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Objetivo da encarnação. União da alma ao corpo

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa II: Princípios Básicos da Doutrina Espírita
Ano 1 - N° 24 - 28 de Setembro de 2007
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

Objetivo da encarnação. União da
alma ao corpo

Apresentamos nesta edição o tema no 24 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.

Questões para debate

1. Qual é o objetivo da encarnação?

2. A encarnação do Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual?

3. Quando se iniciam e se completam os processos encarnatórios?

4. Qual é o estado da alma durante a gestação?

5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?

Texto para leitura

Finalidade da encarnação

1. Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos.

2. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao encarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.

3. A encarnação está sujeita a leis imutáveis. Os processos de encarnação, embora obedecendo aos princípios gerais estabelecidos pelas leis divinas, variam de caso para caso, conforme as atenuantes ou agravantes.

União da alma ao corpo

4. A união da alma ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O encarnante poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento.

5. De acordo com o grau evolutivo em que se encontre, o Espírito poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento.

6. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua encarnação completamente a cargo dos trabalhadores divinos, que escolhem as condições e as experiências a que deverão se submeter.

7. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras. Muitos encarnam em estado de inconsciência.

8. Os processos de encarnação são operações graduais: iniciam-se na concepção e se completam no nascimento. A união da alma com o corpo começa na concepção, mas só se completa com o nascimento. Essa união efetua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que servirá de ligação entre o Espírito e a matéria. Em processo extremamente variado e complexo, o perispírito é reduzido, condensado e se assimila às moléculas materiais.

9. O perispírito torna-se um molde fluídico que age sobre o corpo em formação, juntamente com as condicionantes hereditárias, a influência mental materna e a atuação dos benfeitores que colaboram no processo reencarnatório.

10. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização das formas em outros reinos da Natureza. Pelas necessidades de expiação ou de provas, o corpo em formação poderá apresentar deficiências ou qualidades que se constituirão em oportunidades de redenção ou reequilíbrio.

Estado da alma durante a gestação
11. No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do encarnante assemelha-se ao do Espírito encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as conseqüências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado.

12. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o término da vida intra-uterina. Suas faculdades vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e o Espírito como que é sepultado em opressiva crisálida. Esse fenômeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente.

13. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas. As reminiscências do passado podem manifestar-se com tendências instintivas, simpatias inexplicáveis e súbitas, idéias inatas etc. Isso ocorre porque o movimento vibratório perispiritual, amortecido pela matéria no decurso da vida atual, é excessivamente fraco para que o grau de intensidade e a duração necessária à renovação dessas recordações possam ser obtidas durante a vigília.

Esquecimento do passado
14. A oclusão da memória espiritual não é definitiva. Com a desencarnação, liberto das contingências materiais, o Espírito poderá retomar a consciência de seu passado.

15. Esse mecanismo, que faz com que o homem esqueça suas experiências anteriores ao nascimento, é prova irrefutável da Sabedoria Divina, visto que o conhecimento total da vida passada, seja no plano físico como no Plano Espiritual, apresentaria grandes inconvenientes para a reeducação dos indivíduos e progresso da Humanidade, implicaria maiores dificuldades ao Espírito na tarefa de transformação de sua herança mental e, talvez, o prolongamento através dos séculos de idéias falsas, de teorias errôneas e dos preconceitos.

16. Na sua vida de relações o homem teria de conviver com antigos adversários, com o objetivo da reconciliação. Se os reconhecesse, encontraria dificuldades para estabelecer vínculos afetivos necessários ao atendimento mútuo. Na qualidade de ofensor poderia se sentir humilhado e, na qualidade de ofendido, magoado ou irado. O conhecimento de um passado faustoso poderia avivar o orgulho humano, enquanto que um passado de miséria ou de erros terríveis poderia causar desnecessária humilhação e talvez o remorso viesse a paralisar as iniciativas no bem.

17. Para que o homem progrida espiritual e cumpra o programa assumido no plano físico, não é preciso lembrar-se das experiências anteriores. Na forma de intuições e impressões, o Espírito reencarnado tem por advertência a não reincidir no erro as lições do passado impressas na própria consciência, bem como as resoluções que haja tomado no sentido de sua melhoria interior.

18. As tendências instintivas e, em alguns casos, o tipo de vicissitudes e provas que sofre também podem esclarecê-lo sobre o seu passado e sobre a natureza dos esforços que tem que fazer para a sua evolução. A observação de suas más inclinações e das dificuldades por que passa permitirá que saiba o que foi, o que fez e o que necessitará fazer para se corrigir.

Respostas às questões propostas

1. Qual é o objetivo da encarnação? R.: Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao encarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.

2. A encarnação do Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual? R.: Sim. A união da alma ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O encarnante poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento e, de acordo com o grau evolutivo em que se encontre, poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua encarnação completamente a cargo dos trabalhadores divinos, que escolhem as condições e as experiências a que deverão se submeter. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras. Muitos encarnam em estado de inconsciência.

3. Quando se iniciam e se completam os processos encarnatórios? R.: Os processos de encarnação são operações graduais: iniciam-se na concepção e se completam no nascimento. A união da alma com o corpo começa na concepção. Essa união efetua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre o Espírito e a matéria.

4. Qual é o estado da alma durante a gestação? R.: No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do encarnante assemelha-se ao do indivíduo encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as conseqüências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o término da vida intra-uterina.

5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?

R.: O esquecimento do passado decorre do fato de que, durante a gestação, as faculdades do Espírito vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e ele como que é sepultado em opressiva crisálida. O fenômeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 121, 344, 351 e 394.

Depois da morte, de Léon Denis, pág. 247.

O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, pág. 185.

Missionários da luz, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, págs. 206 e 207.

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