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As causas mais comuns do suicídio, em todos os tempos, são:
o desgosto pela vida, as depressões e os insucessos amorosos ou financeiros.
As religiões sempre se pronunciaram contra esse ato, baseadas no fato de que somente Deus tem o direito de tirar qualquer vida, pois é Ele quem a dá.
A Doutrina Espírita, além de concordar com a opinião acima, prova que o nada não existe, que o indivíduo sobrevive ao túmulo, mostrando-se um poderoso antídoto contra o suicídio. A vida além da morte caracteriza-se pela continuação do homem com todas as suas características: moral, inteligência, angústias, problemas, dores, felicidade. A única coisa que o ser deixa na Terra é o corpo e seus bens materiais. Desta forma, ao tentar fugir de um sofrimento através do suicídio, o espírito percebe que, além de nada ter adiantado, ainda perdeu a oportunidade que tinha de conquistar coisas boas enquanto estava no plano terreno.
A Literatura Espírita é vasta em relação ao suicídio, e não podemos nos esquecer da própria Codificação Espírita de Allan Kardec, que procura nos mostrar de forma simples, os enganos e as desilusões de quem comete o suicídio.
Em O Livro dos Espíritos, questões 943 a 957, Kardec formula uma série de perguntas sobre o suicídio aos Espíritos da falange da Verdade.
“Eles esclarecem que aqueles que chegam ao suicídio são levados pela ociosidade, ignorância e pela falta de fé “ (questão 943).
O suicídio é uma transgressão da lei divina de conservação. O homem, usando o seu livre-arbítrio, transgride essa lei, sobrepõe-se ao instinto e destrói o seu corpo carnal, efémero, que, temporariamente, lhe abriga o Espírito.
Por que a pessoa busca tão desesperadamente, desertar da vida? O que a faz entrar nesse estado de depressão, de profundo desânimo e desinteresse pela existência, que não vislumbra outra saída senão a fuga aos compromissos assumidos?
Na génese de todos os problemas, está o nosso desconhecimento das leis divinas que regem o Universo. A falta de crença num Ser Superior, e a ideia de que tudo acaba com a morte, tornam o ser humano desesperançado, inseguro e angustiado. Assim, quando surge um problema difícil, mais grave, que lhe desafia a capacidade de resolução; quando se sente acuado pelas circunstâncias, e a situação foge ao seu controle; se sente preterido, ele parte para a solução que lhe parece mais fácil, e que, segundo seu modo de pensar, vai acabar de vez com todos os seus problemas: o suicídio.
A vida não tem fim, é património eterno, concedido por Deus a seus filhos, cuja finalidade é o nosso progresso crescente, até lograrmos a perfeição espiritual. Quem se entrega ao suicídio, como única solução para os problemas angustiantes da vida, comete um erro gravíssimo.
De acordo com o Livro “Palavras Simples, Verdades Profundas”, da autora Rita Foelker é de extrema importância termos a consciência de que:
A vida não acaba com a morte.
Os problemas não acabam com a morte.
O sofrimento não acaba com a morte.
A morte não apaga as nossas faltas.
A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação, quando dá a certeza da continuidade infinita, que será tanto mais feliz, quanto melhor suportarmos as provas do presente.
Jamais estamos sozinhos ou desamparados. Somos espíritos eternos, cuja meta é a evolução. Através das etapas reencarnatórias, vamos progredindo e ganhando novas experiências e conhecimentos. Nessas vivências, cometemos atos bons, desenvolvendo afetos, ou nos comprometemos com atos negativos, prejudicando o próximo e a nós mesmos.
Olhemos em volta e contemplemos as dores que se estendem a perder de vista, o sofrimento de tanta gente, e compreenderemos que nossos problemas são tão pequenos e insignificantes que não vale a pena sacrificar a vida por causa deles. Pelo contrário, Deus nos concedeu tudo o que precisamos para viver bem. Nós temos amigos e o amor de uma família. Temos saúde, inteligência clara e raciocínio lúcido, condições de aprender para sermos cidadãos úteis e dignos, de forma a representar peça valiosa no progresso da sociedade terrena. Não desprezemos esses abençoados talentos que o Senhor nos concedeu. Mudemos a nossa maneira de agir. Doemo-nos em benefício dos outros, sem esperar receber. Amemos, sem exigir amor. Compreendamos, sem aguardar compreensão. Paremos de nos lamentar sem motivo e ajudemos. Exercitemos o bem em todos os momentos, e compreenderemos que Jesus, o Amigo Divino, está connosco, silencioso e compassivo, fortalecendo-nos nas horas difíceis, amparando-nos nos momentos de dor e sustentando-nos na caminhada rumo à evolução, sem nunca nos abandonar.
Autora e Palestrante: Rosane Vilela Merat
Data: 28 de setembro de 2014
Local: Centro Espírita João Batista – Itaboraí – RJ
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