Global Social

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
Programa III: As Leis Morais

Ano 1 - N° 47 - 16 de Março de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)

Instinto e meios de conservação

Apresentamos nesta edição o tema no 47 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.

Questões para debate

1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua origem?

2. Que diferença fundamental existe entre instinto e inteligência?

3. Realizam os homens algum ato que seja puramente instintivo?

4. Em que consiste o instinto de conservação?

5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto de conservação?

Texto para leitura
No animal os instintos manifestam-se plenamente

1. Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente.

2. Essas ações reflexas incorporaram-se, assim, ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem por meio de atos espontâneos e involuntários que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para a sua espécie.

3. Podemos identificar esses atos no movimento da planta que se volta na direção dos raios solares, na arte com que a aranha tece sua teia para capturar os insetos de que se nutre, ou no ato de sucção com que o bebê se alimenta.

4. Esses atos inconscientes são, pois, o resultado do mecanismo coordenado e cada vez mais complexo das ações reflexas, a que chamamos instintos. No vegetal, a estruturação desse mecanismo está em seus primórdios, no animal manifesta-se plenamente, no homem sofre a ação da inteligência, que lhe altera e aperfeiçoa as manifestações.
No homem certos atos são instintivos, mas não todos

5. Podemos desse modo traçar uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência. O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão nem combinação ou premeditação.

6. É assim que a planta procura o ar, volta-se para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente... É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou os prejudica, e buscam, conforme a estação, os climas mais propícios.

7. No homem, só no começo da vida o instinto domina com exclusividade. É por instinto que a criança faz seus primeiros movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades, imita o som da voz, tenta falar e andar.

8. No adulto mesmo, certos atos são instintivos, tais como o movimento espontâneo para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo, o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar etc.

9. A inteligência revela-se por atos voluntários, premeditados, combinados, de conformidade com a ocasião e as circunstâncias.
O instinto de conservação é uma lei da Natureza

10. Resumindo, podemos concluir: Todo ato maquinal é instintivo; todo ato que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente. Um é livre, o outro não o é.

11. Um dos mais perfeitos atos instintivos é o ato de viver. O instinto de conservação é uma lei da Natureza e, por isso, todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de seu nível evolutivo. Nuns, ele é puramente maquinal; em outros, é raciocinado.

12. O instinto de conservação foi outorgado por Deus às suas criaturas porque todos têm que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Eis por que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce ainda que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Estes o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.

13. O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o bem.

14. O instinto de conservação constitui-se, pois, em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.

Respostas às questões propostas

1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua origem? R.: Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente. Essas ações reflexas incorporaram-se ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem por meio de atos espontâneos e involuntários que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para a sua espécie. É a esse conjunto de atos inconscientes que chamamos instinto.

2. Que diferença fundamental existe entre instinto e inteligência? R.: Há uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência. O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão nem combinação ou premeditação. A inteligência revela-se por atos voluntários, premeditados, combinados, de conformidade com a ocasião e as circunstâncias.

3. Realizam os homens algum ato que seja puramente instintivo? R.: Sim. É por instinto que a criança faz seus primeiros movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades, imita o som da voz, tenta falar e andar. No indivíduo adulto certos atos continuam igualmente instintivos, tais como o movimento espontâneo para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo, o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar etc.

4. Em que consiste o instinto de conservação? R.: O instinto de conservação advém de uma lei da Natureza e foi outorgado por Deus às suas criaturas porque todos têm de concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Como a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres, Deus lhes deu a necessidade de viver e eles o sentem instintivamente, de onde resulta essa busca da sobrevivência, que é inerente a todas as criaturas.

5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto de conservação? R.: O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o bem. O instinto de conservação constitui-se, pois, em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 702 e 703.

A Gênese, de Allan Kardec, cap. III, itens 11 e 12.

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