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A Alegria, ou melhor, o Samadhi da Alegria, é o estado natural de toda Consciência. Nos seres possuídos pela identificação externa, esta Alegria é latente, um estado que não é alcançado ou construído.
É a realidade da Consciência esta Alegria.
Todo Espírito vibra em Alegria.
Toda Consciência em nível de Espírito, ou seja, em seu nível Livre de identificações, é uma chama permanentemente queimando e irradiando Alegria.

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Se este não é um estado alcançável, como vivê-lo então?

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A Consciência ao ser focada sobre si mesma, acessa um estado mui particular onde ela simplesmente deixa de existir, aquilo que chamamos o Grande Êxtase, ou Maha-Samadhi.
Verdadeiramente, em níveis humanos (leia-se, em níveis conscienciais identificados e, portanto, dissociados da vivência espontânea daquele estado), nada há que possa ser feito para conduzir ao Maha-Samadhi.
Há aí um paradoxo, pois ainda assim aquele estado é o pano de fundo da Consciência. Ele está lá, mas nada há que possa ser feito, fazer algum enfim, pode estabelecer a Consciência naquele estado.

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Há, porém, atividades ou não-atividades que podem permitir um estado receptivo àquele estado.
Toda atividade neste mundo, ou não-atividade, que permita à Consciência um estado de relaxamento, que afrouxe o mecanismo usual de funcionamento, baseado na cognição, na racionalização.
Todo fazer ou não-fazer que reduza o nível de exigência por parte do mundo externo sobre a consciência ao nível de pedidos de reações e respostas, leva a Consciência a experimentar um estado, o Samadhi da Paz, que precede o Samadhi da Alegria, e por conseguinte o próprio Maha-Samadhi.

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A Paz, a verdadeira paz, não a deste mundo, não é alcançada por um esforço de manter um equilíbrio, não nasce como fruto do empenho humano por manter uma harmonia, que no fim será sempre caótica, pois que as próprias forças humanas estão a gladiar entre si constantemente.
Não é do esforço de cessar a guerra que nasce a Paz.
Mas da aceitação, ou antes, da Transcendência dos estados de guerra e paz efêmeras que nasce o verdadeiro estado de Paz.
A princípio este estado de Paz, como uma semente, deve ser resguardado nos momentos de silêncio e recolhimento, mas ao se fortalecer ele se torna o modo natural da Consciência atuando nesta vida humana.

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A Paz é alcançada pela consciência não quando esta realiza um período de aparente calmaria, mas antes quando se abandona mesmo a necessidade de tal calmaria.
É quando se aceita ver além das dicotomias deste mundo, dos aparentes pares de opostos, e quando esta oposição não chama mais à ação ou reação, então nasce a Paz.

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Esta Paz instantaneamente produz mudanças profundas no comportamento do indivíduo que a experimenta.
A própria estrutura fragmentada passa por uma reordenação, um reajuste em todos os níveis, ao toque desta Paz.
Esta Paz, este Samadhi da Paz, é o prenúncio da Aurora da Consciência.
Ela prepara o berço onde mais tarde nascerá o Amado.

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Esta Paz, então, será o fruto e a causa de todo Abandono.
O fruto, pois ela realmente nasce de um Abandono da necessidade de resolver os conflitos, os opostos, e é a causa, pois conduz a Consciência a sempre mais Abandono, a vivê-lo cada vez mais profundamente, até que espontaneamente, após capas e capas terem sido dissolvidas, revela-se a Alegria do Ser.

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De um estado de profundo Abandono nasce esta Alegria do Ser.
Estes dois estados precedem o momento do encontro com o Si.
Pois a Consciência vivendo a Paz, ela ainda possui todas as faculdades de interferência numa realidade exterior a si, ela atua ainda, com graça e leveza muito embora, em espaços que vão se tornando à medida que esta profundidade aumenta mais largos.

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Quando a Consciência vive a Alegria do Ser, ela percebe seu próprio Mistério, e o observa e o adora; nesta Alegria, o externo se torna uma pálida cópia da infinitude interior, a Consciência perde os parâmetros que a fazem diferenciar um externo e um interno, mas vê o Mistério em tudo, no exterior como no interior.
Isto não se consegue, isto não se produz, isto se instala, silenciosamente, pois a Paz, quase imperceptivelmente, vai conduzindo a Consciência a vislumbrar o Mistério do Ser, que está em tudo, do mais ínfimo grão de areia ao Sol mais refulgente.
E em tudo isto se vê a Consciência presente, em seu Mistério.

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Então, e só então, imerge o Ser em Si.
Isto é o que permite e mantém a não quebra do fio de consciência quando da ilusão (pois o mover é também uma ilusão) do mover-se de uma dimensão a outra, de um estado a outro.

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Cada um destes estados, e outros há, anteriores a estes, não são perdidos quando o próximo se revela, antes são absorvidos no próximo estado e levados à perfeição.
E a Consciência viaja por todos estes estados experimentando-os e atuando como dita a Lei Cósmica de manifestação.
Esta particularidade da experiência levada a cabo neste planeta, esta Liberdade da Consciência de experimentar qualquer estado e expressá-lo e não ver-se limitada por nenhum deles, foi cerceada, foi tirada.

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E este direito inato é agora devolvido.
Claro, como para alguém que por muito tempo viveu na mais absoluta escuridão, é preciso um tempo de aclimatação para abrir os olhos e ver a Clareza, assim cada Consciência neste planeta e o próprio planeta foram conduzidos por este processo de preparação.
Processo que chega à sua etapa final.
E cada um senta-se em sua respectiva poltrona e verá o filme se desenrolar do ângulo que esta poltrona lhe permite.
Duas consciências não viverão, assim como não viveram este período de aclimatação, o momento da Translação da mesma forma.
Por mais próximas que estejam suas poltronas há uma singularidade inviolável no ângulo de experimentação.
Portanto é inútil julgar.
É inútil alimentar expectativas de que a Paz e a Alegria sejam alcançadas por todos até aquele momento.
Para muitos aquele momento será o primeiro encontro após um longo tempo com esta Paz e esta Alegria.
E a experimentação da Liberdade, real, produzirá um tal choque e um tal abalo que garantirão o retorno daquelas consciências qualquer que seja o caminho tomado por elas após este abalo.

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Cada etapa foi levada a cabo com certos ajustes e da melhor maneira possível, dadas as circunstâncias humanas e planetárias, para o nascer desta Aurora Universal.
Portanto, deleite-se e abra um sorriso.
Este o passaporte para a Paz e a Alegria.


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Comentário de Francisca de Caldas Menduiña em 15 agosto 2019 às 19:33

Adorei ler seu artigo muito interessante, é lição beijos.

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