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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III: As Leis Morais
Ano 1 - N° 33 - 2 de Dezembro de 2007
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)
O bem e o mal
Apresentamos nesta edição o tema n.o 33 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões para debates
1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo definem a moral?
2. A que fator, na visão espírita, o progresso moral se liga intimamente?
3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral?
4. Que significa fazer o bem?
5. Que é o mal?
Texto para leitura
A moral é a regra de bem proceder
1. A moral consubstancia os princípios salutares do comportamento humano de que resulta o respeito ao próximo e a si mesmo. Decorrência natural da evolução, estabelece as diretrizes em que se fundam os alicerces da Civilização, produzindo matrizes de caráter que vitalizam as relações humanas e sem as quais o homem, por mais avançado que esteja no domínio da técnica, poucos passos teria conseguido desde os estados primários do sentimento.
2. A moral é, no dizer dos Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.
3. Melhor conceito do que esse é difícil de elaborar. É que os Espíritos superiores, de maneira objetiva e simples, revelam que a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.
4. A partir do momento em que o relacionamento humano se expandiu pelas necessidades de vivências comutativas, o homem sentiu o desejo de elaborar leis que estabelecessem organizações sociais mais apropriadas ao meio em que vivia. Passou-se então a fazer distinção entre o bem e o mal. Somente a partir de Sócrates a moral passou a ser considerada pela filosofia, porquanto até então era ela definida arbitrariamente, de acordo com o equilíbrio ou o desequilíbrio das pessoas.
5. O sentido de moralidade é, contudo, um só, ou seja, é a norma de bem proceder em quaisquer circunstâncias, independentemente do estado sócio-econômico do indivíduo. Todo o cuidado se faz preciso para não confundirmos conveniências sociais – que podem gerar dissolução dos costumes – com a verdadeira prática da moral.
A lei divina está gravada em nossa consciência
6. Diante desses conceitos, podemos afirmar que, em qualquer época, o homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que se não prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.
7. À medida que vamos aprendendo a distinguir o bem do mal, vamo-nos moralizando, isto porque fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exatamente de modo contrário.
8. Ensina o Espiritismo que Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem, e o homem encontra em si mesmo tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência traça-lhe a rota, visto que a lei divina está gravada nela mesma e, além disso, Deus nos leva a recordá-la constantemente por intermédio de seus messias e profetas, bem como de todos os indivíduos que trazem a missão de esclarecer, moralizar e melhorar o ser humano.
9. Os chamados males da vida, que afligem a Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos males que independem de sua vontade, os quais são geralmente a conseqüência de sua conduta pretérita.
10. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, poupar-se-ia, sem qualquer dúvida, aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é em virtude do seu livre-arbítrio. Sofre, então, as conseqüências do seu proceder.
O mal não tem existência real
11. O Criador, que é também todo bondade, sempre põe o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia a solução, pois chega um momento em que o excesso do mal moral torna-se intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente, desse modo, compelido a buscar no bem o remédio, valendo-se do seu livre-arbítrio.
12. Quando toma um rumo diferente, um caminho melhor, é porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade leva-o, pois, a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrange a melhorar as condições materiais de sua existência.
13. A prática do bem está, assim, relacionada com o grau de responsabilidade do homem. Com o progresso, o mal decresce automaticamente, pois seu caráter é relativo e passageiro, e ele nada mais é que o resultado da condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida. Como decorrência dos progressos realizados pela criatura humana, o mal pouco a pouco diminui, perde fôlego e dissipa-se, na proporção em que a alma sobe os degraus que a conduzem à virtude e à sabedoria.
14. Assim considerando, o mal não tem existência real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. A justiça patenteia-se no cosmo, onde não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem todas as conseqüências de seus atos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.
Respostas às questões propostas
1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo definem a moral? R.: A moral é, no dizer dos Espíritos, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.
2. A que fator, na visão espírita, o progresso moral se liga intimamente? R.: Segundo os Espíritos superiores, a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.
3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral? R.: O homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que se não prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.
4. Que significa fazer o bem? R.: Fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exatamente de modo contrário.
5. Que é o mal? R.: O mal não tem existência real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. No cosmo, não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem todas as conseqüências de seus atos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 629, 630 e 637.
A Gênese, de Allan Kardec, cap. III, itens 3, 6 e 7.
O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, págs. 293 e 294. Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 163 e 164.
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