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Outubro Rosa, Novembro Azul: uma opinião espírita
Examine seus pensamentos!
Algumas instituições e entidades têm aderido aos chamados Outubro Rosa e Novembro Azul. As fachadas de alguns prédios permanecem iluminadas, à noite, com luzes cor-de-rosa no mês de Outubro e com luzes azuis no mês de Novembro.
Não vou entrar no mérito da realidade ou não dos benefícios de uma campanha de prevenção maciça com essa. Nem vou discutir quais as motivações que levam instituições a aderirem a uma campanha tão específica.
Vou lembrar, apenas, que uma doença física, seja ela qual for, é sempre fruto de imprevidências do espírito imortal, cometidas nesta ou em outras existências.
Como espíritos somos manifestações de Deus. Deus é perfeito. Logo, temos condições de perfectibilidade. Mas, por inexperiência ou por pura teimosia, insistimos em fazer nossas próprias leis particulares, desrespeitando as Leis divinas lembradas por Jesus no Evangelho – e em outros livros sagrados.
O Universo é harmonia. O Universo é criação de Deus. Observamos, então, que para nos harmonizarmos com Deus, com a criação, com o Universo, precisamos “imitar” Deus. Precisamos seguir as Leis de Deus. Deus se torna compreensível através das Suas Leis, perfeitas e imutáveis. Essas Leis funcionam para todos, sem exceção. A chuva é para todos, o Sol é para todos, a necessidade de trabalho é para todos, a interdependência entre as pessoas é para todos. O amor é uma necessidade de todos. Mas preferimos trabalhar o mínimo possível, preferimos amar somente a quem nos ame, preferimos explorar os outros quando precisamos e nos negar a ajudar quem precisa. E, se pudéssemos, controlaríamos o Sol e a chuva para prejudicar os nossos desafetos e beneficiar nossos protegidos.
Tudo isso nos desarmoniza. O orgulho, o egoísmo, a vaidade, a sede de poder, o desejo de vingança, o desrespeito pelo próximo, essas coisas nos adoecem. Transformam-se em raiva e mágoa crónicas, ou em tristeza e desânimo que levam à depressão.
Não somos amontoados de carne, ossos e nervos. Não basta examinarmos parte de nossos corpos e nos submetermos a tratamentos de choque para evitarmos doenças. Não ignoro questões genéticas. Mas fatores genéticos são determinados pelo espírito reencarnante. Um espírito mais harmonizado herdará genes mais harmoniosos; um espírito menos harmonizado herdará genes menos harmoniosos.
Pessoas que reencarnam com determinadas enfermidades ou que desenvolvem determinadas enfermidades ao longo da vida geralmente preferem atribuir seus males à genética. É claro que são influenciados pelo diagnóstico fácil da ciência ortodoxa. Mas não podemos ignorar que atribuir nossos males à genética é um tanto cómodo, pois assim estamos terceirizando a responsabilidade: em vez de realizar uma atenciosa auto-análise a fim de descobrir quais fatores emocionais estão determinado a formação dessas enfermidades, lavamos as nossas mãos em relação a nós mesmos e colocamos a culpa em nossos antepassados – afinal, herdamos os seus genes!
Reencarnamos num meio propício para o nosso desenvolvimento. Quase sempre, portanto, entre velhos companheiros de luta, afetos e desafetos. É natural, por isso, que compartilhemos de características em comum – por isso a comunhão de caracteres e eventuais doenças. Os genes pertencem ao espírito imortal. O espírito, ao reencarnar, sintoniza, automaticamente, com o espermatozoide mais apropriado para o seu desenvolvimento. Por isso, se o espírito é regularmente harmonizado, mesmo que reencarne como filho de um casal propenso a doenças, um casal “com maus genes”, ele não herdará esses maus genes. Por outro lado, um espírito bastante comprometido, desarmonizado, mesmo que reencarne como filho de um casal muito saudável, de boa genética, irá herdar uma combinação genética propícia ao desenvolvimento da doença de que é portador como espírito – pois a doença é do espírito, não do corpo. A doença manifesta-se no corpo físico numa condição de purgação, de purificação do espírito. Assim como o corpo físico expele as suas impurezas através das fezes, o espírito expele as suas impurezas através das doenças físicas. Poderíamos dizer que as doenças são o cocô do espírito.
Espiritismo e as doenças
Espero o dia em que haja campanhas institucionais visando o cuidado com nossos sentimentos, pensamentos, palavras e ações. Imagine, por exemplo: “Campanha de vigilância sobre o pensamento – no que você está pensando neste momento?” Ou: “Campanha de elevação de sentimentos – agradeça por tudo: faça o seu dia valer a pena”.
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