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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa II: Princípios Básicos da Doutrina Espírita
Ano 1 - N° 22 - 14 de Setembro de 2007
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

O princípio de ação e reação

Apresentamos nesta edição o tema no 22 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.

Questões para debate

1. Que é livre-arbítrio?

2. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade?

3. Em que momento de nossa vida o livre-arbítrio se exerce de forma mais completa?

4. De que fonte promanam os males, as vicissitudes, os sofrimentos que o homem suporta?

5. Qual é o significado da frase seguinte: “Se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita”?

Texto para leitura

Liberdade e responsabilidade
1. Se o homem goza da liberdade de pensar, goza igualmente da liberdade de obrar. O livre-arbítrio é apanágio da criatura humana. Sem ele, o homem seria uma máquina.

2. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades do indivíduo. A liberdade é a condição necessária da alma humana, que não poderia construir seu destino, caso não a desfrutasse.

3. A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é, pois, inseparável da de liberdade.

O livre-arbítrio
4. Quando resolvemos fazer ou deixar de fazer alguma coisa, a nossa consciência sempre nos alerta a respeito, aprovando-nos ou censurando-nos. Apesar de essa voz íntima nos alertar, sempre usamos o que foi decidido pela nossa vontade, ou livre-arbítrio. Nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos, que somos os construtores do nosso destino.

5. O livre-arbítrio pode ser, desse modo, definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

6. Aceitar que seja a vida guiada por um determinismo onde todos os acontecimentos estão fatalmente preestabelecidos é raciocinar de maneira ingênua, simplória, porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso. Seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à mercê dos acontecimentos.

7. O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios.

8. Essas provações podem ser também conseqüência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança. O futuro aparece-lhe, então, não em seus pormenores, mas em seus traços mais salientes, isto é, na medida em que esse futuro é a resultante de atos anteriores.

A origem dos males
9. A Doutrina Espírita ensina que de duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se se preferir, promanam de duas fontes bem diferentes. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida.

10. Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

11. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruinaram por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências!

12. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem é, portanto, em grande número de casos, o causador de seus próprios infortúnios.

13. Existem, no entanto, males que se dão sem que ele, ao menos aparentemente, tenha qualquer culpa. São dores e vicissitudes cuja origem se encontra em atos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantas pessoas os meios de ganhar a vida pelo trabalho, etc.

Ação e Reação
14. Os que nascem nessas condições, sem que tenham feito nada na atual existência para merecer tão triste sorte, colhem agora os efeitos dos seus atos do pretérito, porquanto não há sofrimento sem causa, e a lei de ação e reação, que rege a nossa vida, determina que, se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita.

15. Deus nos permite, assim, pelo livre-arbítrio, a responsabilidade de praticar o bem ou a mal, mas, a partir do momento que decidimos o que fazer, essa ação gera uma reação característica, que virá, mais tarde sob a forma de colheita.

16. Explicam-se, dessa forma, pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta.
Respostas às questões propostas

1. Que é livre-arbítrio? R.: O livre-arbítrio pode ser definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

2. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade? R.: A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes.

3. Em que momento de nossa vida o livre-arbítrio se exerce de forma mais completa? R.: O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios. Essas provações podem ser também conseqüência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança.

4. De que fonte promanam os males, as vicissitudes, os sofrimentos que o homem suporta? R.: A Doutrina Espírita ensina que as vicissitudes da vida promanam de duas fontes distintas. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida. Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam. Há, no entanto, vicissitudes que se dão sem que aparentemente tenhamos qualquer culpa. Sua origem se encontra em atos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantas pessoas os meios de ganhar a vida pelo trabalho, etc.

5. Qual é o significado da frase seguinte: “Se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita”? R.: A frase de Jesus é uma alusão à lei de ação e reação, que rege a nossa vida e nos lembra que toda ação gera uma reação característica, que virá, mais tarde, sob a forma de colheita.

Bibliografia:

O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 5, itens 4, 6 e 7.

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 843, 844, 846, 847, 850, 851 e 852.

As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 151.

O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, págs. 342 e 346.

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