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Respostas a este tópico

ALMAS PROBLEMAS

  
A pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida...
O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.
O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.
Todos eles provêm do teu passado espiritual.
Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa. Mas tu também. Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes e outros predisponentes, que induzem e levam ao abismo.
Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis. Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.
Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses... Horas soam em que um sentimentos de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado... Ledo engano!
Só há liberdade real, quando se resgata o débito. Distância física não constitui impedimento psíquico. Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.
O Espírito é a vida, e enquanto o amor não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado. Arrima-te ao amor e sofre com paciência.
Suporta a alma-problema que se junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e prosseguir. Ama, socorrendo.
Dia nascerá, luminoso, em que, superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.
O problema toma a dimensão que lhe proporcionas. Mas o amor, que “cobre a multidão dos pecados” voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis ao médium Divaldo Pereira Franco
 
 

PESSOAS QUE NÃO MAIS REENCARNARÃO NA TERRA. PORQUE?

Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem.

Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.

A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o .que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza

 

ANA MARIA TEODORO MASSUCI- Espirit book

“COMO É FEITO O RESGATE DOS ESPÍRITOS NOS CASOS DE MORTE VIOLENTA? ”

 

Ninguém, em circunstancias de morte violenta, em acidentes fatais, jamais estará desamparado, à míngua de uma assistência espiritual socorrista.

Todos são socorridos e atendidos em suas necessidades específicas, de acordo com o respectivo grau de maturidade consciencial, merecimento e a gravidade do estado pessoal de cada um.

Quando ocorre um acidente ou desastre doloroso no plano físico, imediatamente, no mundo espiritual, os Centros ou Núcleos de Pronto Socorro e Atendimento Espiritual mais próximos tomam conhecimento da ocorrência, providenciando com a máxima urgência o socorro das vítimas acidentadas que venham a morrer ou que fiquem poli traumatizadas e em estado grave no local do sinistro.

Nestas circunstancias emergenciais a pessoa moribunda agonizante ou desencarnante emite pensamentos aflitivos que se propagam na multidimensionalidade extrafísica, como se fossem verdadeiros S.O.S. telepáticos, os quais são devidamente captados e registrados por meio de sofisticada tecnologia, possibilitando a imediata localização e identificação pessoal das vítimas do desastre.

Equipes de socorro espiritual dirigem-se imediatamente ao local do acidente para a prestação do respectivo socorro e demais providências de amparo assistencial.

A título de exemplo, no capítulo XVIII – Resgates Coletivos, do livro Ação e Reação, psicografado e editado pelo Espírito André Luiz, 2a. ed. FEB, páginas 236 e seguintes, encontra-se o relato de um desastre aviatório.

Qual era a situação das pessoas vitimadas?

Vários desencarnados no referido acidente encontravam-se em posição de choque, presos aos respectivos corpos físicos, mutilados parcial ou totalmente, entretanto alguns apresentavam-se em melhores condições de lucidez consciencial.

Outros sentiam-se imantados aos próprios restos cadavéricos, gemendo de dor e sofrimento, e outros ainda gritavam em desespero, mantendo-se também aprisionados aos despojos físicos, em violenta crise de inconsciência, numa profunda perturbação.

Os espíritos socorristas, médicos e enfermeiros em especial, a todos atendiam com elevado sentimento de compaixão, prestando a assistência espiritual de acordo com a situação de cada um.

Comentários elucidativos a respeito da situação de cada vítima, feitos por generoso mentor espiritual, merecem ser analisados para efeitos de esclarecimentos educativos, objetivando a autoconscientização e o autoconhecimento de cada um e de todos.

O socorro espiritual é ministrado indistintamente a todos, sem nenhuma exceção.

A expressão – “Se o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para cada um”, é um ensinamento importante e merece ser assimilado.

Nem todos podem ser retirados dos despojos físicos, cadaverizados, logo imediatamente.

A afirmação de que “Somente aquele cuja vida interior lhe outorga a imediata liberação”, é de relevante significado educativo, pois revela a necessidade moral de se buscar o autoconhecimento e a consequente emancipação psicológica e emocional indispensável para maior autonomia e discernimento conscienciais, ainda em plena vida física.

As pessoas que se dispuseram a viver em harmonia com a cosmoética nada têm a temer diante do momento decisivo e crucial da própria morte física.

Aquele cuja vida consciencial se manteve em desalinho, vivendo em descompasso desarmônico com as Leis da Vida, concentrando-se no egoísmo, perdendo valiosas oportunidades de amar e bem servir ao próximo como a si mesmo, e, por conseguinte, ficando mais condicionado às manifestações instintivas e emocionais, sem nenhuma preocupação com os valores espirituais para o próprio crescimento e desenvolvimento consciencial, este fica apegado ao corpo físico, não tendo condições de manter equilíbrio harmônico e a lucidez consciencial indispensáveis à neutralização dos impulsos de atração e imantação energética que o retém ao cadáver mutilado.

Nestas circunstancias, o desencarnado permanecerá ligado por tempo indeterminado aos despojos cadavéricos que lhe pertencem.

Este tempo indeterminado está na dependência “do grau de animalização dos fluídos que lhes retêm o espírito à atividade corpórea”. (p. 238).

Pode levar horas, dias ou meses até a completa e plena autolibertação psicológica, emocional, consciencial e espiritual.

Mas aquelas vítimas desencarnadas no desastre, as quais não têm condições de se afastar do próprio cadáver, ficarão relegadas ao sabor das circunstancias, por tempo indefinido, sem nenhum outro tipo de assistência socorrista?

Jamais isto acontece.

Todas, sem exceção, são amparadas sempre.

“Ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo”. (p. 239).

KARDEC RIO PRETO | Cícero Marcos Teixeira

Fonte: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/T_autores/TEIXEIRA_Cicer...

"17 ANOS ESTIVE ENCARNADO" ERA UM ESPÍRITO MORTO, HABITANDO UM CORPO VIVO. PSICOGRAFIA DO ESPÍRITO ELEUTÉRIO.

 
A última vez que estive encarnado na Terra, meu Espírito ganhou como instrumento de aperfeiçoamento e burilamento um corpo disforme e mentalmente prejudicado. Vivi por 17 anos, não foi uma Reencarnação longa, foi somente o tempo que meu Espírito infrator precisava para completar um tempo que eu mesmo em outra existência aniquilara, esses 17 anos foram para mim de grande valia. Aprendi muito e "Resgatei Dívidas" muito grandes.
Embora tenha sido uma vida difícil, para meu Espírito, muito mais difícil foi para minha mãe que se redobrava em trabalhos como lavadeira, serviço que fazia em casa, e tomar conta de mim. Tamanha a minha dependência que não era capaz de absolutamente nada, paralítico e deficiente mental, nunca proferi uma palavra sequer e a paralisia me deixava estático em uma cama.
Apesar disso tudo agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de nesses 17 anos aprender muita coisa. Fui suicida numa encarnação anterior, era um homem inteligente e muito ativo, mas não soube dar valor a vida e num dia de desespero tirei minha própria vida. Ah! Se as pessoas soubessem o que é ser um suicida, da dor imensa que passa quem comete tal ato e não mais haveria suicídios. Por não ter dado valor ao corpo sadio voltei nessa triste condição em que não tinha a menor lucidez, os raros momentos de lucidez eram através de sonhos conturbados, mas ao acordar de nada mais me lembrava.
Eu era um “espírito morto” habitando um corpo vivo.
Hoje, tanto tempo depois de ter passado por essa experiência posso dizer a vocês que ela me foi muito valiosa. De grande valia também para minha mãe que juntamente comigo falhara em outra existência e que dessa vez aprendeu o que é ter que cuidar de alguém tão dependente, e aprendeu muito mais que isso, aprendeu a me amar como só as mães sabem. Eu e ela, cada um sofrendo proporcional ao que precisava sofrer.
Bendita encarnação! Deus é amor e não estamos eternamente fadados aos erros de outrora, temos a chance de melhorar nossa situação mesmo que a duras penas. Penas essas impostas por nós mesmos, nunca por Deus, pois que Ele em seu amor não pune ninguém.
Muita paz.

Eleutério.
Médium: Débora S. C.
Antonio Carlos Piesigilli

O supérfluo e o necessário

Abortamento

Em que momento acontece o milagre da vida? Em que instante o sopro Divino passa a animar o corpo daquele novo ser que logo surgirá na Terra?

A resposta a essas perguntas sempre inquietou a Humanidade. Debruçaram-se sobre ela filósofos, religiosos e cientistas. Apenas a religião oferece certezas.

O mais interessante é que essas certezas são muito semelhantes, o que indica que as diversas tradições religiosas, ao redor do Mundo, guardam entre si muitas coisas em comum.

Por exemplo, quase todas as religiões ensinam que a vida inicia no momento da concepção.

Naquele momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo, inicia-se o mais complexo e comovente processo: a formação de um novo corpo humano.

E, asseguram os religiosos, é nesse instante sublime que o Espírito se une ao corpo em formação.

Por isso, também, todas as religiões são unânimes em reprovar o abortamento. A única exceção é quando a gravidez ameaça a vida da mãe. E isso também é uma unanimidade entre todas as crenças.

Ora, se é assim, se todas as religiões humanas o desaconselham, por que a Humanidade insiste no abortamento?

O que faz com que pai e mãe escolham matar seu filhinho? O que nos move em direção a um ato que vitima uma criatura frágil e desprotegida?

Resposta: nosso egoísmo. Quando nos vemos em uma situação que ameaça nosso conforto, em geral nos defendemos escolhendo uma atitude defensiva.

O problema é quando a nossa atitude defensiva viola os direitos dos outros. E isso, definitivamente, acontece quando se faz um abortamento.

Sim, porque no silêncio do ventre cresce um corpo que já tem dono. Será a morada de um Espírito imortal, abrigará um filho de Deus.

Quantas vezes nós, os que acreditamos em Deus, pensamos que aquele corpo em formação é a morada de um irmão nosso? Um ser especial que as mãos de Deus depositaram em nosso colo?

E como recebemos essa vida nova? O que fazemos com o Divino presente que nos chega às mãos? Será certo sufocá-lo quando está ainda tão frágil e pequenino?

Não. A vida pede proteção, amparo.

Em todos os países e idiomas do Mundo, a maternidade é louvada como sublime. Não podemos, em nome da modernidade, corromper os valores morais e éticos que herdamos. A lei natural é a do progresso. Jamais de retrocesso.

Hoje, o discurso de muita gente é que a mulher deve ter poder de decisão sobre seu corpo.

A legalização do abortamento é tratada como avanço dos direitos humanos, pois se alega que a medida vai proteger as mulheres pobres que fazem abortamentos ilegais.

São argumentações equivocadas. Partem de princípios errôneos.

Primeiro, porque o feto é um ser à parte. Ele não faz parte do corpo da mãe.

E cabe a pergunta: De que direitos humanos falamos? Direitos humanos são para garantir práticas éticas e não para legalizar o assassinato de crianças.

E se desejamos, de fato, proteger as mulheres pobres das consequências de um abortamento ilegal, deveríamos investir em saúde e educação.

São antídotos. Mulheres informadas usarão métodos contraceptivos, terão acesso a informação. Não precisarão matar para evitar uma gestação.

Por outro lado, onde fica o amor que tanto falamos e aspiramos sentir? O exercício do amor nos recomenda cuidar dos mais fracos. Que amor é esse que se desvencilha da vida que floresce?

O amor acolhe, abençoa, fortalece. É a expressão máxima da solidariedade. O amor, com certeza, não mata.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.02.2010.

A força do exemplo

 
Manhã luminosa. Sol esplendente, fazendo jorrar seus raios multicores sobre a minha face. Inicio a minha trajetória em mais um dia abençoado por Deus. Alhures, diviso um casal de rolinhas, arrulhando e se acariciando _ exemplo de amor! Subindo a ladeira, caminhando com passos incertos, olhos perdidos no tempo, surge uma criatura esquálida e maltrapilha _ exemplo de abandono! Alguém se desvia dela, como se de um malfeitor. Lembro-me de uma frase que aprendi: "Por que fugirmos dos andrajos humanos se em nossos corações repousam ulcerações lamentáveis?" 
 
Mais adiante, uma velhinha de pequena estatura tem dificuldades em alcançar a campanhia de uma residência _ alguém presto resolve o seu problema _ exemplo de solidariedade! 
 
A caminhada prossegue. Vejo uma igreja. Pela porta semi-aberta, diviso criaturas orando _ exemplo de fé! Vem-me à mente, outro ensinamento: "O templo que o homem ergue, seja, antes de tudo, o teto de agasalho onde o cansado repouse, o aflito dormite e o in feliz encontre a paz. Seja simples e modesto, para que sua ostentação não fira a humildade de quantos o busquem". 
Sentados num banco junto à pracinha, três amigos recordam animados os "bons tempos" e sorriem felizes: exemplo de amizade! Ouço um deles, dizendo: "Na amizade e no amor se repartem os bens imortais da alma". Não longe, forte rapaz puxa uma carroça abarrotada de mercadorias _ exemplo de trabalho! 
 
O tempo transcorre. Continuo com minhas observações. Caminhando cambaleante, segue um infeliz dominado pela bebida _ exemplo de vício! Pitágoras exarou: "Não é livre aquele que não obteve domínio sobre si próprio". 
 
Respiro a longos haustos. Ali perto, uma livraria. Dirijo-me até lá. Um vendedor solícito me atende com carinho e atenção _ exemplo de gentileza! Na vitrine deparo com um extraordinário dizer do Pe. Antonio Vieira: "O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive". 
 
Retiro-me feliz. Uma senhora conversa com um maltrapilho e lhe oferece, além do caldo reconfortante, alguns minutos de conversação fraterna _ exemplo de caridade! Emmanuel, escritor espiritual, baila em meu campo mental, relembrando-me um ensinamento: "Sublime é a caridade que se transforma em reconforto. Divina é a caridade que se converte em amor irradiante". 
 
Uma estátua na praça. Uma menina loura a observá-la. Na ampulheta do tempo, revejo-me lendo uma historieta: "O fato ocorreu na Itália. Havia uma estátua que representava uma menina grega, escrava. Era formosa, limpa e bem vestida. Uma menina maltrapilha, desasseada, despenteada, deteve-se a contemplar a estátua, enamorando-se dela. Ficou admirada, encantada. Chegou em casa, lavou-se e penteou-se. Pôs em ordem seus vestidos e passou a cuidar-se melhor. A força do exemplo, mesmo um exemplo mudo, estereotipado no mármore". 
 
Num parque, sento-me e respiro profundamente. Volvo o olhar para o alto e agradeço as dádivas Divinas. Um toque suave de mão em meus ombros... A entrega de um folheto, enquanto a criatura abençoada se vai. Os pássaros gorjeiam. Os ventos convidam-me à reflexão. Tudo é festa! Curioso, abro o folheto e leio magistrais elucidações para meu espírito, ávido de aprendizado: 
 
"É longa a estrada dos preceitos: a dos exemplos é breve e mais segura". _ Sêneca. 
 
"Em todas as idades, o exemplo pode muitíssimo convosco: na infância, então, é onipotente". _ Fénelon. 
 
"As palavras comovem, os exemplos arrastam". _ Provérbio árabe. 
 
"Não há modo de mandar ou ensinar mais forte e suave do que o exemplo; persuade sem retórica, seduz sem porfiar, convence sem debate, todas as dúvidas desata, e corta caladamente todas as desculpas". _ Pe. Manuel Bernardes. 
 
"... vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais também vós". _ JESUS. 
 
Retorno ao meu lar, meditando numa extraordinária frase da autora espiritual Joanna de Ângelis: "Vive de tal forma, que deixes pegadas luminosas no caminho percorrido, como estrelas apontando o rumo da felicidade".
 
Autor: Daltro Rigueira Viana
 
(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 2001)
 

Retrato de Mãe

Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


Depois de muito tempo, 
sobre os quadros sombrios do calvário. 
Judas, cego no além, errava solitário... 
Era triste a paisagem, o céu era nevoento...

Cansado de remorso e sofrimento, 
Sentara-se a chorar... 
Nisso, nobre mulher de planos superiores, 
Nimbada de celestes esplendores, 
Que ele não conseguia divisar, 
Chega e afaga a cabeça do infeliz. 
Em seguida, num tom de carinho profundo, 
Quase que em oração ela diz: 
- Meu filho, porque choras?

Acaso não sabeis? – replica o interpelado, 
Claramente agressivo. 
Sou um morto e estou vivo. 
Matei-me e novamente estou de pé, 
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé... 
Não ouvistes falar em Judas, o traidor? 
Sou eu que aniquilei a vida do Senhor... 
A princípio, julguei poder fazê-lo rei, 
Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz. 
E em flagelo e aflição 
Eis que a minha vida agora se reduz... 
Afastai-vos de mim, 
Deixai-me padecer neste inferno sem fim... 
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora, 
Nada sabeis da mágoa que me agita... 
O assunto que lastimo é unicamente meu...

No entanto a dama calma respondeu: 
- Meu filho, sei que choras, sei que lutas, 
Sei a dor que causa o remorso que escutas... 
Venho apenas falar-te 
Que Deus é sempre amor em toda parte... 
E acrescentou serena: 
- A bondade de Deus jamais condena: 
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado. 
Sofre com paciência a dor e a prova. 
Terás em breve, uma existência nova... 
Não te sintas sozinho ou desprezado!

Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo: 
- Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo. 
Depois de me enforcar num galho de figueira, 
Para acordar na dor, 
Sem mais poder fugir à vida verdadeira. 
Fui procurar consolo e força de viver. 
Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !.. 
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos. 
Mas teve medo dos meus sofrimentos. 
Expulsou-me a esconjuros, 
Chamou-me monstro, por sinal 
Disse que eu era 
Unicamente o espírito do mal,
Intimidou-me a terrível retrocesso, 
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal de onde eu vinha... 
Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha... 
Não me faleis de mães, não me faleis de amor, 
Sou apenas um monstro sofredor...

Inda assim – disse a dama docemente: 
- Por mais recuses, não me altero, 
Amo-te filho meu, amo-te e quero 
Ver-te de novo a vida 
Maravilhosamente revestida 
De paz e luz, de fé e elevação... 
Virás comigo à terra, 
Perderás pouco a pouco, o ânimo violento, 
Terás o coração 
Nas águas de bendito esquecimento. 
Numa existência de esperança, 
Levar-te-ei comigo 
A remansoso abrigo. 
Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !...

E Judas neste instante. 
Como quem olvidasse a própria dor gigante, 
Ou como quem se desgarra 
De pesadelo atroz, 
Perguntou: - quem sois vós? 
Que me falais assim, sabendo-me traidor? 
Sois divina mulher, irradiando amor, 
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?

No entanto ela a fitá-lo frente a frente, 
Respondeu simplesmente: 
- Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!!

Do livro "Momentos de Ouro", Maria Dolores (Espírito), Francisco C. Xavier (psicografia)

O Evangelho segundo o Espiritismo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, é nosso bálsamo de esperança, nosso guia, companheiro de todas as horas. No Capítulo V - Bem-Aventurados os Aflitos, no Item 25, sobre a Melancolia, Allan kardec justifica o porque, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida.
 
Vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.
 
Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.
 
Resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade.
 
São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus, vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito.
 
Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou.
 
Se, no no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos; sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar.
 
Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.
 
- François de Genève. (Bordéus)

 
JOANNA DE ÂNGELIS, no Livro: Joanna de Ângelis Responde, Psicografia de Divaldo P. Franco (Perg. 15) afirma que a fé é a flama divina que aquece o espírito e dá-lhe forças para superar tudo: mágoas, desaires, revoltas, traições e até mesmo a morte.
 
A fé é imprescindível para a aquisição do equilíbrio.
 
A fé inata deve ser adicionados os valores da reflexão e da prece, de modo a canalizar a inspiração superior que passa a constituir fonte geradora de preservação do necessário capital da confiança.
 
Às vezes, para que as semente que jazem no solo das almas, em latência, se desdobrem em embriões de vida, torna-se imperioso condicionamentos psíquicos, somente possíveis mediante a busca sistemática pela razão, pelos fatos, através da investigação.
O homem não pode prescindir do valioso contributo da fé.
 
O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã. (Perg. 16)
 
A paciência significa autoconfiança.
 
A pirâmide se ergueu bloco a bloco.
 
As construções grandiosos resultara da colocação de peça sobre peça.
 
Consequência do cansaço, do marasmo, da rotina, a irritabilidade significa sinal vermelho na tarefa que executas.(Perg. 17)
 
Caso te sintas portador de constante mau humor, estás necessitando de auxílio da paciência, a fim de refundires o ânimo, renovares conceitos e atividades, orando, com a sede de quem, urgentemente, precisa da água da paz.
 
Recorre à paciência, sempre e em qualquer situação, e ela te ajudará a servir, amar e aguardar amanhã o que hoje se te afigura improvável o irreversível...
 
A paciência é, também, irmã da fé, porquanto, todo aquele que crê espera e confia tranquilamente.
 
Pessimismo é enfermidade que engendra processo de psicose grave por antecipação de um mal que talvez não ocorrerá.
 
Entrega-te a Deus e deixa-te conduzir tranquilamente.
 
Otimismo é estímulo para o trabalho, vigor para a luta, saúde para a doença das paisagens espirituais e luz para as densas trevas que se demoram em vitória momentânea.
 
Na Perg. 19, JOANNA DE ÂNGELIS pede-nos que reflitamos:
 
REFLETE:
 
Quem tem fé, não se abate ante noite escura.
 
Quem confia, não se desespera na convulsão.
 
Quem ama, não se debate na desconfiança.
 
Quem crê, não se tortura na incerteza.
 
Quem espera, não se atira nos braços da aflição.
 
Quem serve, não se agasta com a ingratidão
 
Quem é gentil, não aguarda entendimento.
 
Quem é puro, não se revolta com as calúnias.
 
Quem perdoa, não pára na caminhada a fim de recolher escusas.
 
Quem se renova no Cristo, não retorna à prisão do erro.
 
Se tens fé, PERSEVERA.

Maternidade

Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam a chave de controle do mundo.
Mães de sábios...
Mães de idiotas...
Mães felizes...
Mães desditosas...
Mães jovens...
Mães experientes...
Mães sadias...
Mães enfermas...
Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.

Mães da Terra! Mães anónimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a repontar-vos do peito!...
Não surge o berço em vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.

ANDRÉ LUIZ
(Do livro "O Espírito de Verdade", cap. 50, edição FEB)

O Tempo

Todas as criaturas gozam o tempo – raras aproveitam-no.
Corre a oportunidade – espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem – estragando as dádivas recebidas.
Cada dia é um país – de vinte e quatro províncias.
Cada hora é uma província – de sessenta unidades.
O homem, contudo, é o semeador – que não despertou ainda.

Distraído cultivador, pergunta: - que farei?
E o tempo silencioso responde, com ensejos benditos:

De servir – ganhando autoridade.
De obedecer – conquistando o mundo.
De lutar – escalando os céus.
O homem, todavia, - voluntariamente cego.
Roga sempre mais tempo – para zombar a vida,
Porque se obedece – revolta-se orgulhoso,
Se sofre – injuria e blasfema,
Se chamado a conta – lavra reclamações descabidas.

Cientistas – fogem da verdadeira ciência.
Filósofos – ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos – negam a religião.
Administradores – retiram-se da responsabilidade.
Médicos – subtraem-se à medicina.
Literatos – furtam-se à divina verdade.
Estadistas – centralizam a dominação.
Servidores do povo – buscam interesses privados.
Lavradores – abandonam a terra.
Trabalhadores – escapam do serviço.
Gozadores temporários – entronizam ilusões.

Ao invés de suar no trabalho – apanham borboletas da fantasia.
Desfrutam a existência – assassinando-a em si próprios.
Possuem os bens da Terra – acabando possuídos.
Reclamam liberdade – submetendo-se à escravidão.

Mas chega, um dia – porque há sempre um dia mais claro que os outros,
Em que a morte surge – reclamando trapos velhos...
O tempo recolhe, então, apressado – as oportunidades que pareciam sem fim,
E o homem reconhece – tardiamente preocupado,
Que a Eternidade infinita – pede contas do minuto...

André Luiz
(Do livro “Coletânea do Além”, FCXavier)

Ano após Ano

Ninguém evolui num dia ou para um dia apenas.
Carecemos de tempo para entender o bem e praticá-lo diuturnamente, absorvendo-o em profundidade, na alma, para o eterno futuro.
Um só pensamento bom, um só ato digno, uma só lição assimilada, não nos bastam à melhoria.
Necessário repetir testemunhos de aprendizado e renovação.
A fraternidade há de avivar-nos o raciocínio, vincar-nos a memória, calejar-nos a mãos, modelar-nos a vida.
Eis porque o espírita, na experi6encia terrestre, precisa repisar atitudes, transpirar no dever e persistir no posto individual de trabalho, ano após ano, para só então se sentir realmente sintonizado com os Bons Espíritos e com os desígnios do Alto, mantidos a seu respeito.

No setor administrativo da instituição doutrinária, há de conhecer tão bem o seu mister, que nenhuma decepção não mais o surpreenda.
No estudo, há de desarticular tantas mesas, consumir tantas cadeiras e deformar tantos livros e material correspondente, sem perceber, que duvidará de semelhantes desgastes.
Na mediunidade, há de amar e compreender tanto os espíritos e os homens que qualquer incompreensão não mais lhe fará perder a paciência.
Na exemplificação da verdade, há de se familiarizar tanto com as necessidades das criaturas que penetrará os anseios do próximo, em muitas ocasiões, apenas por vê-lo.
Na assistência social, há de se inteirar tanto dos menores problemas que lhe dizem respeito, segundo as épocas do ano, as pessoas, os desfavorecidos e os sofrimentos, que se espantará ao perceber o quanto conhece de ciência mental e vida prática.
No culto do Evangelho, há de abordar tantos temas e lições, enfrentando tantos imprevistos e dificuldades, que o terá para si na condição de tarefa claramente imprescindível.
Na imprensa e na tribuna espíritas, há de se habituar tanto com o manejo e os efeitos das palavras que as cultivará e selecionará com devotamento espontâneo.
No campo das provas necessárias, há de exercitar tanto entendimento e tanta paciência diante da dor, que acabará sofrendo todas as humilhações e tribulações da romagem terrestre com o equilíbrio de quem atingiu inarredável serenidade.

Confronta o teu período de conhecimento espírita com o serviço que apresentas na existência humana.
Lógica disciplinando diretrizes, esperança enriquecendo ideais, entendimento clareando destinos, o Espiritismo faz o máximo por nós, sendo sempre o mínimo o esforço que fazemos por ele, nos empreendimentos que nos cabem em auxílio a nós mesmos, no seio da Humanidade.

ANDRÉ LUIZ

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