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Blog de Patrizia Gardona -- agosto 2020 Ficheiro (32)

Tecnologia

Para começar, ele nos olha nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-electrónico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 31 agosto 2020 às 8:30 — Sem comentários

Você aprende

Um dia você aprende que deve obedecer. Um dia você aprende que não pode ter tudo o que quer, que gente que tem orgulho próprio é chato e que se deve ser solidário. Que você não deve confiar em ninguém, que deve 'fazer o bem sem olhar a quem', que, se for menino, não chora e que, se for menina, deve-se preservar.

Você vê que a vida é só uma e que deve aproveitá-la.

Você aprende que deve-se pensar duas vezes antes de tomar…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 30 agosto 2020 às 10:00 — Sem comentários

E por falar em ladrão de galinhas

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia.

- Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para cadeia!

- Não era para mim não. Era para vender.

- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!

- Mas eu vendia mais caro.

- Mais caro?

- Espalhei o boato que…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 29 agosto 2020 às 10:30 — Sem comentários

É Preciso ter...

É preciso ter força para ser firme,

mas é preciso coragem para ser gentil.



É preciso ter força para se defender,

mas é preciso coragem para baixar a guarda.



É preciso ter força para ganhar uma guerra,

mas é preciso coragem para se render.



É preciso ter força para estar certo,

mas é preciso coragem para ter dúvida.



É preciso ter força para manter-se em forma,

mas é…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 28 agosto 2020 às 9:30 — Sem comentários

Maldição

Se por vinte anos, nesta furna escura,

Deixei dormir a minha maldição,

_ Hoje, velha e cansada da amargura,

Minha alma se abrirá como um vulcão.



E, em torrentes de cólera e loucura,

Sobre a tua cabeça ferverão

Vinte anos de silêncio e de tortura,

Vinte anos de agonia e solidão...



Maldita sejas pelo ideal perdido!

Pelo mal que fizeste sem querer!

Pelo amor que morreu sem ter…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 27 agosto 2020 às 8:00 — Sem comentários

SINOS (em Tarde)

Plangei, sinos! A terra ao nosso amor não basta!

Cansados de ânsias vis e de ambições ferozes,

Ardemos numa louca aspiração mais casta,

Para transmigrações, para metempsicoses!



Cantai, sinos! Daqui por onde o horror se arrasta,

Campas de rebeliões, bronzes de apoteoses,

Badalai, bimbalhai, tocai à esfera vasta!

Levai os nossos ais rolando em vossas vozes!



Em repiques de febre, em…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 26 agosto 2020 às 9:00 — Sem comentários

Estamos todos na fila...

Estamos todos na fila...

A cada minuto alguém deixa esse mundo para trás. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.

Não dá para voltar pro "fim da fila". Não dá para sair da fila. Nem evitar essa fila.

Então, enquanto esperamos a nossa vez:-

Faça valer a pena cada momento vivido aqui na Terra.

Tenha um propósito.

Motive pessoas!!

Elogie mais, critique menos.

Faça um…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 25 agosto 2020 às 8:30 — 2 Comentários

Noturno

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Têm para mim Chamados de outro mundo

as Noites perigosas e queimadas,

quando a Lua aparece mais vermelha

São turvos sonhos, Mágoas proibidas,

são Ouropéis antigos e fantasmas

que, nesse Mundo vivo e mais ardente

consumam tudo o que desejo Aqui.



Será que mais Alguém vê e escuta?



Sinto o roçar das asas Amarelas

e escuto essas Canções encantatórias

que tento, em vão, de mim…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 24 agosto 2020 às 9:00 — Sem comentários

Não sei quem sou...

https://i.pinimg.com/originals/f1/73/5a/f1735a618c88c00469afbd73a64deebb.jpg

Não sei quem sou, que alma tenho.

Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.

Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...

Sinto crenças que não tenho.

Enlevam-me ânsias que repudio.

A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta

traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,

nem ela julga que eu tenho.

Sinto-me…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 23 agosto 2020 às 12:30 — Sem comentários

O verbo amar

Te amei: era de longe que te olhava

e de longe me olhavas vagamente...

Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,

que a alma da gente faz escrava.



Te amava: como inquieto adolescente,

tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava

adivinhando esse mistério ardente

do mundo, em cada beijo que te dava.



Te amo: e ao te amar assim vou conjugando

os tempos todos desse amor, enquanto…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 22 agosto 2020 às 12:30 — Sem comentários

Gosto quando me falas de ti

https://pbs.twimg.com/media/EWygFCfXkAAONKU.jpg

Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo

e vou descortinando a tua vida

na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos

[tranquilos



Gosto quando me falas de ti... e então percebo

que antes mesmo de chegar, me adivinhavas,

que ninguém te tocou, senão o vento

que não deixa vestígios, e se vai

desfeito em carícias vãs...



Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 21 agosto 2020 às 9:00 — Sem comentários

Não sinto nada mais ou menos

Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.

Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar.

Não sei brincar e ser café com leite.

Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 20 agosto 2020 às 8:00 — Sem comentários

Um beijo

Foste o beijo melhor da minha vida,

ou talvez o pior... Glória e tormento,

contigo à luz subi do firmamento,

contigo fui pela infernal descida!



Morreste, e o meu desejo não te olvida:

queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,

e do teu gosto amargo me alimento,

e rolo-te na boca malferida.



Beijo extremo, meu prémio e meu castigo,

batismo e extrema-unção, naquele instante…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 19 agosto 2020 às 8:30 — Sem comentários

A lucidez perigosa

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Estou sentindo uma clareza tão grande

que me anula como pessoa atual e comum:

é uma lucidez vazia, como explicar?

assim como um cálculo matemático perfeito

do qual, no entanto, não se precise.



Estou por assim dizer

vendo claramente o vazio.

E nem entendo aquilo que entendo:

pois estou infinitamente maior que eu mesma,

e não me alcanço.

Além do que:

que faço dessa…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 18 agosto 2020 às 9:00 — Sem comentários

Tu e Eu

Somos diferentes, tu e eu.

Tens forma e graça

e a sabedoria de só saber crescer

até dar pé.

En não sei onde quero chegar

e só sirvo para uma coisa

- que não sei qual é!

És de outra pipa

e eu de um cripto.

Tu, lipa

Eu, calipto.



Gostas de um som tempestade

roque lenha

muito heavy

Prefiro o barroco italiano

e dos alemães

o mais leve.

És vidrada no…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 17 agosto 2020 às 8:00 — Sem comentários

Soneto Antigo

Responder a perguntas não respondo.

Perguntas impossíveis não pergunto.

Só do que sei de mim aos outros conto:

de mim, atravessada pelo mundo.



Toda a minha experiência, o meu estudo,

sou eu mesma que, em solidão paciente,

recolho do que em mim observo e escuto

muda lição, que ninguém mais entende.



O que sou vale mais do que o meu canto.

Apenas em linguagem vou…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 16 agosto 2020 às 9:30 — Sem comentários

O sonho

Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade

Solto para onde estás, e fico de ti perto!

Como, depois do sonho, é triste a realidade!

Como tudo, sem ti, fica depois deserto!



Sonho... Minha alma voa. O ar gorjeia e soluça.

Noite... A amplidão se estende, iluminada e calma:

De cada estrela de ouro um anjo se debruça,

E abre o olhar espantado, ao ver passar minha alma.



Há por tudo a…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 15 agosto 2020 às 12:30 — Sem comentários

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo

que está onde as outras coisas nunca estão,

deixo o mar bravo e o céu tranquilo:

quero solidão.



Meu caminho é sem marcos nem paisagens.

E como o conheces? - me perguntarão.

- Por não ter palavras, por não ter imagens.

Nenhum inimigo e nenhum irmão.



Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.

Viajo sozinha com o meu coração.

Não ando…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 14 agosto 2020 às 9:00 — Sem comentários

O Navio Negreiro

I



'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço

Brinca o luar — dourada borboleta;

E as vagas após ele correm... cansam

Como turba de infantes inquieta.



'Stamos em pleno mar... Do firmamento

Os astros saltam como espumas de ouro...

O mar em troca acende as ardentias,

— Constelações do líquido tesouro...



'Stamos em pleno mar... Dois infinitos

Ali se estreitam num abraço…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 13 agosto 2020 às 8:00 — Sem comentários

O laço de fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...

Prendi meus afetos, formosa Pepita.

Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!

Não rias, prendi-me

Num laço de fita.



Na selva sombria de tuas madeixas,

Nos negros cabelos da moça bonita,

Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,

Formoso enroscava-se

O laço de fita.



Meu ser, que voava nas luzes da festa,

Qual pássaro…

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Adicionado por Patrizia Gardona em 12 agosto 2020 às 8:30 — Sem comentários

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