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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III: As Leis Morais
Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)
Necessidade do trabalho
Apresentamos nesta edição o tema no 43 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.
Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.
Questões para debate
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho?
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação?
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal?
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores?
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê?
Texto para leitura
O trabalho objetiva o desenvolvimento das pessoas
1. Genericamente, o vocábulo trabalho pode ser definido como: “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”. O trabalho é toda ocupação útil e integra o rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. O trabalho não se restringe, no entanto, somente aos esforços de ordem física e material, pois abrange a atividade intelectual que objetiva as manifestações da Cultura, do Conhecimento, da Arte e da Ciência.
3. Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual.
4. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora. Utilizando-se do primeiro recurso, conquista simpatia e respeito, gratidão e amizade. Pela autodoação consegue superar-se, revelando-se instrumento da Misericórdia Divina na construção da felicidade de todos.
O momento perigoso para o homem é o do ócio
5. Sem o trabalho, dizem os Espíritos Superiores, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. É por isso que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao homem fraco de corpo Deus outorgou, em compensação, a inteligência, cuja utilização constitui também trabalho.
6. O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto permite a conquista de valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.
7. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
8. Nos mundos mais evoluídos, assim como nos planetas inferiores à Terra, a natureza do trabalho não é idêntica à do trabalho desenvolvido pelos homens em nosso orbe, porque a natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades.
O progresso do homem depende apenas dele mesmo
9. Quanto menos materiais são as necessidades humanas, menos material é o trabalho. Mas não se deduza disso que em meio dessa natureza o homem se conserve inativo e inútil, porque a ociosidade seria um suplício em vez de ser um benefício.
10. Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
11. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diferentes das da vida na Terra. Entretanto, não se pense que os mundos felizes sejam orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial com nenhum de seus filhos.
12. Como os Espíritos podem, sem qualquer exceção, ascender às mais altas categorias da evolução, cumpre-lhes tão-somente conquistá-las por seu trabalho e alcançá-las em tempo maior ou menor, de acordo com o esforço aplicado nesse objetivo, cientes de que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Respostas às questões propostas
1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho? R.: O trabalho é toda ocupação útil e faz parte do rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.
2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação? R.: Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora.
3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal? R.: Sem nenhuma dúvida, é o trabalho. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.
4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores? R.: Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.
5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê? R.: Depende de seu trabalho e do esforço aplicado nesse propósito. É por isso que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 674 a 678.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 3, itens 8, 9 e 12.
Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, págs. 91, 95 e 96.
Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 31 e 32.
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