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Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:41

Quarto 103

103 é o número do quarto
Que ficamos a nos amar
Era um hotel barato
Que até rato tinha a nos contemplar

Quando você viu o rato
Danou-se a gritar
Era um rato correndo
E um pinto a desanimar

Até que o susto passou
Foi muito difícil aguentar
Começamos tudo de novo
Sem pestanejar

Hoje fico rindo
De tudo que aconteceu
Foi um maior barato
O rato que apareceu

António Lima, 16-04-2010

Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:45

Poesia é amor

A poesia é imortal
O poeta morre
Tudo morre
Mas a poesia permanece

A poesia está em toda parte
Seja no balanço do mar
Na lua iluminada
E no casal de namorados a se beijar

A poesia está no dia a dia
Nas nossas conquistas
Em nossas emoções
Nas derrotas e vitórias

A poesia é o amor e o desamor
Está presente nos dias lindos
E nas tempestades
E nos simples gestos

A poesia é o desabafo da alma
É o amor e o extasiar
A poesia é o alimento do coração
E é o meu ar

António Lima, 13-12-2016

Enviado por LIMATONY em 14/12/2016
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Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:48

Tempo de criança

Eu e Lú
Estava brincando de roda
Ela puxou meu cabelo
E eu belisquei sua bunda

Estávamos a brincar
E ela caiu
Ela ficou braba
Porque todo mundo riu

Não brinco mais com ela
Ela não aguenta brincadeira
Se mexer com ela
Ela parti pra cima brabinha

Uma vez brincando com ela
Eu vi sua calcinha
Ela percebeu que eu vi
E me bateu com uma varinha

Eu sou um menino inocente
Que gosto de brincar
Mamãe não quer que eu brigue
Ela diz que é muito feio brigar

António Lima, 25-11-2013

Enviado por LIMATONY em 15/12/2016
Código do texto: T4613212
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Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:51

Amigo Leal

Meu amigo de longa data
Casou-se com a Sofia
Moça muito linda
Eles moram na colina

Ele viaja muito
Sempre a trabalho
E deixa a Sofia sozinha
Naquele lugar abandonado

Ele me pediu encarecidamente
Que eu desse uma olhada nela
Falei para ele que não tinha tempo
De ficar olhando ela

Ela é uma morena
Bem torneada
Peitos volumosos
E bunda modelada

Falei para ele
Sem segunda intenção
Venha com a sua mulher
Morar aqui em casa
Que tomo conta dela
Com muita atenção

António Lima, 13-12-2016

Enviado por LIMATONY em 16/12/2016
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Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:55

Baixinha e Altinha

Tenho duas mulheres
Elas são lindas
Elas sabem que sou bígamo
Amo as duas, são minhas queridas

A baixinha é muito braba
Pega no meu pé direto
Gosta de carinho
E eu faço direitinho

A altinha é calminha
Gosta de música e poesia
Curti um teatro
E é muito amiga

Tenho duas casas
Tenho dois amores
Faço o que posso
Por estes amores

No outro dia sem querer
se encontraram
Foi aquele rebú
Uma pegando o cabelo da outra
Fui separar e acabei nú

António Lima, 05-12-2014

Enviado por LIMATONY em 15/12/2016
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Permalink Responder até Antonio Lima em 29 janeiro 2023 at 20:59

Assombração

Toquei a campainha
A porta abriu
Quase caí para trás
Uma linda mulher apareceu
E depois sumiu

Tapetão na sala
Cheio de poeira
E nas paredes quadros sinistros
Do Conde Drácula

Móveis antigos
Todos cobertos com lençol branco
De repente a mulher aparece
Ao lado do relógio cuco

Chamando-me e sorrindo
Vou ao encontro dela
Tropeço e caio
E ela desaparece da sala

Grito por ela
Falo que vim ver a casa
Que estava a venda
Pela imobiliária