Global Social

Seis mil toques?

E a pandemia chegou.
Você manteve o isolamento e está mantendo?
Goste ou não goste, fique em casa.
Com amor ou com raiva, fique em casa.
Não seja um transmissor receptor transmissor do Coronavírus.

Em isolamento social. Se onde você mora ainda não é obrigatório, aguarde. Será. Proibidos de sair de casa.
Proibido andar nas ruas. Prepare jornais para os cães usarem seu banheiro. Talvez seja a solução.

Há pessoas que detestam ficar sozinhas.
Hoje, os celulares nos conectam com nossas turmas, amigos.
Para o bem e ou para o mal. Sua escolha. Causas e consequências.

Ninguém está só.

Lição do vírus – estamos todos interligados. Sem fronteiras, sem cores, sem etnias. A espécie humana está em risco. Difícil. Pode ser você. Pode ser ele ou ela. Extremamente democrático, pior ainda, comunitário. Não há fora. Todos entro das possibilidades de contagio interno em cada país.

Suponha que você se comportou, aguentou e não saiu esta semana passada.
Suponha que a curva exponencial não tenha subido ao pico mais alto.
Ficou um pouco mais baixa.
Vale ou valeu ficar em casa com essas pessoas? Ter que aguentar sermões, brigas? Vem comer. Larga o celular.
Será que dá para largar?

Não beba muito.
Não use drogas.
Aprecie sua vida – não destrua células neurais.
Sem beijos e abraços, demonstre seu carinho, seu amor com a suavidade de uma folha caindo à brisa de outono.

Difícil ficar fechada com pessoas com as quais não mantém bons relacionamentos ou nenhum relacionamento? E não sabe criar um relacionamento? Todas as novidades que você queira comentar a pessoa já viu no celular. Nem jornais, nem tvs, muito menos revistas conseguem acompanhar.
Por que você está me lendo agora?
Você já sabe. Tudo o que eu possa escrever é passado. Há dados mais recentes do que os deste texto antigo.

Antigo sim. Está sendo escrito hoje que é ontem do ontem do anteontem. E tudo está a mudar.

Eu você, as lojas, as ruas, os pássaros, os pesares, as alegrias.

Nada fixo, nada permanente. Perceba.
Um fluir incessante e incontrolável de instantes.

Você é capaz de apreciar ou de reclamar?
Vamos brigar?
Pode ser divertido, pode ser estimulante.
Discutir política.
Discutir religiões.
Discutir relacionamentos.

Por que não?

Briga de casais? Interfira.
Bata com o cabo da vassoura nas paredes.
Grite pelas janelas.
Chame a polícia.

Nada de ficar brigando em casa.
E também não se jogue pela janela nem jogue seus filhos, filhas, pais, avós, cães, companheiras e companheiros.
Nada pelo qual matar e ou morrer.

Pode dar vontade.
Não faça isso.

Sorria.

Os otimistas acham que o isolamento fará com que as famílias voltem a se sentar na mesa e conversar.
Será?
Talvez nas casas onde alguém esteja contaminado e os cuidados devam ser redobrados. Quem sabe? Talvez hajam mais mensagens nos whatsApp dentro da mesma casa.

Fomos tão bem treinados a estar sempre nos comunicando virtualmente que não fará muita diferença as portas trancadas.
Na mesa, no banheiro, no escritório, na sala de espera, no banco do ónibus ou metro, nos taxis, ubers, aviões, trens
e mesmo andando a pé. Acabamos com um pequeno defeito na cervical de tanto olhar para baixo, para as telas.
Somos roubados, assaltados, atropelados, caímos, tropeçamos, mas não largamos nossos amigos virtuais.
Tantas notícias, informações, atualizações.

As pessoas viciadas em TV ficam felizes. Dia e noite TV ligada. Aprenda a escolher e aprenda a desligar.

As pessoas que gostam de jogos virtuais, vão jogar até enjoar ou ficar doentes. – ou vão aprender a se controlar.

Se fosse antes da tecnologia talvez houvesse uma reunião familiar.

Recomendo que não exijam dos outros o que eles não tem. Veja as qualidades e não comente os defeitos – nem para você mesmo. Tente.

Se houvesse uma pandemia viral nos celulares, na Internet, nas redes sociais – talvez fosse pior. Suicídios e assassinatos cresceriam tanto que também não haveria caixões suficientes? Teríamos de nos olhar, de nos ouvir. Teríamos que conversar – você se lembra o que era conversar?

Vícios ou virtudes?

Será que poderemos praticar virtudes nessas próximas semanas em cativeiro?

Mas, quem disse que é cativeiro?
Pode se tornar o paraíso, a Terra Pura, o local sagrado de práticas espirituais.
Você pode fazer de onde você está o melhor lugar do mundo porque é onde você está. Aqui, bem em você, se manifesta, se abre o caminho iluminado.

Sorria.
É possível sim.

Veja bem, cada pessoa só pode ser quem é neste momento. Resultado de genes, de treinamento, de educação ou falta desta. Entretanto, nada é fixo ou permanente. Podemos nos transformar, podemos responder de forma diferente das anteriores para esta intimidade forçada. Perceba que somos muito mais do que os personagens que representamos.

Apreciemos ficar em casa, sem sair. Não há para onde ir nem vir.
Crie circunstâncias, aprecie momentos importantes de silenciar, de meditar, de refletir em profundidade.
De fazer nada.
De ouvir e ver.
De apenas estar presente.
Observar profundo, observar de sabedoria, observar de longo alcance.

Você pode ler, escrever, pintar, desenhar, sonhar.
Pode cantar, declamar.
Pode ouvir música sem dançar e sem cantarolar. Ouvir apenas. E pode fazer tudo diferente, cantando e dançando.
Pode rir, pode chorar.

Escolhas – tudo depende, dependeu e dependerá de nossas escolhas.

Na hora de comer, apenas coma.
Na hora de dormir, apenas durma.

Crie uma rotina saudável com atividade física, sono, alimentação natural, meditação, boa respiração e batimento cardíacos regulares e tranquilos.
Serão suas as escolhas.

Não é fácil escolher, pois trás em si a responsabilidade e a perda. Se escolho isto, deixei aquilo para outro momento.
Não fique pensando no que deixou de fazer. Aprecie o agora, já. Aprenda a viver o agora.

Você pode.

Vamos apreciar mais a vida? Onde é dentro? Onde é fora. Mesmo assim, cuidado!
Fique em casa. Não saia. Isole-se fisicamente, não vamos deixar a curva subir muito. Depende de cada um de nós.

Que a compaixão ilimitada e a sabedoria perfeita sejam nossas duas companheiras.
Que possamos despertar e agradecer.

A sombra das folhas das árvores dançam na parede onde o sol bate. Um quadro vivo e único. Jamais se repete.

Cada instante da nossa vida é assim.
Aprecie.
Mãos em prece

Monja Coen
Fonte: Monjacoen.com.br

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