Global Social

Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem e da mulher

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III: As Leis Morais

Ano 1 - N° 51 - 13 de Abril de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem
e da mulher

Apresentamos nesta edição o tema no 51 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.

Questões para debate

1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?

2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?

3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?

4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?

5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?

Texto para leitura
As desigualdades sociais não são obra de Deus, mas do homem

1. As desigualdades sociais, provenientes das mais variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são sempre obra dos homens e não de Deus. O Pai criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que ainda possuem, estatuíram leis – muitas delas injustas e até mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade.

2. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.

3. O progresso segue, no entanto, o seu curso ascendente e por isso a desigualdade social, como tudo o que é inferior, dia a dia se atenua, até que se apague em definitivo, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar na Terra.

4. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.
A abolição das desigualdades não se fará de repente

5. Ninguém pense, porém, que as desigualdades desaparecerão de repente e serão o resultado de revoluções, de guerras, de leis ou de decretos. Não. Sua abolição se fará de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços individuais e coletivos e como conseqüência do progresso moral alcançado pela Humanidade, o que levará à destruição dos privilégios de casta, de sangue, de posição social, de sexo, de raça, de religião e de quaisquer outros.

6. Compreendamos também que com o banimento das desigualdades sociais não se verificará na Terra um processo de uniformização dos homens. A espécie humana não se transformará em máquina, a sociedade terrena não se tornará um sistema robotizado. Os homens é que passarão a orientar-se pelas leis divinas, a fim de que seus pendores naturais possam desabrochar e desenvolver-se normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte de quem quer que seja.

7. Haverá, evidentemente, quem ocupe cargos de maiores ou de menores responsabilidades, mas, com o adiantamento espiritual, os homens não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.
O homem e a mulher gozam, aos olhos de Deus, dos mesmos direitos

8. Em uma sociedade moralizada, não se compreenderá a diferença de tratamento, ainda tão comum, que se observa entre o homem e a mulher, porque todos entenderão que, perante os códigos divinos, ambos possuem os mesmos direitos e que a diferença dos sexos existe por força da necessidade de experiências específicas pelas quais o Espírito precisa e deve passar.

9. O Espírito – ensina o Espiritismo – não possui sexo, do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. É por isso que, embora as funções do homem e da mulher sejam diferentes e específicas, seus direitos são exatamente os mesmos e todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à lei de justiça.

10. A lei humana deve, pois, para ser eqüitativa, consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, cientes todos nós de que a emancipação feminina acompanha o progresso geral da civilização, e sua escravização marcha de par com a barbárie. Sexos existem apenas na organização física. Os Espíritos encarnam-se num e noutro e devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.
A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação

11. As funções, evidentemente, resultam das aptidões próprias de cada gênero. Por exemplo, só a mulher pode ser mãe e amamentar uma criança. Preciso é, pois, que cada um esteja no lugar que lhe compete. O homem e a mulher são, no instituto conjugal, como o cérebro e o coração do organismo doméstico, e essa diversidade de funções verifica-se por necessidade de planificação reencarnatória.

12. São um e outro portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio familiar. Se a alma feminina apresentou sempre um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o Espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade por meio de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso de existências numerosas, em múltiplas experiências seculares. A ideologia feminista dos tempos modernos, com suas diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser, segundo Emmanuel, um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.

13. A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação, mediante a qual cada Espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva, assevera Emmanuel, estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.

Respostas às questões propostas

1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus? R.: As desigualdades sociais são obra dos homens e não de Deus, que criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por causa de suas imperfeições morais, estatuíram leis – muitas delas injustas e mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.

2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia? R.: Sim. As desigualdades sociais, como tudo o que é inferior, um dia desaparecerão da face da Terra, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar em nosso mundo. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.

3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos? R.: Sim. Em uma sociedade moralizada não se compreende a diferença de tratamento, ainda tão comum, entre o homem e a mulher, porque perante os códigos divinos possuem ambos os mesmos direitos.

4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê? R.: Podem reencarnar como homens ou mulheres, porque o Espírito, em si considerado, não possui sexo do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano.

5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores? R.: Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 806, 817, 820 e 822.

O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 5, item 4.

O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, perguntas 55 e 67.

Religião dos Espíritos, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, págs. 131 e 132.

Grandes e Pequenos Problemas, de Angel Aguarod, 3a. edição, pág. 174.

Visualizações: 69

Deixar um comentário

Você precisa ser um membro de Global Social para adicionar recados!

Entrar em Global Social

Fale com os membros

Ola deixe apenas uma mensagem por dia pois por limitações só são guardadas as ultimas 100 mensagens.

Membros da Rede

Menu de Funcionalidades

Membros
Fotos/Videos/Blog
Entretenimento/Ajuda

© 2024   Criado por Adul Rodri (Adm)   Produzido Por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço

Registe-se Juntos fazemos a diferença!