Global Social

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Muitas pessoas religiosas acreditam em espíritos malignos, demónios e obsessores. Essas seriam entidades espirituais que podem nos prejudicar e sugar nossas energias.

No entanto, muitas vezes nós mesmos somos os obsessores das outras pessoas:

Quando desejamos fazer prevalecer nossas ideias e impor nossas verdades a outrem ou quando criticamos, julgamos o condenamos o outro sem pleno conhecimento de causa.

Quando temos ciúme e queremos obter a posse do outro.

Quando batemos o pé e forçamos o outro a seguir a nossa vontade ou quando exigimos que o outro faça por nós algo que nos cabe fazer.

Quando desejamos vencer uma discussão, instituir nossas verdades e firmar nosso ponto de vista.

Quando burlamos o livre arbítrio alheio e o fazemos trilhar o caminho que nós julgamos correto, quando tentamos ajudar sem nos preocupar no que é melhor para o outro, mas sim seguindo apenas o que nós acreditamos ser o melhor.

Quando desejamos comprar o afecto das pessoas com presentes, regalias, benesses e mimos, esperando sempre algo em troca.

Quando não permitimos que o outro cresça, se desenvolva, para não se tornar melhor do que nós.

Quando fazemos tudo pelo outro e não permitimos que ele faça, erre e aprenda sozinho.

Quando vomitamos um longo falatório desordenado e fútil acreditando que o outro tem obrigação de nos ouvir.

Quando não damos espaço para o outro, o prendemos, o sufocamos, podamos seus movimentos, cobramos, oprimimos, sem permitir sua independência.

Quando acreditamos que o outro deve corresponder aos nossos padrões, nossos modelos, nossa religião, nossos costumes, nossas crenças e nosso ideal de ser.

Quando geramos milhares de conflitos, discórdias e desunião, quando criamos confusão, intrigas, fofocas e distorcemos a realidade para prejudicar o outro.

Quando dissemos uma coisa ao outro e fazemos outra, enganando, omitindo e dissimulando.

Quando vivemos reclamando e acreditamos que o outro tem obrigação de aguentar nossas lamurias.

Quando elogiamos para manipular, louvamos para enganar, enchemos o ego do outro para confundi-lo a fazer o que queremos.

Quando fazemos do outro a nossa vida e depois ficamos magoados quando ele se afasta deixando um buraco em nosso peito, um vazio existencial e uma profunda infelicidade.

Procure a vida em ti mesmo. Não seja mais um obsessor do outro.

Não dependa de ninguém para ser feliz. Não fique sugando as pessoas.

Não acredite que o obsessor é sempre o outro, porque há sempre algo de obsessor em nós mesmos.

Hugo Lapa
Por @despertarodivino

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Os comentários estão fechados para esta entrada de blog

Comentário de Marta Maria (adm) em 27 outubro 2021 às 14:50

Um belo texto. Na realidade todo mundo acha que a obsessão ocorre de uma pessoa em relação a outra ou a um objeto, mas a obsessão é como um buraco negro dentro da pessoa, um desejo da alma, um defeito psicológico e uma emoção negativa que se torna tão forte que chega ao desequilíbrio mental. É o que penso...
Beijinhos

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