Global Social

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol
Programa IV: Aspecto Filosófico

Ano 2 - N° 57 - 25 de Maio de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

A existência de Deus

Apresentamos nesta edição o tema no 57 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. Quais são os princípios fundamentais da Doutrina Espírita mais relevantes?

2. Os materialistas opõem à tese da existência de Deus um argumento interessante que eles consideram irrespondível. Que argumento é esse?

3. Qual é o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existência de Deus?

4. Como a Doutrina Espírita conceitua Deus?

5. Eram ateus os gênios da Física Albert Einstein e Isaac Newton?

Texto para leitura
A existência de Deus é um dos princípios básicos do Espiritismo

1. Um dos princípios básicos da Doutrina Espírita é o da existência de Deus como o Criador necessário de tudo o que existe. Outro, igualmente fundamental, é o da existência dos Espíritos, como criaturas suas; e outro ainda é o princípio da natureza espiritual da alma humana, considerada como Espírito encarnado, que constitui a individualidade consciente, permanente e imperecível do homem.

2. Tudo o mais que os Espíritos revelaram – a pluralidade dos mundos habitados, a encarnação e a reencarnação, a lei de causa e efeito, o princípio da necessidade das provações como meio de progresso e das cruciantes expiações –, tudo isso, que revela a suprema sabedoria do Criador, é decorrência natural daqueles princípios básicos. Fulge, no entanto, luminoso e à frente de todos, o princípio da existência do Eterno Criador.

3. Kardec iniciou “O Livro dos Espíritos” com um capítulo inteiramente consagrado a Deus e às provas de sua existência. Nesse livro, o Codificador perguntou aos Espíritos onde se pode encontrar a prova de que Deus existe, e eles assim responderam: “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá” (L.E., questão 4).

4. Em “A Gênese”, sua última obra, após explicar, no capítulo I, o caráter da revelação espírita, o Codificador trata novamente da existência de Deus, logo na abertura do capítulo II, mostrando que ela constitui o mais importante princípio da Doutrina Espírita.
Deus não se mostra, mas se revela por suas obras

5. O codificador do Espiritismo examina em seguida a opinião dos que opõem à tese da existência de Deus o pensamento de que as obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão, sob cujo império tudo ocorre, quer no reino inorgânico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma regularidade mecânica que não acusa a ação de nenhuma inteligência livre. O homem – dizem tais opositores – movimenta o braço quando quer e como quer. Aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até à morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.

6. Tudo isso é verdade, redargüiu Kardec, mas essas forças são efeitos que hão de ter uma causa. São elas materiais e mecânicas, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.

7. O Espiritismo dá o homem uma idéia de Deus que, com a sublimidade da Revelação, está conforme à mais perfeita e justa racionalidade.

8. Convence-nos da existência do Criador sem necessidade de recorrer a outras provas que não as que provêm da simples contemplação do Universo, onde Deus se revela através de leis sábias e de obras admiráveis que constituem um conjunto grandioso de tanta harmonia e onde há perfeita adequação dos meios aos fins, que se torna impossível não ver por trás de tão portentoso mecanismo a ação de uma Suprema Inteligência, como os Espíritos Superiores fizeram questão de asseverar na resposta dada à pergunta de abertura de “O Livro dos Espíritos”: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (O Livro dos Espíritos, pergunta 1).
A mecânica celeste não se explica por si mesma

9. Assim o compreendem, numa inata intuição de sua existência e de seu poder, todos os que não se deixaram empolgar totalmente pelo terrível entorpecer da inteligência e do sentimento humanos, que é o orgulho, reconhecendo no harmonioso mecanismo que entretém os movimentos universais a existência imprescindível de um primeiro motor transcendente. “A mecânica celeste não se explica por si mesma – escreveu Léon Denis -, e a existência de um motor inicial se impõe. A nebulosa primitiva, mãe do Sol e dos planetas, era animada de um movimento giratório. Mas quem lhe imprimira esse movimento? Respondemos sem hesitar: Deus.”

10. Assim como o reconheceu Léon Denis, já então iluminado pela luz do Espiritismo, fê-lo também Albert Einstein, com todo o rigor do seu raciocínio lógico, puramente matemático. Por muito raciocinar em busca da verdade, Einstein adquiriu um alto grau de intuição que o levou, do mesmo modo que a muitas coisas, também ao reconhecimento da existência de Deus, como fonte necessária da energia que dá o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo.

11. Muito antes de Einstein, igualmente Isaac Newton teve de reconhecer a existência necessária de uma causa transcendente e de um primeiro motor para explicar o movimento dos planetas. Apesar de descobrir a grande lei da gravitação universal, que viria aparentemente resolver esse milenar problema, no fim de seu livro “Princípios matemáticos de filosofia natural” o grande matemático declarou-se impotente para explicar aqueles movimentos somente pelas leis da Mecânica.

Respostas às questões propostas

1. Quais são os princípios fundamentais da Doutrina Espírita mais relevantes? R.: A existência de Deus como o Criador necessário de tudo o que existe; a existência dos Espíritos; a natureza espiritual da alma humana, considerada como Espírito encarnado; a pluralidade dos mundos habitados; a reencarnação e a lei de causa e efeito.

2. Os materialistas opõem à tese da existência de Deus um argumento interessante que eles consideram irrespondível. Que argumento é esse? R.: Eles opõem à tese da existência de Deus o pensamento de que as obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão, sob cujo império tudo ocorre, quer no reino inorgânico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma regularidade mecânica que não acusa a ação de nenhuma inteligência livre, porque as forças orgânicas da Natureza seriam, segundo eles, puramente automáticas.

3. Qual é o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existência de Deus? R.: Segundo o ensino espírita, a prova de que Deus existe pode ser encontrada num axioma aplicável às ciências: não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a razão nos responderá. Aos materialistas, Kardec disse que as forças orgânicas da Natureza, que eles consideram automáticas, são na verdade efeitos que hão de ter uma causa. São elas materiais e mecânicas, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens.

4. Como a Doutrina Espírita conceitua Deus? R.: Deus é, segundo o Espiritismo, a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas.

5. Eram ateus os gênios da Física Albert Einstein e Isaac Newton? R.: Não. Einstein reconhecia a existência de Deus como fonte necessária da energia que dá o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo e Newton, muito antes dele, declarou-se impotente para explicar os movimentos dos astros somente pelas leis da Mecânica.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 1.

A Gênese, de Allan Kardec, cap. II, itens 1 a 6.

O Grande Enigma, de Léon Denis, FEB, 6a. edição, pp. 70 e 238.

Visualizações: 46

Deixar um comentário

Você precisa ser um membro de Global Social para adicionar recados!

Entrar em Global Social

Fale com os membros

Ola deixe apenas uma mensagem por dia pois por limitações só são guardadas as ultimas 100 mensagens.

Membros da Rede

Menu de Funcionalidades

Membros
Fotos/Videos/Blog
Entretenimento/Ajuda

© 2024   Criado por Adul Rodri (Adm)   Produzido Por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço

Registe-se Juntos fazemos a diferença!