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Essa mendiga que passa
Vestida de trapo ao vento
De rosto cansado e atento
Aos óbolos que lhe dão
Quem sabe por que te busca
Na dorida caminhada
Para deter-se humilhada
Pedindo socorro e pão?

Não digas: “mulher da rua”
Nem penses “mulher sem jeito”
Guarda silêncio e respeito
Se nada tens para dar
Que essa pobre, onde aparece
Tem a tristeza por guia
Por refúgio, a noite fria
E, às vezes, o chão por lar.

Ao recebê-la, medita
Em tua mãe viva ou morta
Jamais lhe cerres a porta
Nem lhe indagues de onde vêm
Dá-lhe um momento de apoio
À marcha triste e insegura
Em meio da desventura
Talvez seja mãe também.

Recorda a infância risonha
Em tua casa florida
As horas plenas da vida
A mesa farta ao dispor
As doces lições da escola
Entre o recreio e a merenda
A bola, a peteca, a prenda
Nos brincos de puro amor!

Lembra a ternura materna
Como estrela, em toda parte
Teu pai chegando a beijar-te
Aos meigos abraços teus
Durante o dia, os folguedos
Que a segurança entretece
De noite, a benção da prece
E o sono pensando em Deus.

Reconsidera contigo
Que essa mulher, entretanto
Nasceu num berço de pranto
E de pranto vive assim
Cresceu, rogando na rua
O pranto da vida amarga
Sem que lhe visses a carga
De mágoas quase sem fim.

Acolhe-a com caridade
Restaura-lhe a força e dize
A frase que amenize
O peso da própria cruz
Deus te manda essa mendiga
A fim de saber, ao certo
Se estás mais longe ou mais perto
Da redenção com Jesus.

Irene S. Pinto

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