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O Poder das Ervas, segundo André Luiz

"Comecei o trabalho procurando esclarecer os espíritos perturbados que se mantinham ligados ao doente.

Mas tinha muita dificuldade, pois estava muito abatido.

Lembrei o quanto seria bom ter a colaboração de Narcisa e tentei.

Concentrei-me em profunda oração a Deus e,nas vibrações da prece, me dirigi a ela pedindo socorro.

Contei-lhe, em pensamento, o que estava acontecendo comigo, informando minhas intenções de ajudar, e insisti para que não deixasse de me socorrer. Foi então que aconteceu o que eu não esperava. Depois de 20 minutos, mais ou menos, quando eu ainda não havia terminado minha prece, alguém me tocou de leve no ombro. Era Narcisa, que me atendia sorrindo:

- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro. Fiquei muito feliz.

A mensageira do bem olhou o quadro, compreendeu a gravidade da situação e disse:

- Não temos tempo a perder.

Antes de qualquer coisa, aplicou passes de alívio ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram imediatamente. Em seguida, me chamou decidida:

- Vamos à natureza.

Acompanhei-a sem vacilar e ela, notando meu espanto, disse:

- Não é só o homem que emite e recebe fluidos. As forças naturais fazem o mesmo, nos vários reinos em que se subdividem. Para o caso do nosso doente, precisamos das árvores. Elas vão nos ajudar com eficiência.

Admirado com a nova lição, segui com ela em silêncio.

Quando chegamos a um local onde havia árvores enormes, Narcisa chamou alguém, com palavras que não pude entender. Logo em seguida, oito entidades espirituais atendiam ao chamado.

Muito surpreso, vi Narcisa perguntar onde poderia encontrar mangueiras e eucaliptos. De posse da informação dos amigos, que eram totalmente estranhos para mim, a enfermeira explicou:

- Estes irmãos que nos atenderam são trabalhadores do reino vegetal.

E, diante da minha surpresa, concluiu:

- Como você vê, não existe nada inútil na casa de Deus. Em toda parte há quem ensine, se houver quem precise aprender. E onde surge uma dificuldade, surge também a solução. O único infeliz na obra divina é o espírito irresponsável que se condenou às trevas da maldade.

Em alguns minutos, Narcisa preparou certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos aquele remédio ao doente, pela respiração comum e pelos poros.

Ele melhorou muito. Pela manhã, logo cedo, o médico afirmou muito surpreso:

- Ele teve uma reação incrível esta noite! Um verdadeiro milagre da natureza."
André Luiz

FRATERLUZ
Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo

JESUS DE NAZARÉ


 
Jesus nos assegurou: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abre” (Mt. 7:7-8).

O ser humano pede, busca e bate. E o Universo em sua plena e total realidade — visível e invisível; material e espiritual — lhe atende.
 
Todavia, gravem bem este ponto: muitas pessoas recebem respostas a pedidos que não se lembram de haver feito. Mas se a resposta veio, é prova de que o pedido foi formulado: o fruto é da mesma natureza da semente.
 
Como se explica que a maioria das pessoas esteja recebendo limitações econômicas, enfermidades, tristezas, inarmonias, se oram pedindo prosperidade, saúde, alegria, concórdia?
 
Começa aqui uma importante meditação: as pessoas não vigiam os seus pensamentos e emoções. Continuamente geram e alimentam pensamentos e emoções negativas durante o dia: são sementes que inadvertidamente estão lançando ao Universo, suscitando-lhe respostas iguais, porque os semelhantes se atraem. É ação de causa e efeito ou, se quiserem, a lei de Newton: “Uma ação gera uma reação diretamente oposta e correspondente”.
 
É assim que a humanidade tem produzido os seus próprios males. O Universo é governado por leis. Mas o homem recebeu a mente para aprender essas leis e agir em conformidade com elas. Se teima em viver na ignorância delas, infelicita-se, mesmo que seja uma pessoa culta.
 
Disse o Mestre: “Os homens darão conta de toda palavra frívola que proferirem, porque, por suas palavras serão justificados e por suas palavras serão condenados” (Mt. 12:36,37).
 
A Lei é esta: Causa e Efeito. Se pensamos no mal, atraímos o mal; se nutrimos ódio atraímos o ódio. Mas se pensamos em harmonia, em saúde, em abundância e agradecemos antecipadamente, com sinceridade ao Deus amoroso e sábio que sempre nos provê o melhor, é isso o que recebemos!
 
Paremos de pedir, de buscar e de bater à porta dos males deste mundo. Sempre que nos descuidamos e pensamos neles e os tememos, eles vêm, porque os chamamos, porque acreditamos neles, porque os tememos! Sabemos que isto acontece porque desde crianças recebemos idéias equivocadas. Tornou-se mecânico. Mas agora, adultos, esclarecidos, devemos decididamente pôr termo a esse engano.
 
Nós não somos os pensamentos e as emoções. Por isso é que podemos e devemos transformá-los para melhor, a pouco e pouco. Ponhamos definitivamente de lado o pensar e sentir que somos azarados, feios, inferiores aos outros, enfermiços e fracos, etc.. Esses estados só nos podem prejudicar. Não servem absolutamente para nada de bom. Por que Mantê-los, então?
 
No Livro de Jó, lemos: “O que eu temia me veio; o que eu receava, me aconteceu”. Jó teve consciência disso. Mas a maioria não percebe o que pensa e teme e atrai. Por isso acusa circunstâncias, pessoas e até a Deus. As situações e pessoas aparentemente nos podem limitar e afligir, mas na realidade o que conta são as nossas reações a elas. Não podemos mudar a vida e as pessoas, mas podemos mudar o nosso modo de encarar e reagir a elas: de modo mais inteligente, equilibrado e compreensivo. Isso nos permitirá dominar a vida em vez de sermos dominados por ela. Ser-nos-á Mestra, em vez de verduga.
 
Ensina Jesus: “Assim como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. E: “a boca fala do que está cheio o coração”. Isto quer dizer que exteriorizamos o que pensamos e sentimos. E se não for positivo, influirá negativamente em nossas atividades e relacionamentos. Aquilo que mantemos em nossos pensamentos e emoções, edificam o “lar psicológico” em que vivemos. Ora, não importa a vida que tivemos, os desafios por que passamos: esqueçamos tudo isso e procuremos, hoje, formar um templo de harmonia, de júbilo, de progresso e de saúde, com novos e melhores pensamentos e emoções!
 
O ser humano deve aprender a ser feliz, tomando cada vez mais consciência do que sente e pensa; deve aprender a ser sábio e amoroso, pensando segundo a verdade dos Mestres e amando como Eles amaram, dentro, é claro, da prudência e não-resistência que a vida aí fora nos exige.
 
Diz o Senhor pela boca de Isaías: “Assim como a chuva desce para regar a terra e fazê-la produzir pão ao que come, assim será a palavra que sair de minha boca: ela não me voltará vazia. Antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”(Isaías 55:10-11).
 
Devemos ter este propósito: de automaestria, de governo consciente do que falamos, para modelarmos emoções, palavras e atos que sejam para o nosso bem e o dos nossos semelhantes.
 
Então, em que devemos pensar? Como devemos pensar? Deixamos S. Paulo responder-nos, com beleza e simplicidade: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe os vossos pensamentos. E o Deus da paz será convosco”! (Filip. 4:8-9). v


Extraído do “Manual de Cura”, livreto de orientação aos participantes da Corrente de Oração UNIDADE.
 
*** 

Por isso vos digo: Todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão. (Marcos, 11:24) 

Seria ilógico concluir-se, desta máxima: “Aquilo que pedirdes pela prece vos será dado”, que basta pedir para obter é injusto acusar a Providência se ela não atender a todos os pedidos que lhe fazem, porque ela sabe melhor do que nós o que nos convém. Assim procede o pai prudente, que recusa ao filho o que lhe será prejudicial. O homem, geralmente, só vê o presente; mas, se o sofrimento é útil para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa o doente sofrer a operação que deve curá-lo.
 
O que Deus lhe concederá, se pedir com confiança, é a coragem, a paciência e a resignação. E o que ainda lhe concederá, são os meios de se livrar das dificuldades, com a ajuda das idéias que lhe serão sugeridas pelos Bons Espíritos, de maneira que lhe restará o mérito da ação. Deus assiste aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: “Ajuda-te que o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Mas, na maioria das vezes, preferimos ser socorridos por um milagre, sem nada fazermos.

Allan Kardec no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - cap. XXVII, item 5 e 7
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“NA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL HÁ ESPÍRITOS LIGADOS AOS EMBRIÕES DESCARTADOS? ”

A reencarnação ocorre por dois meios: o natural e o artificial. Em outras palavras, pela comunhão sexual ou por fertilização artificial, esta última, frequentemente, quando um ou os dois cônjuges são estéreis.

No primeiro caso, isto é, na reencarnação natural, o Espírito reencarnante é atraído pelo campo vibratório que se forma durante a comunhão sexual. Já no segundo caso – uma reencarnação planejada – a ação da medicina, conjugada com a dos mentores espirituais, torna-se imprescindível para que a reencarnação se processe.

Esclarecem-nos os Mentores que a ligação do Espírito reencarnante se dá no momento da concepção, isto é, no momento em que o óvulo é fecundado. Referem-se, evidentemente, à concepção realizada por meios naturais, isto é, através da comunhão sexual. (1)

Pelo fato de ainda não existirem naquela época meios artificiais de fertilização, que só surgiram após o avanço da ciência, os Espíritos não desenvolveram a questão (não havia como se falar sobre algo que ainda não existia).

É certo que, junto com a equipe médica, uma equipe de técnicos espirituais em reencarnação acompanha com cuidado e contribui para o sucesso do procedimento.

Como se trata do retorno de espíritos para a vida física, os Mentores incumbidos da seleção e preparo dos espíritos reencarnantes fazem-se necessários.

No procedimento, os médicos preparam vários embriões que são escolhidos pela capacidade de desenvolverem-se ou não. Nesse aspecto, vê-se, tão somente, as condições orgânicas, puramente físicas da vida prosperar. Os que estiverem em melhores condições, poderão ter chance de desenvolver uma vida.

Quando existirem muitos embriões com condições favoráveis ao desenvolvimento, é possível mantê-los com vida latente por meio do congelamento, para que mais tarde possam ser utilizados na mesma mãe ou em outras incapazes de gerar, naturalmente, bem como em pesquisas. 

A legislação brasileira permite o congelamento e utilização em pesquisas de células-tronco. Sobre o descarte, ela é omissa. Senão, vejamos:

A Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05), em seu artigo 5º, aduz que é “permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: (1) sejam embriões inviáveis; ou (2) sejam embriões congelados há três anos ou mais”.

Não há, portanto, permissão nem vedação expressa ao descarte de embriões humanos.

Do ponto de vista espiritual, a dúvida é – existe a presença de Espíritos ligados aos embriões quando são congelados?

A razão e a lógica dizem que não.

É um assunto controverso no meio espírita, pois existem confrades que defendem a ideia de que existem espíritos ligados à vida iniciante. Nessa linha de pensamento, o congelamento ou descarte de embriões implicaria em aborto.

Minha opinião coaduna-se com a de Richard Simonetti:

“O processo reencarnatório (no caso de inseminação artificial) se inicia quando há perspectiva de desenvolvimento da vida, a partir da implantação do óvulo fecundado no útero materno. Não consigo imaginar os mentores espirituais sustentando em uma geladeira, indefinidamente, uma reencarnação que não irá além do embrião.”. (2)

Assim, raciocinando, no caso de congelamento de embriões, o que há de fato é apenas vida orgânica, sem a presença de Espírito.

Acreditamos que o mesmo raciocínio seja válido para os embriões descartados.

Fernando Rossit- Fonte: Agenda Espírita

 

Corpo, Mente e Espírito

 
 
Hoje em dia a valorização do corpo físico é quase consenso entre as pessoas. Felizmente, é cada vez maior o número de pessoas que se entregam às atividades físicas como as caminhadas e alongamentos, às flexões e práticas esportivas, como um todo. São horas e horas dedicadas à ginásticas, à bicicleta ergométrica, às caminhadas, ao levantamento de peso, etc.
 
Sabemos por experiência própria que todo trabalho em favor do emagrecimento ou modelagem física, exige muito esforço e determinação. É necessário suar muito para melhorar nossa condição física.
 
Claro que todo esse esforço e todos esses exercícios são bons, pois além dos benefícios já citados, nos ajudam a controlar o estresse e manter a mente sã e um corpo sadio. 
 
O corpo é o templo do espírito e por isso merece todo nosso respeito e carinho. Entretanto, não podemos esquecer de outra beleza que é nossa alma, uma joia de elevada e sublime importância. E como a alma reside dentro do organismo físico, concluímos que ele é o estojo agasalhando joia de incalculável valor espiritual. O corpo é o porta-jóias onde a alma se encontra.
Então, uma pergunta se impõe e deve ser respondida com a maior sinceridade: “De que maneira estamos tratando o nosso corpo estojo onde a alma se abriga?”
 
É importante observarmos como o temos alimentado, se estamos concedendo a ele o descanso necessário. Será que não o estamos intoxicando, obrigando-o a aceitar vícios que o desgastam?
 
Será que não estamos mortificando-o através de pensamentos desordenados?
 
E quanto a essa verdadeira jóia que é nossa alma e que também necessita de nossos cuidados? Se cuidamos do porta-jóias, temos com mais razão de cuidar da jóia que é nossa alma, pois ela é a beleza espiritual.
 
Muitas pessoas ainda ignoram que somos espíritos também. Acham que somos apenas o corpo físico, esquecendo-se de nossa realidade espiritual. Assim, como alimentação, higiene, remédios, exercícios físicos, nosso espírito também necessita de atenção. Pela prece se estabelece nossa comunhão com Deus. Nosso espírito alimenta-se de energias positivas e, portanto, revigorantes.
 
A veneranda Joanna de Ângelis, pelas mãos de Divaldo Franco, chegou a escrever que nosso espírito precisa bem mais de oração do que nosso corpo de alimentação. O Culto do Evangelho no Lar é outra luz maravilhosa que temos em mãos para nosso enriquecimento espiritual.
 
Outro recurso maravilhoso para o fortalecimento do espírito é a leitura edificante. O livro espírita é bênção em nossas vidas. Quantos esclarecimentos e quanta consolação obtemos desses tesouros.
 
Para completar, nossa ginástica espiritual, nada é tão saudável e salutar para nossos espíritos que o trabalho em favor do próximo.
 
Oração e trabalho são as asas inseparáveis do nosso fortalecimento espiritual. Cuidemos com muito esmero e carinho tanto do nosso corpo, como do nosso espírito, para que possamos refletir toda a beleza física e espiritual que nos foi concedida pelo Criador.
 

 

 

Referências Bibliográficas:

(1) O Livro dos Espíritos, questões 136-a (2) e 344 (1).

(2) Reencarnação, Inseminação Artificial – Richard Simonetti



GRANDE PARTE DE DESENCARNADOS VOLTAM PARA CASA, NÃO SÃO VISTOS E NEM OUVIDOS, SAEM A VAGAR CORRENDO O RISCO DE CAIR NAS MÃOS DAS FALANGES. ”

Estado de Perturbação.

 

Um Espírito não esclarecido, chega do outro lado praticamente sem consciência do que está acontecendo, não acredita já estar "Morto", continua a agir como se ainda estivesse vivo, assiste todo o funeral e acha que está sonhando, fica ao redor do caixão com seu corpo ou entre os familiares. Depois do enterro, volta para casa e tenta se comunicar, como ninguém responde às suas perguntas fica desorientado, não aceita auxílio de outros espíritos que vieram para ajudar; como sempre lhe disseram que “os bons”, vão direto para o céu, e como uma pessoa nunca se julga má, ele fica esperando que os anjos venham buscá-lo. ´ 

Como os anjos não aparecem, alguns ficam anos ou séculos na sua casa, no local da morte ou junto com os seus bens, tesouros ou pertences.

 

Presos a Matéria.

 

Pessoas que viveram aqui só voltados aos prazeres materiais, sem se preocupar com o seu futuro espiritual, geralmente demoram-se na crosta terrestre, buscando ainda os mesmos tipos de prazer que costumavam cultivar quando encarnados, acomodam-se junto aos encarnados que apreciam os mesmos vícios, induzindo as pessoas a prática, para usufruir dos fluídos. Ex: bebidas, cigarros, etc. 

Aprendem a se alimentar da energia dos vivos, se “encosta” como dizem, numa pessoa que lhe ofereça condições, e muitas vezes, mesmo sem saber que está prejudicando, suga a sua energia. Deixando-a, cada dia mais debilitada, começam a surgir às doenças.

 

Região de Sombra e Dor.

 

Quando o espírito comete delitos graves aqui na Terra (assassinatos, crimes) ele é atraído para regiões de sombra e dor, o chamado umbral, onde pelo sofrimento chegará um dia ao arrependimento e o desejo de reparar o mal praticado, e então será socorrido por espíritos bons que irão retirá-lo de lá e serão conduzidos a postos de atendimento espiritual conhecido como colônias.

 

Falta de preparo para morte.

 

Tudo isso acontece porque as religiões não preparam as pessoas para essa passagem. Somente ensinam que o pecador, batizado, convertido ou morrendo sob confissão, extrema unção, encomendação do corpo ou tendo um funeral com os rituais religiosos, vai direto para o céu. 

As pessoas nasceram e são livres para fazerem o que quiserem inclusive o mal, aí entram as religiões cuja missão é conduzir o homem à prática do bem e da justiça e conseqüentemente prepará-lo para voltar melhor do que quando veio. 

Por não admitir o renascimento a maioria das igrejas não tem outra saída, a não ser ensinar que o morto deve aguardar de braços cruzados dentro do caixão até o momento em que as trombetas vão soar e todos ressuscitarão, para o julgamento coletivo do juízo final. 

Como nada prende um espírito, ele sai por aí para fazer o que quiser. Esse é o motivo que incontáveis irmãos se encontram nessa situação há muito tempo. É obrigação dos vivos auxiliarem com suas orações e atos aqueles que já se foram principalmente convencê-los do arrependimento. 

Daí a necessidade de se doutrinar e evangelizar esses espíritos para que no menor tempo possível lhes seja dado conhecer a Verdade que os libertará das falsas doutrinas e das falsas promessas.

Livro Céu e Inferno.

 

Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro

“PORQUE OS MÉDIUNS DEVEM TER CUIDADO NA QUARESMA? ”

   O início da “Quaresma”, um dos períodos mais difíceis para os Médiuns e todos aqueles que sentem influências dos nossos Irmãos Desencarnados, em função da presença deles, para participar do Carnaval, especialmente os da “Zonas Umbralinas”, que praticamente abandonam o “Umbral”, para gozar a “Festa Mundana” e reviver o Tempo da Matéria.

   Como eles tem enormes dificuldades para voltar e querem continuar no “Plano Físico”, aproveitam-se de “Médiuns Invigilantes”, para absorver “Fluídos” e praticamente ficar sem sofrimentos, num terrível processo de “Obsessão Espiritual”, esgotando nossos queridos Irmãos Encarnados, muitas vezes, levando-os a “Grande Desespero e Tristeza”.

   Mais triste ainda, é a situação de muitos Irmãos já Socorridos, que abandonam às Unidades Socorristas do Espaço, atendendo, infelizmente, a “Baixa Frequência Vibratória” desses dias, “Emanação Deletéria” de Irmãos do Corpo Físico, que se entregam a todo tipo de gozo da carne. Como não sabem voltar, às dificuldade desses Irmãos é muito grande, precisam dos “Fluídos” dos Médiuns, para não sofrer tanto e tentar uma forma de voltar aos “Postos de Socorro do Espaço”.

  Como “AGIR”, para não ficar à mercê desses Irmãos Menos Esclarecidos do Umbral:

1) “VIGIAR”, para não cair nas mãos deles, mantendo Pensamentos Elevados, Superiores e Benéficos.

2) “ORAR”, para ficar ligados ao nossos Irmãos Superiores, Mentores, Guias Espirituais, Protetores e Espíritos Familiares que já se encontram em Elevação Espiritual.

   É chegado o tempo da quaresma, período de quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo: “A morte e a ressurreição de Cristo”. Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.

   Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a Páscoa. No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências. Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.

   Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado. Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.

   De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.

   Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros? Até que ponto as penitências são válidas? Será que necessitamos de um período específico para refletir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?

   Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:

  1. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária?

“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”

  1. a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?

“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma ilusão.”

  1. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?

“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde. Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interditar o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”

  1. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?

“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem. Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas?

   Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes? Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente ,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”

Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões. Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.

Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.

Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne. Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.

A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga, consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições. Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais.

Para evitar conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval. Após o “carnevale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a Páscoa. O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.

Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes. E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.

Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.

Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.

Referências:     

“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec

FONTE: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro



No estado errante, antes de nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida? — Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio.

Não é Deus quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?

 

— Nada acontece sem a permissão de Deus, porque foi ele quem estabeleceu todas as leis que regem, o Universo. Perguntareis agora por que ele fez tal lei em vez de tal outra! Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade dos seus atos e das suas consequências; nada lhe estorva o futuro; o caminho do bem está à sua frente, como o do mal. Mas se sucumbir, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus, na sua bondade, permite-lhe recomeçar o que foi malfeito. É necessário distinguir o que é obra da vontade de Deus e o que é da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que o criastes, mas Deus; tivestes, porém, a vontade de vos expordes a ele, porque o considerastes um meio de adiantamento; e Deus o permitiu.

Se o Espírito escolhe o gênero de provas que deve sofrer, todas as tribulações da vida foram previstas e escolhidas por nós?

— Todas, não, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo o que vos acontece no mundo, até as menores coisas. Escolhestes o gênero de provas; os detalhes são consequências da posição escolhida, e frequentemente de vossas próprias ações. Se o Espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, já sabia a que deslizes se expunha, mas não conhecia cada um dos atos que praticaria; esses atos são produtos de sua vontade ou do seu livre-arbítrio. O Espírito sabe que, escolhendo esse caminho, terá de passar por esse gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, aqueles que influem no destino, estão previstos. Se tomas um caminho cheio de desvios, sabes que deves ter muitas precauções, porque corres o perigo de cair, mas não sabes quando cairás, e pode ser que nem caias, se fores bastante prudente. Se, ao passar pela rua, uma telha te cair na cabeça, não penses que estava escrito, como vulgarmente se diz.

Como o Espírito pode querer nascer entre gente de má vida?

— E necessário ser enviado ao meio em que possa sofrera prova pedida. Pois bem, o semelhante atrai o semelhante, e para lutar contra o instinto do bandido é preciso que ele se encontre entre gente dessa espécie.

Se não houvesse gente de má vida na Terra, o Espírito não poderia encontrar nela o meio necessário a certas provas?

— E deveríamos lamentar isso ? É o que acontece nos mundos superiores, onde o mal não tem acesso. É por isso que neles só existem bons Espíritos. Fazei que o mesmo aconteça, bem logo, em vossa Terra.

O Espírito, nas provas que deve sofrer para chegar à perfeição, terá de experimentar todos os gêneros de tentações? Deverá passar por todas as circunstâncias que possam provocar-lhe o orgulho, o ciúme, a avareza, a sensualidade etc.?

— Certamente não, pois sabeis que há os que tomam desde o princípio um caminho que os afasta de muitas provas. Mas aquele que se deixa levar pelo mau caminho, corre todos os perigos do mesmo. Um Espírito pode pedir a riqueza e esta lhe será dada; então, segundo o seu caráter, poderá tornar-se avarento ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda entregar-se a todos os prazeres da sensualidade. Mas isso não quer dizer que ele devia passar forçosamente por todas essas tendências.

Como pode o Espírito que, em sua origem, é simples, ignorante e sem experiência escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável pela sua escolha?

— Deus supre a sua inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazes com uma criança desde o berço. Mas deixa-lhe pouco a pouco a liberdade de escolher, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve. E então que ele muitas vezes se extravia, tomando o mau caminho, por não ouvir os conselhos dos bons Espíritos. É a isso que podemos chamar a queda do homem.

Quando o Espírito goza do seu livre-arbítrio, a escolha da existência corpórea depende sempre exclusivamente da sua vontade ou essa existência pode lhe ser imposta pela vontade de Deus, como expiação?

- Deus sabe esperar: não precipita a expiação. Entretanto, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, por sua inferioridade ou má vontade, não está apto a compreender o que lhe seria mais proveitoso, e quando vê que essa existência pode servir para a sua purificação, o seu adiantamento, e ao mesmo tempo servir-lhe de expiação.

O Espírito faz a escolha imediatamente após a morte?

– Não, pois muitos criem na eternidade das penas e, como já vos foi dito, isso é um castigo.

O que orienta o Espírito na escolha das provas?

– Ele escolhe as que podem servir de expiação, segundo a natureza de suas faltas, e fazê-lo adiantar mais rapidamente. Uns podem impor-se uma vida de misérias e provações para tentar suportá-la com coragem outros querem experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e o mau emprego que se lhes pode dar e pelas más paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o vício.

Se alguns dos Espíritos escolhem o contato com o vício como prova, há os que o escolhem por simpatia e pelo desejo de viver num meio adequado aos seus gostos, ou para poderem entregar-se livremente às suas inclinações materiais?

— Há, por certo, mas só entre aqueles cujo senso moral é ainda pouco desenvolvido; a prova decorre disso, e eles a sofrem por tempo mais longo Cedo ou tarde, compreenderão que a satisfação das paixões brutais tem para eles consequências deploráveis, que terão de sofrer durante um tempo que lhes parecerá eterno. Deus poderá deixá-los nesse estado até que eles tenham compreendido suas faltas, pedindo por si mesmos o meio de resgatá-las em provas proveitosas.

Não parece natural que os Espíritos escolham as provas menos penosas?

– Para vós, sim; para o Espírito, não. Quando ele está liberto da matéria, cessa a ilusão, e a sua maneira de pensar é diferente

Comentário de Kardec: O homem, submetido na Terra à influência das ideias carnais, só vê nas suas provas o lado penoso. É por isso que lhe parece natural escolher as que, do seu ponto de vista, podem subsistir com os prazeres materiais. Mas na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então, que lhe importam alguns sofrimentos passageiros? O Espírito pode escolher a prova mais rude, e em consequência a existência mais penosa, com a esperança de chegar mais depressa a um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável, para se curar mais rapidamente. Aquele que deseja ligar o seu nome à descoberta de um país desconhecido, não escolhe um caminho coberto de flores, pois sabe os perigos que corre, mas sabe também a glória que o espera, se for feliz.

A doutrina da liberdade de escolha das nossas existências e das provas que devemos sofrer deixa de parecer extraordinária, quando se considera que os Espíritos, libertos da matéria, apreciam as coisas de maneira diferente da nossa. Eles anteveem o fim, e esse fim lhes parece muito mais importante que os prazeres fugidios do mundo. Depois de cada existência, vê em o progresso que fizeram e compreendem quanto ainda lhes falta em pureza, para o atingirem. Eis porque se submetem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, pedindo eles mesmos aquelas que podem fazê-los chegar mais depressa. Não há, pois, motivo para nos admirarmos de que o Espírito não dê preferência à existência mais suave. No seu estado de imperfeição, ele não pode desfrutar a vida sem amarguras, que apenas entrevê. E é para atingi-la que procura melhorar-se.

Não vemos diariamente exemplos de coisas parecidas? O homem que trabalha uma parte de sua vida, sem tréguas nem descanso, a fim de ajuntar o necessário para o seu bem-estar. não desempenha uma tarefa que se impôs, com vistas a um futuro melhor? O militar que se oferece para uma missão perigosa, o viajante que não enfrenta menores perigos, no interesse da Ciência ou de sua própria fortuna, não se submetem a provas voluntárias, que devem proporcionar-lhes honra e proveito, se as vencerem? A que o homem não se submete e não se expõe, pelo seu interesse ou pela sua glória? Todos os concursos não são provas voluntárias para melhorar na carreira escolhida? Não se chega a nenhuma posição social de elevada importância, nas ciências, nas artes, na indústria, sem passar pela série de posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, assim, o decalque da vida espiritual. Nela encontramos, em menor escala, todas as peripécias daquela. Se na vida terrena escolhemos muitas vezes as provas mais difíceis, com vistas a um fim mais elevado, por que o Espírito, que vê mais longe, e para quem a vida do corpo é apenas um incidente fugaz, não escolherá uma existência penosa e laboriosa, se ela o deve conduzir a uma felicidade eterna? Aqueles que dizem que, se pudessem escolher a sua existência, teriam pedido a de príncipes ou milionários, são como os míopes que não veem o que tocam, ou como as crianças gulosas, que respondem, quando perguntamos que profissão preferem: pasteleiros ou confeiteiros.

Da mesma maneira, o viajante, no fundo de um vale nevoento, não vê a extensão nem os pontos extremos da sua rota; mas, chegando ao cume da montanha, seu olhar abrange o caminho percorrido e o que falta percorrer, vê o final de sua viagem, os obstáculos que ainda tem de vencer, e pode então escolher com mais segurança os meios de o atingir. O Espírito encarnado é como o viajante no fundo do vale; desembaraçado dos liames terrestres, é como o que atingiu o cume. Para o viajante, o fim é o repouso após a fadiga; para o Espírito, é a felicidade suprema, após as tribulações e as provas.

Todos os Espíritos dizem que, no estado errante, buscam, estudam, observam, para fazerem suas escolhas. Não temos um exemplo disso na vida corpórea? Não buscamos muitas vezes, através dos anos, a carreira que livremente acabamos por escolher, porque a achamos a mais apropriada aos nossos objetivos? Se fracassamos numa, procuramos outra. Cada carreira que abraçamos é uma fase, um período da vida. Não empregamos cada dia em escolher o que faremos no outro? Ora, o que são as diferentes existências corpóreas para o Espírito, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita que. como sabemos, é a vida normal, não sendo a vida corpórea mais do que transitória, passageira?

O Espírito poderia fazer a sua escolha durante a vida corporal?

— Seu desejo pode ter influência. Isso depende da intenção. Mas, no estado de Espírito, frequentemente vê as coisas de maneira diferente. É o Espírito quem faz a escolha. Mas, ainda assim, ele pode fazê-la nesta vida material, porque o Espírito tem sempre os momentos em que se liberta da matéria.

Muitas pessoas desejam grandezas e riquezas, mas não o será, por certo, como expiação nem como prova?

— Sem dúvida; a matéria deseja essa grandeza, para gozá-la, e o Espírito a deseja, para conhecer-lhe as vicissitudes.

Até que chegue ao estado de perfeita pureza, o Espírito tem de passar constantemente por provas?

— Sim, mas elas não são como as entendeis. Chamais provas às tribulações materiais; ora, o Espírito, chegando a um certo grau, mesmo sem ser perfeito, não tem mais nada a sofrer. Mas tem sempre deveres que o ajudam a se aperfeiçoar, e que não são penosas para ele, a não ser os de ajudar os outros a se aperfeiçoarem.

O Espírito pode enganar-se, quanto à eficácia da prova que escolher?

— Pode escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ocioso e inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada ganhou, e pede para recuperar o tempo perdido.

Ao que se devem as vocações de certas pessoas e sua vontade de seguir uma carreira em vez de outra?

— Parece-me que podeis responder por vós mesmos a esta questão. Não é a consequência de tudo o que dissemos sobre a escolha das provas sobre o progresso realizado numa existência anterior?

Quando o Espírito estuda, na erraticidade, as diversas condições em que poderá progredir, como julga poder fazê-lo, se nascer entre canibais?

— Não são os Espíritos já adiantados que nascem entre os canibais, mas os Espíritos da mesma natureza dos canibais, ou que lhes são inferiores.

Comentário de Kardec: Sabemos que os nossos antropófagos não estão no último grau da escala, e que há mundos onde o embrutecimento e a ferocidade ultrapassam tudo o que existe na Terra. Esses Espíritos são, portanto, ainda inferiores aos mais inferiores do nosso mundo, e vir para o meio dos nossos selvagens é para eles um progresso, como seria um progresso para os nossos antropófagos exercer entre nós uma profissão que não os obrigasse a derramar sangue. Se eles não visam a mais alto, é porque a sua inferioridade moral não lhes permite compreender um progresso mais completo. O Espírito não pode avançar senão gradualmente; não pode transpor de um salto a distância que separa a barbárie da civilização. E está nisso uma necessidade da reencarnação. que se mostra verdadeiramente de acordo com a justiça de Deus. De outra maneira, em que se transformariam esses milhões de seres que morrem diariamente no último estado de degradação, se não tivessem meios de se elevar? Por que Deus os teria deserdado dos favores concedidos aos demais?

Os Espíritos procedentes de um mundo inferior à Terra, ou de um povo muito atrasado, como os canibais, poderiam nascer entre os povos civilizados?

— Sim, há os que se extraviam ao quererem subir muito alto, mas ficam deslocados entre vós, porque têm hábitos e instintos que se chocam com os vossos.

Comentário de Kardec: Esses seres nos dão o triste espetáculo da ferocidade em meio da civilização. Retornando para o meio dos canibais, isso não será um retrocesso, pois não farão mais do que retomar o seu lugar e talvez ainda com proveito.

Um homem pertencente a uma raça civilizada poderia, por expiação, reencarnar-se num raça selvagem?

— Sim, mas isso depende do gênero da expiação. Um senhor que tenha sido duro para os seus escravos poderá tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a outrem. Aquele que mandou numa época, pode, em outra existência, obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade. É uma expiação, se ele abusou do poder, e Deus pode determiná-la. Um bom Espírito pode, para os fazer avançar, escolher uma vida de influência entre esses povos. Então se trata de uma missão.Fonte: Escolha das Provas - Livro dos Espíritos - Perguntas de às 258 a 273

PORQUE OS MÉDIUNS DEVEM TER CUIDADO NA QUARESMA? ”


O início da “Quaresma”, um dos períodos mais difíceis para os Médiuns e todos aqueles que sentem influências dos nossos Irmãos Desencarnados, em função da presença deles, para participar do Carnaval, especialmente os da “Zonas Umbralinas”, que praticamente abandonam o “Umbral”, para gozar a “Festa Mundana” e reviver o Tempo da Matéria.

Como eles tem enormes dificuldades para voltar e querem continuar no “Plano Físico”, aproveitam-se de “Médiuns Invigilantes”, para absorver “Fluídos” e praticamente ficar sem sofrimentos, num terrível processo de “Obsessão Espiritual”, esgotando nossos queridos Irmãos Encarnados, muitas vezes, levando-os a “Grande Desespero e Tristeza”.

Mais triste ainda, é a situação de muitos Irmãos já Socorridos, que abandonam às Unidades Socorristas do Espaço, atendendo, infelizmente, a “Baixa Frequência Vibratória” desses dias, “Emanação Deletéria” de Irmãos do Corpo Físico, que se entregam a todo tipo de gozo da carne. Como não sabem voltar, às dificuldade desses Irmãos é muito grande, precisam dos “Fluídos” dos Médiuns, para não sofrer tanto e tentar uma forma de voltar aos “Postos de Socorro do Espaço”.

Como “AGIR”, para não ficar à mercê desses Irmãos Menos Esclarecidos do Umbral:

1) “VIGIAR”, para não cair nas mãos deles, mantendo Pensamentos Elevados, Superiores e Benéficos.

2) “ORAR”, para ficar ligados ao nossos Irmãos Superiores, Mentores, Guias Espirituais, Protetores e Espíritos Familiares que já se encontram em Elevação Espiritual.

É chegado o tempo da quaresma, período de quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo: “A morte e a ressurreição de Cristo”. Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.

Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a Páscoa. No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências. Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.

Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado. Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.

De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.

Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros? Até que ponto as penitências são válidas? Será que necessitamos de um período específico para refletir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?

Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:

São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”

a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma ilusão.”

Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde. Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interditar o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”

Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem. Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas?

Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes? Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente ,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”

Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões. Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.

Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.

Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne. Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.

A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga, consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições. Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais.

Para evitar conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval. Após o “carnevale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a Páscoa. O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.

Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes. E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.

Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.

Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.

Referências:

“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec

FONTE: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro

O ESPÍRITO ESCOLHE ANTES DE REENCARNAR AS PROVAS QUE TERÁ DURANTE SUA PRÓXIMA ENCARNAÇÃO? ”
Postado por ELIETH TAVARES CASTRO 
No estado errante, antes de nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida? — Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio.

Não é Deus quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?

— Nada acontece sem a permissão de Deus, porque foi ele quem estabeleceu todas as leis que regem, o Universo. Perguntareis agora por que ele fez tal lei em vez de tal outra! Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade dos seus atos e das suas consequências; nada lhe estorva o futuro; o caminho do bem está à sua frente, como o do mal. Mas se sucumbir, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus, na sua bondade, permite-lhe recomeçar o que foi malfeito. É necessário distinguir o que é obra da vontade de Deus e o que é da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que o criastes, mas Deus; tivestes, porém, a vontade de vos expordes a ele, porque o considerastes um meio de adiantamento; e Deus o permitiu.

Se o Espírito escolhe o gênero de provas que deve sofrer, todas as tribulações da vida foram previstas e escolhidas por nós?

— Todas, não, pois não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo o que vos acontece no mundo, até as menores coisas. Escolhestes o gênero de provas; os detalhes são consequências da posição escolhida, e frequentemente de vossas próprias ações. Se o Espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, já sabia a que deslizes se expunha, mas não conhecia cada um dos atos que praticaria; esses atos são produtos de sua vontade ou do seu livre-arbítrio. O Espírito sabe que, escolhendo esse caminho, terá de passar por esse gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, aqueles que influem no destino, estão previstos. Se tomas um caminho cheio de desvios, sabes que deves ter muitas precauções, porque corres o perigo de cair, mas não sabes quando cairás, e pode ser que nem caias, se fores bastante prudente. Se, ao passar pela rua, uma telha te cair na cabeça, não penses que estava escrito, como vulgarmente se diz.

Como o Espírito pode querer nascer entre gente de má vida?

— E necessário ser enviado ao meio em que possa sofrera prova pedida. Pois bem, o semelhante atrai o semelhante, e para lutar contra o instinto do bandido é preciso que ele se encontre entre gente dessa espécie.

Se não houvesse gente de má vida na Terra, o Espírito não poderia encontrar nela o meio necessário a certas provas?

— E deveríamos lamentar isso ? É o que acontece nos mundos superiores, onde o mal não tem acesso. É por isso que neles só existem bons Espíritos. Fazei que o mesmo aconteça, bem logo, em vossa Terra.

O Espírito, nas provas que deve sofrer para chegar à perfeição, terá de experimentar todos os gêneros de tentações? Deverá passar por todas as circunstâncias que possam provocar-lhe o orgulho, o ciúme, a avareza, a sensualidade etc.?

— Certamente não, pois sabeis que há os que tomam desde o princípio um caminho que os afasta de muitas provas. Mas aquele que se deixa levar pelo mau caminho, corre todos os perigos do mesmo. Um Espírito pode pedir a riqueza e esta lhe será dada; então, segundo o seu caráter, poderá tornar-se avarento ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda entregar-se a todos os prazeres da sensualidade. Mas isso não quer dizer que ele devia passar forçosamente por todas essas tendências.

Como pode o Espírito que, em sua origem, é simples, ignorante e sem experiência escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável pela sua escolha?

— Deus supre a sua inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazes com uma criança desde o berço. Mas deixa-lhe pouco a pouco a liberdade de escolher, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve. E então que ele muitas vezes se extravia, tomando o mau caminho, por não ouvir os conselhos dos bons Espíritos. É a isso que podemos chamar a queda do homem.

Quando o Espírito goza do seu livre-arbítrio, a escolha da existência corpórea depende sempre exclusivamente da sua vontade ou essa existência pode lhe ser imposta pela vontade de Deus, como expiação?

- Deus sabe esperar: não precipita a expiação. Entretanto, pode impor certa existência a um Espírito, quando este, por sua inferioridade ou má vontade, não está apto a compreender o que lhe seria mais proveitoso, e quando vê que essa existência pode servir para a sua purificação, o seu adiantamento, e ao mesmo tempo servir-lhe de expiação.

O Espírito faz a escolha imediatamente após a morte?

– Não, pois muitos criem na eternidade das penas e, como já vos foi dito, isso é um castigo.

O que orienta o Espírito na escolha das provas?

– Ele escolhe as que podem servir de expiação, segundo a natureza de suas faltas, e fazê-lo adiantar mais rapidamente. Uns podem impor-se uma vida de misérias e provações para tentar suportá-la com coragem outros querem experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e o mau emprego que se lhes pode dar e pelas más paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o vício.

Se alguns dos Espíritos escolhem o contato com o vício como prova, há os que o escolhem por simpatia e pelo desejo de viver num meio adequado aos seus gostos, ou para poderem entregar-se livremente às suas inclinações materiais?

— Há, por certo, mas só entre aqueles cujo senso moral é ainda pouco desenvolvido; a prova decorre disso, e eles a sofrem por tempo mais longo Cedo ou tarde, compreenderão que a satisfação das paixões brutais tem para eles consequências deploráveis, que terão de sofrer durante um tempo que lhes parecerá eterno. Deus poderá deixá-los nesse estado até que eles tenham compreendido suas faltas, pedindo por si mesmos o meio de resgatá-las em provas proveitosas.

Não parece natural que os Espíritos escolham as provas menos penosas?

– Para vós, sim; para o Espírito, não. Quando ele está liberto da matéria, cessa a ilusão, e a sua maneira de pensar é diferente

Comentário de Kardec: O homem, submetido na Terra à influência das ideias carnais, só vê nas suas provas o lado penoso. É por isso que lhe parece natural escolher as que, do seu ponto de vista, podem subsistir com os prazeres materiais. Mas na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então, que lhe importam alguns sofrimentos passageiros? O Espírito pode escolher a prova mais rude, e em consequência a existência mais penosa, com a esperança de chegar mais depressa a um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável, para se curar mais rapidamente. Aquele que deseja ligar o seu nome à descoberta de um país desconhecido, não escolhe um caminho coberto de flores, pois sabe os perigos que corre, mas sabe também a glória que o espera, se for feliz.

A doutrina da liberdade de escolha das nossas existências e das provas que devemos sofrer deixa de parecer extraordinária, quando se considera que os Espíritos, libertos da matéria, apreciam as coisas de maneira diferente da nossa. Eles anteveem o fim, e esse fim lhes parece muito mais importante que os prazeres fugidios do mundo. Depois de cada existência, vê em o progresso que fizeram e compreendem quanto ainda lhes falta em pureza, para o atingirem. Eis porque se submetem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, pedindo eles mesmos aquelas que podem fazê-los chegar mais depressa. Não há, pois, motivo para nos admirarmos de que o Espírito não dê preferência à existência mais suave. No seu estado de imperfeição, ele não pode desfrutar a vida sem amarguras, que apenas entrevê. E é para atingi-la que procura melhorar-se.

Não vemos diariamente exemplos de coisas parecidas? O homem que trabalha uma parte de sua vida, sem tréguas nem descanso, a fim de ajuntar o necessário para o seu bem-estar. não desempenha uma tarefa que se impôs, com vistas a um futuro melhor? O militar que se oferece para uma missão perigosa, o viajante que não enfrenta menores perigos, no interesse da Ciência ou de sua própria fortuna, não se submetem a provas voluntárias, que devem proporcionar-lhes honra e proveito, se as vencerem? A que o homem não se submete e não se expõe, pelo seu interesse ou pela sua glória? Todos os concursos não são provas voluntárias para melhorar na carreira escolhida? Não se chega a nenhuma posição social de elevada importância, nas ciências, nas artes, na indústria, sem passar pela série de posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, assim, o decalque da vida espiritual. Nela encontramos, em menor escala, todas as peripécias daquela. Se na vida terrena escolhemos muitas vezes as provas mais difíceis, com vistas a um fim mais elevado, por que o Espírito, que vê mais longe, e para quem a vida do corpo é apenas um incidente fugaz, não escolherá uma existência penosa e laboriosa, se ela o deve conduzir a uma felicidade eterna? Aqueles que dizem que, se pudessem escolher a sua existência, teriam pedido a de príncipes ou milionários, são como os míopes que não veem o que tocam, ou como as crianças gulosas, que respondem, quando perguntamos que profissão preferem: pasteleiros ou confeiteiros.

Da mesma maneira, o viajante, no fundo de um vale nevoento, não vê a extensão nem os pontos extremos da sua rota; mas, chegando ao cume da montanha, seu olhar abrange o caminho percorrido e o que falta percorrer, vê o final de sua viagem, os obstáculos que ainda tem de vencer, e pode então escolher com mais segurança os meios de o atingir. O Espírito encarnado é como o viajante no fundo do vale; desembaraçado dos liames terrestres, é como o que atingiu o cume. Para o viajante, o fim é o repouso após a fadiga; para o Espírito, é a felicidade suprema, após as tribulações e as provas.

Todos os Espíritos dizem que, no estado errante, buscam, estudam, observam, para fazerem suas escolhas. Não temos um exemplo disso na vida corpórea? Não buscamos muitas vezes, através dos anos, a carreira que livremente acabamos por escolher, porque a achamos a mais apropriada aos nossos objetivos? Se fracassamos numa, procuramos outra. Cada carreira que abraçamos é uma fase, um período da vida. Não empregamos cada dia em escolher o que faremos no outro? Ora, o que são as diferentes existências corpóreas para o Espírito, senão fases, períodos, dias da sua vida espírita que. como sabemos, é a vida normal, não sendo a vida corpórea mais do que transitória, passageira?

O Espírito poderia fazer a sua escolha durante a vida corporal?

— Seu desejo pode ter influência. Isso depende da intenção. Mas, no estado de Espírito, frequentemente vê as coisas de maneira diferente. É o Espírito quem faz a escolha. Mas, ainda assim, ele pode fazê-la nesta vida material, porque o Espírito tem sempre os momentos em que se liberta da matéria.

Muitas pessoas desejam grandezas e riquezas, mas não o será, por certo, como expiação nem como prova?

— Sem dúvida; a matéria deseja essa grandeza, para gozá-la, e o Espírito a deseja, para conhecer-lhe as vicissitudes.

Até que chegue ao estado de perfeita pureza, o Espírito tem de passar constantemente por provas?

— Sim, mas elas não são como as entendeis. Chamais provas às tribulações materiais; ora, o Espírito, chegando a um certo grau, mesmo sem ser perfeito, não tem mais nada a sofrer. Mas tem sempre deveres que o ajudam a se aperfeiçoar, e que não são penosas para ele, a não ser os de ajudar os outros a se aperfeiçoarem.

O Espírito pode enganar-se, quanto à eficácia da prova que escolher?

— Pode escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ocioso e inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada ganhou, e pede para recuperar o tempo perdido.

Ao que se devem as vocações de certas pessoas e sua vontade de seguir uma carreira em vez de outra?

— Parece-me que podeis responder por vós mesmos a esta questão. Não é a consequência de tudo o que dissemos sobre a escolha das provas sobre o progresso realizado numa existência anterior?

Quando o Espírito estuda, na erraticidade, as diversas condições em que poderá progredir, como julga poder fazê-lo, se nascer entre canibais?

— Não são os Espíritos já adiantados que nascem entre os canibais, mas os Espíritos da mesma natureza dos canibais, ou que lhes são inferiores.

Comentário de Kardec: Sabemos que os nossos antropófagos não estão no último grau da escala, e que há mundos onde o embrutecimento e a ferocidade ultrapassam tudo o que existe na Terra. Esses Espíritos são, portanto, ainda inferiores aos mais inferiores do nosso mundo, e vir para o meio dos nossos selvagens é para eles um progresso, como seria um progresso para os nossos antropófagos exercer entre nós uma profissão que não os obrigasse a derramar sangue. Se eles não visam a mais alto, é porque a sua inferioridade moral não lhes permite compreender um progresso mais completo. O Espírito não pode avançar senão gradualmente; não pode transpor de um salto a distância que separa a barbárie da civilização. E está nisso uma necessidade da reencarnação. que se mostra verdadeiramente de acordo com a justiça de Deus. De outra maneira, em que se transformariam esses milhões de seres que morrem diariamente no último estado de degradação, se não tivessem meios de se elevar? Por que Deus os teria deserdado dos favores concedidos aos demais?

Os Espíritos procedentes de um mundo inferior à Terra, ou de um povo muito atrasado, como os canibais, poderiam nascer entre os povos civilizados?

— Sim, há os que se extraviam ao quererem subir muito alto, mas ficam deslocados entre vós, porque têm hábitos e instintos que se chocam com os vossos.

Comentário de Kardec: Esses seres nos dão o triste espetáculo da ferocidade em meio da civilização. Retornando para o meio dos canibais, isso não será um retrocesso, pois não farão mais do que retomar o seu lugar e talvez ainda com proveito.

Um homem pertencente a uma raça civilizada poderia, por expiação, reencarnar-se num raça selvagem?

— Sim, mas isso depende do gênero da expiação. Um senhor que tenha sido duro para os seus escravos poderá tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a outrem. Aquele que mandou numa época, pode, em outra existência, obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade. É uma expiação, se ele abusou do poder, e Deus pode determiná-la. Um bom Espírito pode, para os fazer avançar, escolher uma vida de influência entre esses povos. Então se trata de uma missão.Fonte: Escolha das Provas - Livro dos Espíritos - Perguntas de às 258 a 273

O espelho da vida

 

A mente é o espelho da vida em toda parte.
Ergue-se na Terra para Deus, sob a égide do Cristo, à feição do diamante bruto, que, arrancado ao ventre obscuro do solo, avança, com a orientação do lapidário, para a magnificência da luz.
Nos seres primitivos, aparece sob a ganga do instinto, nas almas humanas surge entre as ilusões que salteiam a inteligência, e revela-se nos Espíritos Aperfeiçoados por brilhante precioso a retratar a Glória Divina.
Estudando-a de nossa posição espiritual, confinados que nos achamos entre a animalidade e a angelitude, somos impelidos a interpretá-la como sendo o campo de nossa consciência desperta, na faixa evolutiva em que o conhecimento adquirido nos permite operar.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de suas ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois, a influência recíproca.
Tudo se desloca e renova sob os princípios de interdependência e repercussão.
O reflexo esboça a emotividade.
A emotividade plasma a idéia.
A idéia determina a atitude e a palavra que comandam as ações.
Em semelhantes manifestações alongam-se os fios geradores das causas de que nascem as circunstâncias, válvulas obliterativas ou alavancas libertadoras da existência.
Ninguém pode ultrapassar de improviso os recursos da própria mente, muito além do círculo de trabalho em que estagia; contudo, assinalamos, todos nós, os reflexos uns dos outros, dentro da nossa relativa capacidade de assimilação.
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos.
Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam e, através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso.
O reflexo mental mora no alicerce da vida.
Refletem-se as criaturas, reciprocamente, na Criação que reflete os objetivos do Criador.


Francisco Cândido Xavier - Pensamento e Vida - pelo Espírito Emmanuel


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