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Gramática
Morfologia verbal
Os verbos são divididos em três conjugações, identificadas pela terminação dos infinitivos, -ar, -er, -ir (e -or, remanescente no único verbo, pôr, juntamente com seus compostos; este verbo pertence, todavia, à conjugação de infinitivos terminados em -er, pois tem origem no latim poner, evoluindo para poer e pôr). A maioria dos verbos terminam em ar, tais como cantar. De uma forma geral, os verbos com a mesma terminação seguem o mesmo padrão de conjugação. Porém, são abundantes os verbos irregulares e alguns chegam a ser até mesmo anômalos: ir, ser, saber, pôr e seus derivados apor, opor, compor, dispor, supor, propor, decompor, recompor, repor, sobrepor, transpor e antepor.
Tempos e aspectos
Há, no português, três tempos e diversos aspectos, a saber:
· Presente, que exprime ações frequentes ou corriqueiras.
· Pretérito, exprimindo ações terminadas no passado, sendo dividido em:
o Pretérito imperfeito, ações inacabadas;
o Pretérito perfeito, ações acabadas;
o Préterito mais-que-perfeito, ação anterior a uma já acabada;
· Futuro, que exprime ações pontuais que ocorrerão no futuro, sendo divididos em:
o Futuro do presente, ações que serão executadas;
o Futuro do pretérito, ações que poderiam ser executadas.
Na língua portuguesa, os verbos são divididos em seis modos, de acordo com o que exprimem:
· Indicativo, para exprimir fatos tidos como certos;
· Conjuntivo ou Subjuntivo, para exprimir suposições;
· Imperativo, para exprimir instruções;
· Condicional, para exprimir condições (normalmente, tendo como base suposições);
· Infinitivo, formas verbais que não exprimem nada autónomos, sendo dividido em:
o Infinitivo Pessoal, em que cada forma corresponde a uma pessoa;
o Infinitivo Impessoal, em que a forma dá nome ao seu verbo;
· Formas nominais, sendo estas o Gerúndio, muito utilizado na Conjugação Perifrástica. Participio Passado ou Adjectivo Verbal, utilizada para tempos compostos e para a Voz Passiva, e Infinitivo Impessoal.
Conjugação Perifrástica
A Conjugação Perifrástica refere-se a não-tempos — chamemos-lhe assim porque, embora esteja gramaticalmente correcto utilizar qualquer uma das formas abaixo, estas não são tempos verbais na nossa gramática.
Podemos utilizar a Conjugação Perifrástica para exprimir os seguintes sentidos:
· Necessidade - ter de + infinitivo (ex.: Eu tenho de melhorar a Wikipédia.);
· Certeza - haver de + infinitivo (ex.: Hei-de conseguir melhorar.);
· Intenção - estar para + infinitivo (ex.: Estou para melhorar.) ou estar prestes a + infinitivo (ex.: Estou prestes a melhorar.);
· Realização futura - verbo ir no presente do indicativo + infinitivo do verbo principal (ex.: Vou ler o artigo sobre a Língua Portuguesa na Wikipédia.)
· Realização próxima - verbo estar no presente do indicativo + a + infinitivo (ex.: Estou a editar a Wikipédia.) ou verbo estar no presente do indicativo + gerúndio (ex.: Estou editando a Wikipédia.)
· Realização gradual - verbo ir no presente do indicativo + gerúndio (ex.: Vou editando a Wikipédia.)
· Acontecimento simultâneo(1) - verbo ir no pretérito imperfeito do indicativo + a + infinitivo (ex.: Ia rever a Wikipédia quando recebi uma mensagem de correio electrónico.)
· Acontecimento simultâneo(2) - verbo estar no pretérito imperfeito do indicativo + gerúndio (ex.:"Estava revendo a Wikipédia quando recebi uma mensagem de correio eletrônico.")
· Probabilidade ou dever - verbo dever no presente do indicativo + infinitivo (ex.: Devo propor aquele artigo para destaque.)
· Aconselhamento ou reflexão - verbo dever no pretérito imperfeito do indicativo + infinitivo (ex.: Devias ter proposto aquele artigo para destaque.) ou verbo dever no futuro do pretérito do indicativo + infinitivo (ex.: Deverias ter proposto aquele artigo para destaque.)
Vozes do verbo
Na Língua Portuguesa, tal como noutras línguas, existem as vozes activa, passiva e reflexiva do verbo.
A voz activa é utilizada para falar directamente com a pessoa, enquanto que a voz passiva é utilizada para relatar algo.
A voz activa utiliza-se conforme o exemplo a seguir: Eu como uma maçã.
A voz passiva é formada pelo verbo ser no tempo e modo pretendidos mais o particípio do verbo pretendido (ex.: A maçã foi comida por mim.). Tenha em conta que a voz passiva só pode ser feita com verbos transitivos (verbos do género Como a maçã) e intransitivos (verbos do género Eu corro, que não precisam de acompanhamento de um complemento na frase).
Morfologia nominal
Todos os substantivos portugueses apresentam dois gêneros: masculino ou inclusivo e feminino ou exclusivo. Muitos adjetivos e pronomes, e todos os artigos, indicam o gênero dos substantivos a que eles se referem. O gênero feminino em adjetivos é formado de modo diferente dos substantivos. Muitos adjetivos terminados em consoante permanecem inalterados: "homem superior", "mulher superior", da mesma forma os adjetivos terminados em "e": "homem forte", "mulher forte". Fora isso, o substantivo e o adjetivo devem sempre estar em concordância: "homem alto", "mulher alta".
O grau dos substantivos é, de uma forma genérica, representado pelos sufixos "-ão, -ona" para o aumentativo e "-inho, -inha" para o diminutivo, ainda que haja numerosas variações para representar esses graus.
Os adjetivos podem ser empregados em forma comparativa ou superlativa. A forma comparativa é representada pelos advérbios "mais…que", "menos…que" e "tanto…quanto" (ou "como"), e a forma superlativa é representada pelas locuções "o mais" ou "o menos". Para representar o superlativo absoluto, pode-se ainda acrescentar os sufixos "-íssimo, -íssima" (alguns adjetivos, no entanto, fazem o superlativo absoluto com a terminação "-érrimo, -érrima", ou "-ílimo", "-ílima").
Os substantivos vêm geralmente acompanhados de um numeral, pronome ou artigo, assumindo variações de acordo com as funções sintáticas, a saber:
· Nominativo (sujeito ou objeto direto): a, o, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo;
· Genitivo (adjunto adnominal de posse): da, do, deste, desta, disto, desse, dessa, disso, daquele, daquela, daquilo;
· Locativo (adjunto adverbial de lugar): na, no, neste, nesta, nisto, nesse, nessa, nisso, naquele, naquela, naquilo;
· Dativo (objeto indireto): à, ao, àquele, àquela, àquilo (a preposição não se funde com os demais demonstrativos).
Os advérbios podem ser formados pelo feminino dos adjetivos, com o acréscimo do sufixo "-mente", por exemplo: certo = cert(a)mente.
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