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Como a filosofia nos ajuda a viver melhor



Como a filosofia nos ajuda a viver melhor

 
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Os filósofos são os eternos amigos da humanidade, e nos ensinam a enfrentar as adversidades.
 
A filosofia existe para que as pessoas possam viver melhor. Sofrer menos. Lidar melhor com as adversidades. Enfrentar serenamente o perpétuo vai-e-vem de elevações e quedas, para citar uma grande frase de um filósofo da Antiguidade. A missão essencial da filosofia é tornar viável a busca da felicidade.
 
Todos os grandes pensadores sublinharam esse ponto. A filosofia que não é útil na vida prática pode ser jogada no lixo. Alguém definiu os filósofos como os amigos eternos da humanidade. Nas noites frias e escuras que enfrentamos no correr dos longos dias, eles podem iluminar e aquecer. A filosofia apóia e consola.
 
Um aristocrata romano chamado Boécio (480-524) era rico, influente, poderoso. Era dono de uma inteligência colossal: traduziu para o latim toda a obra de Aristóteles e Platão. Tudo ia bem. Até o dia em que foi acusado de traição pelo imperador e condenado à morte. Foi torturado. Recebeu a marca dos condenados à morte de então: a letra grega Theta queimada na carne.
Boécio recorreu à filosofia, em que era mestre, para enfrentar o suplício. Entre a sentença e a morte, escreveu em condições precárias um livro que se tornaria um clássico da literatura ocidental: A Consolação da Filosofia. Tudo de que ele dispunha, para escrevê-lo, eram pequenas tábuas e estiletes. Isso lhe foi passado, para dentro da cela, por amigos. “A felicidade pode entrar em toda parte se suportarmos tudo sem queixas”, escreveu ele.
 
A filosofia consola, mostrou em situação extrema Boécio. E ensina. E inspira. Sim, os filósofos são os eternos amigos da humanidade. Considere Demócrito, pensador grego do século 5 a.C. Ele escreveu um livro chamado Sobre o Prazer. Primeira frase do livro: “Ocupe-se de pouco para ser feliz”. Gênio. Gênio total. A palavra grega para tranqüilidade da alma é euthymia.
 
A recomendação básica de Demócrito, sob diferentes enunciados, é encontrada em muitos outros filósofos. Sobrecarregar a agenda equivale a sobrecarregar o espírito, e traz inevitavelmente angústia. Ninguém que tenha muitas tarefas pode ser feliz.
 
Um sábio da Antiguidade não abria nenhuma correspondência depois das quatro horas da tarde. Era uma forma de não encontrar mais nenhum motivo de inquietação no resto do dia, que ele dedicava a recuperar a calma que perdera ao entregar-se ao seu trabalho. Olhemos para nós, e nos veremos com freqüência abrindo mensagens no computador alta noite, e não raro nos perturbando por seu conteúdo. O único resultado disso é uma noite mal dormida.
 
Fazemos muitas coisas desnecessárias. Coloque num papel as atividades de um dia. Depois veja o que realmente era preciso fazer e o que não era. A lista das inutilidades suplanta quase sempre a das ações imperiosas. O imperador filósofo romano Marco Aurélio, do começo da Era Cristã, louvou a frase de Demócrito em suas clássicas Meditações. Acrescentou que devemos evitar não apenas os gestos inúteis, mas também os pensamentos desnecessários.
 
Marco Aurélio recomendava o formidável exercício de conduzir a mente, quando agitada, para pensamentos aquietadores. Isso conseguido, controlamos a mente, esse cavalo selvagem, em vez de sermos controlados por ela.
 
Sêneca escreveu sobre o assunto com imensa graça e espírito. Sêneca usou as expressões “agitação estéril” e “preguiça agitada” ao tratar dos atos que nos trazem apenas desassossego. “É preciso livrar-se da agitação desregrada, à qual se entrega a maioria dos homens”, escreveu Sêneca. “Eles vagam ao acaso, mendigando ocupações. Suas saídas absurdas e inúteis lembram as idas e vindas das formigas ao longo das árvores, quando elas sobem até o alto do tronco e tornam a descer até embaixo, para nada. Quantas pessoas levam uma existência semelhante, que se chamaria com justiça de preguiça agitada?”
 
Agimos como formigas quase sempre, subindo e descendo sem razão o tronco das árvores, e pagamos um preço alto por isso: ansiedade, aflição, fadiga física e mental. Nossa agenda costuma estar repleta. É uma forma de fugir de nós mesmos, como escreveu sublimemente um poeta romano. Eliminar ao menos algumas das tantas tarefas inúteis que nos impomos a cada dia é vital para a euthymia da qual falavam os sábios gregos.
 
Outro ponto essencial recomendado pelos filósofos para a vida feliz é aceitar os tropeços. É o principal ensinamento do filósofo Zenão e seus discípulos. Nascido em 333 a.C. na ilha de Chipre, filho de pais ricos, Zenão fundou em Atenas uma escola de filosofia que dominou o mundo culto por séculos e cujos fundamentos influenciaram a doutrina cristã: o estoicismo.
 
Tão forte é a filosofia estóica que “estóico” virou sinônimo de bravura na adversidade. Segundo o mais admirado dicionário de inglês, o Oxford, estóico é quem se porta com serenidade diante do revés ou do triunfo. Nem vibra na vitória e nem se deprime na derrota.
 
Zenão perdeu todo o seu patrimônio num naufrágio. Seu comentário ao receber a informação: “O destino queria que eu filosofasse mais desembaraçadamente”. O nome da escola deriva da palavra grega “stoa”, pórtico. Zenão, alto, magro, o pescoço ligeiramente inclinado, pregava suas idéias num pórtico erguido pelos atenienses para celebrar a vitória na guerra sobre os persas.
 
Esse pórtico era colorido com imagens de gregos derrotando os bárbaros. Na Atenas de então, era comum discutir filosofia em locais públicos, mas a escolha do pórtico por Zenão parece carregada de simbolismo: o triunfo da sabedoria sobre a brutalidade.
 
O estoicismo defendia uma vida de acordo com a natureza. Simplicidade no vestuário, na comida, nas palavras, no estilo de vida. E a aceitação de tudo que possa ocorrer de ruim. Agastar-se contra as circunstâncias apenas piora o estado de espírito da pessoa: essa a lógica da aceitação, ou resignação, que viria a ser um dos pilares do cristianismo.
 
O lema estoico: abstenha-se e aceite. O apreço pela vida de acordo com a natureza Zenão aprendeu com seu mestre em filosofia, Crates. Crates era da escola cínica. Os cínicos defendiam a simplicidade tanto quanto os estoicos, e não é difícil entender por que a posteridade ignorante lhes atribuiu um sentido pejorativo: é que eles eram extraordinariamente irreverentes. O mais notável filósofo cínico, Diógenes, certa vez se masturbou em público. Explicou aos que o interpelavam: “Gostaria de saciar minha fome esfregando o estômago”.
 
Não sobrou livro nenhum de Zenão. Atribuem-se a ele frases, das quais uma das melhores diz: “A natureza nos deu dois ouvidos e apenas uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos”. Zenão se matou aos 72 anos.
 
Para os estóicos, o suicídio – sem lamúrias, sem queixas – era uma retirada digna e honrosa quando a pessoa já não encontrasse razões para viver. Sabe-se de sua morte pelo biógrafo Diógenes Laércio, autor de Vida dos Filósofos. Zenão tropeçou e se machucou, segundo Diógenes Laércio. Em seguida citou um verso de um autor grego chamado Timóteo: “Eis-me aqui: por que me chamas?”
 
Nascido escravo e só liberto depois de adulto, Epitecto foi uma das vozes mais influentes da filosofia da Antiguidade. Ele viveu nos primórdios da Era Cristã, de 40 a 125. Não escreveu um único livro. Seu pensamento é conhecido graças a um discípulo, o historiador Arriamo.
 
Arriamo teve o cuidado de anotar as idéias de seu mestre, e depois transformá-las em dois livros, Entretenimentos e Manual. Seu tamanho intelectual é tal que o imperador filósofo Marco Aurélio escreveu que um dos acontecimentos capitais de sua vida foi ter tido acesso às obras de Epitecto.
 
Para ele, o passo básico da vida feliz é aceitar as coisas como elas são. Revoltar-se contra os fatos não altera os fatos, e ainda traz uma dose de tormento desnecessária. “Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”, disse Epitecto. (Séculos depois, o pensador francês Descartes escreveu uma frase que é como um tributo à escola de Epitecto: “É mais fácil mudar seus desejos do que mudar a ordem do mundo”.)
 
Não adianta se agastar contra as circunstâncias: elas não se importam. Isso se vê nas pequenas coisas da vida. Você está no meio de um congestionamento? Exasperar-se não vai dissolver os carros à sua frente. Caiu uma chuva na hora em que você ia jogar tênis com seu amigo? Amaldiçoar as nuvens não vai secar o piso. Que tal uma seção de cinema em vez do tênis?
 
Outro ensinamento seu crucial é que só devemos nos ocupar efetivamente daquilo que está sob nosso controle. Você cruza uma manhã com seu chefe no elevador e ele é efusivo. Você ganha o dia. Você o encontra de novo e ele é frio. Você fica arrasado. Daquela vez ele estava bem-humorado, daí o cumprimento caloroso, agora não. O estado de espírito de seu chefe não está sob seu controle. Você não deve nem se entusiasmar com tapas amáveis que ele dê em suas costas e nem se deprimir com um gesto de frieza. Você não pode entregar aos outros o comando de seu estado de espírito.
 
“Não é aquele que lhe diz injúrias quem ultraja você, mas sim a opinião que você tem dele”, disse Epitecto. Se você ignora quem o insulta, você lhe tira o poder de chateá-lo, seja no trânsito, na arquibancada de um estádio de futebol ou numa reunião corporativa.
 
Não são exatamente os fatos que moldam nosso estado de espírito, pregou Epitecto, mas sim a maneira como os encaramos. Um dos desafios perenes da humanidade, e as palavras de Epitecto são uma lembrança eterna disso, é evitar que nossa opinião sobre as coisas seja tão ruim como costuma ser. A mente humana parece sempre optar pela infelicidade.
 
Outra lição essencial dos filósofos é não se inquietar com o futuro. O sábio vive apenas o dia de hoje. Não planeja nada. Não se atormenta com o que pode acontecer amanhã. É, numa palavra, um imprevidente. Eis um conceito comum a quase todas as escolas filosóficas: o descaso pelo dia seguinte. Mesmo em situações extremas. Um filósofo da Antiguidade, ao ver o pânico das pessoas com as quais estava num navio que chacoalhava sob uma tempestade, apontou para um porco impassível. E disse: “Não é possível que aquele animal seja mais sábio que todos nós”.
 
O futuro é fonte de inquietação permanente para a humanidade. Tememos perder o emprego. Tememos não ter dinheiro para pagar as contas. Tememos ficar doentes. Tememos morrer. O medo do dia de amanhã impede que se desfrute o dia de hoje. “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria”, escreveu Epicuro. Nascido em Atenas em 341 AC, Epicuro, como os filósofos cínicos, foi uma vítima da posteridade ignorante. Pregava e praticava a simplicidade, e no entanto seu nome ficou vinculado à busca frívola do prazer.
 
Somos tanto mais serenos quanto menos pensamos no futuro. Vivemos sob o império dos planos, quer na vida pessoal, quer na vida profissional, e isso traz muito mais desassossego que realizações. O mundo neurótico em que arrastamos nossas pernas trêmulas de receios múltiplos deriva, em grande parte, do foco obsessivo no futuro. Há um sofrimento por antecipação cuja única função é tornar a vida mais áspera do que já é.
 
Epicuro, numa sentença frequentemente citada, disse que nunca é tarde demais e nem cedo demais para filosofar. Para refletir sobre a arte de viver bem, ele queria dizer. Para buscar a tranqüilidade da alma, sem a qual mesmo tendo tudo nada temos a não ser medo. Também nunca é tarde demais e nem cedo demais para lutar contra a presença descomunal e apavorante do futuro em nossa vida.
 
O homem sábio cuida do dia de hoje. E basta.
 
 
 
 

Médium doente
Postado por ELIETH TAVARES CASTRO em 2 de Setembro de 2019 às 2:35am
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Amizade

Confiando no Futuro



Confiando no Futuro

 
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“Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim”. (Paulo- Filipenses 3:13 e 14). 

Na caminhada evolutiva que todos estamos empreendendo, em busca de dias melhores, é muito natural que tenhamos, ao longo do percurso, sofrido algum tipo de acidente que deixou reflexos infelizes em nossa jornada. No entanto, nenhum obstáculo, por forte e ameaçador que seja pode impedir nossos sonhos de paz e felicidade.

Aqui foi uma decepção inesperada com relação àqueles que caminhavam conosco, pois quando esperávamos ajuda notamos que nos trouxeram mais problemas.

Ali deparamos com a incompreensão alheia semeando dúvidas e incertezas sobre a veracidade e firmeza dos nossos ideais, quando não acreditaram no nosso real desejo de amar e servir.

Mais adiante foram equívocos e ilusões que se responsabilizaram por nossas quedas, amargando nossa realidade e nodoando nossos dias com o visgo do arrependimento.

Não importa o que aconteceu, precisamos estar atentos às observações sábias e oportunas de Paulo, quando na essência de seu ensinamento à comunidade Felipense, informa que devemos esquecer todas as expressões inferiores do dia de ontem e avançar para os dias iluminados que nos esperam.

Na condição de Espíritos ainda muito distantes da perfeição, não se caracteriza surpresa a existência de falhas, pois que estamos nos esforçando para aniquilar o homem velho que nora dentro de nós para fazer nascer o homem novo, mas ainda não conseguimos isso, portando é preciso, com determinação e coragem, prosseguir buscando nossos objetivos.

Erramos ontem, nos fizeram sofrer, obstáculos surgiram, sigamos mesmo assim, encorajados pela imensa possibilidade de momentos melhores no porvir. A providência divina que tudo vê e sabe, em momento algum nos desamparará. Todo ideal nobre, salutar e sublime ganha a adesão dos Espíritos benfeitores que se prontificam a amparar aqueles que se decidem pelos caminhos do bem.

Nosso passado de erros, de forma alguma, pode atrapalhar nossos anseios de crescimento espiritual. O aluno para chegar ao diploma que aguarda com ansiedade, em muitas ocasiões precisa repetir a lição que não fez de forma correta. Portanto, o erro abre perspectivas para o acerto e ninguém em sã consciência pretenderá somente acertar. Ainda, se aqueles a quem depositamos nossas esperanças de amparo e ajuda desertaram, outros companheiros virão, pois que é da lei que os afins se encontrem.

Assim sendo, guardemos as experiências que os equívocos e os enganos nos proporcionaram e rumemos, com firmeza e arrojo, para as conquistas que nos esperam, pois que somos filhos de Deus e nessa bendita condição, estando devidamente conscientes das nossas possibilidades, nada atrapalhará nossos passos pelos caminhos iluminados do amanhã.

Ergamos a bandeira do bem e elejamos viver demonstrando sempre sensibilidade, ternura, interesse e carinho para com o próximo e os nossos gestos magnetizados pelo amor encontrarão ressonância no seio da bondade divina, sempre presente no coração daqueles que amam.

W. A. Cuin
 
 
 
 

icas para receber tratamento espiritual durante o sono



Dicas para receber tratamento espiritual durante o sono

 
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Ciclo de 3 Dias para um Tratamento Espiritual Durante o Sono:

- Jamais durma contrariado, chateado ou alcoolizado.
 
- Coma algo muito leve e no máximo até 3 horas antes de dormir. Não coma carne ou gorduras pesadas.
 
- Prepare-se para dormir, sentando-se a beira da sua cama, fazendo uma intenção positiva de luz. Faça uma oração apenas de agradecimento. Agradeça a sua vida, a sua existência e eleve os pensamentos aos seres de luz que você acredita e confia. Depois eleve os pensamentos, pedindo em intenção mental que você receba dos seres de luz de cura espiritual, o tratamento que você precisa. Então por último diga. Solicito em nome do bem maior, tratamento para ( diga especificamente o que você precisa)
 
- Somente depois da fase anterior feita, deite-se na cama. Então peça ao seu anjo da guarda, amparador ou protetor espiritual lhe proteger durante o sono.
 
- Muito importante: Faça 20 respirações profundas. Inspire e Expire no mesmo tempo. É muito importante que você siga corretamente essa fase e que tome cuidado para que o tempo inspiração e de expiração sejam idênticos e que a respiração não seja rápida, mas longo e calma.
- Entregue-se ao sono e simplesmente relaxe.
 
- Faça o mesmo processo pelos dois dias seguidos.
 
- Você sempre deve fazer 3 dias seguidos, não interrompa.
 
- Depois de fazer os 3 dias, dê uma semana de intervalo, caso você queira fazer o ciclo novamente. Você pode fazer o ciclo quantas vezes quiser, desde que dê o tempo de uma semana de espera.
 
- No outro dia, ao acordar, é recomendável que você anote possíveis lembranças de possíveis sonhos, pois eles lhe farão muito sentidos e poderão significar muitas mensagens de orientações.
 
- Faça a sua parte em mudar atitudes, pensamentos e sentimentos.
 
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Falta de Formação Doutrinária (J. Herculano Pires 



Falta de Formação Doutrinária (J. Herculano Pires)

 
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Sem a formação doutrinária, não teremos um movimento espírita coeso e coerente. E, sem coesão e coerência, não teremos Espiritismo. 
 
Essa a razão por que os Espíritos Superiores confiaram às mãos de Kardec o pesado trabalho da Codificação. Kardec teve de arcar, sozinho, com a execução dessa obra gigantesca. 
 
Porque só ele estava em condições de realizá-la. Depois de Kardec, o que vimos? 
 
Léon Denis foi o único dos seus discípulos que conseguiu manter-se à altura do mestre, contribuindo vigorosamente para a consolidação da Doutrina. Era, aparentemente, o menos indicado. Não tinha a formação cultural de Kardec, residia na província, não convivera com ele, mas soubera compreender a posição metodológica do Espiritismo e não a confundia com os desvarios espiritualistas da época.

Depois de Denis, foi o dilúvio. A Revista Espírita virou um saco de gatos. A sociedade Parisiense naufragou em águas turvas. A Ciência e a Filosofia Espíritas ficaram esquecidas. O aspecto religioso da Doutrina transviou-se na ignorância e no fanatismo. Os sucessores de Kardec fracassaram inteiramente na manutenção da chama espírita, na França. E, quando a Arvore do Evangelho foi transplantada para o Brasil, segundo a expressão de Humberto de Campos, veio carregada de parasitas mortais que, ao invés de extirpar, tratamos de cultivar e aumentar com as pragas da terra.

Tudo isso por quê? Por falta pura e simples de formação doutrinária. A prova está aí, bem visível, no fluidismo e no obscurantismo que dominam o nosso movimento no Brasil e no Mundo. Os poucos estudiosos, que se aprofundaram no estudo de Kardec, vivem como náufragos num mar tempestuoso, lutando, sem cessar, com os mesmos destroços de sempre. Não há estudo sistemático e sério da Doutrina. E o que é mais grave, há evidente sintoma de fascinação das trevas, em vastos setores representativos que, por incrível que pareça, combatem por todos os meios o desenvolvimento da cultura espírita.

Enquanto não compreendermos que Espiritismo é cultura, as tentativas de unificação do nosso movimento não darão resultados reais. Darão aproximações arrepiadas de conflitos, aumento quantitativo de adeptos ineptos, estimulação perigosa de messianismos individuais e de grupos. Flammarion, que nunca entendeu realmente a posição de Kardec, e chegou a dizer que ele fez obra um tanto pessoal, como se vê no seu famoso discurso ao pé do túmulo, teve, entretanto, uma intuição feliz quando o chamou de bom senso encarnado.

Esse bom senso é que nos falta. Parece haver se desencarnado com Kardec, e volatizado com Denis. Hoje, estamos na era do contrassenso. Os mesmos órgãos de divulgação doutrinária que pregam o obscurantismo, exibem pavoneios de erudição personalista, em nome de uma cultura inexistente. Porque cultura não é erudição, livros empilhados nas estantes, fichário em ordem para consultas ocasionais. Cultura è assimilação de conhecimentos e bom senso em ação.

O que fazer diante dessa situação? Cuidar da formação espírita das novas gerações, sem esquecer a alfabetização de adultos. Mobral: esse o recurso. Temos de organizar o Mobral do Espírito. E começar tudo de novo, pelas primeiras letras. Mas, isso em conjunto, agrupando elementos capazes, de mente arejada e coração aberto. Foi por isso que propus a criação das Escolas de Espiritismo, em nível universitário, dotadas de amplos currículos de formação cultural espírita.

Podem dizer que há contradições entre Mobral e nível universitário. Mas, nota-se, que falamos de Mobral do Espírito. A Cultura Espírita é o desenvolvimento da cultura acadêmica, é o seguimento natural da cultura atual, em que se misturam elementos cristãos, pagãos e ateus. Para iniciar-se na cultura espírita, o estudante deve possuir as bases da cultura anterior. "Tudo se encadeia no Universo", como ensina, repetidamente, O Livro dos Espíritos. Quem não compreende esse encadeamento, tem de iniciar pelo Mobral. Não há outra forma de adaptá-lo às novas exigências da nova cultura.

A verdade nua e crua é que ninguém conhece Espiritismo. Ninguém, mesmo, no Brasil e no Mundo. Estamos todos aprendendo, ainda, de maneira canhestra.

E se me permito escrever isto, é porque aprendi, a duras penas, a conhecer a minha própria indigência. No Espiritismo, como já se dava no Cristianismo e na própria filosofia grega, o que vale é o método socrático.

Temos, antes de tudo, de compreender que nada sabemos. Então, estaremos, pelo menos, conscientes de nossa ignorância e capazes de aprender.

Mas, aprender com quem? Sozinhos, como autodidatas, tirando nossas próprias lições dos textos, confiantes nas luzes da nossa ignorância? Recebendo lições de outros que tateiam como nós, mas que estufam o peito de autossuficiência e pretensão? Claro que não. Ao menos isso devemos saber. Temos de trabalhar em conjunto, reunindo companheiros sensatos, bem intencionados, não fascinados por mistificações grosseiras e evidentes, capazes de humildade real, provada por atos e atitudes. Assim conjugados, poderemos aprender de Kardec, estudando suas obras, mergulhando em seus textos, lembrando-nos de que foi ele e só ele o incumbido de nos transmitir o legado do Espírito da Verdade.

Kardec é a nossa pedra de toque. Não por ser Kardec, mas por ser o intérprete humilde que foi, o homem sincero e puro a serviço dos Espíritos Instrutores.

É o que devemos ter nas Escolas de Espiritismo.

Não Faculdades, nem Academias, mas, simplesmente, Escolas. O sistema universitário implica pesquisas, colaboração entre professores e alunos, trabalho conjugado e sem presunção de superioridade de parte de ninguém. O simpósio e o seminário, o livre-debate, enfim, é que resolvem, e não o magister do passado. O espírito universitário, por isso mesmo, é o que melhor corresponde à escola espírita. Num ambiente assim, os Espíritos Instrutores disporão de meios para auxiliar os estudantes sinceros e despretensiosos.
A formação espírita exige ensino metódico mas, ao mesmo tempo, livre. Foi o que os Espíritos deram a Kardec: um ensino de que ele mesmo participava, interrogando os mestres e discutindo com eles. Por isso, não houve infiltração de mistificadores na obra inteiriça, nesse bloco de lógica e bom senso, que abrange os cinco livros fundamentais de Codificação, os volumes introdutórios e os volumes da Revista Espírita, redigidos por ele durante quase doze anos de trabalho incessante.

Essa obra gigantesca é a plataforma do futuro, o alicerce e o plano de um novo mundo, de uma nova civilização. Seria absurdo pensar que podemos dominar esse vasto acervo de conhecimentos novos, de conceitos revolucionários, através de simples leituras individuais, sem método e sem pesquisa. Nosso papel, no Espiritismo, tem sido o de macacos em loja de louças. E incrível a leviandade com que oradores e articulistas espíritas tratam de certos temas, com uma falsa suficiência de arrepiar, lançando confusões ridículas no meio doutrinário. Temos de compreender que isso não pode continuar. Chega de arengas melífluas nos Centros, de oratória descabelada, de auditórios basbaques, batendo palmas e palavreado pomposo. Nada disso é Espiritismo.Os conferencistas espíritas precisam ensinar Espiritismo - que ninguém conhece - mas para isso precisam, primeiro aprendê-lo. Precisamos de expositores didáticos, servidos por bom conhecimento doutrinário, arduamente adquirido em estudos e pesquisas. Expor os temas fundamentais da Doutrina, não é falar bonito, com tropos pretensamente literários, que só servem para estufar vaidade, à maneira da oratória bacharelesca do século passado.

Esse palavrório vazio e presunçoso não constrói nada e só serve para ridicularizar o Espiritismo ante a mentalidade positiva e analítica do nosso tempo.

Estamos numa fase avançada da evolução terrena.

Nossa cultura cresceu espantosamente nos últimos anos e já está chegando à confluência dos princípios espíritas em todos os campos. A nossa falta de formação cultural espírita não nos permite enfrentar a barreira dos preconceitos para demonstrar ao mundo que Espiritismo, como escreveu Humberto Mariotti, é uma estrela de amor que espera no horizonte do mundo o avanço das ciências. E curiosa e ridícula a nossa situação.

Temos o futuro nas mãos e ficamos encravados no passado mitológico e nas querelas medievais.

Mas, para superar essa situação, temos de aprender com Kardec. Os que pretendem superar Kardec, não o conhecem. Se o conhecessem, não assumiriam a posição ridícula de críticos e inovadores do que, na verdade, ignoram. Chegamos a uma hora de definições.

Precisamos definir a posição cultural espírita perante a nova cultura dos tempos novos. E só faremos isso através de organismos culturais bem estruturados, funcionais, dotados de recursos escolares capazes de fornecer, aos mais aptos e mais sinceros, a formação cultural de que todos necessitamos, com urgência.

Autor: José Herculano Pires;
 
Do livro: O Mistério do Bem e do Mal.

Honestidade (Louise Hay)



 

Honestidade (Louise Hay)

 
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Honestidade é uma palavra muito usada, mas seu real significado raramente é percebido. Não tem nada a ver com moralidade ou ser bonzinho. Ser honesto também tem pouca relação com ser apanhado e ir para a cadeia. De fato, ser honesto é um ato de amor por si mesmo.
 
A lei de causa e efeito atua em todos os níveis. Se você menospreza e critica os outros, será menosprezado e criticado. Se você está sempre com raiva, só atrai raiva. Da mesma forma, se você é honesto, só atrai honestidade.
 
Imagine que você acaba de descobrir que sua casa foi assaltada. Sua primeira reação é sentir-se uma vítima: “Por que fizeram essa maldade comigo?” No entanto, o que você precisa fazer é parar para pensar por que e como você atraiu essa experiência desagradável.
 
Quando ouço alguém se queixar de que foi roubado ou sofreu uma perda em alguma área de sua vida, logo pergunto: “O que você andou roubando ultimamente?” A primeira reação é sempre um ar de surpresa, mas uma análise mais cuidadosa e profunda acaba revelando uma ligação entre os dois acontecimentos.
Quando nos apoderamos de alguma coisa que não é nossa, perdemos algo de maior valor. Se rompemos o relacionamento de alguém, podemos perder um emprego. Se roubamos dinheiro ou algum objeto, podemos sofrer uma perda em um relacionamento. Se furtamos selos ou canetas do escritório onde trabalhamos, podemos perder a condução ou um compromisso. Como tudo nesta vida, a desonestidade tem seu preço.
 
Infelizmente, muitas pessoas roubam de hotéis, lojas de departamentos, supermercados, grandes companhias etc. porque acreditam que essas empresas podem arcar com o prejuízo. Mas esse tipo de raciocínio não funciona com a lei de causa e efeito. Quem rouba é roubado. Quem dá recebe. Não pode ser diferente.
 
Assumir a responsabilidade de criar as próprias experiências é uma ideia que nem todos gostam de aceitar. É sempre mais fácil pôr a culpa nos outros de que enfrentar os próprios defeitos. Entretanto, o crescimento espiritual só ocorre quando reconhecemos que existe muito pouco de valor fora de nós, que tudo vem de dentro.
 
Se você anda sofrendo muitas perdas ou prejuízos na vida, examine o que pode estar tirando dos outros. Algumas pessoas que jamais furtariam um alfinete não hesitam em roubar a autoestima de um semelhante, fazendo-o se sentir culpado por alguma infelicidade.
 
É preciso muita autoanálise e percepção para sermos verdadeiramente honestos em todos os níveis. Quando nos apossamos de algo que não nos pertence, avisamos o Universo que não somos dignos de ganhar com nosso próprio trabalho, que não somos bons o bastante, que desejamos também ser roubados. Estamos dizendo também que não acreditamos que existe o suficiente para todos. Acreditamos que temos de ser furtivos para conseguir o que é bom. Essas crenças se tornam muralhas em torno de nós, impedindo-nos de experimentar a abundância e a alegria da vida.
 
As crenças negativas não são a verdade de nosso ser. Somos magníficos e merecemos o melhor. Este é um planeta de abundância. Quando entendemos que nossos pensamentos criam nossa realidade, ser absolutamente honestos, até o último clipe de papel, é mais uma escolha que fazemos por amor a nós mesmos. A honestidade ajuda nossa vida a fluir com mais facilidade e suavidade.
 
Por isso, lembre-se de você mesmo quando fizer alguma compra e receber troco errado a seu favor. Avisar o caixa de seu erro é uma obrigação espiritual sua, que só reverterá para seu próprio bem.
 
Se a desonestidade atrai a desarmonia, o amor e a honestidade somados fazem maravilhas. Tal como criamos o que existe de mau em nossa vida, também criamos o que temos de bom, até as mais belas das surpresas. Nosso poder é imenso. E o que aprendemos a criar com nossa própria consciência tem um valor muito maior.
 
Louise Hay
 

Evitemos guardar mágoas e ressentimentos
Postado por ELIETH TAVARES CASTRO em 17 de Julho de 2019 às 2:21am


"Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." ( Jesus- Mateus, 18:21,22)

Mágoas e ressentimentos guardados em nosso âmago atuam como ácidos corroendo a essência das nossas emoções, com graves repercussões também em nossa constituição física.

A ciência médica, já há muito detectou que os desequilíbrios sentimentais, que descuidadamente ainda carregamos conosco, somatizados em nossa constituição orgânica, são geradores de uma infinidade de distúrbios, nem sempre de fácil solução.

Na base dessas doenças emocionais quase sempre estão a raiva, o ódio, a irritação, o inconformismo, a mágoa e o ressentimento. Defeitos que ainda possuímos e que precisam ser erradicados com urgência, se desejamos desfrutar de uma vida de equilíbrios e saúde.

Jesus Cristo, profundo conhecedor da natureza humana, desejando nos orientar, com segurança, apontou à humanidade, o roteiro para uma vida saudável quando ensinou a Pedro, simbolicamente, que será preciso perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete. Isto é, perdoar sempre, infinitamente.

É por demais conhecida a complexidade das relações humanas. Somos criaturas diferentes uma das outras. Segundo o Espírito André Luiz, no livro “Libertação”, no capítulo I, psicografia de Francisco Cândido Xavier, nós estamos usando a razão há quarenta mil anos.

No percurso desses milênios, tivemos a liberdade de decidir, deliberar, escolher caminhos, com independência, isso obviamente permitiu que cada um de nós construísse o seu patrimônio de experiências, obviamente, cada um a sua maneira, daí as diferenças pessoais existentes.

Saber viver no contexto dessas diferenças eis o grande desafio.

E como não existem criaturas iguais no Universo, com urgência, precisamos saber compreender as pessoas como elas são, para que elas também nos compreendam como somos. Quando conseguirmos tal proeza, por certo teremos encontrado o caminho da serenidade.

Não será uma tarefa fácil, como não esta sendo, mas é indispensável o empreendimento de grandes cotas de esforços, sacrifícios e renúncias pessoais, para que os sentimentos da mágoa, do ódio e outros, definitivamente, desapareçam do nosso coração.

Sabendo disso, nos empenhemos ao máximo visando exercitar o perdão, a compreensão e a tolerância para com aqueles que, possivelmente, nos ofenderam ou nos causaram quaisquer aborrecimentos ou venham a causar. Não vale a pena abrigar, no íntimo, tais sentimentos pestilentos. Em realidade os maiores prejudicados somos nós mesmos.

Se as criaturas com quem nos relacionamos, desavisadas, ainda pactuam com a inferioridade, lançando dardos ferinos, isso é problema exclusivamente delas, de nossa parte, façamos o contrário, emitamos vibrações de equilíbrio e de serenidade, mesmo sabendo não ser nada fácil, pois agindo assim, sem dúvida, neutralizaremos os raios desequilibrados que poderiam nos atingir.

Como podemos concluir, ao ensinar o uso contínuo do perdão, Jesus Cristo, dentro da sua imensa sabedoria, informou a todos nós, através do apóstolo Pedro, a forma correta e eficaz da convivência social, para que tenhamos uma vida saudável, tanto emocional como fisicamente.

Portanto, perdoar não se trata tão somente de um apontamento especulativo, religioso, moral, mas de um conselho profundo que assegura o nosso bem estar.

Reflitamos...

W. A. Cuin

FRATERLUZ - Fraternidade Espírita Luz do Cristianismo

Um Retrato do ABORTO

Perita, auxiliar de ginecologia, 
Sempre atenta às questões de luxo e reconforto, 
A senhora dizia: 
- Meu problema não é a prática do aborto, 
Tento apenas livrar a mulher desprezada, 
Dos desgostos fatais que a esperam na estrada.

Quando o homem lhe fere o brio feminino... 
Amigos respondiam: 
- Mas, no caso, a mulher, ante as leis do destino, 
Não será responsável quando aceita 
Ser mulher-mãe do filho que carrega? 
Se ao homem que a buscou ela própria se entrega?

Sabemos que o espírito enlaça o corpo de que se aproveita 
Quando estão, ele e ela, em comunhão perfeita. 
A senhora, entretanto, Falava, contrafeita: 
- Não protesto, nem digo que estou certa, 
Sei apenas que estou na minha profissão, 
Tanto quanto angario apreço e estimação.

Creio que faço o bem, liberando a mulher 
Do fardo que ela traz quando não quer; 
Além do mais, preciso do dinheiro 
Para dar a minha filha um caminho seguro, 
Uma bela mansão, um marido e o futuro 
Sem aflição e sem dificuldade...

Ela agora possui quinze anos completos; 
Sonho vê-la feliz ao dar-me vários netos... 
Para isso, o dinheiro é a base inesquecível, 
Depósito bancário é melhora de nível. 
Vejo no meu trabalho um trabalho qualquer 
Simples mulher que ajuda a uma outra mulher.

Não tenho hesitação, nem penso quanto a isso, 
Aborto é protecção a quem presto serviço; 
Desde que a candidata chegue mascarada, 
Passo a cumprir o meu dever 
E não quero saber 
Se veio acompanhada ou desacompanhada.

Se anota o nome ou não, 
Não quero queixa, nem complicação, 
Cada uma a que atendo é mais seis mil!... 
E aditava, esboçando um sorriso gentil: 
_ Preciso de milhões... 
desdobrava-se o tempo, hora por hora, 
quando em chuvosa noite surge uma senhora, 
pagando a taxa de seis mil. 
Ela explica que trouxe uma sobrinha pobre 
Para comprar a intervenção... 
Declara-se parente e mostra-se incumbida 
De socorrer a moça e dar-lhe protecção, 
Quer mante-la, porém, desconhecida...

A senhora ouve, calma, e concorda em seguida: 
- Entendo, claramente, 
Cada pessoa está em sua própria vida... 
Entra no gabinete a jovem mascarada, 
Parece muda e surda que se entrega 
A uma força terrível, dura e cega... 
Ao ver-lhe o corpo verde de menina, 
A senhora em acção 
Elogia-lhe a pele alabastrina; 
Mas, aparentemente sem razão, 
Quando o chamado auxílio estava em meio, 
Estranha hemorragia surge em cheio...

A jovem geme, a parteira entra em luta... 
Nada consegue... O sangue explode e vence-a 
A dama ao telefone roga a um médico amigo 
Que lhe venha em socorro... 
Vê a moça em perigo, 
Quer salvar-lhe a existência, 
Mas o sangue que sai prossegue a jorro... 
Chega o médico à pressa, 
Nota a menina em coma... 
- Nada mais a fazer – diz ele quando a toma, 
A fim de examinar-lhe o pulso e, logo após, 
Diz à parteira aflita: 
- É uma jovem bonita, 
Liberemos a face, enquanto estamos sós.

Ele mesmo retira a máscara em veludo 
Quer anotar-lhe o rosto para estudo... 
Eis, porém, que aparece 
A mocinha, a morrer, num sorriso tristonho, 
Qual criança que dorme a fitar a luz do último sonho...

Mas ao ver-lhe, de todo, a face em primavera, 
Grita a pobre senhora em gemidos de fera: 
- Porquê? Porquê, meu Deus, esta dor que me mata? 
Em pranto convulsivo a dor se lhe desata... 
É que, ao fitar o corpo enfeitado em rendilha, 
Naquele rosto lindo e pálido, ante a morte, 
A rugir e a chorar sem nada que a conforte, 
A senhora encontrara a sua própria filha.

Maria Dolores / Francisco Cândido Xavier

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