Mensagens de Marli de Lima Lemos - Global Social2024-03-28T14:11:09ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemoshttps://storage.ning.com/topology/rest/1.0/file/get/1937742110?profile=RESIZE_48X48&width=48&height=48&crop=1%3A1https://adulmigos.ning.com/profiles/blog/feed?user=1q1drjrongeew&xn_auth=noEstudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanholtag:adulmigos.ning.com,2015-10-26:3625305:BlogPost:4562832015-10-26T18:00:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br></br> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 58 - 1° de Junho de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O infinito e o espaço universal</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 58 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br/> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 58 - 1° de Junho de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O infinito e o espaço universal</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 58 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como podemos definir o Universo?</p>
<p>2. Quem, segundo o Espiritismo, é o autor do Universo?</p>
<p>3. O espaço universal é limitado ou infinito?</p>
<p>4. Como definir o tempo?</p>
<p>5. Podemos dizer que o tempo é, do mesmo modo que o espaço, uma coisa objetiva?</p>
<p>Texto para leitura <br/> O espaço universal é, segundo Galileu, infinito</p>
<p>1. O Universo é o conjunto de tudo o que existe e não é obra do homem. O Universo - ensina o Espiritismo - é obra de Deus e dele faz parte o próprio homem, ser pensante e racional, mas que é apenas uma criatura, um filho do Criador. No Universo há que considerar desde logo o espaço, que é a extensão onde tudo existe, e, ligado ao espaço, é preciso considerar ainda o tempo. Espaço e tempo, em termos universais e em relação a Deus, têm as dimensões do infinito e da eternidade.</p>
<p>2. É isso que nos ensina a Doutrina Espírita, conforme podemos ler na questão 35 de “O Livro dos Espíritos”: “O espaço universal é infinito ou limitado? R.: Infinito. Supõem-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo.”</p>
<p>3. Por infinito devemos entender “o que não tem começo nem fim: o desconhecido”, tal como afirmaram os Espíritos Superiores no questão 2 de “O Livro dos Espíritos”. No cap. VI de “A Génese”, de Allan Kardec, o Espírito de Galileu, valendo-se da mediunidade de Camille Flammarion, trata do assunto.</p>
<p>4. Eis nos itens seguintes, de forma resumida, o que Galileu escreveu sobre o espaço e sua infinitude.</p>
<p>5. Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma idéia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mais fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e apenas queremos firmar que ele é infinito.</p>
<p>6. Dizemos que o espaço é infinito pela simples razão de ser impossível imaginar-se-lhe um limite qualquer e porque, apesar da dificuldade que temos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer. <br/> Deus semeou mundos por toda a parte no espaço infinito</p>
<p>7. Para figurarmos a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica ([1]) , e que, havendo percorrido milhões de léguas ([2]) desde que deixamos o globo, nos achamos num lugar donde apenas o divisamos sob o aspecto de pálida estrela. Passado mais algum tempo, seguindo sempre a mesma direção, chegamos a essas estrelas longínquas que mal percebemos de nossa estação terrestre. A partir de certo momento, não só a Terra nos desaparece inteiramente ao olhar, como também o próprio Sol com todo o seu esplendor.</p>
<p>8. Animados sempre da mesma velocidade, a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias imensas.</p>
<p>9. Ora, há apenas poucos minutos que caminhamos e já centenas de milhões de milhões de léguas nos separam da Terra, biliões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, em realidade, não avançamos um só passo que seja no Universo.</p>
<p>10. Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, nem um passo igualmente teremos avançado, qualquer que seja o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminhemos, a partir deste grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra. Eis aí o que é o espaço!</p>
<p>11. Vista a lição do Espírito de Galileu sobre o espaço, vejamos agora o tempo, que, segundo Kardec, “é a sucessão das coisas” e está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. <br/> O tempo existe por causa dos movimentos celestes</p>
<p>12. O tempo - adverte Hermínio C. Miranda - é apenas uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias. A eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração, porque para ela não há começo nem fim: tudo lhe é presente.</p>
<p>13. O espaço existe por si mesmo, mas se passa o contrário com relação ao tempo. Se é impossível supor a supressão do espaço, não é assim com relação ao tempo. O tempo, assevera Camille Flammarion, é criado pela medida dos movimentos celestes. Se a Terra não girasse, nem astro algum, se não houvesse sucessão de períodos, não existiria o tempo. Foi a Astronomia que nos permitiu determiná-lo. Suprimido o Universo, continuará a existir o espaço, mas o tempo cessará, desvanecer-se-á, desaparecerá.</p>
<p>14. Albert Einstein descartou-se do conceito de tempo absoluto – um fluxo universal, inexorável de tempo, firme, invariável, que corre de um passado infinito para um futuro infinito. Muito da obscuridade que envolve a Teoria da Relatividade procede da relutância do homem em reconhecer que o senso do tempo, como o senso da cor, é uma forma de percepção.</p>
<p>15. Assim como não há cor sem olhos para observá-la, de igual forma, uma hora ou um dia nada são sem um evento que os assinale. Como o espaço é simplesmente uma ordem possível de objetos materiais, o tempo é simplesmente uma ordem possível de eventos.</p>
<p>16. O tempo seria, então, um conceito meramente subjetivo; estaria exclusivamente na dependência de um observador para apreciá-lo em determinado ponto e, portanto, inescapavelmente subordinado à relatividade de sua posição quanto a tudo o mais no Universo que o cerca.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Como podemos definir o Universo? R.: O Universo é o conjunto de tudo o que existe, e não é obra do homem, que dele também faz parte.</p>
<p>2. Quem, segundo o Espiritismo, é o autor do Universo? R.: Segundo o Espiritismo, o autor do Universo é Deus.</p>
<p>3. O espaço universal é limitado ou infinito? R.: Conforme aprendemos na questão 35 de “O Livro dos Espíritos”, o espaço universal é infinito.</p>
<p>4. Como definir o tempo? R.: O tempo é a sucessão das coisas e está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. O tempo é uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias.</p>
<p>5. Podemos dizer que o tempo é, do mesmo modo que o espaço, uma coisa objetiva? R.: Não. O tempo é um conceito meramente subjetivo. Depende da existência de um observador para apreciá-lo em determinado ponto e encontra-se, portanto, inescapavelmente subordinado à relatividade de sua posição quanto a tudo o mais que o cerca.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 2, 3, 13 e 35.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, cap. VI.</p>
<p>Sonhos Estelares, de Camille Flammarion, FEB, p. 97.</p>
<p>A Memória e o Tempo, de Hermínio C. Miranda, Edicel, p. 28.</p>
<p>[1] A velocidade da luz foi medida no século XIX. No vácuo, ela é de 300 mil km por segundo. Na água, sua velocidade cai para 225 mil km por segundo.</p>
<p>[2] Légua é uma antiga unidade brasileira de medida itinerária, equivalente a 3.000 braças, ou seja, 6.600 metros.</p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanholtag:adulmigos.ning.com,2015-10-26:3625305:BlogPost:4560462015-10-26T18:00:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br></br> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 59 - 8 de Junho de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Materialismo e panteísmo</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 59 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br/> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 59 - 8 de Junho de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Materialismo e panteísmo</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 59 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Em que consiste o materialismo?</p>
<p>2. Quais foram as principais teses defendidas, ao longo dos tempos, pelo materialismo?</p>
<p>3. Que escolas desde cedo se opuseram às doutrinas materialistas?</p>
<p>4. Em que se resume o panteísmo?</p>
<p>5. Que diz o Espiritismo a respeito de materialismo e panteísmo?</p>
<p>Texto para leitura <br/> O materialismo nasceu com Tales na Grécia antiga</p>
<p>1. Materialismo é a doutrina filosófica segundo a qual não existe essencialmente no Universo coisa alguma além da matéria, quer como causa, quer como efeito. Implica um sistema de mundos em que o fundamento único é a matéria, incriada e eterna, isto é, existente por si mesma, necessária e suficiente, sem interferência alguma de Deus. Essa concepção é muito antiga e vem desde os primeiros filósofos gregos.</p>
<p>2. Eis, a seguir, um esboço das ideias materialistas ao longo da história humana.</p>
<p>3. O materialismo, como doutrina, ensino ou escola, nasceu com Tales de Mileto, na Grécia antiga, por volta do século VI a.C. O materialismo dos filósofos jónicos arrola algumas teses que se tornariam características das doutrinas materialistas posteriores:</p>
<p>I - A filosofia deve explicar os fenómenos não por meio de mitos religiosos, mas pela observação da própria realidade.</p>
<p>II - A matéria, incriada e indestrutível, é a substância de que todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem.</p>
<p>III - A geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade não sobrenatural, mas natural, não ao destino, mas às leis físicas.</p>
<p>IV - A matéria não é estática, mas se acha em constante movimento, em permanente metamorfose.</p>
<p>V - A experiência sensível é a origem do conhecimento.</p>
<p>VI - A alma faz parte da natureza e obedece às mesmas leis que regem o seu movimento.</p>
<p>4. Para Tales de Mileto, a substância primordial era a água; para Anaximandro, a matéria indeterminada. Os fenómenos da natureza consistiriam em transformações do mesmo princípio material, independentemente de qualquer interferência divina.</p>
<p>5. Anaxágoras entendia que a natureza se constituía de homeomerias, unidades que contêm os elementos de todas as coisas em proporções infinitesimais. Demócrito sustentava que o princípio de todas as coisas eram os átomos. Tudo o que existe seria material, e a matéria que constitui os átomos é qualitativamente idêntica, determinando os diferentes fenómenos da natureza em função da diversidade quantitativa dos átomos. A alma humana, feita também de átomos, estaria sujeita à decomposição e à morte. A natureza – dizia Demócrito – se explica por si mesma, e os acontecimentos que hoje se produzem não têm causa primeira, pois preexistem de toda a eternidade no tempo infinito, contendo, sem exceção, tudo o que foi, é e será.<br/> A escola platónica se opôs desde cedo ao materialismo</p>
<p>6. Essas foram, em tese, as ideias materialistas reinantes até o século XIII, havendo em contraposição as escolas espiritualistas – sobretudo a platónica e a neoplatónica – e aquelas que tentavam conciliar o materialismo com a teologia, como a escola aristotélica.</p>
<p>7. No longo período que constituiu a Idade Média, o materialismo foi sofrendo algumas alterações, sempre, porém, rejeitando a ideia de um Criador supremo. Para Francis Bacon (1561-1626), as ciências físicas e naturais constituíam “a verdadeira ciência”.</p>
<p>8. Hobbes (1588-1679) concebeu por essa mesma ocasião um sistema materialista perfeitamente coerente. Imaginando o mundo à maneira de Descartes, a geometria como paradigma do pensamento lógico e a mecânica de Galileu como ideal da ciência da natureza, ele considerou o mundo um conjunto de corpos materiais, definidos geometricamente, por sua forma e extensão. O homem seria um corpo, como os demais; a alma não existiria e os organismos não passariam de engrenagens do mecanismo universal.</p>
<p>9. John Locke (1632-1704) negava as ideias inatas e afirmava que todas as ideias humanas têm origem na experiência. No século XVIII, Julien Offroy de la Mettrie (1709-1751) afirmou que o prazer e o amor-próprio são os únicos critérios da vida moral e os fenómenos psíquicos resultam de alterações orgânicas no cérebro e no sistema nervoso. Na mesma época, Cloude Adrien Helvétius (1715-1771), que é considerado o precursor ideológico da Revolução Francesa, defendeu a tese de que todas as idéias são sensações provocadas pelos objetos materiais e a personalidade é produto do meio e da educação.</p>
<p>10. Encerrando o século XVIII, Paul Henri Dietrich (1723-1789) insistiria na negação das ideias inatas, da existência da alma e de Deus, além de considerar o Cristianismo contrário à razão e à natureza. Para Dietrich, o comportamento religioso não passava de despotismo político.<br/> Não é só o materialismo que nega a existência de Deus</p>
<p>11. Com Karl Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895) surge, no século XIX, o chamado materialismo histórico e dialético. Segundo o marxismo, as organizações políticas e jurídicas, os costumes e a religião são estritamente determinados pelas condições económicas, pelo estado da indústria e do comércio, da produção e das vendas.</p>
<p>12. Como se vê, os materialistas só crêem na matéria. Contudo, não podem deixar de ver a ordem existente no Universo, uma ordem inteligente que reconhecem, mas que, para eles, não necessita de uma causa inteligente que a preceda, conceba e presida.</p>
<p>13. Mas não é só o materialismo que nega Deus e a existência dos Espíritos. O panteísmo também os nega. Para os que professam essa doutrina - entre os quais avulta a mentalidade vigorosa de Spinoza -, Deus, embora sendo o Ser Supremo, não é um Ser distinto, pois o consideram resultante da reunião de todas as forças, todas as inteligências do Universo. Ora, observa Kardec, essa doutrina é tão inconsistente que, se verdadeira, derrogaria os atributos de Deus mais importantes.</p>
<p>14. Com efeito, com o panteísmo, Deus seria em ponto grande o que somos em ponto pequeno. Como a matéria se transforma sem cessar, nenhuma estabilidade Ele teria. Achar-se-ia sujeito a todas as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades humanas. E lhe faltaria um dos atributos essenciais da Divindade, que é a imutabilidade.</p>
<p>15. A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor no seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu.</p>
<p>16. Materialismo e panteísmo se confundem, pois, na mesma negação de Deus como um Ser distinto, que é, no ensino dos Espíritos Superiores, a Inteligência Suprema do Universo e a Causa primária de todas as coisas.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Em que consiste o materialismo? R.: Materialismo é a doutrina filosófica segundo a qual não existe essencialmente no Universo coisa alguma além da matéria, quer como causa, quer como efeito. Seu fundamento único é a matéria, incriada e eterna, isto é, existente por si mesma, necessária e suficiente, sem interferência alguma de Deus.</p>
<p>2. Quais foram as principais teses defendidas, ao longo dos tempos, pelo materialismo? R.: Desde Tales de Mileto, na Grécia antiga, por volta do século VI a.C., quando nasceu, o materialismo defende teses que ainda hoje têm defensores. Eis algumas delas:</p>
<p>A matéria, incriada e indestrutível, é a substância de que todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem.</p>
<p>A geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade não sobrenatural, mas natural.</p>
<p>A matéria não é estática, mas se acha em constante movimento, em permanente metamorfose.</p>
<p>A alma faz parte da natureza e obedece às mesmas leis que regem o seu movimento.</p>
<p>3. Que escolas desde cedo se opuseram às doutrinas materialistas? R.: As escolas espiritualistas – sobretudo a platónica e a neoplatónica – e aquelas que tentavam conciliar o materialismo com a teologia, como a escola aristotélica.</p>
<p>4. Em que se resume o panteísmo? R.: Para os que professam o panteísmo, Deus não é um Ser distinto, mas o resultante da reunião de todas as forças, todas as inteligências do Universo. De acordo com o panteísmo, Deus seria em ponto grande o que somos em ponto pequeno. Como a matéria se transforma sem cessar, nenhuma estabilidade Ele teria e se acharia, pois, sujeito a todas as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades humanas.</p>
<p>5. Que diz o Espiritismo a respeito de materialismo e panteísmo? R.: O Espiritismo combate tanto um como o outro, porque ambos se confundem na mesma negação de Deus como um Ser distinto, como a inteligência suprema do Universo e a causa primária de todas as coisas.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 16.</p>
<p>Enciclopédia Mirador Internacional. Verbete: Materialismo, itens 3 a 15.</p>
<p>Deus na Natureza, de Camille Flammarion, 4a. edição, FEB, pp. 402 a 407.<br/> Vocabulário de Filosofia, de Régis Jolivet, tradução de Geraldo Dantas Barreto, Agir, pp. 139 a 165.</p>A existência de Deustag:adulmigos.ning.com,2015-09-01:3625305:BlogPost:4343282015-09-01T21:41:50.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br></br> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 57 - 25 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A existência de Deus</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 57 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br/> Programa IV: Aspecto Filosófico</p>
<p>Ano 2 - N° 57 - 25 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A existência de Deus</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 57 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Quais são os princípios fundamentais da Doutrina Espírita mais relevantes?</p>
<p>2. Os materialistas opõem à tese da existência de Deus um argumento interessante que eles consideram irrespondível. Que argumento é esse?</p>
<p>3. Qual é o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existência de Deus?</p>
<p>4. Como a Doutrina Espírita conceitua Deus?</p>
<p>5. Eram ateus os gênios da Física Albert Einstein e Isaac Newton?</p>
<p>Texto para leitura <br/> A existência de Deus é um dos princípios básicos do Espiritismo</p>
<p>1. Um dos princípios básicos da Doutrina Espírita é o da existência de Deus como o Criador necessário de tudo o que existe. Outro, igualmente fundamental, é o da existência dos Espíritos, como criaturas suas; e outro ainda é o princípio da natureza espiritual da alma humana, considerada como Espírito encarnado, que constitui a individualidade consciente, permanente e imperecível do homem.</p>
<p>2. Tudo o mais que os Espíritos revelaram – a pluralidade dos mundos habitados, a encarnação e a reencarnação, a lei de causa e efeito, o princípio da necessidade das provações como meio de progresso e das cruciantes expiações –, tudo isso, que revela a suprema sabedoria do Criador, é decorrência natural daqueles princípios básicos. Fulge, no entanto, luminoso e à frente de todos, o princípio da existência do Eterno Criador.</p>
<p>3. Kardec iniciou “O Livro dos Espíritos” com um capítulo inteiramente consagrado a Deus e às provas de sua existência. Nesse livro, o Codificador perguntou aos Espíritos onde se pode encontrar a prova de que Deus existe, e eles assim responderam: “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá” (L.E., questão 4).</p>
<p>4. Em “A Gênese”, sua última obra, após explicar, no capítulo I, o caráter da revelação espírita, o Codificador trata novamente da existência de Deus, logo na abertura do capítulo II, mostrando que ela constitui o mais importante princípio da Doutrina Espírita.<br/> Deus não se mostra, mas se revela por suas obras</p>
<p>5. O codificador do Espiritismo examina em seguida a opinião dos que opõem à tese da existência de Deus o pensamento de que as obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão, sob cujo império tudo ocorre, quer no reino inorgânico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma regularidade mecânica que não acusa a ação de nenhuma inteligência livre. O homem – dizem tais opositores – movimenta o braço quando quer e como quer. Aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até à morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.</p>
<p>6. Tudo isso é verdade, redargüiu Kardec, mas essas forças são efeitos que hão de ter uma causa. São elas materiais e mecânicas, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.</p>
<p>7. O Espiritismo dá o homem uma idéia de Deus que, com a sublimidade da Revelação, está conforme à mais perfeita e justa racionalidade.</p>
<p>8. Convence-nos da existência do Criador sem necessidade de recorrer a outras provas que não as que provêm da simples contemplação do Universo, onde Deus se revela através de leis sábias e de obras admiráveis que constituem um conjunto grandioso de tanta harmonia e onde há perfeita adequação dos meios aos fins, que se torna impossível não ver por trás de tão portentoso mecanismo a ação de uma Suprema Inteligência, como os Espíritos Superiores fizeram questão de asseverar na resposta dada à pergunta de abertura de “O Livro dos Espíritos”: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (O Livro dos Espíritos, pergunta 1).<br/> A mecânica celeste não se explica por si mesma</p>
<p>9. Assim o compreendem, numa inata intuição de sua existência e de seu poder, todos os que não se deixaram empolgar totalmente pelo terrível entorpecer da inteligência e do sentimento humanos, que é o orgulho, reconhecendo no harmonioso mecanismo que entretém os movimentos universais a existência imprescindível de um primeiro motor transcendente. “A mecânica celeste não se explica por si mesma – escreveu Léon Denis -, e a existência de um motor inicial se impõe. A nebulosa primitiva, mãe do Sol e dos planetas, era animada de um movimento giratório. Mas quem lhe imprimira esse movimento? Respondemos sem hesitar: Deus.”</p>
<p>10. Assim como o reconheceu Léon Denis, já então iluminado pela luz do Espiritismo, fê-lo também Albert Einstein, com todo o rigor do seu raciocínio lógico, puramente matemático. Por muito raciocinar em busca da verdade, Einstein adquiriu um alto grau de intuição que o levou, do mesmo modo que a muitas coisas, também ao reconhecimento da existência de Deus, como fonte necessária da energia que dá o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo.</p>
<p>11. Muito antes de Einstein, igualmente Isaac Newton teve de reconhecer a existência necessária de uma causa transcendente e de um primeiro motor para explicar o movimento dos planetas. Apesar de descobrir a grande lei da gravitação universal, que viria aparentemente resolver esse milenar problema, no fim de seu livro “Princípios matemáticos de filosofia natural” o grande matemático declarou-se impotente para explicar aqueles movimentos somente pelas leis da Mecânica.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Quais são os princípios fundamentais da Doutrina Espírita mais relevantes? R.: A existência de Deus como o Criador necessário de tudo o que existe; a existência dos Espíritos; a natureza espiritual da alma humana, considerada como Espírito encarnado; a pluralidade dos mundos habitados; a reencarnação e a lei de causa e efeito.</p>
<p>2. Os materialistas opõem à tese da existência de Deus um argumento interessante que eles consideram irrespondível. Que argumento é esse? R.: Eles opõem à tese da existência de Deus o pensamento de que as obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão, sob cujo império tudo ocorre, quer no reino inorgânico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma regularidade mecânica que não acusa a ação de nenhuma inteligência livre, porque as forças orgânicas da Natureza seriam, segundo eles, puramente automáticas.</p>
<p>3. Qual é o principal argumento apresentado pelo Espiritismo como prova da existência de Deus? R.: Segundo o ensino espírita, a prova de que Deus existe pode ser encontrada num axioma aplicável às ciências: não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a razão nos responderá. Aos materialistas, Kardec disse que as forças orgânicas da Natureza, que eles consideram automáticas, são na verdade efeitos que hão de ter uma causa. São elas materiais e mecânicas, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens.</p>
<p>4. Como a Doutrina Espírita conceitua Deus? R.: Deus é, segundo o Espiritismo, a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas.</p>
<p>5. Eram ateus os gênios da Física Albert Einstein e Isaac Newton? R.: Não. Einstein reconhecia a existência de Deus como fonte necessária da energia que dá o primeiro impulso a tudo o que se move no Universo e Newton, muito antes dele, declarou-se impotente para explicar os movimentos dos astros somente pelas leis da Mecânica.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 1.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, cap. II, itens 1 a 6.</p>
<p>O Grande Enigma, de Léon Denis, FEB, 6a. edição, pp. 70 e 238.</p>ABORTOtag:adulmigos.ning.com,2015-09-01:3625305:BlogPost:4342452015-09-01T21:40:02.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 56 - 18 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Aborto</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 56 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês Espanhol<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 56 - 18 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Aborto</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 56 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o aborto praticado sem causa justa?</p>
<p>2. Três erros podem se destacar no aborto delituoso. Quais são eles?</p>
<p>3. Que espécie de aborto é admitida pela Doutrina Espírita?</p>
<p>4. Que doenças podem resultar diretamente da prática do aborto delituoso?</p>
<p>5. Que conseqüências de natureza espiritual pode o aborto acarretar?</p>
<p>Texto para leitura <br/> O aborto delituoso é a negação do amor</p>
<p>1. O aborto é, no entendimento unânime dos Espíritos superiores, um doloroso crime. Arrancar uma criança ao seio materno é infanticídio confesso. Uma mãe ou quem quer que seja cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, porque impede ao reencarnante passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.</p>
<p>2. Podem-se destacar três erros no procedimento dessas mães. O primeiro: impedir que um Espírito reencarne e, por conseguinte, progrida. Segundo: recusar um filho que talvez represente o instrumento que Deus tenha dado aos pais para ajudá-los na jornada evolutiva, através dos cuidados, das renúncias, das preocupações e trabalhos que teriam. Terceiro: transgredir o mandamento divino “Não matarás” e de uma forma em que a vítima se encontra em situação de desigualdade, sem a menor chance de se defender.</p>
<p>3. O aborto delituoso é a negação do amor. Esmagar uma vida que desponta, plena de esperança; impedir a alma de reingressar no mundo corpóreo; negar ao Espírito o ensejo do reajuste, representa, em qualquer lugar, situação e tempo, inominável crime, de prolongadas e dolorosas conseqüências para o psiquismo humano.</p>
<p>4. A Humanidade terrena encontra-se presentemente atacada por uma série de males. São homicídios, assaltos, assassínios, doenças, fome, catástrofes, ignorância, guerras, o que faz com que o mundo viva em constantes convulsões sociais. Um crime, porém, existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza – um crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação. Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios rebentos, asfixiando-lhes a existência antes que possam sorrir para a bênção da luz.<br/> Moléstias de etiologia obscura decorrem do aborto</p>
<p>5. Em muitos países, o aborto sem causa justa – e por causa justa devemos considerar apenas o chamado aborto terapêutico, que objetiva salvar a vida da gestante – encontra amparo na lei, mas, de acordo com a Doutrina Espírita, o aborto não encontra justificativa perante Deus, a não ser em casos especialíssimos, como o citado, em que o médico honrado, sincero e consciente entende que a continuação da gravidez põe em perigo a vida da gestante. Somente ao médico, porém, e a mais ninguém, dá a Ciência autoridade para emitir esse parecer.</p>
<p>6. De acordo com o ensinamento espírita, é o aborto delituoso um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, que ocupam vastos departamentos de hospitais e prisões da Terra. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se a dolorosas enfermidades, como a metrite ([1]), o vaginismo ([2]), a metralgia ([3]), o enfarte uterino ou a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça divina, pelo crime praticado.</p>
<p>7. É então que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais.</p>
<p>8. A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico – informa André Luiz em Ação e Reação, pp. 210 e 211 – receberá de futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar, e será, assim, mãe de criminosos e suicidas, regenerando as energias sutis do perispírito através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimentos e trabalho justos.<br/> O aborto pode ser a porta que se fecha para os nossos amigos</p>
<p>9. As conseqüências espirituais do aborto estão bem caracterizadas na experiência seguinte que nos é relatada por Suely Caldas Schubert em seu livro Obsessão/Desobsessão, editado em 1981 pela Federação Espírita Brasileira. No cap. 9 da terceira parte da citada obra, Suely Schubert relata três comunicações mediúnicas relacionadas com o aborto e seus efeitos.</p>
<p>10. A primeira é a de um médico que, enquanto encarnado, dedicou-se a essa prática. Ora, o abortamento – exceto quando realizado para salvar a vida da gestante posta em perigo – é considerado um crime aos olhos de Deus e nada há que o justifique. O médico desencarnado apresentou-se, portanto, extremamente perturbado, dizendo-se perseguido por vários Espíritos. Acusando-se a si mesmo de criminoso, estava aterrorizado com seus atos. O arrependimento lhe chegara já na vida espiritual; não obstante, demonstrava muito medo de seus perseguidores, entre os quais se contavam algumas das vítimas de seu bisturi.</p>
<p>11. O segundo comunicante era uma mulher que havia morrido durante a realização de um aborto. Atormentada pelo remorso dessa ação, nutria um ódio especial pelo médico que a atendera, a quem, agora, perseguia, desejosa de vingança.</p>
<p>12. A terceira entidade a se comunicar era também uma mulher que cometera um aborto em sua última existência na Terra. Sendo pobre e lutando com muitas dificuldades para a manutenção dos filhos, a coitada desorientou-se ao engravidar e procurou uma forma de abortar aquele que seria o sexto filho. Praticado o crime, o arrependimento foi-lhe terrível e imediato. Jamais ela se perdoou por esse gesto e, desse modo, sofreu duplamente ao carregar pelo resto de seus dias o peso do remorso. Sua existência foi longa e difícil. Enfrentou as asperezas e dificuldades da vida e, ao fim de prolongada moléstia, desencarnou. O plano espiritual reservou-lhe, porém, uma surpresa. Ao desencarnar, encontrou-se com o Espírito do filho rejeitado e grande foi seu abalo ao verificar que ele era um ente muito querido ao seu coração, companheiro de lutas do passado, que renasceria em seu lar com a finalidade precípua de ajudá-la a tornar menos amargos os seus dias.</p>
<p>13. Espírito de certa elevação moral, ele há muito lhe perdoara a atitude infeliz, mas ela jamais se conformou com o ato praticado e agora, no plano espiritual, tomara a si a tarefa de socorrer as pessoas tendentes a cometer o mesmo erro, para mostrar-lhes que o destino é construção individual e que o aborto, longe de ser solução para as dificuldades da vida, será sempre o agravamento dos nossos males, quando não a porta que se fecha para os nossos melhores amigos.</p>
<p>[1] Metrite: inflamação do útero.<br/> [2] Vaginismo: contração espasmódica do músculo constritor da vagina.<br/>
[3] Metralgia: dor no útero.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o aborto praticado sem causa justa? R.: No entendimento unânime dos Espíritos superiores, o aborto sem causa justa é um doloroso crime. Uma mãe ou quem quer que seja cometerá crime sempre que, sem motivo válido, tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento.</p>
<p>2. Três erros podem se destacar no aborto delituoso. Quais são eles? R.: O primeiro: impedir que um Espírito reencarne e, por conseguinte, progrida. Segundo: recusar um filho que talvez represente o instrumento que Deus tenha dado aos pais para ajudá-los na jornada evolutiva, através dos cuidados, das renúncias, das preocupações e trabalhos que teriam. Terceiro: transgredir o mandamento divino “Não matarás”.</p>
<p>3. Que espécie de aborto é admitida pela Doutrina Espírita? R.: É o chamado aborto terapêutico, que objetiva salvar a vida da gestante posta em perigo com a continuação da gestação.</p>
<p>4. Que doenças podem resultar diretamente da prática do aborto delituoso? R.: Segundo o ensinamento espírita, o aborto delituoso é um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, que ocupam vastos departamentos de hospitais e prisões da Terra. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se a dolorosas enfermidades, como a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino ou a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça divina, pelo crime praticado.</p>
<p>5. Que conseqüências de natureza espiritual pode o aborto acarretar? R.: A obsessão e o sofrimento moral são algumas das conseqüências de ordem espiritual ocasionadas pelo aborto delituoso. Suely Caldas Schubert trata do assunto em seu livro Obsessão/Desobsessão, terceira parte, cap. 9.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 358 e 359.</p>
<p>Vida e Sexo, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 6a edição, p. 76.</p>
<p>Luz no Lar, de Autores diversos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 3a edição, pp. 54 e 55.</p>
<p>O Pensamento de Emmanuel, de Martins Peralva, 2a edição, pp. 124 a 126.</p>
<p>Após a Tempestade, de Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo P.Franco, 2a. edição, pp. 67 e 68.</p>
<p>Ação e Reação, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 8a. edição, pp. 210 e 211.</p>Obstáculos à reproduçãotag:adulmigos.ning.com,2015-09-01:3625305:BlogPost:4344292015-09-01T21:38:32.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 55 - 11 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Obstáculos à reprodução</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 55 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 55 - 11 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Obstáculos à reprodução</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 55 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Em quantos tipos se dividem os obstáculos opostos à reprodução humana?</p>
<p>2. O casal tem o direito, após estar encarnado, de limitar o número de filhos?</p>
<p>3. Que acontece à mãe que deveria receber três filhos e não o fez, devido ao uso de anticoncepcionais?</p>
<p>4. Como interpretar a atitude dos casais que sistematicamente se valem de anticoncepcionais?</p>
<p>5. A que devemos atribuir os obstáculos naturais à reprodução humana impostos a certas pessoas?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>Os filhos não são realizações fortuitas</p>
<p>1. Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da ação do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.</p>
<p>2. Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos (O Livro dos Espíritos, item 693): “São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?”. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral”.</p>
<p>3. A posição de Joanna de Ângelis (Após a Tempestade, cap. 10, obra psicografada por Divaldo P. Franco) é bem clara quanto ao assunto. O homem – assevera Joanna – pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado. Os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. É lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio. Mas as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade desses cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.<br/> Planejamento familiar é questão de foro íntimo</p>
<p>4. Dr. Jorge Andréa entende (Encontro com a Cultura Espírita, págs. 77, 105 e 106) que o planejamento familiar é questão de foro íntimo do casal. As pílulas anticoncepcionais têm suas indicações e muitos motivos, escusos ou não, estarão ligados ao seu uso. Se uma mãe deveria receber três filhos e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ficará com a carga de responsabilidade transferida para uma outra época ou, fazendo a substituição, por trabalho construtivo equivalente em outro setor. No caso das ligaduras de trompas, a indicação poderá estar na faixa ajustada diante de precisas indicações médicas, como também nas faixas desajustadas e sem razão de ser. Todos esses atos desencadearão reações. Ninguém granjeará os degraus superiores da vida sem a autêntica vivência das menores faixas de evolução.</p>
<p>5. Será preferível um Espírito reencarnar num lar pobre com as habituais dificuldades de subsistência, ou ficar aturdido e acoplado à mãe que lhe fechou os canais, criando, nessa simbiose, neuroses e psicoses de variados matizes? Respondendo a essa questão, diz Dr. Jorge Andréa (Forças Sexuais da Alma, cap. V, págs. 124 a 126) que, na maioria das vezes, os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, onde as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo.</p>
<p>6. Seria melhor, portanto, não opor obstáculos à volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a seriedade da planificação reencarnatória. É razoável pensar, portanto, que antes de retornarmos às experiências físicas, nos tenhamos comprometido a receber, como filhos, um número determinado de Espíritos. A prole estaria, assim, com sua quota previamente estabelecida quando ainda nos achávamos nos planos espirituais. <br/> Há obstáculos à reprodução que constituem situações de prova</p>
<p>7. No livro Entrevistas, pergunta 102, assevera Emmanuel: “Não acreditamos que a coletividade humana esteja, por enquanto, habilitada espiritualmente a controlar o renascimento na Terra sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras”.</p>
<p>8. Como interpretar, desse modo, a atitude dos casais que evitam filhos e, embora dignos e respeitáveis, sistematizam o uso de anticoncepcionais? O instrutor Silas, ao responder a semelhante pergunta, ponderou (Ação e Reação, pág. 210): “Se não descambam para a delinqüência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.</p>
<p>9. Quanto aos obstáculos naturais ou cármicos à reprodução humana, explica Emmanuel em O Consolador (pergunta 40) que, no quadro de interpretações da Terra, podem indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras; todavia, se considerarmos a questão no seu aspecto espiritual, somos obrigados a reconhecer que a esterilidade não existe para o Espírito que, na Terra ou fora dela, pode ser fecundo em obras de beleza, de aperfeiçoamento e de redenção.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Em quantos tipos se dividem os obstáculos opostos à reprodução humana? R.: Existem basicamente dois tipos de obstáculos à reprodução humana: os que podem ser chamados naturais ou cármicos, decorrentes de faltas cometidas no passado, e os artificiais, fruto da ação do homem com o fim de impedir a reprodução humana. Estes últimos expressam-se em medidas ou métodos anticoncepcionais.</p>
<p>2. O casal tem o direito, após estar encarnado, de limitar o número de filhos? R.: Kardec perguntou aos Espíritos se são contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral” (L.E., 693) Em uma de suas obras, Joanna de Ângelis diz que o homem pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter: número de filhos e período propício para a maternidade, mas nunca se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado, visto que os filhos não são realizações fortuitas.</p>
<p>3. Que acontece à mãe que deveria receber três filhos e não o fez, devido ao uso de anticoncepcionais? R.: Tratando dessa questão, Dr. Jorge Andréa explica que na maioria das vezes os Espíritos, quando vêm para a reencarnação, de há muito já estão em sintonia com o cadinho materno. Se os canais destinados à maternidade são neutralizados e fechados, é claro que haverá distúrbios, principalmente no psiquismo de profundidade, isto é, na zona inconsciente ou espiritual, onde as energias emitidas por essas fontes não encontram correspondência em seu ciclo. É isso que pode perfeitamente ocorrer em tais casos.</p>
<p>4. Como interpretar a atitude dos casais que sistematicamente se valem de anticoncepcionais? R.: No livro “Ação e Reação”, de André Luiz, o instrutor Silas deu a essa pergunta a seguinte resposta: “Se não descambam para a delinqüência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome de reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em famílias que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos; no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados para eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração”.</p>
<p>5. A que devemos atribuir os obstáculos naturais à reprodução humana impostos a certas pessoas? R.: Segundo informa Emmanuel em seu livro “O Consolador”, esses obstáculos podem indicar situações de prova para as almas que se encontram em experiências edificadoras.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 693 e 694.</p>
<p>O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 8a edição, pergunta 40.</p>
<p>Entrevistas, de Francisco Cândido Xavier, IDE, 3a. edição, pergunta 102.</p>
<p>Após a tempestade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P.Franco, pp. 58 e 59.</p>
<p>Ação e Reação, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 8a. edição, p. 210.</p>
<p>Forças Sexuais da Alma, de Jorge Andréa, cap. V, págs. 124 a 126.</p>
<p>Encontro com a Cultura Espírita, de Jorge Andréa, págs. 77, 105 e 106.</p>Celibato e poligamiatag:adulmigos.ning.com,2015-05-12:3625305:BlogPost:4184462015-05-12T19:43:21.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 54 - 4 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Celibato e poligamia</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 54 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Inglês<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 54 - 4 de Maio de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Celibato e poligamia</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 54 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Por que a poligamia é contrária à lei natural?</p>
<p>2. Que vantagens acarreta para o homem a monogamia?</p>
<p>3. Em que consiste o celibato?<br/> 4. Em que situação o celibato pode concorrer para o progresso social? 5. Qual o significado desta advertência de Paulo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”? Texto para leitura<br/>
A poligamia é prática humana tendente a desaparecer</p>
<p>1. O casamento, isto é, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade. Já a poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Ora, na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade.</p>
<p>2. Se a poligamia fosse conforme à lei natural, deveria haver a possibilidade de que ela se tornasse universal, o que é materialmente impossível, dada a igualdade numérica dos sexos. Ela deve ser considerada, assim, mais como um uso ou prática apropriada a certos costumes e que o aperfeiçoamento social faz que, na maior parte do globo, desapareça pouco a pouco. Com efeito, apesar de existirem povos que ainda adotam a poligamia, como as populações muçulmanas do Norte da África e boa parte dos asiáticos, a tendência é a total abolição dessa prática.</p>
<p>3. A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão-somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afeto.</p>
<p>4. Entre poligamia e monogamia existe uma distância muito grande, e a conquista desta última revela inegavelmente um poderoso passo evolutivo da Humanidade na área dos sentimentos. A vida a dois, pelos laços do matrimônio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.<br/> Os celibatários dividem-se em dois grupos distintos</p>
<p>5. Em que pese a importância do casamento monogâmico, existem pessoas que deliberadamente optam pelo celibato, que é o estado de uma pessoa que se mantém solteira Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação, e a daqueles que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.</p>
<p>6. As pessoas que conseguem abster-se da comunhão afetiva, com o fim de se fazerem mais úteis ao próximo, decerto traçam a si mesmos escaladas mais rápidas aos cimos do aperfeiçoamento. É o caso das almas que, para obterem as sagradas realizações de Deus em si próprias, entregam-se a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afetos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.</p>
<p>7. Agindo assim, por amor, amparando os irmãos da Humanidade, através de variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de criatividade, porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo, mas é canalizada para outros objetivos: os de natureza espiritual.</p>
<p>8. Paralelamente a esses seres, que elegem conscientemente esse tipo de experiência, encontramos outros companheiros que já renasceram no corpo físico induzidos ou obrigados à abstinência sexual, em face de inibições irreversíveis ou de processos de inversão pelos quais sanam erros do passado ou se recolhem a pesadas disciplinas, que lhes facilitam a execução de compromissos determinados, em assuntos do espírito.<br/> Há grande mérito em fazer-se eunuco pelo reino do céu</p>
<p>9. Empreendimentos filantrópicos, atividades religiosas ou culturais enobrecedoras constituem valioso programa de superação dos pensamentos torturantes, relacionados com o sexo, favorecendo a transformação das forças criadoras em elementos de exaltação do bem e do embelezamento da vida.</p>
<p>10. Numerosos Espíritos – ensinam os imortais – recebem de Jesus permissão para esse gênero de esforços santificantes, porquanto nessa tarefa os que se fazem eunucos pelo reino do céu precipitam os processos de redenção do ser ou seres amados, submersos nas provas, e, simultaneamente, pela sua condição de evolvidos, podem ser mais facilmente transformados, na Terra, em instrumentos da verdade e do bem.</p>
<p>11. Qualquer atitude extremista opera desarmonia e perturbação, com lamentáveis conseqüências que se estendem, após a desencarnação, em processos de sombras e aflições indescritíveis. Assim, se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, os faz hipocondríacos e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do apóstolo Paulo, na 1a Epístola aos Coríntios, cap. 7, versículo 9: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.”</p>
<p>12. Essas considerações nos levam a concluir que a vida sexual de cada pessoa é terreno sagrado para ela própria. Em face disso, abstenção, ligação afetiva, constituição da família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada um, erigindo-se em assunto não de corpo para corpo, mas de coração para coração.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Por que a poligamia é contrária à lei natural? R.: O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real, existe apenas sensualidade. Eis aí o motivo por que ela contraria a lei de Deus.</p>
<p>2. Que vantagens acarreta para o homem a monogamia? R.: A construção da felicidade real não depende do instinto sexual satisfeito. A permuta de células sexuais entre os seres encarnados é tão-somente um aspecto das multiformes permutas de amor. O intercâmbio de forças simpáticas, de fluidos combinados, de vibrações sintonizadas entre almas que se amam, paira acima de qualquer exteriorização tangível de afeto. A vida a dois, pelos laços do matrimônio, enseja real oportunidade de progresso, porquanto a constituição do lar não só permite a reencarnação dos Espíritos e, por conseguinte, resgate de faltas do passado, como representa a célula da família universal, unidade primeira da educação espiritual.</p>
<p>3. Em que consiste o celibato? R.: O celibato é o estado de uma pessoa que se mantém solteira. Abstinência em matéria de sexo e celibato na vida de relação pressupõem experiências da criatura em duas faixas essenciais: a dos Espíritos que escolhem semelhantes posições para burilamento ou serviço no curso de determinada encarnação, e a daqueles que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.</p>
<p>4. Em que situação o celibato pode concorrer para o progresso social? R.: O celibato concorre para o progresso social quando o indivíduo abstém-se da comunhão afetiva com o fim de se fazer mais útil ao próximo. É o caso das almas que se entregam a labores de renúncia, em existência de santificada abnegação, abdicando transitoriamente de ligações humanas, de modo a acrisolarem seus afetos e sentimentos em vida de ascetismo e longas disciplinas materiais.</p>
<p>5. Qual o significado desta advertência de Paulo: “Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se”? R.: O aviso de Paulo é claro: se o exercício da renúncia, a que certas pessoas se submetem, as faz hipocondríacas e tristes, não devem vacilar em obedecer à prescrição do notável apóstolo, evitando assim manter uma posição antinatural que poderá trazer grandes aborrecimentos à própria pessoa e à sociedade.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 695, 699 e 701.</p>
<p>Vida e Sexo, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 6a edição, pp. 33, 97, 98 e 100.</p>
<p>O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, 8a edição, pergunta 331.</p>
<p>O Pensamento de Emmanuel, de Martins Peralva, 2a edição, p. 96.</p>
<p>Dimensões da Verdade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P.Franco, pp. 170 e 173.</p>
<p>No Mundo Maior, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 161 e 162.</p>Lei de reprodução. Casamentotag:adulmigos.ning.com,2015-05-12:3625305:BlogPost:4186172015-05-12T19:42:12.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Lei de reprodução.<br></br> Casamento</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 53 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Lei de reprodução.<br/> Casamento</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 53 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o casamento?</p>
<p>2. Que ingrediente fundamental não pode faltar à união matrimonial?</p>
<p>3. Que pode ocorrer quando a lei de amor não preside à união dos sexos?</p>
<p>4. Por que existem em nosso mundo ligações matrimoniais de caráter francamente expiatório?</p>
<p>5. O divórcio contraria a lei divina?</p>
<p>Texto para leitura<br/> No casamento, a lei de amor nem sempre é levada em conta</p>
<p>1. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna. Embora em condições diversas, o casamento é uma instituição presente entre todos os povos. Aboli-lo seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que nos dão o exemplo de uniões constantes.</p>
<p>2. Na união dos sexos, ensina o Espiritismo, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus e exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos cônjuges se transmitisse aos filhos e fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles, a fazê-los progredir.</p>
<p>3. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor infelizmente nem sempre é tida em consideração. Muitas uniões ocorrem no mundo tão-somente por interesse, sem levar em conta a afeição dos seres, o que explica por que muitos casamentos se desfazem em pouco tempo.</p>
<p>4. Evidentemente, nem a lei civil nem os compromissos contraídos por força da legislação humana podem suprir a lei de amor, se esta não presidiu à união, do que resultam uniões infelizes que muitas vezes acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, não se abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus, que é a lei de amor.</p>
<p>5. Não se deduza disso que seja supérflua a lei civil e que devemos volver aos casamentos segundo a natureza. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses da família, de acordo com as exigências da civilização. Ela é, portanto, útil e necessária, conquanto variável, mas nada absolutamente se opõe a que seja um corolário da lei de Deus. <br/> Casamento é compromisso e gera, por isso, responsabilidade</p>
<p>6. Segundo o ensino espírita, caracteriza-se o estado moral de um povo pelas uniões da sexualidade que se fazem rápidas, em decadência, ou demoradas, num processo de ascensão tipificando a emotividade que rege a convivência ética das criaturas. O matrimônio, vê-se logo, tem papel preponderante na formação da comunidade.</p>
<p>7. Se a união das pessoas pelos laços do matrimônio é determinada por interesses materiais, pelo furor das paixões ou pelo jogo das conveniências, estaremos diante de uma realização fadada ao fracasso, porquanto a lei de amor não foi aí cogitada. Essas ligações, com o passar do tempo, passadas as ilusões dos primeiros momentos, permitirão que entre os cônjuges se estabeleçam antipatias mútuas que, com o desgaste natural, se cristalizarão em relações inamistosas.</p>
<p>8. A satisfação pura e simples dos instintos, no matrimônio, leva os cônjuges a uma saturação recíproca e a um isolacionismo que deterioram em pouco tempo o relacionamento conjugal, fazendo que o casamento decline e se degrade. É indispensável construir uma consciência responsável por meio da educação moral, doméstica e social das criaturas, para que o matrimônio mereça um pouco mais de respeito, antes de se assumir o compromisso que, contraído por leviandade, logo se dissolverá.</p>
<p>9. Casamento é compromisso, e compromisso – lembra-nos Emmanuel – gera responsabilidade. Antes de optarem por dar um passo tão sério, o homem e a mulher devem refletir maduramente, para que não venham a sofrer, fazendo também sofrer as pessoas a eles ligadas. A grande vítima das uniões precipitadas acaba sendo a sociedade e todos os que a formam, principalmente os filhos, vítimas indefesas da leviandade e precipitação de adultos mal formados.</p>
<p>10. Os filhos – indivíduos que retornam à vida corpórea para recuperarem oportunidades que se foram ao longo das existências – necessitam que seus pais dêem exemplos de moralidade, devotamento e equilíbrio. É fundamental que os casais entendam isso e se compenetrem dos deveres que assumiram perante a prole, perante Deus e perante si mesmos. <br/> A lei do divórcio não é contrária à lei divina</p>
<p>11. A lei de amor, que deve sempre reger as ligações matrimoniais, permite que os indivíduos se procurem e se escolham, mas exige também que se respeitem e se apóiem ante as provas e dificuldades da vida. O casamento ou a união permanente de dois seres implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Imperioso, portanto, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, uma vez que na comunhão sexual um ser se entrega ao outro e, em face disso, não deve haver qualquer desconsideração entre eles.</p>
<p>12. Os débitos contraídos por legiões de companheiros, portadores de entendimento verde para os temas do amor, determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, acobertados ou não pela lei humana, o aspecto de ligações francamente expiatórias. Decorre daí a importância dos conhecimentos alusivos à reencarnação e do pleno exercício da lei de amor no recesso do lar, para que este não se converta, de bendita escola que é, em pouso neurótico a albergar moléstias mentais dificilmente reversíveis.</p>
<p>13. É fácil compreender que, sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual, se torna difícil o êxito no casamento, porquanto somos defrontados em família por provas e crises inúmeras, nas quais nos inquietamos e gastamos tempo e energia para ver a parentela na trilha que entendemos ser a mais certa.</p>
<p>14. Essas crises, em muitas ocasiões, acabam redundado no divórcio, uma medida criada pelos homens cujo objetivo é separar legalmente o que de fato já está separado.</p>
<p>15. O divórcio, se adotado como medida extrema que evite um dano maior à família, não é contrário à lei divina, porquanto apenas reforma o que os indivíduos fizeram e só se aplica nos casos em que, na união conjugal, não se levou em conta a lei de amor. É por isso que nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento, visto que em caso de adultério, conforme registra o Evangelho segundo Mateus (cap. 19, versículos 3 a 9), o próprio Mestre admitia que a pessoa lesada desse à outra a carta de separação.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o casamento? R.: O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna. Aboli-lo seria regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que nos dão o exemplo de uniões constantes.</p>
<p>2. Que ingrediente fundamental não pode faltar à união matrimonial? R.: O ingrediente que na pode faltar à união matrimonial é o amor. Deus quer que os seres se unam não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos cônjuges se transmita aos filhos e sejam dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles, a fazê-los progredir.</p>
<p>3. Que pode ocorrer quando a lei de amor não preside à união dos sexos? R.: A conseqüência disso são as uniões infelizes que muitas vezes acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, não se abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus, que é a lei de amor.</p>
<p>4. Por que existem em nosso mundo ligações matrimoniais de caráter francamente expiatório? R.: São os débitos contraídos por legiões de companheiros, portadores de entendimento verde para os temas do amor, que determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, acobertados ou não pela lei humana, o aspecto de ligações francamente expiatórias.</p>
<p>5. O divórcio contraria a lei divina? R.: Não. O divórcio, se adotado como medida extrema que evite um dano maior à família, não é contrário à lei divina, porquanto apenas reforma o que os indivíduos fizeram e só se aplica nos casos em que, na união conjugal, não se levou em conta a lei de amor. É por isso que nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento, visto que em caso de adultério, conforme registra o Evangelho segundo Mateus (cap. 19, versículos 3 a 9), o próprio Mestre admitia que a pessoa lesada desse à outra a carta de separação.</p>
<p>Bibliografia:</p>Desigualdade das riquezastag:adulmigos.ning.com,2015-05-12:3625305:BlogPost:4186162015-05-12T19:30:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 52 - 20 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Desigualdade das riquezas. <br></br> Provas da riqueza e da pobreza</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 52 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 2 - N° 52 - 20 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Desigualdade das riquezas. <br/> Provas da riqueza e da pobreza</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 52 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. A igualdade das riquezas é possível no mundo em que vivemos?</p>
<p>2. Que consequências danosas adviriam da repartição igualitária da riqueza?</p>
<p>3. Como o Espiritismo conceitua a pobreza e qual a sua finalidade?</p>
<p>4. Como o Espiritismo conceitua a riqueza e qual a sua finalidade?</p>
<p>5. Podemos dizer que a riqueza é também instrumento de progresso?</p>
<p>Texto para leitura<br/> A igualdade das riquezas traria consequências danosas</p>
<p>1. A igualdade das riquezas, ensinam os Espíritos Superiores, não é possível no mundo em que vivemos porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Os homens não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais ativos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.</p>
<p>2. Admitindo, porém, por hipótese, que essa repartição fosse possível e o equilíbrio não se rompesse, duas consequências danosas para o progresso da Humanidade seriam inevitáveis.</p>
<p>3. Com efeito, tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. Além disso, admitido que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda e ajude no progresso e bem-estar de todos.<br/> Riqueza e pobreza são provas muito difíceis</p>
<p>4. Riqueza e pobreza nada mais são que provas, pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto, que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. Aliás, essas provas são, com freqüência, escolhidas pelos próprios Espíritos, que, no entanto, nelas geralmente sucumbem.</p>
<p>5. Tanto uma quanto outra são, portanto, provas muito difíceis, porque se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfémia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe os augustos objetivos.</p>
<p>6. Espíritos realmente evoluídos, tanto quanto os que compreendem perfeitamente o significado a Lei de Causa e Efeitos, podem solicitar a prova da pobreza como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de certas tarefas que a riqueza certamente prejudicaria. Algumas vezes, também, o mau uso da fortuna em precedente existência leva o Espírito a pedir a condição oposta, com o que espera reparar abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações.</p>
<p>7. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação. É preciso que entendamos sempre: a existência corpórea é passageira e a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo. Pobres e ricos voltam, portanto, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a condição de rico e a condição de pobre não passam de expressões transitórias.<br/> A riqueza é poderoso instrumento de progresso</p>
<p>8. Nenhuma das provas citadas constitui, no entanto, obstáculo à chamada salvação. Se fosse assim, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de perdição, ideia que repugna à razão. No tocante à riqueza, é fácil perceber que, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, constitui ela uma prova muito arriscada e até mais perigosa que a miséria.</p>
<p>9. Certamente é a esse perigo que Jesus se referia quando disse: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus”, frase registada por Mateus, Lucas e Marcos. O Mestre fazia alusão bastante clara aos males e às tentações a que a riqueza pode conduzir o homem desprevenido, mas é um erro deduzir de suas palavras que ao rico esteja vedado o acesso à salvação, isto é, valendo-nos dos conceitos espíritas, à ascensão a planos evolutivos mais elevados.</p>
<p>10. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria outorgado aos homens. Mas, longe disso, a riqueza, se não constitui elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.</p>
<p>11. Com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho. Eis aí o motivo pelo qual é considerada elemento de progresso. Se o indivíduo que a detém se torna egoísta, orgulhoso e insaciável, e a desvia do seu objetivo providencial, prestará contas de seus atos ante a Justiça Divina, enquanto outros terão, por sua vez, oportunidade de fruí-la e provar, por suas atitudes, que é possível vencer essa difícil prova.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. A igualdade das riquezas é possível no mundo em que vivemos? R.: Não, porque a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Os homens não são criaturas iguais. Há entre eles os que são mais previdentes, mais inteligentes e mais ativos. Logo, se a riqueza fosse repartida com igualdade entre todos, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito.</p>
<p>2. Que consequências danosas adviriam da repartição igualitária da riqueza? R.: Duas seriam as consequências. A primeira: tendo cada um somente o suficiente para viver, tornar-se-ia inviável a realização de todos os grandes trabalhos que requerem a alocação de recursos vultosos. A segunda: admitido que a divisão da riqueza desse a cada um o necessário, não existiria mais o aguilhão que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis.</p>
<p>3. Como o Espiritismo conceitua a pobreza e qual a sua finalidade? R.: A pobreza, tal como a riqueza, nada mais é que uma prova pela qual o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto que é o seu progresso. Deus concede, pois, a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.</p>
<p>4. Como o Espiritismo conceitua a riqueza e qual a sua finalidade? R.: A riqueza, como foi dito, é também uma prova pela qual o Espírito tem de passar, visando ao seu progresso. Se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfémia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando-lhe os augustos objetivos. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.</p>
<p>5. Podemos dizer que a riqueza é também instrumento de progresso? R.: Sim. Se não constitui elemento direto de progresso moral, a riqueza é poderoso elemento de progresso intelectual, pois com ela pode o homem melhorar a situação material do mundo em que vive, ampliar a produção de bens, criar maiores e melhores recursos sociais por meio do estudo, da pesquisa e do trabalho.</p>
<p>Bibliografia:</p>Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem e da mulhertag:adulmigos.ning.com,2015-04-27:3625305:BlogPost:4167632015-04-27T21:40:57.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 51 - 13 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem<br></br> e da mulher</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 51 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira,…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 51 - 13 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Desigualdades sociais e igualdade de direitos do homem<br/> e da mulher</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 51 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?</p>
<p>2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?</p>
<p>3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?</p>
<p>4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?</p>
<p>5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?</p>
<p>Texto para leitura<br/> As desigualdades sociais não são obra de Deus, mas do homem</p>
<p>1. As desigualdades sociais, provenientes das mais variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são sempre obra dos homens e não de Deus. O Pai criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que ainda possuem, estatuíram leis – muitas delas injustas e até mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade.</p>
<p>2. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.</p>
<p>3. O progresso segue, no entanto, o seu curso ascendente e por isso a desigualdade social, como tudo o que é inferior, dia a dia se atenua, até que se apague em definitivo, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar na Terra.</p>
<p>4. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social. <br/> A abolição das desigualdades não se fará de repente</p>
<p>5. Ninguém pense, porém, que as desigualdades desaparecerão de repente e serão o resultado de revoluções, de guerras, de leis ou de decretos. Não. Sua abolição se fará de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços individuais e coletivos e como conseqüência do progresso moral alcançado pela Humanidade, o que levará à destruição dos privilégios de casta, de sangue, de posição social, de sexo, de raça, de religião e de quaisquer outros.</p>
<p>6. Compreendamos também que com o banimento das desigualdades sociais não se verificará na Terra um processo de uniformização dos homens. A espécie humana não se transformará em máquina, a sociedade terrena não se tornará um sistema robotizado. Os homens é que passarão a orientar-se pelas leis divinas, a fim de que seus pendores naturais possam desabrochar e desenvolver-se normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte de quem quer que seja.</p>
<p>7. Haverá, evidentemente, quem ocupe cargos de maiores ou de menores responsabilidades, mas, com o adiantamento espiritual, os homens não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.<br/> O homem e a mulher gozam, aos olhos de Deus, dos mesmos direitos</p>
<p>8. Em uma sociedade moralizada, não se compreenderá a diferença de tratamento, ainda tão comum, que se observa entre o homem e a mulher, porque todos entenderão que, perante os códigos divinos, ambos possuem os mesmos direitos e que a diferença dos sexos existe por força da necessidade de experiências específicas pelas quais o Espírito precisa e deve passar.</p>
<p>9. O Espírito – ensina o Espiritismo – não possui sexo, do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. É por isso que, embora as funções do homem e da mulher sejam diferentes e específicas, seus direitos são exatamente os mesmos e todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à lei de justiça.</p>
<p>10. A lei humana deve, pois, para ser eqüitativa, consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, cientes todos nós de que a emancipação feminina acompanha o progresso geral da civilização, e sua escravização marcha de par com a barbárie. Sexos existem apenas na organização física. Os Espíritos encarnam-se num e noutro e devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.<br/> A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação</p>
<p>11. As funções, evidentemente, resultam das aptidões próprias de cada gênero. Por exemplo, só a mulher pode ser mãe e amamentar uma criança. Preciso é, pois, que cada um esteja no lugar que lhe compete. O homem e a mulher são, no instituto conjugal, como o cérebro e o coração do organismo doméstico, e essa diversidade de funções verifica-se por necessidade de planificação reencarnatória.</p>
<p>12. São um e outro portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio familiar. Se a alma feminina apresentou sempre um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o Espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade por meio de todos os abusos, prejudicando a sua posição moral no decurso de existências numerosas, em múltiplas experiências seculares. A ideologia feminista dos tempos modernos, com suas diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser, segundo Emmanuel, um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.</p>
<p>13. A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação, mediante a qual cada Espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate. Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva, assevera Emmanuel, estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus? R.: As desigualdades sociais são obra dos homens e não de Deus, que criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por causa de suas imperfeições morais, estatuíram leis – muitas delas injustas e mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade. Como conseqüência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.</p>
<p>2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia? R.: Sim. As desigualdades sociais, como tudo o que é inferior, um dia desaparecerão da face da Terra, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar em nosso mundo. Restará, então, em nosso mundo tão-somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social.</p>
<p>3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos? R.: Sim. Em uma sociedade moralizada não se compreende a diferença de tratamento, ainda tão comum, entre o homem e a mulher, porque perante os códigos divinos possuem ambos os mesmos direitos.</p>
<p>4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê? R.: Podem reencarnar como homens ou mulheres, porque o Espírito, em si considerado, não possui sexo do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano.</p>
<p>5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores? R.: Pobreza, miséria, guerras, ignorância e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 806, 817, 820 e 822.</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 5, item 4.</p>
<p>O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, perguntas 55 e 67.</p>
<p>Religião dos Espíritos, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, págs. 131 e 132.</p>
<p>Grandes e Pequenos Problemas, de Angel Aguarod, 3a. edição, pág. 174.</p>Igualdade natural e desigualdade de aptidõestag:adulmigos.ning.com,2015-04-27:3625305:BlogPost:4168532015-04-27T21:39:38.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Igualdade natural e<br></br> desigualdade de aptidões</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 50 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 50 - 6 de Abril de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Igualdade natural e<br/> desigualdade de aptidões</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 50 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Por que há sofredores e felizes em nosso mundo?</p>
<p>2. Por que as aptidões humanas são tão diversas?</p>
<p>3. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, é um bem ou é um mal?</p>
<p>4 . Essas diversidades no tocante às aptidões humanas sempre existirão em nosso mundo?</p>
<p>5. Qual é, segundo o Espiritismo, a condição básica para que as anomalias sociais sejam, na Terra, erradicadas definitivamente?</p>
<p>Texto para leitura<br/> Aos olhos de Deus todos os seus filhos são iguais</p>
<p>1. Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a ninguém concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Todos os seus filhos são iguais aos seus olhos.</p>
<p>2. Ensinam os Espíritos Superiores que Deus não tolera distinções de linhagem familiar, não confere honrarias extemporâneas, nem favorece com privilégios qualquer de suas criaturas, mas proporciona a todos idênticas e incessantes oportunidades.</p>
<p>3. O Criador coloca, em estado latente, o mesmo poder, a mesma sabedoria e os mesmos estímulos evolutivos para todas as suas criaturas, no longo e fastidioso percurso que elas têm de trilhar com vistas à perfeição.</p>
<p>4. Atentos a estas considerações é que podemos perceber o sentido correto da lei de igualdade no seu aspecto natural, em contraposição à pretendida igualdade sócio-econômica, freqüentemente artificial na vida de relação dos Espíritos encarnados.<br/> O Pai não concede privilégios a ninguém</p>
<p>5. Sendo todos da mesma essência divina e criados para os mesmos gloriosos destinos, o gênero humano constitui uma única família. É por isso que todos os homens se encontram sujeitos às mesmas leis.</p>
<p>6. O Pai Eterno não concede privilégios a ninguém. Se há sofredores e felizes em nosso planeta, isso não se dá em razão das preferências divinas, mas por força do mau ou do bom uso do livre-arbítrio dos seus habitantes.</p>
<p>7. Fomos criados simples e ignorantes, porém destinados à perfeição. Se ao longo de nossa trajetória evolutiva falimos ou nos elevamos, isso se dá por força de nossa livre vontade. As desigualdades sociais existentes são produto das opções voluntárias dos homens, e não de um capricho particular do Criador.</p>
<p>8. As aptidões humanas, tão diversas, resultam igualmente da variedade de experiências vividas nas múltiplas encarnações, porque, em razão do livre-arbítrio, cada indivíduo decide qual o caminho a seguir. Os Espíritos foram criados iguais uns aos outros, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença existente entre eles funda-se, pois, na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obraram.<br/> A diversidade das aptidões é um meio propulsor do progresso</p>
<p>9. Como uns se aperfeiçoam mais rapidamente do que os outros, resultam daí para eles aptidões diversas. Mas a variedade das aptidões permite que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, faz o outro, de forma que todos têm um papel útil a desempenhar na comunidade em que vivem. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, constitui, pois, um meio propulsor do progresso, visto que cada homem contribui para a obra coletiva com sua parcela de conhecimento.</p>
<p>10. As dessemelhanças que os Espíritos apresentam, quer em inteligência, quer em moralidade, não derivam, portanto, de sua natureza íntima. Resultam apenas do fato de haverem sido criados há mais ou menos tempo e do maior aproveitamento desse tempo no desenvolvimento das aptidões e virtudes que lhes são intrínsecas.</p>
<p>11. As desigualdades naturais das aptidões humanas são os degraus das múltiplas experiências que nos conduzirão aos mundos superiores e que nos propiciarão implantar o reino de Deus na Terra. Essas diferenças constituem os agentes do progresso e preenchem uma necessidade inapreciável, na economia da evolução, favorecendo-a, por mais que existam pessoas que as detestem. Tais diferenças, todavia, subsistirão enquanto tenham razão de ser e, enquanto subsistirem, satisfarão a uma necessidade da própria Natureza, favorecendo o progresso humano.<br/> Um dia em nosso mundo ninguém mais precisará mendigar</p>
<p>12. É provável que no estágio atual da nossa civilização nem todos os homens estejam exercendo a ocupação adequada às suas aptidões naturais.</p>
<p>13. Quando, porém, o egoísmo e o orgulho deixarem de ser os sentimentos predominantes na Terra e compreendermos que somos todos irmãos, amando-nos realmente uns aos outros, como preceitua o Cristo, todo o homem de boa vontade achará ocupação adequada às suas aptidões, que lhe garanta o mínimo necessário a uma existência compatível com a dignidade humana.</p>
<p>14. Um dia esse estado de coisas será realidade em nosso mundo. Então os homens que não mais puderem manter-se em atividade, seja por doença, seja por velhice, terão a seu favor o amparo da lei, sem lhes ser preciso humilhar-se recorrendo à caridade pública.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Por que há sofredores e felizes em nosso mundo? R.: Deus não concede privilégios a ninguém. Se há sofredores e felizes em nosso planeta, isso não se dá em razão das preferências divinas, mas por força do mau ou do bom uso do livre-arbítrio dos seus habitantes. Fomos criados simples e ignorantes, porém destinados à perfeição. Se ao longo de nossa trajetória evolutiva falimos ou nos elevamos, isso se dá por força de nossa livre vontade.</p>
<p>2. Por que as aptidões humanas são tão diversas? R.: As aptidões humanas resultam da variedade de experiências vividas nas múltiplas encarnações, porque, em razão do livre-arbítrio, cada indivíduo decide qual o caminho a seguir. Os Espíritos foram criados iguais uns aos outros, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença existente entre eles funda-se, pois, na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obraram.</p>
<p>3. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, é um bem ou é um mal? R.: Essa diversidade é, em verdade, um bem, porque permite que cada pessoa possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, faz o outro, de forma que todos têm um papel útil a desempenhar na comunidade em que vivem. A diversidade das aptidões constitui, pois, um meio propulsor do progresso, visto que cada homem contribui para a obra coletiva com sua parcela de conhecimento.</p>
<p>4 . Essas diversidades no tocante às aptidões humanas sempre existirão em nosso mundo? R.: As desigualdades naturais das aptidões humanas subsistirão enquanto tiverem razão de ser e, enquanto subsistirem, satisfarão a uma necessidade da própria Natureza, favorecendo o progresso humano.</p>
<p>5. Qual é, segundo o Espiritismo, a condição básica para que as anomalias sociais sejam, na Terra, erradicadas definitivamente? R.: A condição fundamental para que isso se dê é o enfraquecimento ou mesma a extinção do sentimento de egoísmo e de orgulho que ainda predomina no planeta. Quando isso se verificar e compreendermos que somos todos irmãos, todos acharão ocupação adequada às suas aptidões, que lhes garanta o mínimo necessário a uma existência compatível com a dignidade humana. Um dia, sem dúvida alguma, esse estado de coisas será realidade em nosso mundo.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 803 e 804.</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 11, item 8.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, 2a. edição, págs. 136 e 138.</p>
<p>Grandes e Pequenos Problemas, de Angel Aguarod, 3a. edição, pág. 174.</p>As privações voluntáriastag:adulmigos.ning.com,2015-03-31:3625305:BlogPost:4134782015-03-31T19:30:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 49 - 30 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>As privações voluntárias</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 49 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 49 - 30 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>As privações voluntárias</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 49 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p align="justify">Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como podemos conceituar privação? E em que consiste a privação voluntária?</p>
<p>2. A privação voluntária deve ter limites?</p>
<p>3. Quais privações voluntárias são mais meritórias?</p>
<p align="justify">4. Alimentar-se de carne é para o homem da atualidade uma prática correta ou um equívoco?</p>
<p>5. A carne é indispensável à subsistência humana?</p>
<p>Texto para leitura<br/> A privação voluntária deve ter limites</p>
<p align="justify">1. A palavra privação tem, segundo os dicionários, o sentido de “despojar, desapossar alguém de alguma coisa; destituir, tolher, fraudar”. Privação voluntária consiste, porém, em renúncia consciente a bens, favores, gozos, facilidades ou direitos a que se tem acesso ou posse natural e legítima.</p>
<p align="justify">2. A verdadeira privação voluntária é a que se dá em benefício do próximo, quer para auxiliá-lo materialmente ou espiritualmente. Há grande mérito quando os sofrimentos e as privações objetivam o bem do próximo, porquanto a caridade feita com sacrifício é sempre mais meritória.</p>
<p align="justify">3. A privação voluntária deve ter, porém, limites. Recomenda a doutrina espírita que, no que diz respeito à existência terrena, é preciso que nos contentemos com as provas que Deus nos envia, sem lhes aumentar o volume, que já é, por vezes, tão pesado. Aceitá-las sem queixumes e com fé, eis o que o Criador exige de nós.</p>
<p align="justify">4. O homem não deve enfraquecer o corpo com privações inúteis e macerações sem objetivos, porque necessitamos de todas as nossas forças para cumprir a missão que devemos desempenhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o corpo físico é contravir a lei de Deus, que nos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio.<br/> São inúteis as privações ascéticas de certos religiosos</p>
<p align="justify">5. Há privações voluntárias que são meritórias ao progresso individual. É o caso, por exemplo, do indivíduo que se priva dos prazeres do mundo para auxiliar o próximo. Pelo seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência e seus talentos, ele reúne recursos com que concretiza seus generosos propósitos.</p>
<p align="justify">6. Essas privações são meritórias porque implica privar-se de gozos inúteis, desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é, sem dúvida, resistir à tentação que arrasta o indivíduo aos excessos, ao gozo de coisas inúteis. E mais ainda o é tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de um simulacro, evidentemente será uma irrisão.</p>
<p align="justify">7. Os ensinos espíritas nos mostram que são inúteis as privações ascéticas que se observam em alguns religiosos. Com relação a elas, os imortais nos dizem: “Procurai saber a quem elas aproveitam e tereis a resposta. Se somente servem para quem as pratica e o impedem de fazer o bem, é egoísmo, seja qual for o pretexto com que entendem de colori-la. Privar a si mesmo e trabalhar para os outros, tal a verdadeira mortificação, segundo a caridade cristã”. (O Livro dos Espíritos, item 721.)</p>
<p align="justify">8. Muitas pessoas, quando passam a apreender um certo conhecimento espiritual, começam a abster-se de certos alimentos, principalmente a carne, por compreenderem que a ingestão de vísceras animais constitui comportamento contrário à lei da Natureza.<br/> Alimentar-se de carne é um equívoco lastimável</p>
<p align="justify">9. Tratando desse tema, disseram os imortais, na questão 723 d’ O Livro dos Espíritos: “Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização”.</p>
<p align="justify">10. Emmanuel, contudo, nos alerta: “A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos”. (O Consolador, pergunta 129.)</p>
<p align="justify">11. O Instrutor Alexandre reporta-se ao assunto no livro Missionários da Luz, psicografado por Chico Xavier, em que lembra que nós os terráqueos, a pretexto de buscar recursos proteicos, exterminamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugamos os tecidos musculares, roemos os ossos e, não contentes em matar os pobres seres que nos pedem roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem à Obra do Pai, dilatamos os requintes da exploração milenária e infligimos a muitos deles determinadas moléstias para que nos sirvam melhor ao paladar. O suíno comum é enclausurado em regime de ceva, para adquirir banhas doentias e abundantes. Gansos são postos nas engordadeiras para que hipertrofiem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes famosos. Em nada nos dói o quadro comovente das vacas-mães levadas ao matadouro, para que nossas panelas transpirem agradavelmente, esquecidos de que tempos virão para a Humanidade terrestre em que o estábulo, como o lar, será também sagrado e que em todos os setores da Criação nosso Pai colocou os superiores e os inferiores para o trabalho de evolução, através da colaboração e do amor, da administração e da obediência. (Missionários da Luz, cap. 4, págs. 41 e 42.)<br/> A carne não é mais hoje indispensável à vida</p>
<p align="justify">12. Não existe contradição entre a resposta consignada por Kardec e as lições de Emmanuel e Alexandre, porque entre Kardec e os dias atuais já se passaram mais de cem anos. Na época da Codificação, certamente não foi possível aos Espíritos Superiores dar outra resposta senão aquela. Há que considerar, também, o grau de evolução da Humanidade de hoje e o nível evolutivo da sociedade do Século XIX.</p>
<p align="justify">13. À medida que o homem progride moral e intelectualmente, passa a ter horror ao sacrifício dos animais, mesmo para a sua alimentação. A descoberta de novas técnicas de produção e o aprimoramento das existentes culminam por fazerem desaparecer, gradativamente, os matadouros e frigoríficos.</p>
<p align="justify">14. Hoje em dia os recursos alimentares, com o aperfeiçoamento da agricultura e da indústria, são inumeráveis. Nas viagens espaciais, por exemplo, os astronautas alimentam-se de substâncias condensadas em forma de cápsulas, que possuem todos os nutrientes necessários à sobrevivência.</p>
<p align="justify">15. Com a soja é possível substituir, com vantagens, inúmeros produtos de origem animal, como o leite, o queijo e mesmo a carne, o que indica que esta não apresenta mais o caráter de produto indispensável à subsistência humana, como certamente o era à época de Kardec.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p align="justify">1. Como podemos conceituar privação? E em que consiste a privação voluntária? R.: A palavra privação tem, segundo os dicionários, o sentido de “despojar, desapossar alguém de alguma coisa; destituir, tolher, fraudar”. Privação voluntária consiste em renúncia consciente a bens, favores, gozos, facilidades ou direitos a que se tem acesso ou posse natural e legítima, mas a verdadeira privação voluntária é a que se dá em benefício do próximo, para auxiliá-lo materialmente ou espiritualmente.</p>
<p align="justify">2. A privação voluntária deve ter limites? R.: Sim. A privação voluntária deve ter limites. Recomenda a doutrina espírita que, no que diz respeito à existência terrena, é preciso que nos contentemos com as provas que Deus nos envia, sem lhes aumentar o volume, que já é, por vezes, tão pesado. Aceitá-las sem queixumes e com fé, eis o que o Criador exige de nós. O homem não deve enfraquecer o corpo com privações inúteis e macerações sem objetivos, porque necessitamos de todas as nossas forças para cumprir a missão que devemos desempenhar na Terra. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio.</p>
<p align="justify">3. Quais privações voluntárias são mais meritórias? R.: As privações voluntárias mais meritórias são as que o indivíduo experimenta, privando-se dos prazeres do mundo, para auxiliar o próximo. Essas privações são meritórias porque, ao privar-se de gozos inúteis, o homem se desprende da matéria e eleva sua alma. É meritório resistir à tentação que arrasta o indivíduo aos excessos, ao gozo de coisas inúteis, e mais ainda o é tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante.</p>
<p align="justify">4. Alimentar-se de carne é para o homem da atualidade uma prática correta ou um equívoco? R.: Segundo Emmanuel e Alexandre, trata-se de um equívoco, muito embora encontremos na questão 723 d’ O Livro dos Espíritos o seguinte ensinamento: “Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização”.<br/> 5. A carne é indispensável à subsistência humana? R.: Hoje em dia, graças aos avanços científicos, é possível substituir, com vantagens, inúmeros produtos de origem animal, como o leite, o queijo e mesmo a carne, o que indica que esta não apresenta mais o carácter de produto indispensável à subsistência humana, como certamente o era à época de Kardec.</p>
<p align="justify">Bibliografia:<br/> O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 720 a 723. O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 5, item 26. O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 13, item 6. O Consolador, de Emmanuel, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, pergunta 129.</p>
<p align="justify">Missionários da Luz, de André Luiz, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, cap. 4.</p>O necessário e o supérfluotag:adulmigos.ning.com,2015-03-31:3625305:BlogPost:4133472015-03-31T19:30:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 48 - 23 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O necessário e o supérfluo</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 48 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 48 - 23 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O necessário e o supérfluo</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 48 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p align="justify">Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p align="justify">1. Ao estabelecer para o homem a necessidade de viver, Deus concedeu-lhe também os meios para suprir essa necessidade?</p>
<p align="justify">2. A superfície da Terra é suficiente para assegurar a alimentação dos mais de 6 biliões de criaturas que aqui vivem? E se a população terrena continuar a crescer, haverá alimentos para todos?</p>
<p align="justify">3. Existe um limite entre o necessário e o supérfluo?</p>
<p align="justify">4. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem ou isto não tem qualquer importância?</p>
<p align="justify">5. O que é realmente necessário ao ser humano? E o que lhe é supérfluo?</p>
<p>Texto para leitura<br/> Só o necessário é útil; o supérfluo nunca o é</p>
<p align="justify">1. Todos temos que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Eis por que, como já vimos anteriormente, Deus nos deu a necessidade de viver, porquanto a vida é essencial ao aperfeiçoamento dos seres.</p>
<p align="justify">2. Ao lado da necessidade de viver, Deus concedeu-nos também os meios para suprir essa necessidade, razão pela qual faz com que a Terra produza o suficiente para proporcionar o necessário aos que a habitam, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.</p>
<p align="justify">3. Em suas experiências evolutivas, os homens passam, no entanto, por privações e situações difíceis, em que lhes falta até mesmo o essencial à sobrevivência. Mas essa situação extrema geralmente ocorre por pura imprevidência das pessoas.</p>
<p align="justify">4. A Terra, ensinam os Espíritos superiores, produziria sempre o necessário, se o homem soubesse contentar-se com o necessário. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é porque ele emprega no supérfluo recursos que poderiam ser aplicados na obtenção do necessário.<br/> Imprevidente não é a Natureza, mas o homem</p>
<p align="justify">5. O árabe que vive no deserto, lembram os instrutores espirituais, encontra sempre uma maneira de viver naquele ambiente inóspito porque não cria para si necessidades fictícias. Ora, desperdiçando a metade dos recursos na satisfação de fantasias, que motivos tem o homem para se espantar de nada encontrar nos dias de penúria? Então, imprevidente não é a Natureza, mas o ser humano, que não sabe, em muitas ocasiões, regrar o seu viver.</p>
<p align="justify">6. Se é certo que a civilização multiplica as necessidades do indivíduo, também é certo que multiplica as fontes de trabalho e os meios de viver. A desgraça provém, para muitos, do fato de haverem enveredado por uma senda diferente da que a Natureza lhes traçou.</p>
<p align="justify">7. Há para todos lugar ao Sol, com a condição de que cada pessoa ocupe o seu e não o lugar dos outros. A Natureza não pode ser responsabilizada pelos defeitos da organização social nem pelas conseqüências da ambição e do amor-próprio.</p>
<p align="justify">8. Vários são os meios empregados pelo homem para preservar ou ampliar o seu bem-estar. Nesse sentido o progresso da Humanidade tem sido notável. Graças aos louváveis esforços que a filantropia e a ciência, juntas, têm feito para melhorar a condição material dos homens e mal-grado o crescimento incessante da população da Terra, a insuficiência da produção se acha atenuada, e os anos às vezes calamitosos do presente não se podem, de modo algum, comparar com os de outrora.<br/> O gosto pelo supérfluo prejudica o indivíduo</p>
<p align="justify">9. Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo, porque a Civilização criou necessidades que o selvagem desconhece. Tudo é, pois, relativo, cabendo à razão regrar as coisas.</p>
<p align="justify">10. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem. Os desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha nele preponderância sobre sua natureza espiritual. Ademais, o atrativo dos bens materiais funciona também como prova para o Espírito que passa pela experiência reencarnatória.</p>
<p align="justify">11. Para bem se conduzir na esfera carnal, o homem precisa conhecer o limite entre o necessário e o supérfluo. Há pessoas que requerem seguidas experiências e grande esforço para adquirir esse conhecimento. Outras o têm por intuição, resultado das conquistas efetivadas em vidas pregressas.</p>
<p align="justify">12. O que é preciso entender, a tal respeito, é que o limite entre o necessário e o supérfluo não é exato nem absoluto, mas, sim, relativo às condições de vida proporcionadas pelos avanços da Civilização, que criam novas necessidades.<br/> Os artigos de luxo não são necessários, mas supérfluos</p>
<p align="justify">13. Pode-se dizer, contudo, que são essenciais ao homem todos os bens de relevância para a sua sobrevivência, para que desfrutem de relativo conforto e possam participar da vivência social.</p>
<p align="justify">14. São supérfluos todos os bens que servem a outras finalidades, tais como o luxo e a satisfação do orgulho, bem como os que, acumulados e improdutivos nas mãos de poucos, fazem falta a muitos.</p>
<p align="justify">15. Cabe aos indivíduos e às instituições governamentais ou privadas desenvolver esforços no sentido de estender a todos, sem exceção, os benefícios decorrentes da melhoria do padrão de vida humano, originados dos progressos da Civilização, de modo a atenuar as desigualdades sociais.</p>
<p align="justify">16. Para garantir o cumprimento dessa tarefa, assegurando o bem-estar a todas as pessoas, são necessários investimentos nos setores de saúde, alimentação, habitação, acesso aos meios de comunicação e, em especial, educação, compreendida esta em seu sentido mais amplo de formação intelectual, social, moral e espiritual do ser.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p align="justify">1. Ao estabelecer para o homem a necessidade de viver, Deus concedeu-lhe também os meios para suprir essa necessidade? R.: Sim. Deus concedeu ao homem os meios para suprir suas necessidades, razão pela qual faz com que a Terra produza o suficiente para proporcionar o necessário aos que a habitam, porque só o necessário é útil; o supérfluo nunca o é.</p>
<p align="justify">2. A superfície da Terra é suficiente para assegurar a alimentação dos mais de 6 biliões de criaturas que aqui vivem? E se a população terrena continuar a crescer, haverá alimentos para todos? R.: Em suas experiências evolutivas, os homens passam por privações e situações difíceis, em que lhes falta até mesmo o essencial à sobrevivência. Mas essa situação extrema geralmente ocorre por pura imprevidência das pessoas. A Terra, ensinam os Espíritos superiores, produzirá sempre o necessário se o homem souber contentar-se com o necessário. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é porque ele emprega no supérfluo recursos que poderiam ser aplicados na obtenção do necessário.</p>
<p align="justify">3. Existe um limite entre o necessário e o supérfluo? R.: Nada tem de absoluto o limite entre o necessário e o supérfluo, porque a Civilização criou necessidades que o selvagem desconhece. Tudo é, pois, relativo, cabendo à razão regrar as coisas.</p>
<p align="justify">4. O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem ou isto não tem qualquer importância? R.: O gosto pelo supérfluo é prejudicial ao homem e os desregramentos que provoca fazem com que a natureza animal tenha nele preponderância sobre sua natureza espiritual. Ademais, o atrativo dos bens materiais funciona como prova para o Espírito que passa pela experiência reencarnatória.</p>
<p align="justify">5. O que é realmente necessário ao ser humano? E o que lhe é supérfluo? R.: Como foi dito, o limite entre o necessário e o supérfluo não é exato nem absoluto, mas sim relativo às condições de vida proporcionadas pelos avanços da Civilização, que criam novas necessidades. Pode-se, porém, dizer que são essenciais ao homem todos os bens de relevância para a sua sobrevivência, para que desfrutem de relativo conforto e possam participar da vivência social. E supérfluos todos os bens que servem a outras finalidades, tais como o luxo e a satisfação do orgulho, bem como os que, acumulados e improdutivos nas mãos de poucos, fazem falta a muitos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 703, 704, 705, 707 e 717.</p>Instinto e meios de conservaçãotag:adulmigos.ning.com,2015-03-25:3625305:BlogPost:4121632015-03-25T19:28:44.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 47 - 16 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Instinto e meios de conservação</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 47 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 47 - 16 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Instinto e meios de conservação</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 47 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua origem?</p>
<p>2. Que diferença fundamental existe entre instinto e inteligência?</p>
<p>3. Realizam os homens algum ato que seja puramente instintivo?</p>
<p>4. Em que consiste o instinto de conservação?</p>
<p>5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto de conservação?</p>
<p>Texto para leitura<br/> No animal os instintos manifestam-se plenamente</p>
<p>1. Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente.</p>
<p>2. Essas ações reflexas incorporaram-se, assim, ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem por meio de atos espontâneos e involuntários que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para a sua espécie.</p>
<p>3. Podemos identificar esses atos no movimento da planta que se volta na direção dos raios solares, na arte com que a aranha tece sua teia para capturar os insetos de que se nutre, ou no ato de sucção com que o bebê se alimenta.</p>
<p>4. Esses atos inconscientes são, pois, o resultado do mecanismo coordenado e cada vez mais complexo das ações reflexas, a que chamamos instintos. No vegetal, a estruturação desse mecanismo está em seus primórdios, no animal manifesta-se plenamente, no homem sofre a ação da inteligência, que lhe altera e aperfeiçoa as manifestações.<br/> No homem certos atos são instintivos, mas não todos</p>
<p>5. Podemos desse modo traçar uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência. O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão nem combinação ou premeditação.</p>
<p>6. É assim que a planta procura o ar, volta-se para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente... É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou os prejudica, e buscam, conforme a estação, os climas mais propícios.</p>
<p>7. No homem, só no começo da vida o instinto domina com exclusividade. É por instinto que a criança faz seus primeiros movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades, imita o som da voz, tenta falar e andar.</p>
<p>8. No adulto mesmo, certos atos são instintivos, tais como o movimento espontâneo para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo, o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar etc.</p>
<p>9. A inteligência revela-se por atos voluntários, premeditados, combinados, de conformidade com a ocasião e as circunstâncias.<br/> O instinto de conservação é uma lei da Natureza</p>
<p>10. Resumindo, podemos concluir: Todo ato maquinal é instintivo; todo ato que denota reflexão, combinação, deliberação é inteligente. Um é livre, o outro não o é.</p>
<p>11. Um dos mais perfeitos atos instintivos é o ato de viver. O instinto de conservação é uma lei da Natureza e, por isso, todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de seu nível evolutivo. Nuns, ele é puramente maquinal; em outros, é raciocinado.</p>
<p>12. O instinto de conservação foi outorgado por Deus às suas criaturas porque todos têm que concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Eis por que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce ainda que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Estes o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.</p>
<p>13. O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o bem.</p>
<p>14. O instinto de conservação constitui-se, pois, em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua origem? R.: Em suas primeiras manifestações no plano físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente. Essas ações reflexas incorporaram-se ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no homem por meio de atos espontâneos e involuntários que têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para a sua espécie. É a esse conjunto de atos inconscientes que chamamos instinto.</p>
<p>2. Que diferença fundamental existe entre instinto e inteligência? R.: Há uma demarcação bem nítida entre instinto e inteligência. O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão nem combinação ou premeditação. A inteligência revela-se por atos voluntários, premeditados, combinados, de conformidade com a ocasião e as circunstâncias.</p>
<p>3. Realizam os homens algum ato que seja puramente instintivo? R.: Sim. É por instinto que a criança faz seus primeiros movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades, imita o som da voz, tenta falar e andar. No indivíduo adulto certos atos continuam igualmente instintivos, tais como o movimento espontâneo para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo, o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar etc.</p>
<p>4. Em que consiste o instinto de conservação? R.: O instinto de conservação advém de uma lei da Natureza e foi outorgado por Deus às suas criaturas porque todos têm de concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Como a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres, Deus lhes deu a necessidade de viver e eles o sentem instintivamente, de onde resulta essa busca da sobrevivência, que é inerente a todas as criaturas.</p>
<p>5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto de conservação? R.: O despertar da necessidade de viver tem por finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de crescimento para o bem. O instinto de conservação constitui-se, pois, em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo evolutivo dos seres da criação.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 702 e 703.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, cap. III, itens 11 e 12.</p>Os flagelos destruidores e as guerrastag:adulmigos.ning.com,2015-03-25:3625305:BlogPost:4122412015-03-25T19:00:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 46 - 9 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Os flagelos destruidores e as guerras</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 46 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 46 - 9 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Os flagelos destruidores e as guerras</p>
<p align="justify">Apresentamos nesta edição o tema no 46 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p align="justify">Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Fundamentalmente considerada, que é a dor?</p>
<p>2. A lei do carma, ou lei de causa e efeito, atinge somente os indivíduos?</p>
<p>3. Como podemos explicar, ante a bondade de Deus, a existência dos flagelos naturais?</p>
<p>4. Podem ocorrer flagelos aos quais o homem nada pode opor, senão a sua submissão?</p>
<p>5. Por que Deus permite que ocorram as guerras?</p>
<p>Texto para leitura<br/> A dor é uma lei de equilíbrio e educação</p>
<p align="justify">1. Tudo o que vive neste mundo – a natureza, os animais e os homens – sofre e, todavia, o amor é a lei do Universo e foi por amor que Deus formou os seres. Esse fato estabelece uma contradição, aparentemente horrível, que já perturbou muitos pensadores e os levou à dúvida e ao pessimismo.</p>
<p align="justify">2. O animal está sujeito à luta ardente pela vida. Entre as ervas do prado, as folhas e a ramaria dos bosques, nos ares, no seio das águas, por toda a parte desenrolam-se dramas ignorados.</p>
<p align="justify">3. Quanto à Humanidade, sua história não é mais que um longo martirológio. Através dos tempos, por cima dos séculos, rola a triste melopéia dos sofrimentos humanos. A dor segue-nos os passos, espreita-nos em todas as voltas do caminho, e, diante desta esfinge que o fita com seu olhar estranho, o homem faz a eterna pergunta: Por que existe a dor?</p>
<p align="justify">4. Fundamentalmente considerada, ensina Léon Denis, “a dor é uma lei de equilíbrio e educação”. Neste sentido, os flagelos destruidores são permitidos por Deus para que a Humanidade possa “progredir mais depressa”. A palavra “flagelo” tem sido, aliás, interpretada geralmente como algo prejudicial, quando, na realidade, representa o meio pelo qual as transformações necessárias ao progresso humano se realizam mais rapidamente.<br/> A Lei do Carma atinge pessoas e coletividades</p>
<p align="justify">5. Evidentemente, existem outros processos menos rigorosos para levar os homens ao progresso, e Deus os emprega todos os dias, visto que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não aproveita esses meios, o que torna necessário seja castigado no seu orgulho e levado a sentir sua própria fraqueza.</p>
<p align="justify">6. Com o abatimento do orgulho, a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação é assinalada por uma crise, que é para o género humano o que são, para as pessoas, as crises de crescimento. Essas crises tornam-se muitas vezes penosas, dolorosas, mas são sempre seguidas de uma fase de grande progresso material e moral.</p>
<p align="justify">7. Quando os flagelos naturais – os cataclismos, as enchentes, a fome generalizada, as epidemias, as pragas que assolam as plantações, a seca, os terremotos, os ciclones, os maremotos e as erupções vulcânicas – se abatem sobre a Humanidade, muitos se revoltam contra Deus e perdem, desse modo, oportunidades valiosas de compreensão do significado de tais acontecimentos.</p>
<p align="justify">8. Ignora o homem que a Lei do Carma ou de Causa e Efeito exerce sua influência inelutável sobre as pessoas, individualmente consideradas, e sobre os grupos sociais. Assim, quando uma família, uma nação ou determinada raça busca algo que lhe traga maiores satisfações, esforça-se por melhorar suas condições de vida ou adota medidas que visem a acelerar seu desenvolvimento, sem prejudicar ou fazer mal a outrem, estará contribuindo para a evolução da Humanidade, e isto é bom. Ela receberá, então, novas e mais amplas oportunidades de trabalho e progresso, que conduzem os elementos que a constituem a níveis cada vez mais elevados.<br/> Muitos flagelos são fruto apenas da imprevidência do homem</p>
<p align="justify">9. Se, porém, procede ao contrário, sofrerá, mais cedo ou mais tarde, a perda de tudo o que adquiriu injustamente, em circunstâncias mais ou menos trágicas e aflitivas, conforme o grau de malícia e crueldade que tenha caracterizado as suas ações. É assim que, mais tarde, em outras existências planetárias, são chamadas a expiações coletivas ou individuais, sob a forma de flagelos destruidores.</p>
<p align="justify">10. Cabe assinalar também que muitos flagelos resultam tão-somente da imprevidência do homem, que os vai conjurando à medida que adquire conhecimento e experiência. Há, no entanto, entre os males que afligem a Humanidade alguns de caráter geral, previstos nos decretos da Providência, dos quais cada pessoa recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus.</p>
<p align="justify">11. Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, devem ser colocadas a peste, a fome, as inundações e as intempéries fatais à produção agrícola. Enfrentando tais flagelos, o homem é impulsionado pela necessidade a buscar soluções para libertar-se do mal que o ataca. É por isso que a dor se torna um processo, um meio de equilíbrio e educação, como vimos anteriormente.</p>
<p align="justify">12. Até mesmo as guerras, que nada mais representam do que a “predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual”, acabam gerando a liberdade e o progresso da Humanidade. Essa é, aliás, a causa pela qual Deus permite que haja guerras e todas as suas funestas consequências, porque o homem, ao contato com a dor, se liberta, por um lado, do seu passado de erros e, por outro, burila as tendências más que ainda o fazem manter-se moralmente atrasado. Parece que um mundo diferente nasce sobre os escombros causados pela violência dos conflitos.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p align="justify">1. Fundamentalmente considerada, que é a dor? R.: Diz Léon Denis que “a dor é uma lei de equilíbrio e educação”. Os flagelos, as doenças e tudo isso que provoca sofrimento no mundo em que vivemos representam meios pelos quais as transformações necessárias ao progresso humano se realizam mais rapidamente.</p>
<p align="justify">2. A lei do carma, ou lei de causa e efeito, atinge somente os indivíduos? R.: Não. A lei de causa e efeito atinge também os grupos sociais e as coletividades.</p>
<p align="justify">3. Como podemos explicar, ante a bondade de Deus, a existência dos flagelos naturais? R.: Muitos flagelos resultam tão-somente da imprevidência do homem, que os vai conjurando à medida que adquire conhecimento e experiência. Mas existem, entre os males que afligem a Humanidade, alguns de caráter geral, previstos nos decretos da Providência, dos quais cada pessoa recebe, mais ou menos, o contragolpe, visto que sua ocorrência é um processo, um meio de equilíbrio e educação, uma necessidade do desenvolvimento espiritual.</p>
<p align="justify">4. Podem ocorrer flagelos aos quais o homem nada pode opor, senão a sua submissão? R.: Sim. Há flagelos que a ciência é capaz apenas de prever mas não pode evitar, diante dos quais o habitante da Terra é absolutamente impotente.</p>
<p align="justify">5. Por que Deus permite que ocorram as guerras? R.: Muito embora as guerras nada mais representem do que a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual, Deus permite que ocorram visto que o homem, ao contato com a dor e suas funestas consequências, liberta-se do seu passado de erros e burila as tendências más que ainda o fazem manter-se moralmente atrasado. O fato concreto é que um mundo diferente parece nascer sobre os escombros causados pelos conflitos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 737 a 744.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, cap. XVIII, item 9.</p>
<p>O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, págs. 371 e 372.</p>
<p>Páginas de Espiritismo Cristão, de Rodolfo Calligaris, págs. 47 a 50.</p>Destruição necessária e destruição abusivatag:adulmigos.ning.com,2015-03-20:3625305:BlogPost:4116412015-03-20T18:43:30.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 45 - 2 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Destruição necessária e<br></br> destruição abusiva</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 45 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 45 - 2 de Março de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Destruição necessária e<br/> destruição abusiva</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 45 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Por que motivo o Criador estabeleceu a necessidade de os seres vivos mutuamente se destruírem?</p>
<p>2. Quais são os outros dois motivos?</p>
<p>3. A luta pela própria sobrevivência ajuda de que modo o ser inteligente?</p>
<p>4. O uso de alimentação carnívora pelo homem está de acordo com as leis de Deus?</p>
<p>5. Em que situações o homem é escusado de responsabilidade na destruição de outros seres?</p>
<p>Texto para leitura<br/> A destruição atinge os corpos, mas não afeta os Espíritos</p>
<p>1. A destruição recíproca do seres vivos é, dentre as leis da Natureza, uma das que menos parecem conciliar-se com a bondade de Deus. Por que o Criador estabeleceu a necessidade de eles mutuamente se destruírem para se alimentarem uns à custa dos outros?</p>
<p>2. Para aquele que enxerga apenas a matéria, que limita sua visão à vida presente, isto parece, sem dúvida, uma imperfeição na obra divina. É que, em geral, os homens julgam a perfeição de Deus pelo seu ponto de vista; sua própria opinião é a medida da sua sabedoria; pensam, assim, que Deus não poderia fazer melhor do que eles próprios o fazem.</p>
<p>3. Como sua vista curta não lhes permite julgar o conjunto, não entendem que de um mal aparente pode resultar um bem real. O conhecimento do princípio espiritual e da grande lei de unidade, que constitui a harmonia da Criação, é o único que pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial e a harmonia onde não via, antes, senão uma anomalia e uma contradição.</p>
<p>4. A primeira utilidade que decorre dessa destruição – utilidade de natureza puramente física – é esta: os corpos orgânicos não se mantêm senão por meio de matérias orgânicas, que são as únicas que contêm os elementos nutritivos necessários à sua transformação. Como os corpos – instrumentos da ação do princípio inteligente – têm necessidade de ser incessantemente renovados, a Providência os faz servir para a sua manutenção mútua. É por isso que o corpo se nutre do corpo, mas o Espírito não é destruído nem alterado; apenas se despoja do seu envoltório.<br/> A luta pela sobrevivência desenvolve o ser espiritual</p>
<p>5. Outra utilidade decorrente da lei de destruição é a necessidade que tem o ser espiritual de desenvolver-se. A luta é necessária a esse desenvolvimento, porque na luta ele exercita suas faculdades. O ser que ataca em busca do alimento e o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e inteligência, aumentando por conseguinte suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe, mas, em realidade, que foi que o mais forte ou mais destro tirou ao outro? A veste de carne, nada mais. Ulteriormente, o ser espiritual – que jamais morre – tomará outra.</p>
<p>6. Nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, a luta tem por móvel unicamente a satisfação de uma necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas necessidades é a de alimentar-se, para assegurar a própria sobrevivência. Eles lutam, pois, unicamente para viver, ou seja, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum móvel mais elevado os estimula. É nesse período que a alma se elabora e se ensaia para a vida.</p>
<p>7. Uma terceira utilidade da lei de destruição é que, ao se destruírem uns aos outros, pela necessidade de alimentar-se, os seres infra-humanos mantêm o equilíbrio na reprodução, impedindo-a de tornar-se excessiva e contribuindo, além disso, com seus despojos, para uma infinidade de aplicações úteis à Humanidade.<br/> Toda destruição abusiva é uma violação da lei de Deus</p>
<p>8. Examinando a questão apenas do ponto de vista do comportamento do homem, aprendemos com a Doutrina Espírita que a matança de animais, bárbara sem dúvida, foi, ainda é e será por algum tempo necessária na Terra; contudo, à medida que os terrícolas se depuram, sobrepondo o espírito à matéria, o uso de alimentação carnívora passa a ser cada vez menor, até desaparecer definitivamente, como já se verifica nos mundos mais adiantados que o nosso.</p>
<p>9. A necessidade de destruição guarda proporção com o estado mais ou menos material dos mundos. E cessa quando o físico e o moral se acham mais depurados. Muito diversas são, pois, as condições de existência nos mundos mais adiantados que a Terra.</p>
<p>10. Conforme os ensinos espíritas, o homem só é escusado de responsabilidade nessa destruição na medida em que a faça para prover ao seu sustento ou garantir sua segurança. Fora disso, quando, por exemplo, se empenha em caçadas pelo simples prazer de matar, terá que prestar contas a Deus pelos abusos que cometa, os quais revelam inegavelmente a predominância dos maus instintos.</p>
<p>11. Toda destruição – ensina o Espiritismo – que excede os limites da necessidade constitui uma violação da lei de Deus e será, por esse motivo, severamente punida.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Por que motivo o Criador estabeleceu a necessidade de os seres vivos mutuamente se destruírem? R.: São três os motivos. O primeiro: Os corpos orgânicos não se mantêm senão por meio de matérias orgânicas, que são as únicas que contêm os elementos nutritivos necessários à sua transformação. Como os corpos – instrumentos da ação do princípio inteligente – têm necessidade de serem incessantemente renovados, a Providência os faz servir para a sua manutenção mútua. É por isso que o corpo se nutre do corpo, mas o Espírito não é destruído nem alterado; apenas se despoja do seu envoltório.</p>
<p>2. Quais são os outros dois motivos? R.: O desenvolvimento do ser inteligente e a manutenção do equilíbrio das espécies.</p>
<p>3. A luta pela própria sobrevivência ajuda de que modo o ser inteligente? R.: Essa luta é necessária ao seu desenvolvimento porque na luta ele exercita suas faculdades. O ser que ataca em busca do alimento e o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e inteligência, aumentando por conseguinte suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe, mas, em realidade, que foi que o mais forte ou mais destro tirou ao outro? A veste de carne, nada mais. Ulteriormente, o ser espiritual – que jamais morre – tomará outra.</p>
<p>4. O uso de alimentação carnívora pelo homem está de acordo com as leis de Deus? R.: Segundo a Doutrina Espírita, a matança de animais foi, é e será por algum tempo necessária na Terra; contudo, à medida que os terrícolas se depuram, sobrepondo o espírito à matéria, o uso de alimentação carnívora passa a ser cada vez menor, até desaparecer definitivamente, como já se verifica nos mundos mais adiantados que o nosso.</p>
<p>5. Em que situações o homem é escusado de responsabilidade na destruição de outros seres? R.: Conforme os ensinamentos espíritas, o homem só é escusado de responsabilidade nessa destruição na medida em que a faça para prover ao seu sustento ou garantir sua segurança. Fora disso, quando, por exemplo, se empenha em caçadas pelo simples prazer de matar, terá que prestar contas a Deus pelos abusos que cometa, os quais revelam inegavelmente a predominância dos maus instintos. Toda destruição que excede os limites da necessidade constitui uma violação da lei de Deus e será, por esse motivo, severamente punida.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 728, 730 e 735.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, itens 20, 23 e 24.</p>
<p>O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, itens 2 a 4.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 91 e 92.</p>Limite do trabalho e repousotag:adulmigos.ning.com,2015-03-20:3625305:BlogPost:4117632015-03-20T18:42:03.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 44 - 24 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Limite do trabalho e repouso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 44 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 44 - 24 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Limite do trabalho e repouso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 44 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Qual deve ser o limite do trabalho?</p>
<p>2. O repouso faz parte das leis naturais que regem a vida?</p>
<p>3. Que objetivo teve o Decálogo ao estabelecer em seus mandamentos a santificação do sábado?</p>
<p>4. Jesus parecia às vezes não dar valor a essa prescrição do Decálogo. Por que o Mestre agia assim?</p>
<p>5. Na visão do Cristo, como devemos encarar esse mandamento?</p>
<p>Texto para leitura<br/> O trabalho é fator indispensável ao progresso</p>
<p>1. O trabalho é toda ocupação útil e, fazendo parte das leis que regem a vida, é fator indispensável ao progresso das criaturas e da comunidade em que vivemos.</p>
<p>2. Ele se apresenta ao homem como meio de elevação e como expiação de que necessitamos para resgatar os abusos e os erros cometidos no passado. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância primitiva. Dotado por Deus dos inapreciáveis recursos da inteligência, mesmo os indivíduos fracos de forças físicas podem granjear progresso e respeito e adquirir independência econômica, valor social e consideração, além de contribuir poderosamente para o progresso de todos.<br/> 3. Do trabalho mecânico, rotineiro, primitivo e simples até à automação verificou-se no mundo um progresso notável que permite ao homem abandonar as tarefas rudimentares, confiadas agora a máquinas e instrumentos que ele mesmo aperfeiçoou, o que lhe concede tempo para a genialidade criativa e a multiplicação das atividades em níveis cada vez mais elevados. 4. Apesar de tudo isso, a lei natural fixou um limite ao trabalho, que é, segundo os ensinamentos espíritas, o limite das nossas forças, fato que deixa claro que, sendo fonte de equilíbrio físico e moral, o trabalho deve ser exercido por tanto tempo quanto nos mantenhamos válidos. É que o avançar da idade debilita o corpo físico e mesmo as faculdades intelectuais, embora a história registre casos de homens em idade avançada que muito contribuíram para o mundo em que vivemos, como Benjamim Franklin, que aos 81 anos colaborou na elaboração da Constituição americana; Miguel Ângelo, que aos 89 anos de idade ainda produzia obras de rara beleza, e marechal Cândido Rondon, que aos 92 anos ainda trabalhava intensamente nas matas do Brasil. O sábado é tido pelo Decálogo como um dia especial 5. Todo aquele que trabalha tem direito ao repouso, para refazimento de suas forças e manutenção do seu ritmo de produtividade. O repouso nada mais é que um prêmio pelos esforços despendidos, do mesmo modo que o amparo e a assistência devidos ao homem nos dias de sua velhice, quando diminuem suas forças físicas, seu poder criativo e sua agilidade na execução das tarefas. 6. Objetivando o cumprimento do terceiro mandamento do Decálogo (“Lembrai-vos de santificar o dia de sábado”), Moisés recomendou a seu povo a santificação do sábado, não só no sentido restrito do termo, mas num sentido mais amplo, em que era clara sua preocupação em proteger a saúde dos escravos, dos estrangeiros e até mesmo dos animais de serviço. 7. “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro”, prescrevem as ordenações mosaicas constantes do livro de Êxodo, cap. 20, versículos 9 e 10. 8. O sábado era visto, pois, pelo condutor dos hebreus, como um dia especial da semana onde a ninguém era permitida qualquer atividade, motivo principal da implicância que os fariseus tinham para com Jesus, que, conforme narram os evangelistas, parecia não ter dado a esse mandamento nenhuma importância. O homem não foi feito para o sábado, disse Jesus</p>
<p>9. Se o Mestre afirmara que não viera destruir a lei e os profetas, mas dar-lhes cumprimento, por que, então, agia assim? A resposta é simples. Jesus, em verdade, não revogou nem desprezou quaisquer dos mandamentos que compõem o Decálogo, mas desejava que os homens compreendessem o verdadeiro sentido deles, sem se apegarem, como era comum entre os fariseus, à letra da lei e ao seu formalismo.</p>
<p>10. “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”, esclareceu o Senhor, segundo as anotações de Marcos, cap. 3, versículos 1 a 6. Sua instituição representava uma medida útil, porque se destinava a proteger o corpo físico do esgotamento resultante do excesso de trabalho, mas o homem era ainda mais importante.<br/> 11. É indispensável que reservemos um dia para o descanso do corpo, após uma semana de trabalho, mas devemos consagrá-lo de modo especial a Deus, santificando-o mais do que os demais dias, com a prática de obras que atestem o nosso amor pelo próximo e por nosso Pai Celestial. 12. Foi com esse propósito que Jesus, em dia de sábado, alimentou, pregou e curou a obsessão que uma mulher trazia “havia dezoito anos” e a mão ressequida de um homem, entre tantos benefícios realizados, mostrando que todo dia é dia para a prática do bem, sem exceção de nenhum deles. Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Qual deve ser o limite do trabalho? R.: É o limite das nossas forças, fato que deixa claro que, sendo fonte de equilíbrio físico e moral, o trabalho deve ser exercido por tanto tempo quanto nos mantenhamos válidos.</p>
<p>2. O repouso faz parte das leis naturais que regem a vida? R.: Sim. Todo aquele que trabalha tem direito ao repouso, para refazimento de suas forças e manutenção do seu ritmo de produtividade. O repouso nada mais é que um prêmio pelos esforços despendidos, do mesmo modo que o amparo e a assistência devidos ao homem nos dias de sua velhice, quando diminuem suas forças físicas, seu poder criativo e sua agilidade na execução das tarefas.</p>
<p>3. Que objetivo teve o Decálogo ao estabelecer em seus mandamentos a santificação do sábado? R.: Além da santificação do sábado, no sentido restrito do termo, há nesse mandamento um sentido mais amplo, em que é clara a preocupação em proteger a saúde dos escravos, dos estrangeiros e até mesmo dos animais de serviço, uma medida inexistente entre os povos mais antigos.</p>
<p>4. Jesus parecia às vezes não dar valor a essa prescrição do Decálogo. Por que o Mestre agia assim? R.: Jesus, em verdade, não revogou nem desprezou quaisquer dos mandamentos que compõem o Decálogo, mas desejava que os homens compreendessem o verdadeiro sentido deles, sem se apegarem, como era comum entre os fariseus, à letra da lei e ao seu formalismo. “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado”, esclareceu o Senhor. Sua instituição representava uma medida útil, porque se destinava a proteger o corpo físico do esgotamento resultante do excesso de trabalho, mas o homem era ainda mais importante.</p>
<p>5. Na visão do Cristo, como devemos encarar esse mandamento? R.: Segundo Jesus, é indispensável que reservemos um dia para o descanso do corpo, após uma semana de trabalho, mas devemos consagrá-lo de modo especial a Deus, santificando-o mais do que os demais dias, com a prática de obras que atestem nosso amor pelo próximo e por nosso Pai Celestial. Foi com esse propósito que ele, em pleno dia de sábado, alimentou, pregou e curou a obsessão que uma mulher trazia “havia dezoito anos” e a mão ressequida de um homem, entre tantos benefícios realizados, mostrando que todo dia é dia para a prática do bem, sem exceção de nenhum deles.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 682 e 683.</p>
<p>Elucidações Evangélicas, de Antônio Luiz Sayão, págs. 152, 273 e 274.</p>
<p>Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, págs. 91, 93 e 94.</p>
<p>A Bíblia Sagrada, Êxodo, 20:9 e 10.</p>
<p>Novo Testamento, Marcos, 2:27; Marcos, 3:1 a 6; Lucas, 13:11 a 17.</p>Necessidade do trabalhotag:adulmigos.ning.com,2015-03-20:3625305:BlogPost:4117622015-03-20T18:40:10.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Necessidade do trabalho</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 43 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 43 - 17 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Necessidade do trabalho</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 43 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final da lição.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho?</p>
<p>2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação?</p>
<p>3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal?</p>
<p>4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores?</p>
<p>5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê?<br/> Texto para leitura</p>
<p>O trabalho objetiva o desenvolvimento das pessoas</p>
<p>1. Genericamente, o vocábulo trabalho pode ser definido como: “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”. O trabalho é toda ocupação útil e integra o rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.</p>
<p>2. O trabalho não se restringe, no entanto, somente aos esforços de ordem física e material, pois abrange a atividade intelectual que objetiva as manifestações da Cultura, do Conhecimento, da Arte e da Ciência.</p>
<p>3. Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual.</p>
<p>4. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora. Utilizando-se do primeiro recurso, conquista simpatia e respeito, gratidão e amizade. Pela autodoação consegue superar-se, revelando-se instrumento da Misericórdia Divina na construção da felicidade de todos.<br/> O momento perigoso para o homem é o do ócio</p>
<p>5. Sem o trabalho, dizem os Espíritos Superiores, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. É por isso que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao homem fraco de corpo Deus outorgou, em compensação, a inteligência, cuja utilização constitui também trabalho.</p>
<p>6. O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto permite a conquista de valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.</p>
<p>7. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.</p>
<p>8. Nos mundos mais evoluídos, assim como nos planetas inferiores à Terra, a natureza do trabalho não é idêntica à do trabalho desenvolvido pelos homens em nosso orbe, porque a natureza do trabalho está em relação com a natureza das necessidades.<br/> O progresso do homem depende apenas dele mesmo</p>
<p>9. Quanto menos materiais são as necessidades humanas, menos material é o trabalho. Mas não se deduza disso que em meio dessa natureza o homem se conserve inativo e inútil, porque a ociosidade seria um suplício em vez de ser um benefício.</p>
<p>10. Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.</p>
<p>11. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diferentes das da vida na Terra. Entretanto, não se pense que os mundos felizes sejam orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial com nenhum de seus filhos.<br/> 12. Como os Espíritos podem, sem qualquer exceção, ascender às mais altas categorias da evolução, cumpre-lhes tão-somente conquistá-las por seu trabalho e alcançá-las em tempo maior ou menor, de acordo com o esforço aplicado nesse objetivo, cientes de que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.<br/>
Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Como o Espiritismo conceitua o trabalho? R.: O trabalho é toda ocupação útil e faz parte do rol das leis morais estabelecidas pelo Criador para reger a vida de suas criaturas. É por meio dele que o homem forja o próprio progresso, desenvolve as possibilidades do meio ambiente em que se situa e amplia os recursos de preservação da vida.</p>
<p>2. Que diferença existe, do ponto de vista dos resultados, entre o trabalho remunerado e o chamado trabalho–abnegação? R.: Mediante o trabalho remunerado o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria as condições de conforto. Através do trabalho–abnegação, do qual não decorre pagamento nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo e cresce no sentido moral e espiritual. Pelo primeiro processo – o trabalho remunerado – ele se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente; pelo segundo, ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora.</p>
<p>3. Qual é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal? R.: Sem nenhuma dúvida, é o trabalho. O momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera. Na ociosidade surge e cresce o mal. Na dor e na tarefa fulguram a luz da oração e a chama da fé.</p>
<p>4. Qual é a natureza do trabalho nos mundos primitivos e inferiores? R.: Nos mundos primitivos os habitantes são mais rudimentares. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e invenções, passam a vida na conquista de alimentos, o que exige de cada um grande dispêndio de energias.</p>
<p>5. A ascensão dos Espíritos às mais altas categorias da evolução depende de quê? R.: Depende de seu trabalho e do esforço aplicado nesse propósito. É por isso que existem Espíritos que, em razão de sua indolência, permanecem inativos por séculos e séculos no lodaçal da Humanidade.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 674 a 678.</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 3, itens 8, 9 e 12.</p>
<p>Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, págs. 91, 95 e 96.</p>
<p>Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 31 e 32.</p>Vida em família e laços de parentescotag:adulmigos.ning.com,2015-02-26:3625305:BlogPost:4091742015-02-26T19:09:10.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 42 - 10 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Vida em família e laços<br></br> de parentesco</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 42 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 42 - 10 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Vida em família e laços<br/> de parentesco</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 42 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Que significa para nós, humanos, a família?</p>
<p>2. Quem são as pessoas que se encarnam numa mesma família?</p>
<p>3. Quantas espécies de família existem?</p>
<p>4. Quais as características dos verdadeiros laços de família?</p>
<p>5. Que diz o Espiritismo acerca das famílias unidas somente pelos laços corporais?</p>
<p>Texto para leitura <br/> A família é abençoada escola de educação moral</p>
<p>1. A vida familiar deve merecer a mais ampla atenção de todo homem integrado na unidade social denominada família. Esta palavra – família – pode ser compreendida num sentido mais restrito, em que se consideram apenas os familiares consangüíneos, como num sentido mais amplo, em que se levam em conta também os grupamentos de Espíritos afins, quer intelectualmente, quer moralmente.</p>
<p>2. A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se idéias, transformam-se mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes.</p>
<p>3. A família é, pois, o mais prodigioso educandário do progresso humano. Sua importância não se mede apenas como uma fonte geratriz de seres racionais, mas como oficina de onde se projetam os homens de bem, os sábios, os benfeitores em geral.</p>
<p>4. A família é mais do que um resultante genético. São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas, as árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.<br/> O corpo procede do corpo, mas a alma não procede da alma</p>
<p>5. Quando a família periclita, por essa ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um passo do malogro. A vida em família, para que atinja suas finalidades maiores, deve ser vivenciada dentro dos padrões de moralidade, compreensão e solidariedade, porque sua finalidade precípua consiste em estreitar os laços sociais, ensejando-nos o melhor modo de aprendermos a amar-nos como irmãos. Por isso, a vida em família é, talvez, de todas as associações, a mais importante em virtude da sua função educadora e regenerativa.</p>
<p>6. Existem duas espécies de família e, em conseqüência, duas categorias de laços de parentesco: as que procedem da consangüinidade e as que procedem das ligações espirituais.</p>
<p>7. Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este já existia antes da formação do corpo que o serve. Não é o pai que cria o Espírito de seu filho. Ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, porém, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.</p>
<p>8. Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena.<br/> As famílias espirituais são duráveis e se perpetuam</p>
<p>9. Pode, contudo, acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros os Espíritos que se encarnam numa mesma família, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores que se traduzem, na vida terrena, por mútuo antagonismo, que lhes serve de provação.</p>
<p>10. É fácil entender que não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família, mas sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.</p>
<p>11. As famílias unidas por laços espirituais são duráveis, fortalecem-se pela purificação dos Espíritos, e se perpetuam no mundo espiritual, através das várias migrações da alma.</p>
<p>12. As famílias unidas apenas por laços corporais são frágeis como a matéria, extinguem-se com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na atual existência.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Que significa para nós, humanos, a família? R.: A família é abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante onde se lapidam caracteres, laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam-se aspirações, refinam-se idéias, transformam-se mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração de misteres edificantes. A família é, pois, o mais prodigioso educandário do progresso humano.</p>
<p>2. Quem são as pessoas que se encarnam numa mesma família? R.: Os que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são as mais das vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas pode acontecer que sejam completamente estranhos uns aos outros os Espíritos que aí se encarnam, afastados entre si por antipatias anteriores que se traduzem, na vida terrena, por mútuo antagonismo, fato que lhes serve de provação.</p>
<p>3. Quantas espécies de família existem? R.: Existem duas espécies de família e, em conseqüência, duas categorias de laços de parentesco: as que procedem da consangüinidade e as que procedem das ligações espirituais.</p>
<p>4. Quais as características dos verdadeiros laços de família? R.: Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família, mas sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.</p>
<p>5. Que diz o Espiritismo acerca das famílias unidas somente pelos laços corporais? R.: As famílias unidas apenas por laços corporais são frágeis como a matéria, extinguem-se com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente já na atual existência.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 774.</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 14, item 8.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 115.</p>
<p>Vida e Sexo, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág. 13.</p>
<p>Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 176.</p>
<p>Após a Tempestade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág.</p>Vida de isolamento e voto de silênciotag:adulmigos.ning.com,2015-02-26:3625305:BlogPost:4094172015-02-26T19:07:47.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 41 - 3 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Vida de isolamento<br></br> e voto de silêncio</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 41 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 41 - 3 de Fevereiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Vida de isolamento<br/> e voto de silêncio</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 41 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. A vida de isolamento contraria as leis naturais? Por quê?</p>
<p>2. Quais as principais conseqüências da insociabilidade?</p>
<p>3. Por que o convívio social é importante para os seres humanos?</p>
<p>4. Que diz a doutrina espírita sobre o voto de silêncio?</p>
<p>5. Como deve viver o cristão no mundo que habitamos?</p>
<p>Texto para leitura <br/> O insulamento é incompatível com o progresso</p>
<p>1. A criatura humana, pela sua estrutura ético-psicológica, é dotada por Deus de sentimentos e emoções que a obrigam e a impelem para a vida social. Deus fez o homem para viver em sociedade e para isto outorgou-lhe o atributo da palavra, que é o veículo da comunicação entre os encarnados.</p>
<p>2. Sendo por excelência um ser gregário, um animal social, como há séculos já apregoava a filosofia aristotélica, o homem não pode viver isoladamente.</p>
<p>3. A vida solitária por opção revela sempre uma fuga inconcebível, porque somente indica infração às leis divinas do trabalho e do amor. O insulamento é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações humanos.</p>
<p>4. Como o homem não é dotado inicialmente de auto-suficiência, condição conseguida pelo trabalho e pelo progresso, ele é dependente de seu semelhante. As faculdades humanas não estão desenvolvidas no mesmo grau e, por isso, como lembra Deolindo Amorim, “há necessidade de viverem uns pelos outros e para os outros, tendo como ponto convergente o bem comum”.<br/> Sem o contato social o Espírito se embrutece</p>
<p>5. O insulamento, como já vimos anteriormente, é contrário à lei da Natureza, isso porque pelo próprio instinto o homem busca a vida comunitária de modo a concorrer para o progresso, mediante o auxílio recíproco. A solidão torna o homem improdutivo e inútil para os seus semelhantes e isto “não pode agradar a Deus”.</p>
<p>6. A insociabilidade, ao gerar a solidão, atenta contra o próprio instinto de conservação e perpetuação da espécie, entrava o progresso e, dessa forma, embrutece e enfraquece o homem que a ela se devota ou se agarra como fuga.</p>
<p>7. Os cultores da vida reclusa se enfraquecem pela improdutividade e pela estagnação quanto às aquisições dos tesouros da sabedoria e da experiência. Tal atitude revela uma forma de egoísmo e, por isso, só merece reprovação, à luz dos ensinamentos espíritas.</p>
<p>8. Como observa Rodolfo Calligaris, não há “como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte do nosso Espírito seria o embrutecimento e a estiolação”. <br/> O voto de silêncio não passa de uma tolice</p>
<p>9. O voto de silêncio adotado por alguns religiosos nada edifica porquanto impede a comunicação entre os indivíduos, o que, em última análise, como sustentam os Espíritos Superiores, “é uma tolice”. A palavra é uma faculdade natural concedida por Deus ao homem, para facultar-lhe ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso. Se Deus quisesse silenciar as suas criaturas pensantes, não lhes teria conferido esse dinâmico atributo .</p>
<p>10. Devemos considerar, no entanto, que há ocasiões em que o silêncio faz-se necessário, como os momentos de recolhimento espiritual, em que o Espírito, mais livre, entra em contacto com o seu Criador e com seus enviados. Fora disto, a vida contemplativa é inteiramente improdutiva e não existem motivos que a justifiquem.</p>
<p>11. Neste sentido, um Espírito Protetor adverte (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 17, item 10):</p>
<p>“Não julgueis que exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar. Sois chamados a estar em contacto com Espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu”.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. A vida de isolamento contraria as leis naturais? Por quê? R.: Sim. Sendo por excelência um ser gregário, um animal social, como há séculos já apregoava a filosofia aristotélica, o homem não pode viver isoladamente. A vida solitária por opção revela sempre uma fuga inconcebível, porque indica infração às leis divinas do trabalho e do amor. O insulamento é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações humanos.</p>
<p>2. Quais as principais conseqüências da insociabilidade? R.: A solidão torna o homem improdutivo e inútil para os seus semelhantes e isto “não pode agradar a Deus”. A insociabilidade, ao gerar a solidão, atenta contra o próprio instinto de conservação e perpetuação da espécie, entrava o progresso e, dessa forma, embrutece e enfraquece o homem que a ela se devota ou se agarra como fuga. Os cultores da vida reclusa se enfraquecem pela improdutividade e pela estagnação quanto às aquisições dos tesouros da sabedoria e da experiência. Tal atitude revela uma forma de egoísmo e, por isso, só merece reprovação, à luz dos ensinamentos espíritas.</p>
<p>3. Por que o convívio social é importante para os seres humanos? R.: Valendo-nos das palavras de Rodolfo Calligaris, não há “como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte do nosso Espírito seria o embrutecimento e a estiolação”.</p>
<p>4. Que diz a doutrina espírita sobre o voto de silêncio? R.: O voto de silêncio adotado por alguns religiosos nada edifica porquanto impede a comunicação entre os indivíduos, o que, em última análise, como sustentam os Espíritos Superiores, “é uma tolice”. A palavra é uma faculdade natural concedida por Deus ao homem, para facultar-lhe ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso. Se Deus quisesse silenciar as suas criaturas pensantes, não lhes teria conferido esse dinâmico atributo. Obviamente, há ocasiões em que o silêncio se faz necessário, como os momentos de recolhimento espiritual, em que o Espírito, mais livre, entra em contacto com o seu Criador e com seus enviados. Fora disto, a vida contemplativa é inteiramente improdutiva e não existem motivos que a justifiquem.</p>
<p>5. Como deve viver o cristão no mundo que habitamos? R.: Eis o que, a respeito desta questão, propõe um Benfeitor espiritual: “Não julgueis que exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar. Sois chamados a estar em contacto com Espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 17, item 10).</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 766, 769 e 772.</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 17, item 10.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 107.</p>
<p>Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 91.</p>Necessidade da vida socialtag:adulmigos.ning.com,2015-02-26:3625305:BlogPost:4095132015-02-26T19:05:50.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 40 - 27 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Necessidade da vida social</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 40 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais</p>
<p>Ano 1 - N° 40 - 27 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Necessidade da vida social</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 40 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Por que é necessário ao homem viver em sociedade?</p>
<p>2. O isolamento do homem, com o objetivo de crescer espiritualmente, é atitude correta?</p>
<p>3. Quais as principais características de uma vivência cristã legítima?</p>
<p>4. Que pensar dos que se afastam do bulício citadino, para se dedicarem ao socorro dos desgraçados?</p>
<p>5. Tendo por modelo o exemplo de Jesus, que desceu das Regiões Felizes ao vale das aflições para nos ajudar, como devem agir no mundo os que se dizem cristãos?</p>
<p>Texto para leitura <br/> Deus não fez a ninguém perfeito, mas perfectível</p>
<p>1. “O homem é um animal social”, já o disse, com acerto, famoso pensador da Antiguidade, querendo com isso asseverar que o ser humano foi criado para conviver com os seus semelhantes. A sociabilidade é instintiva e obedece a um imperativo da lei do progresso que rege a Humanidade, a que o homem não se pode esquivar, sem prejudicar-se, pois é por meio do relacionamento com os semelhantes que ele desenvolve as suas potencialidades.</p>
<p>2. O insulamento priva o homem das relações sociais que lhe garantem o progresso. A razão disso é que Deus, em seus sábios desígnios, não nos fez perfeitos, mas perfectíveis. Por isso, para atingirmos a perfeição a que estamos destinados, precisamos todos uns dos outros, pois não há como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, na permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte do nosso Espírito seria o embrutecimento e a estagnação.</p>
<p>3. Como o fim supremo da sociedade é a promoção do bem-estar e da felicidade de todos os que a compõem, para que isso seja alcançado há necessidade de que cada um de nós observe certas regras de procedimento ditadas pela justiça e pela moral, abstendo-se de tudo que as possa destruir.<br/> O insulamento do homem é uma violência à lei natural</p>
<p>4. Homem nenhum possui faculdades completas. Com a união social elas se completam umas às outras. É essa a principal causa que determina que os homens, necessitando uns dos outros, vivam em sociedade e não insulados.</p>
<p>5. Em que pese o fato de ser o homem, inquestionavelmente, um ser gregário, houve quem pretendesse isolá-lo do mundo com o pensamento de que, assim fazendo, poderia ele melhor servir a Deus. Esse isolamento constitui, no entanto, uma violência à lei natural e se caracteriza por uma fuga injustificável às responsabilidades do dia-a-dia.</p>
<p>6. A vivência cristã implica um clima de convivência social em regime de fraternidade, em que todos se ajudam e se socorrem, dirimindo dificuldades e problemas. Viver o Cristo é conviver com o próximo, aceitando-o tal qual é, com seus defeitos e imperfeições, sem a pretensão de corrigi-lo. O verdadeiro cristão inspira seu semelhante com bondade para que ele mesmo desperte e mude de conduta de moto próprio.</p>
<p>7. Isolar-se a pretexto de crescer espiritualmente não passa, pois, de uma experiência em que o egoísmo predomina, porque afasta o indivíduo da luta que forja heróis e constrói os santos da abnegação e da caridade.. Segundo o Espiritismo, tal procedimento só merece reprovação, visto que não pode agradar a Deus uma vida pela qual o homem deliberadamente se condena a não ser útil a ninguém.<br/> Os que se isolam para ajudar o próximo têm duplo mérito</p>
<p>8. Já aqueles que se afastam do bulício citadino, buscando no retiro a tranqüilidade reclamada por certas ocupações, como os que se recolhem a determinadas instituições fechadas para se dedicarem, amorosamente, ao socorro dos desgraçados, embora afastados da convivência social eles prestam, obviamente, excelentes serviços à sociedade e adquirem duplo mérito, porque têm a seu favor, além da renúncia às satisfações mundanas, a prática das leis do trabalho e da caridade cristã.</p>
<p>9. Lembra-nos Joanna de Ângelis que, ao descer das Regiões Felizes ao vale das aflições, para nos ajudar, Jesus mostrou-nos como devem agir os que se dizem cristãos. O Mestre não convocou a si os privilegiados, mas os infelizes, os rebeldes, os rejeitados, suportando suas mazelas e, mesmo assim, os amando.</p>
<p>10. Evocando o exemplo do Cristo, a mentora de Divaldo P. Franco recomenda (Leis Morais da Vida, cap. 31):</p>
<p>“Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a convivência com os irmãos mais inditosos que tu mesmo.</p>
<p>Sê-lhes a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha.</p>
<p>Nada esperes dos outros.</p>
<p>Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende.</p>
<p>Se eles te enganam ou te traem, se te censuram ou te exigem o que te não dão, ama-os mais, sofre-os mais, porquanto são mais carecentes de socorro e amor do que supões.</p>
<p>Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los companheiros, terás logrado êxito, porquanto Jesus em teu coração estará sempre refletido no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na direção de Deus.”</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Por que é necessário ao homem viver em sociedade? R.: “O homem é um animal social”, já o disse, com acerto, famoso pensador da Antiguidade, querendo com isso asseverar que o ser humano foi criado para conviver com seus semelhantes. A sociabilidade é instintiva e obedece a um imperativo da lei do progresso que rege a Humanidade, a que o homem não se pode esquivar sem prejudicar-se, pois é por meio do relacionamento com os semelhantes que ele desenvolve as suas potencialidades.</p>
<p>2. O isolamento do homem, com o objetivo de crescer espiritualmente, é atitude correta? R.: Não. Em que pese o fato de ser o homem, inquestionavelmente, um ser gregário, houve quem pretendesse isolá-lo do mundo com o pensamento de que, assim fazendo, poderia ele melhor servir a Deus. Esse isolamento constitui, no entanto, uma violência à lei natural e se caracteriza por uma fuga injustificável às responsabilidades do dia-a-dia. Isolar-se a pretexto de crescer espiritualmente não passa de uma experiência em que o egoísmo predomina, porque afasta o indivíduo da luta que forja heróis e constrói os santos da abnegação e da caridade.</p>
<p>3. Quais as principais características de uma vivência cristã legítima? R.: A vivência cristã implica um clima de convivência social em regime de fraternidade, em que todos se ajudam e se socorrem, dirimindo dificuldades e problemas. Viver o Cristo é conviver com o próximo, aceitando-o tal qual é, com seus defeitos e imperfeições, sem a pretensão de corrigi-lo. O verdadeiro cristão inspira seu semelhante com bondade para que ele mesmo desperte e mude de conduta de moto próprio.</p>
<p>4. Que pensar dos que se afastam do bulício citadino, para se dedicarem ao socorro dos desgraçados? R.: Os que se afastam do bulício citadino, buscando no retiro a tranqüilidade reclamada por certas ocupações, como os que se recolhem a determinadas instituições fechadas para se dedicarem, amorosamente, ao socorro dos desgraçados, prestam, obviamente, excelentes serviços à sociedade e adquirem duplo mérito, porque têm a seu favor, além da renúncia às satisfações mundanas, a prática das leis do trabalho e da caridade cristã.</p>
<p>5. Tendo por modelo o exemplo de Jesus, que desceu das Regiões Felizes ao vale das aflições para nos ajudar, como devem agir no mundo os que se dizem cristãos? R.: Lembra-nos Joanna de Ângelis que, ao descer das Regiões Felizes ao vale das aflições, para nos ajudar, Jesus mostrou-nos como devem agir os que se dizem cristãos. O Mestre não convocou a si os privilegiados, mas os infelizes, os rebeldes, os rejeitados, suportando suas mazelas e, mesmo assim, amando-os. Evocando o exemplo do Cristo, a mentora de Divaldo P. Franco recomenda: “Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a convivência com os irmãos mais inditosos que tu mesmo. Sê-lhes a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha. Nada esperes dos outros. Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende. Se eles te enganam ou te traem, se te censuram ou te exigem o que te não dão, ama-os mais, sofre-os mais, porquanto são mais carecentes de socorro e amor do que supões. Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los companheiros, terás logrado êxito, porquanto Jesus em teu coração estará sempre refletido no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na direção de Deus.”</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 766 e 768.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 107 e 108.Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, cap. 31.</p>Influência do Espiritismo no progressotag:adulmigos.ning.com,2015-02-04:3625305:BlogPost:4042682015-02-04T07:59:57.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 39 - 20 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Influência do Espiritismo<br></br> no progresso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 39 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 39 - 20 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Influência do Espiritismo<br/> no progresso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 39 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus?</p>
<p>2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo?</p>
<p>3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade?</p>
<p>4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem?</p>
<p>5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles?</p>
<p>Texto para leitura <br/> A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo</p>
<p>1. A primeira revelação personificada em Moisés, como a segunda em Jesus, foram produtos de um ensino individual e localizado, isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a idéia se propagou pouco a pouco, mas foram precisos muitos séculos para que atingissem as extremidades do mundo, sem mesmo o invadirem inteiramente.</p>
<p>2. A terceira revelação, que é o Espiritismo, tem isto de particular: não estando personificada em um só indivíduo, surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes, que se tornaram centros ou focos de irradiação.</p>
<p>3. Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os círculos formados por uma multidão de pedras lançadas na água, de tal sorte que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo. Essa circunstância lhe dá força excepcional e irresistível poder de ação.</p>
<p>4. Se a ferirem num indivíduo, não poderão feri-la nos Espíritos, que são a fonte donde ela promana. Ora, como os Espíritos estão em toda a parte e existirão sempre, se conseguissem sufocá-la em todo o globo, ela reapareceria pouco tempo depois, porque repousa sobre um fato da natureza e não se podem suprimir as leis da Natureza. Eis aí uma verdade de que se devem persuadir os que sonham com o aniquilamento do Espiritismo.<br/> O progresso da Humanidade é lento, mas constante</p>
<p>5. No tocante ao futuro do Espiritismo, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o seu triunfo, a despeito dos obstáculos que lhe criam. Ele, sem dúvida, se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas. Fácil é aos Espíritos fazer essa previsão. Primeiro, porque a sua propagação é obra pessoal deles mesmos. Concorrendo para o movimento, ou o dirigindo, eles sabem o que é preciso fazer. Segundo, porque vêem, ao longo do caminho, os poderosos auxiliares que Deus lhes suscita e que não tardarão a manifestar-se.</p>
<p>6. A doutrina ensinada por Moisés, incompleta, ficou circunscrita ao povo judeu. A de Jesus, mais completa, espalhou-se por toda a Terra, mas não converteu a todos. O Espiritismo, ainda mais completo, com raízes em todas as crenças, converterá a Humanidade às suas idéias: a imortalidade, a reencarnação, o progresso, a lei de causa e efeito, as relações entre os homens e os Espíritos, o valor da caridade etc.</p>
<p>7. O progresso da Humanidade é, sem dúvida, muito lento, mas constante e ininterrupto.</p>
<p>8. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão prenúncio de nova etapa ascensional. O que o conduz sempre para a frente são as novas idéias, que, via de regra, são trazidas à Terra por missionários incumbidos de lhe ativarem a marcha.<br/> A resistência às novas idéias parece um mal, mas não o é</p>
<p>9. Como a Natureza não dá saltos, qualquer princípio mais avançado que fuja aos padrões culturais estabelecidos só ao cabo de várias gerações logra ser aceito e assimilado pelos que seguem na retaguarda.</p>
<p>10. A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas, em verdade, é um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.</p>
<p>11. O Espiritismo é um desses movimentos e se destina não apenas a abrir um campo diferente de pesquisas à Ciência, mas, principalmente, a marcar uma nova era na História da Humanidade, pela profunda revolução que provoca em seus pensamentos e em seus ideais, impulsionando-a para a sublimação espiritual, pela vivência do Evangelho.<br/> Nem Jesus convenceu com seus prodígios todas as pessoas</p>
<p>12. Talvez alguém pergunte: Se o Espiritismo está fadado a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles e nas informações acerca do que nos espera no outro lado da vida?</p>
<p>13. Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Conseguiu o Cristo convencer os seus contemporâneos com os prodígios que realizou?</p>
<p>14. Há indivíduos que negam os fatos mais patentes ocorridos às suas vistas e existem muitos que afirmam que não acreditariam nas manifestações dos Espíritos, mesmo que os vissem. Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Qual é, em verdade, a fonte donde promana a terceira revelação da lei de Deus? R.: A terceira revelação não está personificada em um só indivíduo, pois surgiu espontaneamente em milhares de pontos diferentes. Os Espíritos superiores são, portanto, a fonte donde ela promana.</p>
<p>2. Que dizem os Espíritos superiores a respeito do futuro do Espiritismo? R.: A despeito dos obstáculos que lhe criam, os Espíritos têm sido unânimes em afirmar o triunfo do Espiritismo, que se tornará uma crença geral em todo o globo, o que não significa dizer que todos os homens serão espíritas.</p>
<p>3. Além de sua lentidão, que outras características podemos apontar no progresso da Humanidade? R.: O progresso da Humanidade é, como sabemos, muito lento, mas constante e ininterrupto. Ainda quando pareça estar regredindo, o que se verifica em certos períodos, esse recuo não é senão o prenúncio de nova etapa ascensional.</p>
<p>4. A conhecida resistência que a sociedade apresenta ante as idéias novas é um mal ou é um bem? R.: A resistência às concepções modernas, sejam elas políticas, sociais ou religiosas, parece um mal, mas é, em verdade, um bem, porque funciona como um processo de seleção natural, fazendo com que as idéias destituídas de real valor desapareçam e caiam no esquecimento, para só vingarem as que devem contribuir, efetivamente, para o aprimoramento das instituições.</p>
<p>5. Se o Espiritismo está fadado realmente a exercer grande influência no adiantamento dos povos, por que os Espíritos não desencadeiam uma onda de manifestações ostensivas, patentes, de modo que todos, até mesmo os materialistas e os ateus, sejam forçados a crer neles? R.: Os Espíritos já responderam a pergunta semelhante, afirmando que pedir isso é querer que ocorram milagres. Ora, Deus os espalha a mancheias e, no entanto, há homens que ainda O negam. Nem Jesus Cristo conseguiu convencer seus contemporâneos com os prodígios que realizou. Assim, não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, o Pai lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão, paulatinamente, gradativamente, sem nenhuma preocupação de atropelar o rumo natural das coisas.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 789 a 802.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, cap. I, itens 46 e 47; cap. XVI, item 11; cap. XVII, item 40.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 132 e 133.</p>A marcha do progressotag:adulmigos.ning.com,2015-02-04:3625305:BlogPost:4044682015-02-04T07:55:46.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 37 - 6 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A marcha do progresso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 37 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 37 - 6 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A marcha do progresso</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 37 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Quantos tipos de progresso existem?</p>
<p>2. Um indivíduo muito inteligente pode ser mau?</p>
<p>3. O que, segundo o Espiritismo, pode assegurar aos homens a felicidade na Terra?</p>
<p>4. Quais são os maiores obstáculos à marcha do progresso moral?</p>
<p>5. Quais são as asas que levarão o homem à perfeição?</p>
<p>Texto para leitura <br/> Há dois tipos de progresso: o intelectual e o moral</p>
<p>1. O progresso pode ser comparado ao amanhecer. Mesmo demorando aparentemente culmina por lograr êxito. A ignorância, travestida pela força e iludida pela falsa cultura, não poucas vezes se há levantado, objetivando criar embaraços ao desenvolvimento dos homens e dos povos.</p>
<p>2. Mas inevitavelmente o progresso chega, altera a face e a constituição do que encontra pela frente e desdobra recursos, fomentando a beleza, a tranqüilidade e o conforto. Essa é a marcha do progresso, que erguerá, inexoravelmente, o homem do solo das imperfeições, em que ainda se detém, para a sua gloriosa destinação: a perfeição.</p>
<p>3. Há dois tipos de progresso: o intelectual e o moral. O homem desenvolve-se por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Os mais adiantados auxiliam então o progresso dos outros, por meio do contato social.<br/> Um indivíduo muito inteligente pode ser mau</p>
<p>4. O progresso moral nem sempre acompanha o progresso intelectual. Geralmente, os indivíduos e os povos adquirem maior progresso científico e só depois, e apenas lentamente, se moralizam.</p>
<p>5. Com o aumento do discernimento entre o bem e o mal, pelo desenvolvimento do livre-arbítrio, cresce no ser humano a noção de responsabilidade no pensar, no falar e no agir. É que o desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.</p>
<p>6. O desenvolvimento intelectual não implica, pois, a necessidade do bem. Uma pessoa dotada de grande inteligência pode ser má. É o que ocorre com aqueles que têm vivido muito sem se melhorar: apenas sabem. É por isso que encontramos entre nações tecnicamente adiantadas tantas injustiças; falta-lhes a moralização dos seus integrantes.</p>
<p>7. Um fato indiscutível, ensina o Espiritismo, é que somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as más paixões e fazendo com que entre os homens reinem a concórdia, a paz e a fraternidade.<br/> Orgulho e egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso</p>
<p>8. No Século 20 houve grandes avanços nos diversos campos do conhecimento, mas o progresso moral se acha ainda muito aquém do progresso intelectual a que chegou a Humanidade, daí porque prevalece em nossos dias uma ciência sem consciência, em que não poucas criaturas se valem de suas aquisições culturais apenas para a prática do mal.</p>
<p>9. Cedo ou tarde, porém, os resultados do mau uso do livre-arbítrio e da inteligência recairão sobre os homens, em obediência à lei de causa e efeito; então, trabalhados pela dor, eles ganharão experiências e entendimento para se equilibrarem e continuarem sua jornada evolutiva.</p>
<p>10. Os maiores obstáculos à marcha do progresso moral são, sem contestação, o orgulho e o egoísmo, enquanto o progresso intelectual se processa sempre.<br/> Amor e conhecimento são as asas que levam à perfeição</p>
<p>11. Há quem pense que o progresso intelectual contribua para a exacerbação do egoísmo e do orgulho, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender esforços e pesquisas que esclarecem o seu Espírito e dão impulso ao progresso material da Humanidade.</p>
<p>12. Curta é, porém, a duração desse estado de coisas, que muda à medida que o homem compreende melhor que existe uma felicidade maior e infinitamente mais duradoura, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona. Assim, do próprio mal acaba nascendo o bem, e o progresso moral culmina por suceder ao outro.</p>
<p>13. O amor e o conhecimento são as asas harmoniosas que levarão o homem à perfeição, uma meta que, apesar das paixões nefastas que ainda predominam em nossa natureza animal, será impossível de não ser alcançada, porque assim o quer o Criador.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Quantos tipos de progresso existem? R.: Dois, o progresso intelectual e o progresso moral, mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.</p>
<p>2. Um indivíduo muito inteligente pode ser mau? R.: Sim, porque o desenvolvimento intelectual não implica a necessidade do bem. Uma pessoa dotada de grande inteligência pode ser má. É o que ocorre com aqueles que têm vivido muito sem se melhorar; eles apenas sabem.</p>
<p>3. O que, segundo o Espiritismo, pode assegurar aos homens a felicidade na Terra? R.: O progresso moral é a única coisa que pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, ao refrear as más paixões e fazer com que entre os homens reinem a concórdia, a paz e a fraternidade.</p>
<p>4. Quais são os maiores obstáculos à marcha do progresso moral? R.: O orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso moral, porque deles derivam todos os males da Humanidade.</p>
<p>5. Quais são as asas que levarão o homem à perfeição? R.: O amor e o conhecimento são as asas harmoniosas que levarão o homem à perfeição, uma meta que, apesar das paixões nefastas que ainda predominam em nossa natureza animal, será um dia atingida por todos os Espíritos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 365, 751, 779, 780, 781, 782, 783, 784 e 785.</p>
<p>A Gênese, de Allan Kardec, item 19.</p>
<p>As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pág. 120.</p>
<p>As Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, item 37.</p>
<p>Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pág.79.</p>Marcha do progresso e civilizaçãotag:adulmigos.ning.com,2015-02-04:3625305:BlogPost:4042672015-02-04T07:30:00.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Marcha do progresso e civilização</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 38 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/> Ano 1 - N° 38 - 13 de Janeiro de 2008</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Marcha do progresso e civilização</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 38 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Como se processa o progresso da Humanidade?</p>
<p>2. De duas nações que hajam chegado ao ápice da escala social, qual é a mais civilizada?</p>
<p>3. Como, segundo o Espiritismo, podemos reconhecer se uma civilização é completa?</p>
<p>4. A que líder reconhecido pela História devemos o mais antigo conjunto de leis formulado na Terra?</p>
<p>5. Qual é na visão espírita o único meio capaz de reformar os homens e a sociedade?</p>
<p>Texto para leitura <br/> A marcha do progresso é sempre ascensional</p>
<p>1. O progresso, para ser legítimo, não pode prescindir da elevação moral dos homens, que se haure no Evangelho. As conquistas da inteligência, embora valiosas, sem a santificação dos sentimentos conduzem ao desvario e à destruição. Para serem autênticas, as aquisições humanas devem alicerçar-se nos valores éticos, sem os quais o conhecimento se converte em vapor tóxico que culmina por aniquilar quem o detém.</p>
<p>2. A Humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando estes preponderam em número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos em tempos surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão um impulso. Vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, em alguns anos, fazem-na adiantar de muitos séculos.</p>
<p>3. A marcha do progresso é sempre ascensional, quer no campo intelectual, quer no campo moral. Mas o fato de uma nação haver progredido cientificamente mais do que outra não significa que seja moralmente mais adiantada. Civilizar quer dizer progredir, mas esse progresso nem sempre é completo. Para se chegar a um estado de civilização completa, de Humanidade moralmente evoluída, muitas conquistas deverão ser realizadas, tanto no campo moral, quanto no intelectual.<br/> Uma civilização incompleta é um estado transitório</p>
<p>4. Há, pois, diferenças entre civilização completa e povos esclarecidos. Quando um povo sai do estado selvagem ou de barbárie e, por força do progresso, adquire novos conhecimentos, tem início o processo de civilização, mas essa civilização é ainda incompleta porque incompleto é seu progresso.</p>
<p>5. Uma civilização incompleta é um estado transitório, que gera males especiais, desconhecidos do homem no estado primitivo. Nem por isso, no entanto, constitui menos um progresso natural, necessário, que traz em si mesmo o remédio para os males que causa. À medida que a civilização se aperfeiçoa, faz cessar alguns dos males que gerou, males que desaparecem todos com o progresso moral.</p>
<p>6. Assim, de duas nações que hajam chegado ao ápice da escala social, somente pode considerar-se a mais civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência puder desenvolver-se com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, porque tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde, enfim, todo o homem de boa vontade esteja certo de não lhe faltar o necessário.<br/> Reconhece-se uma civilização completa pelo seu desenvolvimento moral</p>
<p>7. Ensina o Espiritismo (L.E., item 793) que podemos reconhecer se uma civilização é completa pelo seu desenvolvimento moral. Nenhuma sociedade tem verdadeiramente o direito de dizer-se civilizada senão quando dela houver banido os vícios que a desonram e quando ali as pessoas viverem como irmãos, praticando a caridade cristã. Até que isso seja alcançado, ela será apenas um conjunto de pessoas esclarecidas, que terão percorrido a primeira fase da civilização.</p>
<p>8. Deve-se a Hamurabi o mais antigo conjunto de leis conhecidas pela Humanidade, em que se revela uma visão de equidade avançada para a época, quando o poder predominava sobre o direito e a supremacia do vencedor sobre o vencido constituía regra geral.</p>
<p>9. Posteriormente, pela necessidade de estabelecerem códigos que pudessem reger seus integrantes, ora subordinados às diretrizes religiosas, ora aos impositivos éticos sobre que colocavam suas bases, as civilizações terrenas formaram seus estatutos de justiça e ordem.</p>
<p>10. Dentre os primeiros moralistas, da escola ingénua, aos grandes legisladores, ressaltam as figuras de Moisés, instrumento do Decálogo, e Jesus, o excelso paradigma do amor, os quais nos facultaram os códigos que fornecem ao ser humano um roteiro seguro em sua marcha na direção da perfeição.<br/> No futuro não haverá necessidade de leis tão rigorosas</p>
<p>11. Do Direito Romano aos modernos tratados, as fórmulas jurídicas têm evoluído e apresentado dispositivos e artigos cada vez mais concordes com o espírito de justiça do que com as ambições do comportamento individual e grupal.</p>
<p>12. A civilização criou necessidades novas para o homem, necessidades relativas à posição social que ele ocupa, e é preciso regular, por meio de leis humanas, os direitos e os deveres que daí decorrem. Quanto menos evoluída a sociedade, mais duras são as suas leis. Evidentemente, uma sociedade depravada precisa de leis severas, mas essas leis, infelizmente, mais se destinam a punir o mal do que a lhe secar a fonte.</p>
<p>13. Com a educação – único meio de reformar os homens – não haverá, no futuro, necessidade de leis tão rigorosas, porque o homem transformado será, não apenas o apoio dos mais fracos, mas o fiscal dos próprios atos.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Como se processa o progresso da Humanidade? R.: A Humanidade progride por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando estes preponderam em número, tomam a dianteira e arrastam os outros.</p>
<p>2. De duas nações que hajam chegado ao ápice da escala social, qual é a mais civilizada? R.: A mais civilizada, na legítima acepção do termo, é aquela onde exista menos egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência puder desenvolver-se com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, porque tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde, enfim, todo o homem de boa vontade esteja certo de não lhe faltar o necessário.</p>
<p>3. Como, segundo o Espiritismo, podemos reconhecer se uma civilização é completa? R.: Ensina o Espiritismo que podemos reconhecer se uma civilização é completa pelo seu desenvolvimento moral. Nenhuma sociedade tem verdadeiramente o direito de dizer-se civilizada senão quando dela houver banido os vícios que a desonram e quando ali as pessoas viverem como irmãos, praticando a caridade cristã.</p>
<p>4. A que líder reconhecido pela História devemos o mais antigo conjunto de leis formulado na Terra? R.: Hamurabi, o grande legislador que viveu numa época em que o poder predominava sobre o direito e a supremacia do vencedor sobre o vencido constituía regra geral.</p>
<p>5. Qual é na visão espírita o único meio capaz de reformar os homens e a sociedade? R.: Esse meio é a educação, que possibilitará a transformação dos homens, que então não precisarão mais de leis tão rigorosas, porque, uma vez transformado, o homem será não apenas o apoio dos mais fracos, mas o fiscal dos próprios atos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 789 a 797.</p>
<p>As Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, item 37.<br/> Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 87 e 88.</p>Conceito de evolução e de estado de naturezatag:adulmigos.ning.com,2014-12-22:3625305:BlogPost:3938812014-12-22T20:02:29.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 36 - 23 de Dezembro de 2007</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Conceito de evolução e<br></br> de estado de natureza</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 36 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 36 - 23 de Dezembro de 2007</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Conceito de evolução e<br/> de estado de natureza</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 36 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.</p>
<p>Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Que podemos entender pela expressão estado de natureza?</p>
<p>2. Como os Espíritos progridem?</p>
<p>3. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva?</p>
<p>4. Podemos dizer que o objetivo da evolução seja a felicidade terrestre?</p>
<p>5. Quem é o árbitro soberano de nosso destino?</p>
<p>Texto para leitura <br/> O estado de natureza é a infância da Humanidade</p>
<p>1. O homem desenvolve sua caminhada evolutiva a partir de um estado primitivo ou estado de natureza. O estado de natureza, ensina a Doutrina Espírita, é o estado de infância da Humanidade, o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral.</p>
<p>2. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do seu aperfeiçoamento, o Espírito não foi destinado a viver perpetuamente no estado de natureza, como não foi criado para viver eternamente na infância. Aquele estado é transitório, e os Espíritos dele saem em virtude do progresso e da civilização.</p>
<p>3. É preciso, portanto, que o ser humano se desenvolva intelectual e moralmente, e é através da lei do progresso que se regula a evolução de todos os seres e de todos os mundos que giram no Universo.</p>
<p>4. O Espírito, contudo, só se depura com o tempo, pelas experiências adquiridas que as vidas sucessivas lhe facultam. Tendo de progredir incessantemente, ele não pode volver ao estado de infância. É Deus que assim o quer. Pensar que possamos retrogradar à nossa primitiva condição equivaleria a negar a lei do progresso.<br/> A marcha dos Espíritos é progressiva</p>
<p>5. No estado de natureza o homem tem menos necessidades, sua vida é mais simples e menores são suas atribulações, pois se atém mais à sobrevivência e às necessidades fisiológicas. Há, porém, em todas as pessoas uma surda aspiração, uma energia íntima misteriosa que as encaminha para as alturas e as faz tender para destinos cada vez mais elevados, impelindo-as para o Belo e para o Bem.</p>
<p>6. É a lei do progresso, a evolução eterna, que guia a Humanidade através das idades e aguilhoa cada um de nós, visto que a Humanidade são as próprias almas que, de século em século, voltam à cena física para, com auxílio de novos corpos, preparar-se para mundos melhores em sua obra evolutiva.</p>
<p>7. A lei do progresso não se aplica apenas ao homem; abarca todos os reinos da Natureza, como já foi reconhecido por diversos pensadores. Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; no homem, acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente.</p>
<p>8. A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da categoria a que ascenderam. Podem, em suas diferentes existências corpóreas, descer como homens, não como Espíritos.<br/> O objetivo da evolução não é a felicidade terrestre</p>
<p>9. As reencarnações constituem uma necessidade inelutável para que se faça o progresso espiritual. Cada existência corpórea não comporta mais do que uma parcela de esforços determinados, após o que a alma se encontra exausta.</p>
<p>10. A morte representa um repouso, um intervalo, uma etapa na longa rota da eternidade, antes que nova encarnação se apresente para o Espírito, a valer como rejuvenescimento para o ser em marcha.</p>
<p>11. Paixões antigas, ignomínias, remorsos desaparecem, e o esquecimento cria um novo ser, que se atira cheio de ardor e entusiasmo no percurso da nova estrada.</p>
<p>12. Cada esforço redunda num progresso, e cada progresso num poder sempre maior, pois as aquisições sucessivas vão alteando a alma nos inumeráveis degraus da perfeição. O objetivo da evolução, a razão de ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente crêem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho, do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor, até que nos tenhamos desenvolvido completamente e elevado ao estado celeste.<br/> Somos os construtores do nosso próprio destino</p>
<p>13. Somos, assim, o árbitro soberano de nossos próprios destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede e, malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.</p>
<p>14. Os que ignoram tais verdades e nada fazem por melhorar-se chegam ao mundo espiritual na condição de Joaquim Sucupira, que abandonou o corpo aos sessenta anos, após viver arredado do mundo, no conforto precioso que herdara dos pais. Na Terra – refere Irmão X – Sucupira falara pouco, andara menos, agira nunca...</p>
<p>15. Na pátria espiritual, embora pudesse locomover-se, havia perdido o movimento dos braços e das mãos. Um instrutor, ao examinar seu caso e ouvir suas queixas, disse-lhe com toda a franqueza: “Seu caso explica-se: você tem as mãos enferrujadas”.</p>
<p>16. E ante a careta do interlocutor amargurado, aditou: “É o talento não usado, meu amigo. Seu remédio é regressar à lição. Repita o curso terrestre”. “O que você precisa, Joaquim, é de movimento.”</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Que podemos entender pela expressão estado de natureza? R.: O ser humano realiza sua caminhada evolutiva a partir de um estado primitivo ou estado de natureza, que é, segundo a Doutrina Espírita, o estado de infância da Humanidade, o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral.</p>
<p>2. Como os Espíritos progridem? R.: Os Espíritos só se depuram com o tempo, pelas experiências adquiridas que as vidas sucessivas lhes facultam.</p>
<p>3. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva? R.: Sim. A marcha dos Espíritos é sempre progressiva, jamais retrógrada. Eles se elevam gradualmente na hierarquia e não descem da categoria a que ascenderam.</p>
<p>4. Podemos dizer que o objetivo da evolução seja a felicidade terrestre? R.: Não. O objetivo da evolução, a razão de ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente crêem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, o que só realizaremos por meio do trabalho, do esforço e de todas as alternativas de alegrias e de dor, até que nos tenhamos desenvolvido completamente e chegado ao estado celeste.</p>
<p>5. Quem é o árbitro soberano de nosso destino? R.: Somos nós mesmos o árbitro soberano de nossos destinos. Cada experiência reencarnatória condiciona a que lhe sucede e, malgrado a lentidão da marcha ascendente, eis-nos a gravitar incessantemente para alturas radiosas onde sentimos palpitar corações fraternais e entramos em comunhão sempre mais e mais íntima com a Potência Divina.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 194, 776 e 778.</p>
<p>O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, págs. 119, 120, 122 e 123.</p>
<p>A evolução anímica, de Gabriel Delanne, págs. 16 e 17.</p>
<p>Luz Acima, de Irmão X, psicografado por Francisco Cândido Xavier, págs. 17 a 21.</p>Liberdade de pensamento e de consciênciatag:adulmigos.ning.com,2014-12-22:3625305:BlogPost:3937742014-12-22T20:01:07.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 35 - 16 de Dezembro de 2007</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br></br> thiago_imortal@yahoo.com.br<br></br> Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Liberdade de pensamento<br></br> e de consciência</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 35 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 35 - 16 de Dezembro de 2007</p>
<p>THIAGO BERNARDES<br/> thiago_imortal@yahoo.com.br<br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Liberdade de pensamento<br/> e de consciência</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 35 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debates</p>
<p>1. A liberdade de pensar é sempre ilimitada?</p>
<p>2. Na vigência da Inquisição católica, a liberdade de pensar era respeitada?</p>
<p>3. Como a Justiça Divina age nos casos em que alguém impõe coerção à liberdade de outrem?</p>
<p>4. Até que ponto vai a liberdade do homem?</p>
<p>5. Quando é que um povo é verdadeiramente livre e digno de usufruir da liberdade?</p>
<p>Texto para leitura<br/> A liberdade de pensar é ilimitada</p>
<p>1. A liberdade de pensamento, como a de agir, constituem atributos essenciais do Espírito, outorgados por Deus ao criá-lo.</p>
<p>2. A liberdade de pensar é sempre ilimitada, porquanto ninguém pode domar o pensamento alheio, aprisionando-o. Assim ensinam os Espíritos ao responderem a questão 833 de “O Livro dos Espíritos”, esclarecendo que “no pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que não há como pôr-lhe peias. Pode-se-lhe deter o vôo, porém não aniquilá-lo”.</p>
<p>3. Quando muito, por causa da inferioridade e imperfeição de nossa civilização, tenta-se conter a manifestação exterior do pensamento, ou seja, a liberdade de expressão, porque, se existe algo que escapa a qualquer opressão, é a liberdade de pensar. É por ela que o homem pode gozar de liberdade absoluta. Ninguém consegue aprisionar o pensamento de outrem, apenas entravar-lhe a liberdade de exprimi-lo.</p>
<p>4. Com o progresso social, a liberdade, em todas as suas modalidades, tem evoluído, especialmente a liberdade de pensar, porquanto atualmente já não vivemos na época do “crê ou morre”, como ocorria nos tempos da Inquisição católica.</p>
<p>5. De século para século, menos dificuldades tem encontrado o homem para pensar sem peias e a cada geração que surge mais amplas se tornam as garantias individuais no que tange à inviolabilidade do foro íntimo. São bem distintas, assim, a liberdade de pensar e a de agir, pois, enquanto a primeira se exerce com total amplitude, sem barreiras, a última ainda padece de extensas e profundas limitações.<br/> A coerção imposta à liberdade de outrem é sinal de atraso</p>
<p>6. A liberdade de pensar, conquanto ilimitada, depende, porém, do grau evolutivo de cada Espírito, da sua capacidade de irradiação e discernimento. É que, à medida que o Espírito progride, desenvolve-se o seu senso de responsabilidade sobre seus atos e pensamentos.</p>
<p>7. Toda oposição exercida sobre a liberdade de uma pessoa constitui sinal de atraso espiritual. Constranger os homens a proceder em desacordo com o seu modo de pensar é fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.</p>
<p>8. A lei natural confere a toda criatura humana a liberdade de pensar, falar e agir, desde que, exercendo esse direito, se respeitem os direitos do próximo. Se o uso da liberdade engendra sofrimento e coerção para outrem, quem assim age incide em crime passível de punição, seja por parte das leis humanas, seja por parte da Justiça Divina, e esta jamais falha.</p>
<p>9. Em virtude do mecanismo da justiça divina o limite da liberdade individual se encontra inscrito na consciência de cada pessoa, o que gera para ela mesma o cárcere de sombra e dor, em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, as faltas porventura cometidas.</p>
<p>10. O limite de nossa liberdade está, portanto, determinado onde começa a liberdade do próximo. Em todas as relações sociais e em nossas relações com nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Nada devemos, por conseguinte, exigir ou esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento.<br/> Sem disciplina moral, a liberdade é um logro</p>
<p>11. O Espírito só estará verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução.</p>
<p>12. No dia em que ele se compenetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem domina e governa a si mesmo. Daí em diante não mais precisará do constrangimento e da autoridade sociais para corrigir-se.</p>
<p>13. Ocorre com a coletividade o que se dá com o indivíduo. Um povo só é verdadeiramente livre, digno de usufruir da liberdade, se aprendeu a obedecer à lei interna, lei moral, eterna e universal, que não emana nem do poder de uma casta, nem da vontade das multidões, mas de um poder mais alto.</p>
<p>14. Sem a disciplina moral que cada qual deve impor a si mesmo, as liberdades não passam de um logro; tem-se a aparência, mas não os costumes de um povo livre. Estabelece o código divino, com absoluta clareza: Tudo o que se eleva para a luz eleva-se para a liberdade.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>A liberdade natural e a escravidãotag:adulmigos.ning.com,2014-12-16:3625305:BlogPost:3929612014-12-16T00:15:56.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 34 - 9 de Dezembro de 2007<br></br>
THIAGO BERNARDES<br></br>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br></br>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A liberdade natural e a<br></br> escravidão</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 34 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 34 - 9 de Dezembro de 2007<br/>
THIAGO BERNARDES<br/>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A liberdade natural e a<br/> escravidão</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 34 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debates</p>
<p>1. Que é livre-arbítrio?</p>
<p>2. A liberdade concedida ao ser humano é ilimitada?</p>
<p>3. Que pensar da escravidão e das leis que a consagraram em nosso mundo?</p>
<p>4. Que ocorre com as pessoas que arbitrariamente cerceiam a liberdade dos outros?</p>
<p>5. Quantas espécies de homens existem na face da Terra?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>O livre-arbítrio é apanágio do ser humano<br/> 1. A liberdade é a condição básica para que a alma construa o seu destino. Apanágio do ser humano, o livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.</p>
<p>2. Sem o livre-arbítrio, o homem não teria mérito em praticar o bem ou evitar o mal, pois, sem poder usar livremente a sua vontade, ele não seria mais do que um autômato. Com o livre-arbítrio, ao contrário, ele passa a ser o arquiteto de sua própria existência e construtor de sua felicidade ou infelicidade.</p>
<p>3. A liberdade e o livre-arbítrio ampliam-se de acordo com sua elevação e conhecimento. O livre-arbítrio confere, porém, ao homem a responsabilidade dos próprios atos, por terem sido praticados livremente e de acordo com a sua própria vontade.</p>
<p>4. Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, porém, inscritos na própria consciência, os limites de sua liberdade. Jamais devendo constituir tropeço na senda por onde avança o seu próximo, é-lhe vedada a exploração de outras vidas, das quais subtraia o direito de liberdade.</p>
<p>5. A liberdade legítima decorre da legítima responsabilidade, não podendo triunfar sem esta. A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais, que constituem a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos humanos.</p>
<p>A escravidão é um erro inconcebível<br/> 6. De acordo com a lei natural todos os seres possuem direitos. A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos do próximo. Ser livre é saber, assim, respeitar os direitos alheios, porque desde que juntos estejam dois homens há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar.</p>
<p>7. Vivemos em um planeta que se caracteriza pela predominância do mal sobre o bem. A Terra, como sabemos, é ainda um mundo inferior onde seus habitantes estão submetidos a provas e expiações. É por isso que muitos Espíritos que aqui vivem não possuem o discernimento natural para o emprego da liberdade que Deus lhes concedeu. A ocorrência de abusos de poder, manifestada nas tentativas de o homem escravizar o próprio homem, em variados graus e formas, é o exemplo típico do mau uso dessa lei natural.</p>
<p>8. À medida que o ser humano evolui, cresce com ele a responsabilidade sobre os seus atos, sobre as suas manifestações verbais e, até mesmo, sobre os seus pensamentos. Nesse estágio evolutivo passa a compreender que a liberdade não se traduz por fazer ou deixar de fazer determinada coisa, irresponsavelmente. Procura, então, medir sua linha de ação, de maneira que esta não atinja desastrosamente o próximo. Compreende que sua liberdade termina onde começa a do próximo, e exerce sua vontade própria de maneira mais coerente e responsável.</p>
<p>9. A sujeição absoluta de um homem a outro constitui, portanto, um erro gravíssimo, de conseqüências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, social ou econômica, é sempre um abuso da força e tende a desaparecer com o progresso da Humanidade.</p>
<p>10. Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno propicia, sofrerá mais tarde a natural conseqüência de seus atos, e essa será a vergasta da dor, que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.</p>
<p>Há uma única espécie de homens e todos são irmãos<br/> 11. Nossa liberdade não é absoluta porque vivemos em sociedade, em que devemos respeitar os direitos das outras pessoas. É, portanto, um absurdo aceitar qualquer forma de escravidão, cuja abolição assinala um progresso inequívoco da legislação e dos costumes deste mundo.</p>
<p>12. Durante muito tempo, segundo a História, aceitou-se como justa a escravização dos povos vencidos nas guerras, assim como foi permitido pelas leis humanas que os homens de certas raças fossem caçados e vendidos, quais bestas de carga, na falsa suposição de que eram seres inferiores e, segundo alguns, nem mesmo pertenciam à Humanidade.</p>
<p>13. Coube ao Cristianismo mostrar que perante Deus só existe uma espécie de homens e que pretos, brancos, vermelhos e amarelos, somos todos irmãos.</p>
<p>14. Com a abolição da escravatura, todos nós podemos dispor livremente de nossa vida, o que é um grande passo, embora estejamos ainda muito distantes de uma vivência mundial de integral respeito às liberdades humanas, em que as outras formas de escravização deixem de existir, um sonho que um dia, sem qualquer dúvida, se tornará realidade no mundo em que vivemos.</p>
<p>Respostas às questões propostas<br/> 1. Que é livre-arbítrio? R.: Apanágio do ser humano, o livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.</p>
<p>2. A liberdade concedida ao ser humano é ilimitada? R.: Não. A liberdade e o livre-arbítrio ampliam-se de acordo com sua elevação e conhecimento.</p>
<p>3. Que pensar da escravidão e das leis que a consagraram em nosso mundo? R.: A sujeição absoluta de um homem a outro constitui um erro gravíssimo, de conseqüências desastrosas para quem o pratica. A escravidão, seja ela física, intelectual, social ou econômica, é sempre um abuso da força e tende a desaparecer com o progresso da Humanidade.</p>
<p>4. Que ocorre com as pessoas que arbitrariamente cerceiam a liberdade dos outros? R.: Quem arbitrariamente desfere golpes cerceando a liberdade dos outros, escravizando-os pelos diversos processos que o mundo moderno propicia, sofrerá mais tarde a natural conseqüência de seus atos, e essa será a vergasta da dor, que desperta e corrige, educa e levanta para os tirocínios elevados da vida.</p>
<p>5. Quantas espécies de homens existem na face da Terra? R.: O Cristianismo mostrou-nos que perante Deus só existe uma espécie de homens e que pretos, brancos, vermelhos e amarelos, somos todos irmãos.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 826, 829 e 843.As leis morais, de Rodolfo Calligaris, págs. 148 a 151. As leis morais da vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 133 e 134.</p>O bem e o maltag:adulmigos.ning.com,2014-12-09:3625305:BlogPost:3915272014-12-09T23:05:50.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 33 - 2 de Dezembro de 2007<br></br>
THIAGO BERNARDES<br></br>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br></br>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O bem e o mal</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 33 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 33 - 2 de Dezembro de 2007<br/>
THIAGO BERNARDES<br/>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>O bem e o mal</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 33 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debates</p>
<p>1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo definem a moral?</p>
<p>2. A que fator, na visão espírita, o progresso moral se liga intimamente?</p>
<p>3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral?</p>
<p>4. Que significa fazer o bem?</p>
<p>5. Que é o mal?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>A moral é a regra de bem proceder<br/> 1. A moral consubstancia os princípios salutares do comportamento humano de que resulta o respeito ao próximo e a si mesmo. Decorrência natural da evolução, estabelece as diretrizes em que se fundam os alicerces da Civilização, produzindo matrizes de caráter que vitalizam as relações humanas e sem as quais o homem, por mais avançado que esteja no domínio da técnica, poucos passos teria conseguido desde os estados primários do sentimento.</p>
<p>2. A moral é, no dizer dos Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.</p>
<p>3. Melhor conceito do que esse é difícil de elaborar. É que os Espíritos superiores, de maneira objetiva e simples, revelam que a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.</p>
<p>4. A partir do momento em que o relacionamento humano se expandiu pelas necessidades de vivências comutativas, o homem sentiu o desejo de elaborar leis que estabelecessem organizações sociais mais apropriadas ao meio em que vivia. Passou-se então a fazer distinção entre o bem e o mal. Somente a partir de Sócrates a moral passou a ser considerada pela filosofia, porquanto até então era ela definida arbitrariamente, de acordo com o equilíbrio ou o desequilíbrio das pessoas.</p>
<p>5. O sentido de moralidade é, contudo, um só, ou seja, é a norma de bem proceder em quaisquer circunstâncias, independentemente do estado sócio-econômico do indivíduo. Todo o cuidado se faz preciso para não confundirmos conveniências sociais – que podem gerar dissolução dos costumes – com a verdadeira prática da moral.</p>
<p>A lei divina está gravada em nossa consciência<br/> 6. Diante desses conceitos, podemos afirmar que, em qualquer época, o homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que se não prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.</p>
<p>7. À medida que vamos aprendendo a distinguir o bem do mal, vamo-nos moralizando, isto porque fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exatamente de modo contrário.</p>
<p>8. Ensina o Espiritismo que Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem, e o homem encontra em si mesmo tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência traça-lhe a rota, visto que a lei divina está gravada nela mesma e, além disso, Deus nos leva a recordá-la constantemente por intermédio de seus messias e profetas, bem como de todos os indivíduos que trazem a missão de esclarecer, moralizar e melhorar o ser humano.</p>
<p>9. Os chamados males da vida, que afligem a Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos males que independem de sua vontade, os quais são geralmente a conseqüência de sua conduta pretérita.</p>
<p>10. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, poupar-se-ia, sem qualquer dúvida, aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é em virtude do seu livre-arbítrio. Sofre, então, as conseqüências do seu proceder.</p>
<p>O mal não tem existência real<br/> 11. O Criador, que é também todo bondade, sempre põe o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia a solução, pois chega um momento em que o excesso do mal moral torna-se intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente, desse modo, compelido a buscar no bem o remédio, valendo-se do seu livre-arbítrio.</p>
<p>12. Quando toma um rumo diferente, um caminho melhor, é porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade leva-o, pois, a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrange a melhorar as condições materiais de sua existência.</p>
<p>13. A prática do bem está, assim, relacionada com o grau de responsabilidade do homem. Com o progresso, o mal decresce automaticamente, pois seu caráter é relativo e passageiro, e ele nada mais é que o resultado da condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida. Como decorrência dos progressos realizados pela criatura humana, o mal pouco a pouco diminui, perde fôlego e dissipa-se, na proporção em que a alma sobe os degraus que a conduzem à virtude e à sabedoria.</p>
<p>14. Assim considerando, o mal não tem existência real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. A justiça patenteia-se no cosmo, onde não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem todas as conseqüências de seus atos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.</p>
<p>Respostas às questões propostas<br/> 1. Como os Espíritos que contribuíram para a codificação do Espiritismo definem a moral? R.: A moral é, no dizer dos Espíritos, a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal, e se funda na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então estará cumprindo a lei estabelecida pelo Criador.</p>
<p>2. A que fator, na visão espírita, o progresso moral se liga intimamente? R.: Segundo os Espíritos superiores, a moralidade se fundamenta no progresso espiritual da criatura humana e é adquirida paulatinamente, através das diversas experiências reencarnatórias. Sua observância tem por base o conhecimento e a prática da lei natural, de tal forma que o progresso moral se liga intimamente à prática do bem.</p>
<p>3. Que é, segundo a doutrina espírita, um ser moral? R.: O homem que conhece e pratica a lei de Deus é um ser moral – um ser que se não prende às superficialidades das convenções e dos modismos da chamada sociedade ou civilização moderna.</p>
<p>4. Que significa fazer o bem? R.: Fazer o bem é agir conforme a lei divina, é proceder conforme a lei natural. Fazer o mal é infringir essa mesma lei, é agir exatamente de modo contrário.</p>
<p>5. Que é o mal? R.: O mal não tem existência real. Não há o mal absoluto no Universo, mas sim, em toda parte, a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior. No cosmo, não existem eleitos e réprobos, mas indivíduos que sofrem todas as conseqüências de seus atos, e reparam, resgatam e, cedo ou tarde, regeneram-se para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até à luz divina.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 629, 630 e 637.<br/> A Gênese, de Allan Kardec, cap. III, itens 3, 6 e 7. <br/>
O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, págs. 293 e 294. Estudos Espíritas, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 163 e 164.</p>Reveladores e revelações da Lei Naturaltag:adulmigos.ning.com,2014-12-09:3625305:BlogPost:3915262014-12-09T23:04:19.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 32 - 25 de Novembro de 2007<br></br>
THIAGO BERNARDES<br></br>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br></br>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Reveladores e revelações <br></br> da Lei Natural</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 32 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 32 - 25 de Novembro de 2007<br/>
THIAGO BERNARDES<br/>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Reveladores e revelações <br/> da Lei Natural</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 32 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debates</p>
<p>1. Além de Jesus, que reveladores das leis de Deus existiram no mundo?</p>
<p>2. Um deles é tido por Kardec um dos precursores do Espiritismo. Qual o seu nome e quando viveu?</p>
<p>3. Por que Jesus não pode ser nivelado aos grandes reveladores que já passaram pela Terra?</p>
<p>4. Muitas das verdades ensinadas pelo Espiritismo têm no Evangelho as suas bases. Mencione três citações evangélicas que nos recordam os princípios espíritas.</p>
<p>5. Qual é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei de Deus e como Kardec o sintetizou?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>O mais perfeito dos reveladores<br/> 1. A Lei Divina ou Natural rege toda a criação no Cosmo infinito, nos seus múltiplos e diversificados planos, sendo ela a única que conduz a criatura humana para o aperfeiçoamento e a felicidade. A desventura humana é, pois, geralmente, a conseqüência de um desvio ou infração dessa lei.</p>
<p>2. A Lei Natural, subdividida em leis físicas e leis morais, significa a projeção do pensamento divino e a expressão fidedigna de sua vontade, consistindo sempre num preceito normativo que regula todos os fenômenos da vida universal. Eternas, imutáveis, infalíveis, tais leis abrangem os mais variáveis planos evolutivos, de acordo com as diversas categorias dos mundos.</p>
<p>3. O conhecimento da Lei Natural é dado à Humanidade de maneira gradual, por meio de Espíritos reencarnados como filósofos ou benfeitores, que, aportados no seio da sociedade, são chamados reveladores da Lei Natural, uns vinculados mais diretamente à revelação das leis físicas, enquanto outros se dedicam a iniciar-nos nas verdades relacionadas com as leis morais.</p>
<p>4. O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta foi Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, se seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade.</p>
<p>5. Houve, no entanto, em todas as épocas da Humanidade outros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano, o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.</p>
<p>6. Uma mostra disso foi Imotep, que viveu no Egito Antigo, perto de Mênfis, entre 2980 a.C. a 2950 a.C. Homem erudito, Imotep constitui o primeiro exemplo histórico do que hoje chamamos de cientista. Além de ter sido o arquiteto responsável pela construção da pirâmide de degraus ou de Sacará, que é a mais antiga do Egito, Imotep teria sido também médico, e com tamanho poder de cura, que os gregos o igualavam ao seu próprio deus da Medicina.</p>
<p>Sócrates, um dos precursores das idéias cristãs<br/> 7. Eis, a seguir, outros vultos notáveis nascidos na Terra antes da Era Cristã.</p>
<p>8. Tales de Mileto, matemático e filósofo grego, que viveu entre 624 a 546 a.C., foi considerado pelos gregos o fundador da Ciência, da matemática e da filosofia gregas, sendo-lhe creditada a paternidade da maior parte do saber de sua época. Pitágoras, que também viveu na Grécia, no período de 582 a 497 a.C., foi filósofo, astrônomo e matemático e o primeiro sábio a afirmar que a Terra era esférica, além de haver descoberto que a harmonia universal podia ser expressa com os números.</p>
<p>9. Sócrates, que viveu em Atenas entre os anos 470 e 399 a.C., teve uma vida nobre como as verdades que ensinava, a ponto de ter sido considerado por Kardec um dos precursores das idéias cristãs e espíritas. Nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção levantada contra ele pela inveja de seus patrícios.</p>
<p>10. Na Era Cristã, entre os anos 130 e 200, viveu Galeno, médico grego que é considerado o “pai da anatomia”. No ano 780 nasceu o matemático árabe Muhammad Ibumusa Al Khwarizmi, que revolucionou a arte de calcular. Em 1473 nasceu Nicolau Copérnico, que descobriu que a Terra não era o centro do Universo.</p>
<p>11. Em 1548, perto de Nápoles, na cidade de Nola, nasceu Giordano Bruno, que foi levado à morte pela Inquisição por defender a infinitude do espaço e os movimentos da Terra. Dois séculos depois, em 1791, nasceu em Charlestown (EUA) Samuel Finley Morse, que se notabilizou pela invenção do telégrafo, com o que se inaugurou o campo das comunicações modernas.</p>
<p>Correlação Espiritismo e Cristianismo<br/> 12. A lista dos grandes gênios que impulsionaram com sua presença o conhecimento das leis naturais no mundo é acrescida com Darwin, Rafael, Leonardo da Vinci, Mozart, Pasteur, Koch, Lister, culminando no século passado com a codificação dos ensinos recebidos dos Espíritos Superiores, tarefa essa confiada a Kardec.</p>
<p>13. O mundo recebeu com impacto o renascimento do Cristianismo e a partir daquele momento a Humanidade, confundida, alertada, crédula ou incrédula, não mais seria a mesma. Chegara a era da espiritualização, séculos depois das primeiras sementes lançadas por Moisés, semeadas e regadas por Jesus na sua extraordinária missão do amor ao próximo e cultivadas ao longo dos tempos por emissários enviados por Deus: os apóstolos e seguidores do Cristianismo que foram conhecidos pelos nomes de Francisco de Assis, Vicente de Paulo e tantos outros.</p>
<p>14. Jesus não pode, todavia, ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, visto que o Cristo estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem. É que o Mestre de Nazaré não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.</p>
<p>15. Muitas das verdades anunciadas pelo Espiritismo encontram na doutrina cristã as suas bases. As citações evangélicas que se seguem são ensinamentos de Jesus que se correlacionam com os princípios espíritas da pluralidade dos mundos habitados, a reencarnação, a caridade, a lei de ação e reação e a mediunidade:</p>
<p>· “Há muitas moradas na Casa do Pai” (João, 14:1-3)</p>
<p>· “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo” (João, 3:1-12)</p>
<p>· “Tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também a eles” (Mateus, 7:2)</p>
<p>· “Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” (Mateus, 5:5)</p>
<p>· “... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mateus, 26:52)</p>
<p>· “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios” (Mateus, 10:8).</p>
<p>16. É devido a essa correlação entre a doutrina de Jesus e os ensinos espíritas que se diz que o Espiritismo é o Cristianismo redivivo. E, se Jesus disse ser o mandamento maior “o amor a Deus e ao próximo”, Kardec afirma que “fora da caridade não há salvação”, mostrando que ninguém poderá intitular-se espírita se primeiramente não for cristão.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Além de Jesus, que reveladores das leis de Deus existiram no mundo? R.: O maior e mais perfeito dos reveladores encarnados no planeta foi Jesus. A doutrina que ele nos ensinou é altamente moralizadora e nos revela caminhos que, se seguidos, podem levar-nos à conquista da verdadeira felicidade. Houve, no entanto, em todas as épocas da Humanidade outros reveladores da Lei Natural, localizados nos diferentes campos do conhecimento humano – seja na filosofia, na ciência, na religião, no campo político ou mesmo nas artes – o que mostra que Deus nunca nos deixou à mercê de nossas próprias imperfeições.</p>
<p>2. Um deles é tido por Kardec um dos precursores do Espiritismo. Qual o seu nome e quando viveu? R.: Seu nome é Sócrates, que viveu em Atenas entre os anos 470 e 399 a.C. Sócrates teve uma vida nobre como as verdades que ensinava e nunca houve quem o pegasse em erro, falha ou contradição, o que não impediu fosse condenado à morte devido a uma acusação de traição e corrupção levantada contra ele pela inveja de seus patrícios.</p>
<p>3. Por que Jesus não pode ser nivelado aos grandes reveladores que já passaram pela Terra? R.: Jesus não pode ser nivelado a esses reveladores, por maior que tenha sido a contribuição que eles nos trouxeram, porque o Mestre estabeleceu um grandioso marco nas conquistas evolutivas do homem e não se limitou a ensinar e esclarecer, mas constituiu o exemplo vivo das verdades evangélicas, provocando no mundo uma verdadeira revolução.</p>
<p>4. Muitas das verdades ensinadas pelo Espiritismo têm no Evangelho as suas bases. Mencione três citações evangélicas que nos recordam os princípios espíritas. R.: Eis três citações evangélicas bastante conhecidas e que se correlacionam com os princípios espíritas da pluralidade dos mundos habitados, da reencarnação e da lei de causa e efeito, respectivamente:</p>
<p>· “Há muitas moradas na Casa do Pai” (João, 14:1-3)</p>
<p>· “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo” (João, 3:1-12)</p>
<p>· “... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão” (Mateus, 26:52).</p>
<p>5. Qual é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei de Deus e como Kardec o sintetizou? R.: O “amor a Deus e ao próximo” é, segundo Jesus, o maior mandamento da lei, que Kardec sintetizou na conhecida frase “Fora da caridade não há salvação”.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, item 625.<br/> O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Introdução, parte 4; cap. 15, itens 4 e 5. Gênios da humanidade, de Isaac Asimov, págs. 1, 2, 4, 13 e 65.</p>Conhecimento e divisão da Lei Naturaltag:adulmigos.ning.com,2014-11-22:3625305:BlogPost:3877902014-11-22T18:55:15.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa III: As Leis Morais <br></br> Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007<br></br>
THIAGO BERNARDES<br></br>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br></br>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Conhecimento e divisão <br></br> da Lei Natural</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 31 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa III: As Leis Morais <br/>
Ano 1 - N° 31 - 16 de Novembro de 2007<br/>
THIAGO BERNARDES<br/>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>Conhecimento e divisão <br/> da Lei Natural</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema n.o 31 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debates</p>
<p>1. De onde advém para o homem o conhecimento da Lei Divina ou Natural?</p>
<p>2. Quem é, dentre os missionários enviados por Deus à Terra, o protótipo da misericórdia divina?</p>
<p>3. Que tipo de Espíritos são os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra com o fim de fazer progredir a Humanidade?</p>
<p>4. De acordo com a Codificação Kardequiana, as leis morais dividem-se em quantas partes? Quais são elas?</p>
<p>5. De todas as leis morais, qual é a mais importante?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>Conhecimento e reencarnação<br/> 1. O conhecimento da Lei Divina ou Natural faz parte do progresso espiritual do homem, que se processa ao longo de incontáveis encarnações, visto que em uma única existência é totalmente impossível tal aprendizado.</p>
<p>2. Não basta, porém, que nos informemos a respeito dela. É preciso que a compreendamos no seu verdadeiro sentido para que possamos observá-la. Como ensina a doutrina espírita, todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Um dia, no entanto, todos a compreenderão, porquanto é forçoso que o progresso se efetue.</p>
<p>3. Kardec, instruído pelos Espíritos Superiores, diz-nos que em todas as épocas da Humanidade e em todos os quadrantes da Terra sempre houve homens de bem inspirados por Deus para auxiliar a marcha evolutiva do ser humano.</p>
<p>Caráter do verdadeiro missionário<br/> 4. Profetas, sábios, legisladores têm sido os instrumentos de que o Pai se utilizou para que o homem, no ergástulo carnal, pudesse encontrar a rota segura que o levasse ao reino venturoso com que todos sonhamos. Dentre todos eles, avulta a pessoa de Jesus, o protótipo da misericórdia divina, o tipo mais perfeito que Deus ofereceu à Humanidade terrena, para lhe servir de guia e modelo.</p>
<p>5. Modelo a ser por nós seguido, ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em testemunho supremo a excelência do seu messianato amoroso, por meio da doação da vida, incitando-nos a incorporar no dia-a-dia da existência a irrecusável lição do seu auto-ofertório santificante.</p>
<p>6. Os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra são Espíritos Superiores que aqui se encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade. Tais Espíritos são possuidores de certa bagagem espiritual e, ao se comprometerem com essa ou aquela missão, para ela se preparam conscienciosamente antes do mergulho na carne.</p>
<p>7. Importante lembrar, no entanto, que os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte. Desempenham sua missão pela força do gênio que possuem, secundados pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado. Revelam-se, assim, por seus atos; não se proclamam missionários; são adivinhados; ao passo que os falsos profetas se dizem, eles próprios, enviados de Deus. O verdadeiro missionário é, pois, humilde e modesto; o outro, orgulhoso e cheio de altivez.</p>
<p>Subdivisão das leis morais<br/> 8. As leis morais são, como já foi visto, uma subdivisão da Lei Natural.</p>
<p>9. Estabelecidas pelo Supremo Pai, são elas de todos os tempos e, invioláveis, constituem o roteiro da felicidade que o homem alcançará mediante o seu progresso espiritual.</p>
<p>10. De acordo com a classificação adotada pela Codificação Kardequiana, as leis morais se subdividem, para efeito de estudo, em dez leis:</p>
<p>· adoração</p>
<p>· trabalho</p>
<p>· reprodução</p>
<p>· conservação</p>
<p>· destruição</p>
<p>· sociedade</p>
<p>· progresso</p>
<p>· igualdade</p>
<p>· liberdade</p>
<p>· justiça, amor e caridade.</p>
<p>11. A última delas – a lei de justiça, amor e caridade – é de todas a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. De onde advém para o homem o conhecimento da Lei Divina ou Natural? R.: O conhecimento da Lei Divina ou Natural faz parte do progresso espiritual do homem, que se processa ao longo de incontáveis encarnações, visto que em uma única existência é totalmente impossível tal aprendizado.</p>
<p>2. Quem é, dentre os missionários enviados por Deus à Terra, o protótipo da misericórdia divina? R.: Jesus.</p>
<p>3. Que tipo de Espíritos são os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra com o fim de fazer progredir a Humanidade? R.: Os profetas, os sábios e os legisladores que Deus enviou e ainda envia à Terra são Espíritos Superiores que aqui se encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade. Tais Espíritos são possuidores de certa bagagem espiritual e, ao se comprometerem com essa ou aquela missão, para ela se preparam conscienciosamente antes do mergulho na carne.</p>
<p>4. De acordo com a Codificação Kardequiana, as leis morais dividem-se em quantas partes? Quais são elas? R.: De acordo com a classificação adotada pela Codificação Kardequiana, as leis morais se subdividem, para efeito de estudo, em dez leis: adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor e caridade.</p>
<p>5. De todas as leis morais, qual é a mais importante? R.: A última delas – a lei de justiça, amor e caridade – é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 619, 622, 623 e 648.<br/> O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 21, item 9. <br/>
As Leis Morais, de Rodolfo Calligaris, pás. 14.<br/>
Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, págs. 9 e 10.</p>A Terra: planeta de provas e expiaçõestag:adulmigos.ning.com,2014-11-22:3625305:BlogPost:3877892014-11-22T18:52:04.000ZMarli de Lima Lemoshttps://adulmigos.ning.com/profile/MarlideLimaLemos
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br></br> Programa II: Princípios Básicos da Doutrina Espírita<br></br> Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007<br></br>
THIAGO BERNARDES<br></br>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br></br>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A Terra: planeta de provas e expiações</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 29 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado…</p>
<p>Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita<br/> Programa II: Princípios Básicos da Doutrina Espírita<br/>
Ano 1 - N° 29 - 2 de Novembro de 2007<br/>
THIAGO BERNARDES<br/>
thiago_imortal@yahoo.com.br <br/>
Curitiba, Paraná (Brasil)</p>
<p>A Terra: planeta de provas e expiações</p>
<p>Apresentamos nesta edição o tema no 29 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.</p>
<p>Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue. Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido.</p>
<p>As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.</p>
<p>Questões para debate</p>
<p>1. Por que na Terra o homem vive a braços com tantas misérias?</p>
<p>2. Quem são os habitantes do planeta Terra?</p>
<p>3. Que tipo de progresso experimentam os planetas?</p>
<p>4. Qual é a destinação futura da Terra?</p>
<p>5. De que modo se operará a transformação de nosso planeta?</p>
<p>Texto para leitura</p>
<p>A Terra e seus habitantes</p>
<p>1. Vimos em ocasião anterior que os mundos dividem-se em cinco categorias e que, nos chamados mundos de expiação e provas, que é a atual condição da Terra, o mal predomina. Essa é a razão por que neste planeta o homem vive a braços com tantas misérias.</p>
<p>2. Na Terra, diz Santo Agostinho (Espírito), os Espíritos em expiação são, se assim se pode dizer, seres estrangeiros, indivíduos que já viveram em outros mundos. Entretanto, nem todos os Espíritos que se encarnam neste planeta vêm para ele em expiação. Os povos chamados selvagens são formados de Espíritos que apenas saíram da infância espiritual e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados.</p>
<p>3. Vêm depois delas as coletividades semicivilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aqui se elevaram pouco a pouco, em longos períodos seculares.</p>
<p>A destinação futura da Terra</p>
<p>4. A felicidade não pode existir ainda na Terra porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram endividadas, intoxicadas, despreparadas, e não sabem contemplar a grandeza das paisagens que as cercam no planeta. Mas é encarnando-se aqui, neste globo, que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência.</p>
<p>5. Um dia a Terra sairá do estágio de expiação e provas e passará para a condição de mundo de regeneração, porquanto este globo está, como tudo na Natureza, submetido à lei do progresso. A Terra progride, assim, material e moralmente.</p>
<p>6. Materialmente ou fisicamente, pela transformação dos elementos que a compõem. Moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que a povoam. Esses progressos se realizam paralelamente, visto que o melhoramento da habitação guarda relação com o aprimoramento do habitante.</p>
<p>7. Fisicamente, o globo terráqueo tem experimentado transformações que o vêm tornando sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados. Moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Para que a felicidade impere na Terra torna-se preciso, pois, que somente a povoem Espíritos bons, que somente ao bem se dediquem.</p>
<p>A geração futura</p>
<p>8. Havendo chegado o tempo, grande migração se verifica entre os planetas. Os que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, não mais sendo dignos do planeta transformado, são dele excluídos, porque sua presença constituiria obstáculo ao progresso. Irão tais Espíritos expiar, dessa forma, o endurecimento de seus corações em mundos inferiores, ou em raças existentes na Terra moralmente mais atrasadas. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.</p>
<p>9. A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual geração desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.</p>
<p>10. A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada de outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distinguirá por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e à crença espiritualista, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior.</p>
<p>11. A destinação imediata da Terra, segundo o Espiritismo, é tornar-se mundo de regeneração. Continuando, porém, no seu progresso ininterrupto, ela ascenderá a planos cada vez mais altos, até chegar à perfeição a que todos nós estamos destinados.</p>
<p>Respostas às questões propostas</p>
<p>1. Por que na Terra o homem vive a braços com tantas misérias? R.: R.: Como já vimos anteriormente, os mundos dividem-se em cinco categorias e nos chamados mundos de expiação e provas, que é a atual condição da Terra, o mal predomina. Essa é a razão por que neste planeta o homem vive a braços com tantas misérias.</p>
<p>2. Quem são os habitantes do planeta Terra? R.: Há na Terra, segundo Santo Agostinho (Espírito), três grupos de Espíritos: os que se encontram em regime de expiação, que já viveram em outros mundos; os que chamamos selvagens, Espíritos que apenas saíram da infância espiritual e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados, e, por fim, os povos semicivilizados, constituídos desses mesmos Espíritos em via de progresso e que são, de certo modo, criaturas que vivem há muito tempo na Terra e que aqui se elevaram pouco a pouco, em longos períodos seculares.</p>
<p>3. Que tipo de progresso experimentam os planetas? R.: Os planetas progridem material e moralmente. Materialmente, pela transformação dos elementos que os compõem. Moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que os povoam. Esses progressos se realizam paralelamente, visto que o melhoramento da habitação guarda relação com o aprimoramento do habitante.</p>
<p>4. Qual é a destinação futura da Terra? R.: A Terra sairá, um dia, do estágio de expiação e provas e passará para a condição de mundo de regeneração, porquanto este globo está, como tudo na Natureza, submetido à lei do progresso. Do ponto de vista material, o globo terráqueo tem experimentado transformações que o vêm tornando sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados, mas, para que a felicidade impere na Terra, torna-se preciso que somente a povoem Espíritos bons, que somente ao bem se dediquem.</p>
<p>5. De que modo se operará a transformação de nosso planeta? R.: A Terra não terá de transformar-se por meio de cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.</p>
<p>Bibliografia:</p>
<p>O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cap. 3, itens 4, 6, 13, 14 e 15. <br/> A Gênese, de Allan Kardec, cap. IX, item 1; cap. XVIII, itens 2, 27 e 28.<br/>
O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, pergunta 240.</p>