No pântano de versos por atalhos provisórios traumas transversais só meus passos sabem onde vai dar.

Pescando o perfume das palavras nada necessito, nada peço apenas sentido metafórico, simplório a força da expressão, muito mais.

Verbos nascituros a implorar por pó, poeira, cinza resta o poema incompleto míssil que atinja o sótão, o porão, o teto, resguarde o feto até um desfecho feliz.

Gustavo…

Mais uma vez estamos de bem,
paz restabelecida, pacto renovado.
Assinado um novo armistício,
o amor como testemunha.
Outras juras, mesmas promessas,
seguiremos... até o além,
lapidando defeitos, desfeitas,
rumo ao que nos interessa,
colar os versos que compunha,
para celebrar outro adventício.

Gustavo Drummond

Agora rumo
para seus úmidos
lábios de passarinho,
me faço senhor
de sua boca,
sinto o sumo
de seus beijos
transbordar carinho,
estrada para o amor.
viagem louca
para o eixo
de seu interior;
estação doçura
por puro prazer.

Gustavo Drummond

Superando desafios,
ignorando empecilhos,
força e leveza divina,
se faz corrente
até com um fio.
Força, fé e brilho,
alma de menina,
néctar de gente,
personalidade altiva,
qualidades apuradas.
Uma luz sempre-viva,
Lady do bem-querer,
Dama abençoada,
nada lhe pode deter.

Gustavo Drummond

Deitei sonolento,

acordei estrangeiro,

eremita vagante,

serpente xiita,

incauto caminheiro,

contra o vento,

piloto, bandoleiro,

atroz errante,

pisando brisa e brita,

me afundando no pó

do tempo, escalando dunas,

contratempos, obstáculos,

sórdido, solícito, só;

entre flutuantes espumas,

doendo os dentes, tentáculos,

destino não imaginado,

desatino…

Quem entra
está fora,
Quem está distante,
agora está dentro.

Quem está contra
já foi embora,
amigo de antes
fica no centro.

Dança não tem hora,
só finda, quando chegar
o momento propício.

Deve ser amanhã ou agora,
Até a sola do pé gastar
Volta tudo ao princípio,
sempre se deve recomeçar..

Gustavo Drummond

Sólidas, seguras algemas,

não fazem meu pensar cativo.

Preso, sou livre, mente própria

Ileso, meu cérebro ousa, cria,



Não me ato a nenhum sistema,

melhor ser aprisionar em livros;

não me permito ser apenas cópia,

Opto pela minha companhia



Escolho caminhos, pasto, passos,

Determino os degraus, calendário,

Signo, cor da tez, o que posso ser.



Desfaço nós, desato…

Nasce o Menino

anjos espalham a boa-nova,

pelos campos, campanários,

para nos redimir, nos reformular,

de seu sorriso nasce o arco-íris,

seu cabelo frágil, guia a estrela,

seu choro desnuda as notas

originais de uma divina sinfonia.

seus sonhos vivem no cosmo holístico,

Criança das origens e consequências,

Perdoa minhas dúvidas,

Obrigado pelo acúmulo de graças,

por dar vida á nossa…