três anos e seis meses nesse corpo que agora bendigo, que serviu para que me organizasse do tremendo desajuste em que eu me encontrava. Não andei, não falei, ouvia e enxergava pouco e era portador de muitas doenças no aparelho digestivo.

 

Uma pneumonia me fez desencarnar.

 

Recordo pouco essa minha permanência na carne. É como recordar adulto a primeira infância, O desconforto muito me marcou, como também o imenso amor que meus pais tiveram e têm por mim.

 

Socorrido ao desencarnar por socorristas, fui levado a um hospital de uma colônia.

 

Estive internado numa ala especializada em crianças e deficientes. Lembro-me que lá sentia a falta da presença física de meus pais. Eles foram levados muitas vezes para me ver. Alegrava-me com essas visitas.

 

Meus pais, pessoas boas e com alguns conhecimentos espirituais, puderam, enquanto dormiam, ser desligados do corpo físico e vir me ver. Foram encontros emocionantes. Isso é possível acontecer com muitos pais saudosos. Infelizmente poucos recordam esses comovidos encontros.

 

Recuperei-me. Com o carinho dos tios, trabalhadores do hospital, sarei das minhas deficiências. Retornei à aparência que tinha na encarnação anterior, antes de ter começado com meu vício e danificado meu corpo sadio.

 

Dessa vez gostei de estar desencarnado e mais ainda do hospital.

 

Normalmente em todas as colônias há no hospital uma parte onde são abrigados os que foram deficientes mentais quando encarnados, isso para que recebam tratamento especial para se recuperarem.

 

Ressalvo que muitos ao desencarnarem não têm o reflexo da doença ou das doenças e ao serem desligados da matéria morta são perfeitos, nem passam pelos hospitais. Infelizmente não foi o meu caso. Necessitei me recuperar, após um ano e dois meses estava tendo alta e fui para uma ala no Educandário para jovens.

 

Vou descrever a parte do hospital em que fui abrigado.

 

Os quartos são grandes, ficam juntos muitos internos. Não é bom ficar sozinho, é deprimente. Gostava de ter companhia, de ficar com os outros. Logo me tornei amigo deles.

 

As colônias não são todas iguais. Tudo nelas é visando o bem-estar de seus abrigados. Mas em todas há lugares básicos, como nas cidades dos encarnados, que têm escolas, hospitais, praças, ruas etc. Nas colônias também, só que com mais conforto, bem-estruturados, grandes e bonitos. Visitando tempos depois hospitais em outras colônias, vi que todas são aconchegantes, diferenciando-se nas repartições, no tamanho e nos adornos.

 

Você, Júlio, não é mais doente. É sadio! Tem de se sentir sadio! Vamos tentar?”, dizia para mim Suely, uma das “tias”, sorrindo encantadoramente.

 

A deficiência estava enraizada em mim, necessitei entender muitas coisas para sanar seus reflexos.

 

Quando comecei a falar, passei a escutar e a enxergar normalmente e logo a andar.

 

O quarto em que estava, como todos os outros, tem a porta grande, sempre aberta, que dá para um jardim-parque com muitas árvores, flores, brinquedos e animais dóceis e lindos.

 

Nesse jardim há sempre muita claridade e brincadeiras organizadas. Ali há um palco onde há danças, aulas de canto, música e teatro. Do outro lado dos quartos estão as salas de aula. Gostei muito de ficar ali, naquela parte do hospital. Foi meu lar no período em que estive internado. Encantava-me com o jardim-parque e foi me divertindo sadiamente que me recuperei com certa facilidade. As brincadeiras fazem parte da recuperação. Não existem medicamentos como para os encarnados. Não senti mais dores nem desconforto.

 

O interno é transferido dali quando quer ou quando se sente apto. Sentindo-me bem, fui transferido, mudei para a ala jovem do Educandário, como já mencionei, onde estudei e passei a fazer tarefas.

 

Quando meu curso terminou, pedi para trabalhar na ala do hospital para recuperação de desencarnados que na carne foram viciados em tóxicos. Esse meu pedido tinha razão de ser. Fiquei contente por ter sido aceito e passei a trabalhar com toda a dedicação.

 

Na minha penúltima encarnação tive meu corpo físico perfeito. Que fiz dele? Recordei.

 

Quando estava me recuperando no hospital, as lembranças vieram normalmente. Como “tia” Suely explicou-me, recordar não acontece com todos. Muitos recuperados voltam a reencarnar sem lembrar de nada do passado.

 

Lembrei-me sozinho, sem forçar o meu passado, e “tia” Suely me ajudou a entendê-lo e não “encucar”, pois o passado ficou para trás e só podemos tirar lições para o presente.

 

Principalmente no meu caso, tentar acertar e não repetir os mesmos erros.

 

(Do livro “Deficiente mental, porque fui um?” (Cap. 2) - Ditado por diversos espíritos - Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck Carvalho - Editora Petit)

 

* * *

Para saber mais sobre hospitais em colônias espirituais, leia o livro:

 

 

Três Arco-íris – Uma Colônia de Luz

Ditado pelo Espírito Josué

Psicografia: Eurípedes Kühl

Brilhe a vossa luz

Corre, incessantemente, o caudaloso rio da vida.
Iniciam-se viagens longas, embarca-se
e desembarca-se, entre esperanças renovadas
e prantos de despedida.
Viajores partem, viajores tornam.
Como é difícil atingir o porto de renovação!
Quase sempre, a imprevidência e a inquietude precipitam-se nas profundezas sombrias!...
Para vencer a jornada laboriosa, é preciso
aprender com Alguém que foi o Caminho,
a Verdade e a Vida.
Ele não era conquistador e fundou o maior
de todos os domínios, não era geógrafo e descortinou os sublimes continentes da imortalidade, não era legislador e iluminou
os códigos do mundo, não era filósofo e resolveu
os enigmas da alma, não era juiz e ensinou
a justiça com misericórdia, não era teólogo
e revelou a fé viva, não era sacerdote e fez
o sermão inesquecível, não era diplomata
e trouxe a fórmula da paz, não era médico
e limpou leprosos, restaurou a visão dos cegos
e levantou paralíticos do corpo e do espírito ,
não era cirurgião e extirpou a chaga da animalidade primitiva, não era sociólogo e estabeleceu a solidariedade humana, não era cientista e foi
o sábio dos sábios, não era escritor
e deixou ao planeta o maior dos livros, não era advogado e defendeu a causa da Humanidade inteira, não era engenheiro e traçou caminhos imperecíveis , não era economista e ensinou a distribuição dos bens da vida a cada um por
suas obras, não era guerreiro e continua conquistando as almas há vinte séculos,
não era químico e transformou a lama das
paixões em ouro da espiritualidade superior ,
não era físico e edificou o equilíbrio da Terra,
não era astrônomo e desvendou os mundos
novos da imensidade, enriquecendo de luz
o porvir humano, não era escultor e modelou corações, convertendo-os em poemas vivos
de bondade e esperança..
Ele foi o Mestre, o Salvador, o Companheiro, o Amigo Certo, humilde na manjedoura, devotado
no amor aos infelizes, sublime em todas as lições, forte, otimista e fiel ao Supremo Senhor até a cruz.
Bem aventurados os seus discípulos sinceros,
que se transformam em servidores do mundo
por amor ao seu amor!
Valiosa é a experiência do homem, bela é a ciência da Terra, nobre é a filosofia religiosa que ilumina os conhecimentos terrestres, admirável é a indústria das nações, vigorosa é a inteligência das criaturas, maravilhosos são os sistemas políticos dos povos mais cultos, entretanto, sem Cristo, a grandeza humana pode não passar de relâmpago,
dentro da noite espessa.
"Brilhe a vossa luz", disse o Mestre Inesquecível.
Acenda cada aprendiz do Evangelho
a lâmpada do coração.
Não importa seja essa lâmpada pequenina.
A humilde chama de vela distante é irmã da claridade radiosa da estrela.
É indispensável, porém, que toda a luz do
Senhor permaneça brilhando em nossa jornada
sobre abismos, até a vitória final no porto
da grande libertação.

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Ouve a consciência que te impele ao dever e não te perturbes.
Serve e caminha.
Não podemos construir os mínimos tópicos de alegria no próprio espírito, sem que nos rendamos com alegria ao trabalho que nos compete.
Somos material inteligente nas mãos sábias do Cristo. O Senhor, no entanto, não opera em nós através de constrangimento, porque o Reino de Deus deve realmente surgir nos recessos de nossas próprias almas.
Estuda os desafios que as circunstâncias te lançam em rosto.
É possível que todas as opiniões em derredor de ti se façam contrárias ,entretanto, conserva a paciência e espera por Deus, porque a opinião dos Mensageiros de Deus pode ser diferente.
Amar sem exigir compensação.
Colaborar para o bem nos lugares onde o mal se nos afigure solidamente instalado.
Aguardar sempre o melhor, ainda mesmo nas piores situações.
Todos somos obreiros do progresso.
Todos estamos endereçados à perfeição.

(Do livro "Caminho Iluminado", Francisco Cândido Xavier)

A vontade do Criador, na essência, é, para nós, a atitude mais elevada que somos capazes de assumir, onde estivermos, em favor de todas as criaturas. 
Quem vem a ser, porém, essa atitude mais elevada que estamos chamados a abraçar, diante dos outros? Sem dúvida, é a execução do dever que as leis do Eterno Bem nos preceituam para a felicidade geral, conquanto o dever adquira especificações determinadas, na pauta das circunstâncias. 
Vejamos alguns dos nomes que o definem, nos lugares e condições em que somos levados a cumpri-lo:

  na conduta - sinceridade; 
no sentimento - limpeza; 
na idéia - elevação; 
na atividade - serviço; 
no repouso - dignidade; 
na alegria - temperança; 
na dor - paciência; 
no lar - devotamento; 
na rua - gentileza; 
na profissão - diligência; 
no estudo - aplicação; 
no poder - liberalidade; 
na afeição - equilíbrio; 
na corrigenda - misericórdia; 
na ofensa - perdão; 
no direito - desprendimento; 
na obrigação - resgate; 
na posse - abnegação; 
na carência - conformidade; 
na tentação - resistência; 
na conversa - proveito; 
no ensino - demonstração; 
no conselho - exemplo.

Em qualquer parte ou situação, não hesites quanto à atitude mais elevada a que nos achamos intimados pelos Propósitos Divinos, diante da consciência. Para encontrá-la, basta procures realizar o melhor de ti mesmo, a benefício dos outros, porquanto, onde e quando te esqueces de servir em auxílio ao próximo, aí surpreenderás a vontade de Deus que, sustentando o Bem de Todos, nos atende ao anseio de paz e felicidade, conforme a paz e a felicidade que ofereçamos a cada um.

(De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Lu

ESTÍMULO

Não condenar, não inculpar, não agravar os problemas de quem resvalou no caminho.
Todos temos aprendido de Jesus acerca da tolerância.
Todos refletimos no impositivo da compaixão.
Ainda assim, se não é certo "atirar a primeira pedra" aos companheiros que tombam, desgovernados, será justo negar apoio aos que se levantam?
Urge fortalecer o bem onde o bem aparece.
Quantas vezes, o lidador capaz de produzir um milhão de horas em ação de benemerência, cai exausto a meio da caminhada por lhe sonegarem alguns minutos de incentivo ao refazimento?
Mães e pais, esposos e esposas, comumente isolados no conforto doméstico, suscetíveis de atingir até a longevidade em silencioso heroísmo, cedo se recolhem à enfermidade ou à desencarnação prematura, por não encontrarem no espaço estreito do lar, em anos a fio de labor e abnegação, uma frase ou um gesto só,aquecidos de reconhecimento e de amor, que os induzam a sofrer e a viver.
Não te dês à lisonja que desfigura o caráter de quem a propina e costuma envenenar a mente desprevenida naqueles que a recebem.
Onde encontres a intenção nobre "fazendo força" para servir, cunha a frase espontânea de estímulo ao trabalho por moeda invisível de compreensão e de afeto, à maneira de adubo na árvore iniciante.
Estrelas derramam raios de luz nas sombras da noite.
Fios dágua formam deleitosos oásis balsamizando o deserto.
Podes igualmente clarear o caminho dos que edificam estradas novas para o futuro e amenizar a sede de energia dos que jazem ameaçados pelo desânimo, à frente dos empeços que enxameiam, no mundo, os alicerces das boas obras.
Uma palavra de entendimento, um gesto de bênção para as criaturas que fazem o melhor de si para o bem dos outros.
Um olhar generoso, uma prece furtiva, um aperto de mão. Frequentemente, o coroamento de todo um apostolado depende apenas disso. Se duvidas, observa o poder da gota de óleo quando é chamada a lubrificar a máquina seca.

ANDRÉ LUIZ
(Sol nas Almas, 21, W. Vieira)

Comportamento individual perante as crises da sociedade humana.


Postado por ELIETH TAVARES CASTRO 


"Entre o passageiro e o comboio que o transporta, há singulares e inconfundíveis diferenças. Se o veículo ameaça desastre, é possível que o viajante, dentro dele, se converta em ponto de calma, irradiando reequilíbrio..."

Emmanuel

Tema – Comportamento individual perante as crises da sociedade humana.

As crises, as dificuldades, os desregramentos do mundo!...
De modo habitual, referimo-nos às provações terrestres, mormente nas épocas de transição, como se nos regozijássemos em ser folha inerte nas convulsões da torrente.
Em verdade, o mundo se encontra em renovação incessante, qual sucede a nós próprios, e, nas horas de transformações essenciais, é compreensível que a Terra pareça uma casa em reforma, temporariamente atormentada pela transposição de linhas e reajustamento de valores tradicionais. Tudo em reexame, a fim de que se revalidem os recursos autênticos da civilização, escoimados da ganga dos falsos conceitos de progresso, dos quais a vida se despoja para seguir adiante, mais livre e mais simples, conquanto mais responsável e mais culta.
Natural que a existência em si mesma, nessas ocasiões, se nos afigure como sendo um painel torturado de paixões à solta.
Costumamos olvidar, porém, que o mundo é o mundo e nós somos nós. Entre o passageiro e o comboio que o transporta, há singulares e inconfundíveis diferenças. Se o veículo ameaça desastre, é possível que o viajante, dentro dele, se converta em ponto de calma, irradiando reequilíbrio.
Assim também, no Planeta... Somos todos capazes de fazer cessar em nós qualquer indução à indisciplina ou à desordem. Cada qual pode assumir as rédeas do comando íntimo e estabelecer com a própria consciência o encardo de calafetar com a bênção do serviço e da prece todas as brechas da alma, de modo a impedir a invasão da sombra no barco de nossos interesses espirituais, preservando-nos contra o mergulho no caos, tanto quanto auxiliando aqueles que renteiam conosco na viagem de evolução e de elevação.
Faze-te, pois, onde estiveres, um ponto assim de tranquilidade e socorro. O deserto é, por vezes, imenso; no entanto, bastam algumas fontes isoladas entre si para garantirem a jornada segura através dele. Na ausência do Sol, uma vela consegue acender milhares de outras, removendo o assédio da escuridão.
Que o mundo se encontra em conflitos dolorosos, à maneira de cadinho gigantesco em ebulição para depurar os valores humanos, é mais que razoável, é necessário. Entretanto, acima de tudo, importa considerar que devemos ser, não obstante as nossas imperfeições, um ponto de luz nas trevas, em que a inspiração do Senhor possa brilhar.

Do livro "Encontro Marcado", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

Qual a visão do Espiritismo sobre a Pena de Morte?

De: Ciro Francisco Amantéa
No ítem 760 de “O Livro dos Espíritos”, obra fundamental da Doutrina Espírita, está a pergunta que Allan Kardec, seu Codificador, dirige aos Espíritos do Senhor, a respeito da Pena de Morte desaparecerá um dia da legislação humana?” Responderam os Espíritos: “A pena de morte desaparecerá.” Quando os homens forem mais incontestavelmente e sua supressão assinalará um progresso da Humanidade esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida na Terra. Os homens não terão mais necessidade de ser julgados pelos homens. Falo de uma época que ainda está muito longe de vós.
Kardec comenta então: “O progresso social ainda deixa muito a desejar, mas seríamos injustos para com a sociedade moderna se não víssemos um progresso nas restrições impostas á pena de morte entre os povos mais adiantados, e á natureza dos crimes aos quais se limita a sua aplicação. Se compararmos as garantias de que a justiça se esforça para cercar hoje o acusado, a humanidade com que o trata, mesmo quando reconhecidamente culpado, com o que se praticava em tempos que não vão muito longe, não poderemos deixar de reconhecer a via progressiva pela qual a Humanidade avança.”
Após outras questões que coloca para os Espíritos, de não menor importância, chega ao ítem 765, que se mostra muito atual para os dias de hoje: “Que pensar da pena de morte imposta em nome de Deus?”. A  resposta dos Espíritos é taxativa: “Isso equivale a tomar o lugar de Deus na prática da Justiça. Os que assim agem revelam quanto estão longe de compreender a Deus e quanto têm ainda a expiar. É um crime aplicar a pena de morte em nome de Deus, e os que o fazem são responsáveis por esses assassinatos .”
Ficamos estarrecidos anos atrás, com a morte que o casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, impuseram aos pais da moça, com enorme repercussão por toda a sociedade. A opinião do rabino Henry Sobel, que sempre respeitamos pela sua postura de defensor dos direitos humanos, publicamente, concordou com a Pena de Morte “para este caso”, como disse, o que nos deixou mais estarrecidos ainda. Sua opinião aliás não foi referendada pelo presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo. O rabino Sobel, a nosso ver, mostra total ignorância a respeito da vida além da morte, que constitui o cerne do Espiritismo. O cerceamento imediato e total da liberdade dos assassinos é necessária pois a impunidade ajuda a gerar mais crimes. Há que se colocar os criminosos em locais adequados onde teriam que trabalhar para se sustentarem no processo de seus reajuste e reeducação, hoje, anárquico. Dizer que isso é impossível ou que o melhor é elimina-los também, matando-os, é confessar ignorância, incompetência e fragorosa falência das instituições responsáveis.
Dirá alguém, com todo o direito : Você diz isso por que não se trata de alguém de sua família. Ora, sabemos muito bem o que se passa no coração de um pai, esposo ou esposa numa hora como esta. Realmente não é fácil. É uma prova dificílima que ninguém deseja para alguém. Só que também sabemos o que sucede com aqueles que são eliminados de forma tão brutal quando lhe são aplicadas a Pena de Morte. E sabemos alguma coisa disso porque nos interessamos em analisar este e outros tantos assuntos no estudo de uma Filosofia absolutamente racional, que não apenas fala da existência da alma mas, através de uma literatura investigativa, séria, idônea e científica, mostra-nos a verdade da situação desses espíritos que se libertam cheios de ódio e revolta contra a sociedade humana que os desprezou. Filosofia aliás que está a disposição de todos. E o que se vai fazer com eles dirão outros? Vai-se trata-los como boas pessoas? Não! Não é isso que estamos defendendo. Estamos afirmando que não é através da morte desses indivíduos, não é matando-os, que vamos ajudar a sociedade a melhorar. Com isso só demonstramos incompetência e desatino tão grandes quanto os dos próprios assassinos, além de ignorância total no que diz respeito ao destino de seus espíritos imortais, já que, matando-os, inclusive “legalmente” como dizemos, nós não estamos afastando-os de nossa sociedade, mas enviando-os para a continuação dela, no plano espiritual, de onde aliás poderão melhor ainda nos prejudicar.
Inteligentes e conscientes que somos, mais do que eles quero crer, precisamos encontrar meios para cercear- lhes totalmente a liberdade, que não merecem, e aplicar-lhes a devida punição, mas sempre acobertados pelas que nos Lei, que, se ainda não é igual a de Deus, deve gradualmente caminhar para isso, pois é a Lei de Deus afirma há cerca de quatro mil anos o não matarás , ou será que até essa Lei Divina dirão que nunca ouviram falar, ou, se ouviram, não se sentem na obrigação de cumprir? Entendemos que ao aniquilarmos fisicamente esses indivíduos, só fazemos devolver ao Criador aqueles de seus filhos que ainda respiram no clima do Mal e permitiu nascerem no mundo, para que outros de seus filhos, aqueles que já melhor que Ele, o Pai de todos nós, compreendem o Bem, pudessem ajuda-los de alguma maneira a deixar as Trevas para caminharem igualmente É claro que precisamos ter muita paz no coração para a Luz. Ou esses tais não são filhos de Deus? pensarmos assim, o que demanda um processo, ás vezes longo, de reconciliação com o Bem.
Assim nos ensina a pensar o Espiritismo, com Jesus e com Kardec!pena de morte4

LIÇÃO DE VIDA

 

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa…
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas…
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim…
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,
escurecerão meus olhos…
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos…
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu…
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos…
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos
e escorrerão por minha alma…
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno…
E acima de tudo…
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente,
que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um
é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois….
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS
E CONCRETIZADA NO AMOR!

 

 

https://www.refletirpararefletir.com.br

 Psicografado por Chico Xavier pelo espírito de André Luiz, do livro Mãos Marcadas, por espíritos diversos

 

MOCIDADE E VELHICE

"O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, 
será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro." - André Luiz

 

Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.
A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.
Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.
A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.
Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.
Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.
O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.
Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.

André Luiz

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(Do livro "Correio Fraterno", Francisco Cândido Xavier)

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