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Respostas a este tópico

Titulo: Observai os pássaros do céu

Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; — acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; — porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração.
Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?
Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? — e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?
Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; — entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. — Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé!
Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que beberemos? ou: de que nos vestiremos? — como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.
Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. — Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal.
(S. MATEUS, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)

Interpretadas à letra, essas palavras seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, conseguintemente, de todo progresso. Com semelhante princípio, o homem limitar-se-ia a esperar passivamente. Suas forças físicas e intelectuais conservar-se-iam inativas. Se tal fora a sua condição normal na Terra, jamais houvera ele saído do estado primitivo e, se dessa condição fizesse ele a sua lei para a atualidade, só lhe caberia viver sem fazer coisa alguma. Não pode ter sido esse o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que disse de outras vezes, com as próprias leis da Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los.
Não se deve, portanto, ver, nessas palavras, mais do que uma poética alegoria da Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem sempre acode com um auxílio material, inspira as ideias com que se encontram os meios de sair da dificuldade.
Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta; reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. Frequentemente, ele se torna infeliz por culpa sua e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia. Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as consequências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 6 e 7.)

Titulo: Missão do homem inteligente na Terra

Não vos ensoberbeçais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso.
Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos? Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante dAquele a quem tudo deve.
A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu. — Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 13.)

Titulo: Perdão das ofensas

Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar frequentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?
Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.
Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte dAquele que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas vistas e prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito séculos. Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe.
Se seus atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal. Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que não passassem de simples arranhões.
Espíritas, jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor. Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu próximo. — Simeão. (Bordéus, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 14.)

Titulo: Toda crença é respeitável

No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade.
Toda religião é sublime.
No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenómenos medi únicos em que toda religião se baseia.
Toda religião é santa nas intenções.
No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.
Toda religião auxilia.
No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.
Toda religião é conforto na morte.
No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.
Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.
No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.
Toda religião exorciza os Espíritos infelizes.
No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução.
Toda religião educa sempre.
No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.
Toda religião fala de penas e recompensas.
No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.
Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.
No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho.
Porque a Doutrina Espírita é em si a liberdade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.
Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.
"Espírita" deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.
"Espírita" deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.
"Espírita" deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.
"Espírita" deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.
Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.
E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.
Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.

EMMANUEL - Psic. F. C. Xavier - Livro "Religião dos Espíritos" Ed. FEB.

Titulo: Perante a crise económica no mundo

A Terra passa, nos últimos meses, por processo que merece a reflexão de todos aqueles que procuram abrigar no coração as luzes do Evangelho. As nações detentoras do poder económico sentem esfacelar, ruir, tombar as suas ideologias económicas, seus princípios de poderio. As forças que alimentaram o processo vigente estavam erguidas e solidificadas sobre bases egoísticas e individualistas do materialismo humano. Tinham em sua estrutura o egoísmo e o orgulho dos homens.
É evidente que não se pode fechar os olhos aos benefícios e ao progresso por elas gerados. Mas, olhando a estrutura dos organismos mundiais, observa-se que se encontravam cegos aqueles que buscavam a facilidade do enriquecimento, a busca de divisas apenas para aumentar a capacidade de possuir, de obter, de armazenar, de guardar e multiplicar. A consequência natural disso foi a dor, o sofrimento, a desilusão e a falta de resposta sobre o porquê ou sobre a causa dos acontecimentos.
O movimento, que envolve todo o Planeta, traz consequências a todos. Aí, então, surge a pergunta: por que tudo isso? Qual sua origem? Onde identificar o ponto tido como base para tantos desdobramentos? Não podemos deixar de reconhecer que a origem e a base do processo estão na falta do Evangelho de Jesus. Falta-lhe o sentido profundo do Evangelho, a essência da verdade que o Mestre veio trazer. Para muitos, as lições nele contidas são apenas ideias bonitas, mas distantes da realidade do mundo. O Evangelho é uma coisa, o movimento económico é outra. Ambos não se misturam, segundo o que pensam e agem.
O afastamento do Evangelho de Jesus faz com que se desenvolvam em seus corações o endurecimento, a visão obtusa, o engessamento, a frieza absoluta. Não conseguem ver ue os conceitos individualistas devem ser repensados em função do coletivo. Do eu para o nós. Um movimento de saída, de entregar-se, de dividir. Há que haver mudanças profundas nas concepções, nas estruturas das ideias.
Os espíritos encarregados de influenciar as mentes procuram aberturas na concepção dos irmãos que dirigem os povos. Mas, isso não se faz apenas com a ação espiritual.
Todos os que aceitaram o Evangelho de Jesus, os princípios do amor e da fraternidade, são também chamados a cooperar. É natural que cada um, perplexo, se pergunte: - o que posso fazer? Nada conheço de economia ou dos efeitos da globalização dos países.
Nada entendo das políticas e das relações mundiais. Estou absolutamente limitado para agir.
Devo dizer, meus irmãos, que há grande engano por parte dos que dizem nada poder realizar. Todos os que professam o Evangelho têm muito a contribuir. O primeiro passo se faz com uma ação continuada, em todos os momentos, em favor do pensamento positivo de que o comando do Planeta não está à deriva. O pensamento positivo de que existe ordem, de que há um governo espiritual que permite a liberdade para que o homem cresça. O governo espiritual age apenas quando deve. As leis universais de Deus estão marcadas por sua beleza e justiça, sendo acionadas quando necessário. Podemos vibrar, agindo conscientemente para que os irmãos em postos de comando assimilem tais correntes e sejam influenciados pelas forças espirituais.
O segundo passo se dá pela prece, contagiada pelo pensamento de querer ajudar. Sair de si mesmo, expandindo-se em forças, em energias, direcionadas em favor dos irmãos no comando, que tanto precisam delas. Não podemos mais abrigar idéias que suscitem na coletividade pensamentos de ordem negativa. Somos responsáveis pelas ondas mentais que geram campos magnéticos de perturbação e desequilíbrio.O Evangelho de Jesus nos chama à ação consciente na direção do bem e da fraternidade. Precisamos agir diferentemente dos demais. Não lhes estamos pedindo angelitude, pois, há grande distância entre ela e suas possibilidades. O que estamos pedindo é ação consciente em prol de uma atmosfera de positividade, que amenize as perturbações. Todos temos uma cota de responsabilidade nisso. Falar de fraternidade e de amor é auxiliar para que o egoísmo seja enfraquecido, seja diminuída sua força. Em seu lugar, novos sentimentos abrigados e alimentados pela solidariedade.
A dor e o sofrimento deste momento são antagónicos aos da fraternidade. Vamos reconstruí-los, ainda que de forma pequena. É de pequenas ações que se constroem e se edificam as grandes coisas.
Concito a todos para um grande empenho na vibração fraterna. Todos nós fazemos parte de uma mesma família. Não há diferenciações, a não ser aquelas criadas pelo mundo material; mas até mesmo essas existem para o progresso do espírito, atraído pelos campos magnéticos dos afins. Agir como família é não deixar que nenhum dos irmãos perca força. Que as nossas estejam sempre disponíveis para erguer a daqueles que estão em necessidade.

Fontes da Luz, em novembro/2008

Titulo: A passagem do milénio

Dois mil anos do calendário humano não têm grande importância como demarcação absoluta de tempo, mas como planeamento do progresso do nosso Planeta. Vencida a etapa da expiação, o Planeta passará naturalmente por uma transformação, necessária ao acompanhamento da evolução da humanidade terrestre. As eras do planeamento espiritual não têm datas marcadas, com a exatidão vista pelos homens, mas são referências para adaptar a Terra e a humanidade às suas especificações.
Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu numa terra árida, isolado numa pequena aldeia, não conheceu a grandeza do mundo romano da época, não visitou seus palácios e nem dormiu em berços de ouro. Ao contrário, nasceu na simplicidade da Judéia, cercado de pastores e pescadores humildes, sem conhecimento das letras, das ciências e da magia da palavra. Deixou-nos, todavia, um verdadeiro tratado de vida, mostrando à humanidade como viver.
No tempo de Jesus, o continente americano era selvagem; a Europa estava quase desabitada e na África tribos primitivas eram abundantes. O Senhor Jesus não veio precipitadamente à Terra, e apenas aparentemente se situou num meio insignificante. Apenas aparentemente.
Os homens modernos, por sua vez, fazem suas pesquisas e estudos, chegando mesmo a sair do próprio Planeta, investigando os universos resplandecentes de galáxias e de astros. Penetram no corpo humano, descobrindo segredos; vasculham a natureza e enxergam o fundo do mar.
Buscam encontrar todo o mecanismo da vida e se prepararam para nele interferir, alterando a genética das plantas e das flores nos laboratórios, interferindo nos seus embriões, fortalecendo-as para vencer as pragas.
Tudo isso é crescimento de grande importância, mas sem os valores do Cristo de pouco adiantam. Nada há de errado. Tudo caminha conforme a programação superior. Mas, infelizmente, parte da humanidade, além da questão do egoísmo, abriga em seus corações as ideias do mal. A ela foram oferecidas oportunidades e possibilidades de encontrar outro caminho à luz do Evangelho. Renitente no mal, terá oportunidades em outras regiões do universo, onde poderá liberar as suas energias em benefício do crescimento daqueles que estiverem em sua companhia.
Olhemos tudo com olhos de compreensão. Os tumultos que vivemos no Planeta, gerados pela violência, resultado da expressão do mal e do egoísmo, são ainda necessários para o momento atual.
Como o espírita deve ver a questão? Ele tem a compreensão dos fatos e deve vê-los e analisá-los à luz da Doutrina Espírita, sem se deixar envolver pelas vibrações de violência e de desentendimento.

(Zeferina, 03/12/99)

Titulo: Alimentados pela doutrina, somos felizes

Somos criaturas muito felizes num universo de contradições extremas, manifestadas entre religiões, filosofias e outros modos comportamentais de viver e pensar. No quadro de liberdade que rege o mundo mental, somos muito felizes, pois a luz que nos alimenta as almas repercute em nosso intelecto, pela mensagem da Doutrina Espírita. E nós podemos pensar não só com liberdade, mas também com segurança, conscientes de que estamos compatíveis com as leis que regem o universo criado por Deus.
Disso participam também os animais, porque eles estão integrados à lei universal que rege os interesses de suas organizações. Mas, não participam as criaturas humanas que se afastaram destes princípios fundamentais, em função da gana do poder ou pela ilusão do saber. Consideram-se maiores do que são; mais fortes e poderosos do que são, em face das ilusões das vaidades do mundo e do contato com as intenções menos nobres no campo da fé, da religião, do pensamento, do egoísmo.
Somos muito felizes. Tanto quanto aquelas criaturas, somos atacados em nossos pontos fracos pelas mesmas vaidades, egoísmos, ilusões, fraquezas da carne, pelas atrações, enfim, de sermos mais fortes do que somos ou sabemos. A única diferença é que podemos nos entregar confiantes, humildes e pacientes à grande orientação da revelação espírita cristã que esclarece, ilumina com segurança os caminhos da nossa realização interior. Sem fantasias, sem ilusões, sem atrativos disfarçados por interesses
menos reais ou menos nobres.
Somos criaturas felizes sem sermos especiais, porque todos irmãos e iguais. Mas, temos a responsabilidade de ter conquistado, pelo estudo, pelo preparo e sofrimento, a concepção perceptiva deste quadro de realidades trazidas pela Doutrina Espírita. Nossa função no mundo não é sermos felizes para nós ou vencer o mundo isoladamente, mas participar com todos os que estão nas ilusões, vaidades e egoísmos. Participar com o exemplo, com as virtudes conquistadas. Começando dentro de nós, de nossas famílias, testemunhando aos nossos filhos e aos nossos próximos, vivenciando tudo o que
sabemos ser verdade, luz e amor.
Jesus é o sol de todos, porque todas as vidas recebem a força de sua existência. E nós, candidatos ao trabalho com o Cristo, precisamos estar alertas para o serviço que se apresenta. Amar e servir. Impossível amar sem servir. Impossível servir sem amar. Sem amor, as coisas são amargas. O amor sem serviço é ilusão que passa, é inútil. Um perfume que não encanta, porque não é útil e não se aplica. Só existe.
Este é um mundo de renovações. Renovações com o Cristo. Entreguemo-nos corajosamente a elas com as armas da fé e do amor para construirmos o que pudermos.
Para a felicidade de muitos, que nos acompanham e seguem. Enxerguemos os tesouros preciosos que nos foram concedidos para distribuir com trabalho e participação, com nossa entrega a Jesus. Amar e servir!

Fontes da Luz, Agosto de 2007

Titulo: Nossa relação com Deus

Grande é o poder de Deus; tão grande que não podemos alcançar, pelo pensamento, sequer uma parcela insignificante dele. Seria como tentar dimensionar o infinito. Não podemos suportar em nossas mentes a dimensão do infinito ou a beleza infinita do Criador. Basta-nos, então, a certeza daquele poder. E não só do poder de Deus, mas da beleza da sua manifestação.
Estamos dentro de um universo em relacionamento constante com o Pai e Criador de tudo e de todos. Importa para nós, aprendizes das coisas elementares, colocar em nossas atitudes emoções e sentimentos em relação a esse Deus que está em nós.
Pensamos nele dentro de nós e nos fartamos desse pensamento. Não podemos esquecer, todavia, de que ele está também dentro dos outros, dentro do próximo, dentro de tudo e de todos.
Nossa relação com Deus deve se dar, pois, através da sua criação. De modo presente, ele se manifesta pelas coisas que vemos e sentimos. Atentos e dispostos sempre a nos unirmos com força na direção do bem, colocando Deus em nossa visão da vida, do Universo, das coisas, na visão, enfim, dos outros seres.

Bittencourt Sampaio, setembro/2008

Titulo: Oportunidades da vida

A vida é dinâmica e quando aqui chegamos e relembramos os episódios vividos, ou mal vividos, vêm o arrependimento, a sensação de que poderíamos ter feito diferente, ou feito outras opções, mas, a oportunidade já passou e a vida continua. No momento, o que de melhor podemos refletir é lembrar que onde a vida nos chama, é ali que devemos agir.
Muitas vezes, inconscientemente, somos levados à presença de pessoas que de nós necessitam de uma palavra, de uma atitude de tolerância, de um olhar. Se soubermos aproveitar esses momentos, teremos ganhado uma experiência preciosa de solidariedade humana, que nos servirá no futuro de amparo para as dificuldades e carências que carregamos.
A vida é assim, cheia de oportunidades. Quando recebemos pela inspiração uma ideia de ajuda é a vida que nos chama para o socorro alheio, encaminhando-nos no momento certo aquele que necessita de nós. É um presente que Deus nos concede para nos experimentar, para nos fazer progredir pelo mérito próprio. A bagagem que levamos para o futuro é o bem que fazemos no presente. As ideias que plantamos ou o bem que fazemos jamais serão esquecidos por aqueles que foram beneficiados. São eles que nos sustentam muitas vezes nas dificuldades do futuro.
A humildade é uma força espiritual capaz de renovar a criatura e restabelecer a paz, o perdão. É um elemento santificador para a correção das mágoas e dos ressentimentos. O perdão é uma força que liberta, possibilita à criatura tornar-se mais leve, caminhando para a redenção própria. Tudo isso representa o amor de Deus nos mostrando o valor da solidariedade. Precisamos uns dos outros, ninguém vive sozinho, isoladamente.
A vida é participação. Aquele que se preocupa em distribuir o pouco que tem, de sentimento e de qualidades, atrai para si as bênçãos de Deus, a saúde, o equilíbrio, a felicidade, a alegria, embora relativa mas verdadeira. Quando chegamos à Espiritualidade e verificamos o bem ou o mal que fizemos, muitas vezes, lamentamos o quanto poderia ser feito e que deixamos de fazer.

Hernani Santana, junho/2008 

Titulo: Verdadeira vuda

A prática constante do bem, a renovação permanente das energias, trocando uns com os outros as forças de que somos portadores e deles recebendo as de que necessitamos, esse é o sentido da vida. Feliz é aquele que serve e recebe em seu coração a alegria do que foi beneficiado; isto é uma força realizadora de paz e de progresso para seu espírito. Feliz é aquele que pode levantar-se e dizer: neste dia me entrego ao trabalho de Deus, atuando e falando em nome de Jesus. Este tem vida e a vive em abundância.
Porque a vida verdadeira é a felicidade de servir, com confiança em Deus e a disposição para o trabalho do amor. Felizes os que vivem esta vida porque não estarão mortos, mas sim vivos em espírito, em essência e em realidade.
Por outro lado, a morte é poder fazer o bem e não fazê-lo. Poder ser útil e não sê-lo; poder caminhar e ficar parado; poder estar servindo ao necessitado e nada fazer por ele. O necessitado pode ser um desconhecido ou a pessoa que está ao nosso lado, na família ou no grupo social. O próximo é qualquer um que está próximo.
Eis-nos, assim, permanentemente convocados para a vida eterna, pelo Senhor dos mundos, chamados para o trabalho da vida que constrói, transforma e traz a felicidade. Enquanto mortos estão muitos na Terra, apesar da roupagem da saúde e das excelentes condições para a ação. Não têm vida porque não estão ligados nem ao bem, nem ao amor e nem à caridade. Façamos um balanço: Como temos nos colocado perante a vida, como vivos ou como mortos? No lar, e para os que estão em torno de nós, estamos vivos ou mortos? Nossos gestos são de amor, fazendo sentir a presença do bem e da paz, ou espalhamos o desespero, a maldade, o egoísmo e a infelicidade?
Verifiquemos o nosso estágio atual de progresso e coloquemo-nos de prontidão para a vida. A convocação é para que vivam a vida eterna, exercitando o amor na construção do bem para todos. Engajem-se em todos os trabalhos que possam, com determinação e coragem, esperança e boa vontade, sabendo o quanto isso é importante para os próprios espíritos. Não lhes estamos programando sacrifício e dor, mas convocando-os para que vivam, desprendendo-se dos laços que os ligam à terra.
Somos espíritos eternos, capazes de construir a vida onde estivermos, influenciando tudo e a todos para o bem e para o amor. A vida, na verdade, é a convivência com Deus e com o próximo, pois quem não sabe amar o próximo, não sabe amar a Deus. Estamos todos ligados por essa força imensurável, que é o amor, e Deus está dentro de nós. Sejam gentis, fraternos, dóceis e educados, para poder servir em nome do Senhor.

Áureo, em 01/05/1985

Titulo: Aborto Criminoso

Reconhecendo-se que os crimes do aborto provocada criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidas da justiça humana?
Temos no Plano Terrestre cada povo com o seu código penal apropriado à evolução em que se encontra; mas, considerando o Universo em sua totalidade como Reino Divino, vamos encontrar o Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em cada círculo de trabalho no Campo Cósmico, o máximo de equilíbrio o com respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima pena.
Atendendo-se, no entanto, a que a Justiça Perfeita se eleva, indefectível, sobre o Perfeito Amor, no hausto de Deus "em nos que movemos e existimos", toda reparação, perante a Lei básica a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida fragmentária que conhecemos na encarnação humana, porquanto, uma existência pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos e a Misericórdia do Senhor preceitua, não que o delinquente seja flagelado, com extensão indiscriminada de dor expiatória, o que seria volúpia de castigar nos tribunais do destino, invariavelmente regidos pela Equidade Soberana, mas sim que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução do sofrimento.
Desse modo, segundo o princípio universal do Direito Cósmico a expressar-se, claro, no ensinamento de Jesus que manda conferir "a cada um de acordo com as próprias obras", arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se no afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça Eterna, os nossos débitos jazem associados.
Em face de semelhantes fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as consequências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitoriamente, ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie.
É dessa forma que a mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de produção a tempo certo. Isso ocorre não somente porque o remorso se lhes entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino.
No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para exculpar-lhes a deserção.
Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais graves. O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.
Dessarte, ressurgem na vida física, externando gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas, mucíparas e intercalares não dispõem da força precisa na mucosa tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também certas síndromes hemorrágicos de suma importância, decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação baixa ou a placenta prévia hemorragipara que constituem, na parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal em desajuste.
>Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem, flagelando a vida feminina como sejam o descolamento da placenta eutópica, por hiperatividade histolítica da vilosidade corial; a hipocinesia uterina, favorecendo a germicultura do estreptococo ou do gonococo, depois das crises endometríticas puerperais; a salpingite tubercuksa; a degeneração cística do córto; a salpingooforite, em que o edema e o exsudato fibrinoso provocam a aderência das pregas da mucosa tubária, preparando campo propício às grandes inflamações anexiais, em que o ovário e a trompa experimentam a formação de tumores purulentos que os identificam no mesmo processo de desagregação; os síndromes circulatórios da gravidez aparentemente normal, quando a mulher, no pretérito, viciou também o centro cardíaco, em conseqüência do aborto calculado e seguido por disritmia das forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração, ressentindo-se, como resultado, na nova encarnação e em pleno surto de gravidez, da miopraxia do aparelho cardiovascular, com aumento da carga plasmática na corrente sangüínea, por deficiência no orçamento hormonal, daí resultando graves problemas da cardiopatia conseqüente.
Temos ainda a considerar que a mulher sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se lhe evidenciarem na existência próxima pela vasta acumulação do antígeno que lhe imporá as divergências sangüíneas com que asfixia, gradativamente, através da hemólise, o rebento de amor que alberga carinhosamente no próprio seio, a partir da segunda ou terceira gestação, porque as enfermidades do corpo humano, como reflexos das depressões profundas da alma, ocorrem dentro de justos períodos etários.
Além dos sintomas que abordamos em sintética digressão na etiopatogenia das moléstias do órgão genital da mulher, surpreenderemos largo capítulo a ponderar no campo nervoso, à face da hiperexcitação do centro cerebral, com inquietantes modificações da personalidade, a ralarem, muitas vezes, no martirológio da obsessão, devendo-se ainda salientar o caráter doloroso dos efeitos espirituais do aborto criminoso, para os ginecologistas e obstetras delinquentes.
- Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas?
- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.
Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.
O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, advertenos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males (1a. Epístola à Pedro, capítulo 4, versículo 8).

XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. FEB. 2ª parte, cap. XIV.

Titulo: Reconciliação com os Adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. - Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil.
(S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: "Morto o animal, morto o veneno", quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranquilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 10.

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