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Não importa onde estiver, mas procure viver uma verdade. Hoje é dia dos namorados no Brasil, pensei em escrever um texto fofo, mas não dá. Não dá porque não consigo olhar só as partes bonitas, românticas e esquecer a realidade que bate. Tudo nessa vida tem pelo menos dois lados. Outro dia, conversando com uma amiga, concluímos que aquilo que importa mesmo é você estar bem, se estiver sozinho ou namorando. Não adianta estar namorando e viver um relacionamento tóxico, estar com alguém por pura carência. Não adianta querer colocar no outro todas as expectativas e esperar que ele realize. Existem coisas internas que precisam ser resolvidas, e essa é uma tarefa nossa. Ninguém deve chegar para resolver nossos problemas e nos fazer felizes para sempre. Não consigo entender quem namora sem confiar, sendo que a confiança é uma base fundamental. Viver uma vida de desconfiança, suposições, me parece tão paranóica. Não consigo entender quem trai só por “segurança”, pra no fim não ser traído sozinho. Que vazio. Que louco viver algo que é ilusão. Estar em um relacionamento não é algo necessariamente negativo, mas é tão complexo. Não entrego minha paz para quem quer me tornar caos. Eu me entrego, sabe? Se estou vivendo algo, estou entregue. Quando namoro é porque estou realmente apaixonada, acredito em fidelidade e lealdade. Acredito que é possível sentir-se livre, mas voando com alguém do lado. Acredito que namorados devem ser amigos, parceiros, equipe. Já me ferrei muito, ninguém escapa. Já vivi relacionamentos tóxicos, não fui correspondida, não correspondi. Não era pra ser, e hoje digo “ainda bem”. Mas depois de tudo, agora, estou tranquila. Serena. Às vezes acontece alguma faísca aqui, outra lá. Mas paixão ou amor, isso já é raridade. Não tô pra investir em negócios falidos. Tô bem assim, singular, firme comigo mesma. Namorar-se. Tão completa, que metades não me prendem. Tão completa que não me contento com pouco. Pouca atenção, pouco cuidado. Sinceramente, não vejo graça em tantos contatinhos, beijar vários em uma festa. Às vezes pareço tão antiga ou até clichê. Os valores parecem tão invertidos. Porém, existe algo universal: Quando existe conexão entre epiderme, miocárdio e mente, não há quem recuse. É um prato cheio para almas famintas.

Autor: Nina Benavídez


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Comentário de Conceição Valadares em 11 junho 2019 às 15:02

Belíssimo texto Martinha! Obrigada

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