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Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso,

Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo
Como o teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo,

E, dos pés a cabeça, um fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena.

Autor: Charlos Baudelaire

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Os comentários estão fechados para esta entrada de blog

Comentário de Marli de Lima Lemos em 13 fevereiro 2017 às 18:01

VELHINHOS
De longada nos caminhos,
Passam velhos pobrezinhos
A sofrer, sem pão, sem lar...
Ao sabor da ventania,
Suportam a noite fria
A gemer e mendigar.
Choram à míngua de afeto,
Sem a carícia de um neto
No dias de solidão.
Foram jovens, entretanto...
São hoje estátuas de pranto,
De pobreza de aflição.
Olhando esse quadro amargo ?
Oh! Nunca passeis de largo,
Gargalhando e andando ao léu! ?
Daí- lhes o pão da bondade,
Que a bênção da caridade
Será vossa luz no Céu.
XAVIER, Francisco Cândido. Jardim de Infância. Pelo Espírito João de Deus. FEB. Capítulo 13.
* * * Estude Kardec * * *

Comentário de Marta Maria (adm) em 7 fevereiro 2017 às 2:31

Tão lindo!!!

Comentário de Margarida Maria Madruga em 5 fevereiro 2017 às 14:00

Profundo.

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