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Baseados em uma fé raciocinada acreditamos que a espiritualidade superior, que rege os destinos da humanidade, se valeu dessa data para chamar a atenção do homem para a grande transformação que se avizinhava

Baseados em uma fé raciocinada acreditamos que a espiritualidade superior, que rege os destinos da humanidade, se valeu dessa data para chamar a atenção do homem para a grande transformação que se avizinhava.
A visão espírita sobre a Páscoa, a Quaresma e sobre a ressurreição de Jesus Cristo difere da visão as igrejas cristãs. A palavra “Páscoa” significa “passagem” (vem do  hebraico: “pessach”) e é o dia em que se comemora a libertação do povo hebreu do cativeiro, libertado da escravidão por Moisés por volta de 1.441 A.C. Essa comemoração já era tradição quando o Nazareno ainda era menino, portanto, a Páscoa já era uma data comemorativa e comercial antes da morte do Cristo. Desta forma, a Páscoa não surgiu para comemorar o seu fulgurante retorno do mundo dos mortos.

Baseados em uma fé raciocinada acreditamos que a espiritualidade superior, que rege os destinos da humanidade, se valeu dessa data para chamar a atenção do homem para a grande transformação que se avizinhava. E que permitiu que desde aquela Páscoa o mundo registasse os grandes fatos históricos Antes de Cristo e Depois de Cristo (a.C. e d.C.). Foi para que ficasse gravada nos “corações e mentes” da humanidade a grandiosa lição do Mestre Divino: O perdão das ofensas.

Mestre sem precedente Jesus ensinou através do próprio exemplo como o seu povo deveria comemorar a verdadeira Páscoa, numa alusão a todo seu evangelho de amor e de justiça.

Nascido judeu, Jesus viveu como judeu, falou aos judeus e foi morto pelos judeus durante a maior festa judaica e da forma mais dolorosa possível: a crucificação. Fato que desnuda a “justiça” primitiva da época. E, da mesma maneira, quando Ele transforma em ensinamento aquele ato de covardia quanto ao apedrejamento de Maria Madalena em praça pública. Jesus, secretamente, denunciou a cada alma presente seus graves débitos perante a Lei Divina, ficando, desta forma, eternizado como sendo o maior exemplo de modelo e guia para a humanidade.



Através da mediunidade e benevolência de Chico Xavier e do espírito de Emanuel, seu grande amigo e benfeitor, Chico nos revela que Jesus Cristo é a nossa Páscoa, pois nos ensina que Ele não morreu para nos salvar; Mas sim, que Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação.

E segundo as palavras do benfeitor: "Salvação é reparação, restauração, refazimento e regularização de débitos".

Desta forma, a Páscoa, na visão espírita, é a grande e última lição de Jesus encarnado no plano físico, como vitória da vida sobre a morte e na certeza da imortalidade da alma e da reencarnação como explicação para todas as dores e para a  almejada felicidade humana.

Já os quarenta dias de jejum e preparação para a Páscoa são estendidos pelos espíritas a todos os dias de nossa vida, após o encontro com o Cristo redivivo e que exige uma postura renovada. Se  jejuar é necessário, então que  jejuemos não só de carne, drogadição e excessos sexuais. Jejuemos também da maledicência e atos egoístas, preparando-nos para “comer com o Cristo a sua Páscoa"... Lucas (cap.22 versículos 15 e 16) “...Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa...”



Já no que concerne à ressurreição podemos afirmar que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da manutenção da estrutura corporal do Cristo no post mortem. Hipótese totalmente rechaçada pela ciência, em virtude da decomposição do corpo físico.

Enquanto as igrejas cristãs persistirem na crença de que Jesus subiu aos céus em “corpo e alma” e que o mesmo acontecerá a biliões de corpos já decompostos que se eleitos ressurgirão no chamado juízo final, ocasião em o próprio Cristo separará os justos dos ímpios; Nós espíritas, alertamos para o bom senso, ou seja, compreendemos a impossibilidade física desses fatos.

E quando tentamos entender pela perspectiva espírita as aparições de Jesus após a sua morte física, na citada “Transfiguração de Cristo”, consideramos a utilização de fluídos mais densos por Ele utilizado (fluídos esses que são abundantes na natureza, tal a dos seres encarnados) que possibilitou ao Espírito Divino manifestar-se aos olhos de Maria Madalena e posteriormente aos Apóstolos e, desta forma, imortalizar sua última profecia nos Evangelhos de João e Matheus.

É chegado o momento em que ao celebrarmos a nossa Páscoa nós desejamos fraternalmente todo o bem e que consigamos nos perdoar uns aos outros e a agir como se Jesus “permanecesse eternamente connosco, como de fato Ele o está. E, finalmente, da cruz façamos a ponte entre nós e quem necessita de Jesus em sua vida e das lições do Mestre à construção de um mundo melhor. Bênçãos!

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