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Respostas a este tópico

Titulo: Lei da Ação e Reação ou Lei do Carma

Essa é outra importante lei que o espiritismo ensina. Segundo ela tudo de bom ou ruim que hoje você fizer amanhã essa mesma coisa irá lhe beneficiar ou prejudicar. Ou seja, "a cada um será dado de acordo com suas obras". Por exemplo, uma pessoa que hoje mata uma outra, amanhã, (leia-se: em outra vida), poderá ser assassinado. Tudo o que a pessoa faz fica registrado. E assim tudo o que pesar a seu favor lhe será dado como mérito e aquilo que vier contra ele, lhe será cobrado. Essa lei também explica muitos sofrimentos "inexplicáveis". Por exemplo, uma pessoa boa, caridosa, querida por todos, de repente sofre um acidente e passa amargar, o resto de seus dias inutilizado.Estaria Deus cometendo tal injustiça? À visão de outras religiões que não aceitam a reencarnação, sim. Mas não á luz do espiritismo. Aquela pessoa boa e caridosa poderia ter sido um cruel assassino numa outra vida e estaria resgatando assim sua dívida. É importante ressaltar que não existe escapatória ou subterfúgios perante às leis de Deus.Existe sim, uma possível abreviação do carma. Através da prática do bem e da caridade, um espírito pode diminuir sua dívida cármica.

(Leitura básica: "O livro dos espíritos" de Allan Kardec, "Ação e reação" de André Luiz e psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e "O céu e o inferno" de Allan Kardec)

Lei da evolução
É a lei a que todos os espíritos estão subordinados. Todos os espíritos progridem. Jesus, o espírito mais iluminado que já encarnou na terra, já foi um antropófago, um selvagem. Assim como um assassino chegará, mais tempo menos tempo, de acordo com o seu progresso, a ser um regente espiritual de um planeta, um anjo, um arcanjo e assim por diante. É a lei que mais deixa clara a tão falada justiça divina, que muitas religiões apregoam, mas se contradizem em seus ensinamentos, e só a doutrina espírita sob a luz dos ensinamentos reencarnatórios explica com clareza. Não há espíritos criados á parte como ensinam outras religiões. Todos são criados da mesma chama divina e todos espíritos são parte desse todo cósmico.Tomando em consideração isso, é lícito dizer que todos nós chegaremos um dia a sermos cristos. Assim como já fomos aborígenes, antropófagos e mais para o passado, animais, vegetais, minerais... de acordo com a lei da evolução que proporciona a todos os espíritos chances iguais de progresso. E todos eles irão invariavelmente progredir.

(Leitura básica: "O livro dos espíritos" de Allan Kardec, "A génese" de Allan Kardec, "Evolução em dois mundos" ditado pelo espírito André Luiz e psicografado pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira e "O que é o espiritismo" de Allan Kardec)

Titulo: Bom Ânimo

Hoje experimentas maior soma de aflições. Observaste a grande mole dos sofredores: mães desnutridas apertando contra o seio sem vitalidade filhos, misérrimos, desfalecidos, quase mortos; mutilados que exibiam as deformidades à indiferença dos passantes na via pública; aleijões que se ultrajavam a si mesmos ante o desprezo a que se entregavam nos "pontos" de mendicância em que se demoram; ébrios contumazes promovendo desordens lamentáveis; enfermos de vária classificação desfilando as misérias visíveis num festival de dor; jovens perturbados pela revolução dos novos conceitos e vigentes padrões éticos; órfãos...
Pareceu-te mais tristonha a paisagem humana, e consideras mentalmente os dramas íntimos que vergastam o homem, na atual conjuntura social, moral e evolutiva do Planeta.
Examinas as próprias dificuldades, e um crepúsculo de sobras lentamente envolve o sol das tuas alegrias e esperanças.
Não te desalentes, porém.
O corpo é oportunidade iluminava mesmo para aqueles que te parecem esquecidos e que supões descendo os degraus da infelicidade na direção do próprio aniquilamento.
Nascer e morrer são acidentes biológicos sob o comando de sábias leis que transcendem à compreensão comum.
Há, no entanto, acompanhando todos os caminhantes a forma carnal, amorosos Benfeitores interessados na libertação deles. Não os vendo, os teus olhos se enganam na apreciação; não os ouvindo, a tua acústica somente registra lamentos; não os sentindo, as parcas percepções de que dispões não anotam suas mãos quais asas de caridade a envolvê-los e sustentá-los.
Perdido em meandros o rio silencioso e perseverante se destina ao mar. Agita e submissa nas mãos do oleiro a argila alcança o vaso precioso. Sofrido o Espírito nas malhas da lei redentora atinge a paz.
Ante a sombra espessa da noite não esqueças o Sol fulgurante mais além. E aspirando o sutil aroma de preciosa flor não olvides a lama que lhe sustenta as raízes...
Viver no corpo é também resgatar.
O Espírito eterno, evoluindo nas etapas sucessivas da vestimenta carnal, se despe e se reveste dos tecidos orgânicos para aprender e sublimar.
Numa jornada prepara o sentimento, noutra aprimora a emoção, noutra mais aperfeiçoa a inteligência...
Nascer ou renascer simplesmente não basta. O labor, interrompido, pois, prosseguirá agora ou depois. Não cultives, portanto, o pessimismo, nem te abatam as dores.
Cada um se encontra no lugar certo, à hora própria e nas circunstâncias que lhe são melhores para a evolução. Não há ocorrência ocasional ou improvisada na Legislação Divina.
Quando retornou curado para agradecer a Jesus da morféia de que fora libertado, o samaritano que formava o grupo dos dez leprosos, conforme a narração evangélica, fez-nos precioso legado: o do reconhecimento.
Quando o centurião afirmou ao Senhor que uma simples ordem Sua faria curado o seu servo, ofertou-nos sublime herança: a fé sem limites.
Quando a hemorroíssa, vencendo todos os obstáculos, tocou o Rabi, deixou-nos precioso ensino: a coragem da confiança.
Identificado ao espírito do Cristo, não te deixes consumir pelo desespero ou pela melancolia, sob revolta injustificada ou indiferença cruel. Persevera, antes, no exame da verdade e insiste no ideal de libertação interior, ajudando e prosseguindo, além, porque se hoje a angústia e o sofrimento te maceram, em resgate que não pode transferir, amanhã rutilará no corpo ou depois dele o sol sublime da felicidade em maravilhoso amanhecer de perene paz.
"Tem ânimo filhos: perdoados são os teus pecados." - Mateus: 9-2.
"Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade". - E.S.E. Cap. XIV Item 9.

Por: Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco

Pegadas luminosas

Se queres ser feliz, Auxilia!!!
Deseja-se que te ouçam, Ouça!!!
Se quiseres ser amado, Ame!!!
Quando descobrires o caminho, e, ao, indicá-lo fores desacreditado;
crê em ti e segue, pois algum dia vislumbrarás bem distante
despontar pequenas luzes na estrada.
Assim é a vida!!!
Um longo caminho!!!
Um grande aprendizado!!!
Onde o correto, o verdadeiro por vezes começa só, mas um dia
perceberá muitos a segui-lo.
Portanto: Não te afastes de tuas verdadeiras convicções!!!
Não questiones se fostes ouvido, seguido ou amado!!!
Esta estrada a ser achada é individual.
É longa, cheia de percalços e para muitos ainda está bloqueada!!!
Procura afastar as pedras de teu caminho e se conseguires
afasta também as do teu próximo.
Sem que ele perceba propicia-lhe um atalho.
Deixa o caminho pronto e segue!!!
Completa a tua Obra e Crê naqueles que te enviam Luzes.
"Vive de tal forma, que deixes pegadas
luminosas no caminho percorrido, como estrelas apontando
o rumo da felicidade"

_Joana de Ângelis _


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FRASES DE KARDEC

"Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei"

"Fora da Caridade não há Salvação"

"Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade"

"Aqueles que passam a sua vida na abundância e na felicidade humana são espíritos frouxos que permanecem estacionários"

"Se tornarmos a palavra milagre em sua acepção etimológica, no sentido de coisa admirável, teremos milagres incessantemente sob as vistas. Aspiramo-los no ar e calcamo-los aos pés, porque tudo então é milagre em a Natureza"

"Deus povoou os mundos de seres vivos, concorrendo todos ao objetivo firme da providência"

"Como acreditar que Deus só ao Espírito mal permita que se manifeste, para perder-nos, sem nos dar por contrapeso os conselhos dos bons Espíritos"

"O Espiritismo não vem procurar os perfeitos, mas os que se esforçam..."

"Quando a ciência demonstrar que o espiritismo estiver errado em um ponto, ele se modificará neste ponto"

"Demonstrando a existência e a imortalidade da alma, o Espiritismo reaviva a fé no futuro, levanta os ânimos abatidos e faz suportar com resignação as vicissitudes da vida"

"A justiça não exclui a bondade"

"A duração do sofrimento se baseia no tempo necessário a que se melhore"

"Cada um terá que dar conta da inutilidade voluntária da sua existência"

"O bem é sempre o bem, qualquer que seja o caminho que a conduza"

"Só por meio do bem se repudia o mal e a reparação nenhum mérito apresenta, se não atinge o homem nem no seu orgulho, nem nos seus interesses materiais"

"Todo aquele que sente, num grau qualquer a influência dos espíritos é, por esse fato, médium"

"A caridade que sente, segundo Jesus, não se restringe a esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores".

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O NATAL, OS EVANGELHOS E A CRENÇA DE CADA UM

PARA ELIETH TAVARES DE CASTRO

Aconteceu há 2 mil anos, história mais que conhecida. O mundo ocidental, ferozmente capitalista se regozija com a data. Em nenhuma outra se vende tanto. Porém, abstraindo o lado pragmático e utilitarista com que é comemorada, pode-se perceber notável mudança no clima que permeia as relações entre pessoas: a inclinação para ofertar, doar. Não apenas presentes, bens materiais, mais valioso que isso o presente da presença, do abraço, da palavra esquecida no quotidiano, do incentivo, da disposição para ajudar, levantar, encaminhar. Tornamo-nos mais gregários, afetuosos, amorosos mesmo. Mais humanos, enfim. E por isso, ou só por isso, vale o Natal. Dezembro é mágico.

O Evangelho mais antigo, o de Marcos, foi escrito cerca de 40 anos depois da morte de Jesus. Os de Mateus e Lucas entre os anos 80 e 90, o de João, último dos canónicos, entre 90 e 100. Os três primeiros, que compartilham uma visão humana de Jesus, são chamados de sinópticos. O de João nos mostra Jesus não como “filho de Deus” ou “messias”, mas como o próprio Deus. Elevou o galardão espiritual de Jesus e passou por consequência a moldar e limitar o dogma cristão da fé.

Nos primeiros anos do cristianismo aconteceram disputas entre líderes religiosos e seus grupos dogmáticos, cada qual defendendo sua verdade a respeito de Jesus. Em 325, o imperador Constantino, recém-convertido ao cristianismo, visando estabelecer aliança com os principais líderes da nova religião, convocou um concílio internacional na cidade de Nicéia, no litoral da Turquia. Esse concílio estabeleceu as bases para o cânone do Novo Testamento com a inclusão dos evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João e a exclusão de inúmeros outros textos que foram considerados “hereges”.

Porém, em 1945, textos contendo relatos, rituais e diálogos atribuídos a Jesus e seus discípulos foram descobertos em um esconderijo perto de Nag Hammadi, no alto Egito. Têm o nome de Evangelho de Tomé e estudos académicos comprovam que foram escritos no século I, na mesma época em que foi escrito o Evangelho de João. Há historiadores que acreditam que aquilo que João escreveu foi para refutar o que Tomé ensinava. E qual é a divergência básica entre os dois?

Em essência João afirma que Jesus não é apenas um servo de Deus, mas o próprio Deus, revelado em forma humana. Que somente Jesus oferece acesso a Deus, que é preciso crer em Jesus, seguir Jesus, obedecer a Jesus e reconhecer só a ele. Declara o Jesus de João:“morrereis em vossos pecados se não crerdes que eu sou ele”. E ainda: “Eu sou a luz do mundo” e “quem não me segue andará em trevas”. O Jesus de João (consideração minha) é uma luz exterior, que brilha lá fora sobre a qual devemos firmar a vista e caminhar segundo nos direciona. Talvez com algum laivo de autoritarismo.

Por outro lado, O Jesus de Tomé é uma luz que brilha em tudo o que vemos e tocamos. Assim fala Jesus, segundo Tomé: “Eu sou a luz que está sobre todas as coisas. Eu sou o todo. De mim surgiu o todo e a mim o todo se estende. Rachai um pedaço de madeira, e eu estou lá. Levantai uma pedra e me encontrareis lá.” Diz mais: “O reino está dentro de vós e também está em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, sereis conhecidos e compreendereis que sois vós os filhos do Pai vivo. Mas se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis essa pobreza.” Orienta ainda o Jesus de Tomé que os discípulos busquem a luz oculta em cada pessoa: “Há luz no interior do homem de luz, e ilumina o universo inteiro. Se ela não brilha há escuridão.”Ainda mais:“aquele que busca, que continue buscando até encontrar. Quando encontrar, ele se perturbará. Ao se perturbar, ficará maravilhado.”E para finalizar este resumo sobre o Evangelho de Tomé:“Pois quem não conheceu a si mesmo não conhece nada, mas quem se conheceu veio a conhecer simultaneamente a profundidade de todas as coisas.”

O Jesus de Tomé é uma luz que brilha no universo todo e por consequência dentro de cada ser humano e podemos alcançá-lo pela inspiração, intuição. Seria aquela voz que se faz ouvir no mais recôndito da alma nos direcionando para a atitude correta, para o caminho do bem.

Estaria o mundo primitivo daqueles primórdios do cristianismo preparado para o Evangelho de Tomé, ou não teria caído como uma luva o de João, mais assertivo e objetivo? Não estaria o mundo contemporâneo preparado para receber as luzes dos ensinamentos de Tomé no exato momento em que findava a segunda guerra mundial?

Para terminar, lembro que a palavra grega para “fé” é usada da mesma forma como “crença”, mas devemos lembrar que fé geralmente inclui a crença, mas é muito mais que isso: é a confiança total que adquirimos e que nos permite nos comprometer com aquilo que é objeto desse sentimento.

Minha fé está forjada na premissa básica de meu viver: busco o auto conhecimento e encontrar no âmago do meu ser a divindade que está presente em todo o universo. Disse o Jesus de Tomé: “procura, que encontrarás”.

N.C. GONÇALVES, 06/12/2018, BABPEAPAZ

Imagem: Google

Titulo: A Amizade

A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

Bom Ânimo

Por: Joanna de Ângelis

Psicografia: Divaldo Pereira Franco

Hoje experimentas maior soma de aflições. Observaste a grande mole dos sofredores: mães desnutridas apertando contra o seio sem vitalidade filhos, misérrimos, desfalecidos, quase mortos; mutilados que exibiam as deformidades à indiferença dos passantes na via pública; aleijões que se ultrajavam a si mesmos ante o desprezo a que se entregavam nos "pontos" de mendicância em que se demoram; ébrios contumazes promovendo desordens lamentáveis; enfermos de vária classificação desfilando as misérias visíveis num festival de dor; jovens perturbados pela revolução dos novos conceitos e vigentes padrões éticos; órfãos...

Pareceu-te mais tristonha a paisagem humana, e consideras mentalmente os dramas íntimos que vergastam o homem, na atual conjuntura social, moral e evolutiva do Planeta.

Examinas as próprias dificuldades, e um crepúsculo de sobras lentamente envolve o sol das tuas alegrias e esperanças.

Não te desalentes, porém.

O corpo é oportunidade iluminava mesmo para aqueles que te parecem esquecidos e que supões descendo os degraus da infelicidade na direção do próprio aniquilamento.

Nascer e morrer são acidentes biológicos sob o comando de sábias leis que transcendem à compreensão comum.

Há, no entanto, acompanhando todos os caminhantes a forma carnal, amorosos Benfeitores interessados na libertação deles. Não os vendo, os teus olhos se enganam na apreciação; não os ouvindo, a tua acústica somente registra lamentos; não os sentindo, as parcas percepções de que dispões não anotam suas mãos quais asas de caridade a envolvê-los e sustentá-los.

Perdido em meandros o rio silencioso e perseverante se destina ao mar. Agita e submissa nas mãos do oleiro a argila alcança o vaso precioso. Sofrido o Espírito nas malhas da lei redentora atinge a paz.

Ante a sombra espessa da noite não esqueças o Sol fulgurante mais além. E aspirando o sutil aroma de preciosa flor não olvides a lama que lhe sustenta as raízes...

Viver no corpo é também resgatar.

O Espírito eterno, evoluindo nas etapas sucessivas da vestimenta carnal, se despe e se reveste dos tecidos orgânicos para aprender e sublimar.

Numa jornada prepara o sentimento, noutra aprimora a emoção, noutra mais aperfeiçoa a inteligência...

Nascer ou renascer simplesmente não basta. O labor, interrompido, pois, prosseguirá agora ou depois. Não cultives, portanto, o pessimismo, nem te abatam as dores.

Cada um se encontra no lugar certo, à hora própria e nas circunstâncias que lhe são melhores para a evolução. Não há ocorrência ocasional ou improvisada na Legislação Divina.

Quando retornou curado para agradecer a Jesus da morféia de que fora libertado, o samaritano que formava o grupo dos dez leprosos, conforme a narração evangélica, fez-nos precioso legado: o do reconhecimento.

Quando o centurião afirmou ao Senhor que uma simples ordem Sua faria curado o seu servo, ofertou-nos sublime herança: a fé sem limites.

Quando a hemorroíssa, vencendo todos os obstáculos, tocou o Rabi, deixou-nos precioso ensino: a coragem da confiança.

Identificado ao espírito do Cristo, não te deixes consumir pelo desespero ou pela melancolia, sob revolta injustificada ou indiferença cruel. Persevera, antes, no exame da verdade e insiste no ideal de libertação interior, ajudando e prosseguindo, além, porque se hoje a angústia e o sofrimento te maceram, em resgate que não pode transferir, amanhã rutilará no corpo ou depois dele o sol sublime da felicidade em maravilhoso amanhecer de perene paz.

"Tem ânimo filhos: perdoados são os teus pecados." - Mateus: 9-2.

"Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade". - E.S.E. Cap. XIV Item 9.

PORQUE ANDRÉ LUIZ FICOU OITO ANOS NO UMBRAL?”

Em Nosso Lar é narrada a passagem de André Luiz pelo umbral. Ele ficou oito anos no umbral e foi chamado, por outros espíritos, de suicida.

Depreende-se do livro que ele era considerado suicida inconsciente, pois, mesmo sem o propósito de tirar a própria vida, teve a vida encurtada pela falta de cuidado com a saúde. O livro deixa perceber que ele era dado aos prazeres.

A partir disso, alguns acham que ele bebia muito, ou que fumava e bebia, ou que bebia e comia muito, ou que, além dessas coisas, era chegado ao meretrício. Talvez de tudo um pouco, pois tudo isso era plenamente aceitável para os padrões sociais da época.

Seja como for, ao longo da série é possível perceber que André Luiz era mais do que um simples homem do seu tempo, e se não demonstrou isso quando encarnado, sua vida deve ter sido frustrante.

Fica claro, pra mim, que André Luiz ficou oito anos no umbral principalmente pelo vazio em que transformou a sua passagem pela matéria, desperdiçando as oportunidades recebidas. Nascido num lar de classe média, tendo recebido boa educação e bons estudos, fez da sua vida uma vidinha comum, sem emoções ou sobressaltos, sem nada de realmente construtivo e útil.

A julgar pela sua inteligência e boa vontade demonstrados nas suas narrações, teria muito o que oferecer aos que conviveram com ele.

É isso o que a maioria de nós faz. Quase todos recebemos boas oportunidades. Mesmo as dificuldades enfrentadas são às vezes grandes vantagens, por nos proporcionar ver as coisas por ângulos diferentes, por forjar o nosso caráter e por nos proteger de facilidades que nos enfraqueceriam o aspecto moral.

E o que fazemos das oportunidades recebidas? O que oferecemos de nós mesmos aos outros? Mal cuidamos da família, às vezes nem da família, ou nem de nós mesmos… E temos as velhas desculpas da incompreensão, ou da pobreza, ou da falta de apoio, ou da falta de condições ideais.

Não é pra isso que reencarnamos. Não é pra nos arrastarmos cheios de queixumes e revoltas que recebemos a dádiva preciosa da reencarnação. Não é pra passar contando os dias para que o domingo chegue pra desmaiar em frente à televisão que nós ganhamos a oportunidade de um novo corpo físico.

Temos muito o que fazer, temos muito a oferecer, a contribuir, a dar de nós mesmos. E a aprender, e a ensinar, e a amar e perdoar. E compreender, e crescer e ajudar a crescer. É possível. Tudo isso é possível. E não é tão difícil quanto possa parecer a quem nunca tentou. Nascemos bebês, moles e frágeis, e um dia temos que tentar nos equilibrar sobre as pernas, e dar um passinho à frente do outro. É um grande desafio, que nós só conseguimos porque tentamos.

Não sei o que André Luiz fez ou deixou de fazer com o seu corpo. Eu acho, particularmente, que devemos ter o máximo cuidado com o corpo, que é o nosso veículo de manifestação na matéria. Mas tenho certeza de que se ele tivesse tido uma vida mais plena e construtiva e útil, sua passagem pelo umbral teria sido bem mais curta.

Fonte: Espírito Imortal 

“JOANA D’ARC REENCARNAÇÃO DE JUDAS ISCARIOTES”

Todos nós sabemos sobre as histórias das vidas de Judas Iscariotes e de Joana D’arc, por isso que não vou estender sobre a histórias de ambos que tem o mesmo espírito. 

Depois do ato de suicido de Judas Iscariotes, e tendo passado pouco tempo no vale dos suicidas, ele estando com o espírito profundamente perturbado e enlouquecido, recebeu a visita de Jesus, que permaneceu três dias ao seu lado até que ele adormecesse; só depois desse gesto de amor e de perdão é que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, segundo o Evangelho de João (20: 11 a 18).

Judas obteve a oportunidade de reencarnar diversas vezes na Terra e a sua última reencarnação foi como Joana D'arc, a sua última prova, para resgatar seus débitos para com a sua própria consciência, e se tornar um espírito livre.

Como Joana D'Arc, aos 13 anos de idade começou a ter visões de São Miguel que falava-lhe sobre umas novas aparições, que seria as de Santa Catarina e Santa Margarida que viriam em nome de Deus para cumprirem uma missão, e dar as ordens a Joana D'arc para liderar a França na Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra, como já sabemos. Depois da vitória da França, Joana foi injustamente condenada por bruxaria, heresia e por blasfêmia, por receber tais mensagens, assim considerada bruxa ela foi levada pela Inquisição, onde queimou e sofreu seus últimos instantes na Terra. Ao desencarnar ela se encontrou com Santa Catarina e Santa Margarida, que lhe disseram que Jesus estava pela sua espera há muito tempo.

A seguir coloco a conversa que o consagrado escritor Humberto de Campos teve com Judas Iscariotes  em Jerusalém, às margens do Jordão, a conversa foi sobre a condenação de Jesus, é uma entrevista esclarecedora, ditada a Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, em 19 de abril de 1935. Este texto é do livro "Crônicas de Além-Túmulo". Leiamo-la:

Nas margens caladas do Jordão, não longe talvez do lugar sagrado, onde o Precursor batizou Jesus Cristo, divisei um homem sentado sobre uma pedra. De sua expressão fisionômica irradiava-se uma simpatia cativante.

- Sabe quem é este? - murmurou alguém aos meus ouvidos. - Este é Judas.

- Judas?!...

- Sim. Os espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se momentaneamente transportados aos tempos idos. Então mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro. Judas costuma vir a Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus atos de antanho...

Aquela figura de homem magnetizava-me. Eu não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo. O meu atrevimento, porém, e a santa humildade do seu coração ligaram-se para que eu o atravessasse, procurando ouvi-lo.

- O senhor é, de fato, o ex-filho de Iscariotes? - perguntei.

- Sim, sou Judas - respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica.

Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios... 

- E uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento com respeito à sua personalidade na tragédia da condenação de Jesus?

- Em parte... Os escribas que redigiram os evangelhos não atenderam às circunstâncias e as tricas políticas que acima dos meus atos predominaram na nefanda crucificação. Pôncio Pilatos e o tetrarca da Galileia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer as aspirações religiosas dos anciãos judeus. Sempre a mesma história. O Sanedrim desejava o reino do céu pelejando por Jeová, a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra. Jesus estava entre essas forças antagônicas com a sua pureza imaculada. Ora, eu era um dos apaixonados pelas ideias socialistas do Mestre, porém o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador. Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória. Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder, já que, no seu manto e pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade. Planejei então uma revolta surda como se projeta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado. O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que, aliás, apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo. Entregando, pois, o Mestre, a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos.

- E chegou a salvar-se pelo arrependimento?

- Não. Não consegui. O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. Depois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta. Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus, e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial, onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado. Vítima da felonia e da traição, deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV Desde esse dia, em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência...

- E está hoje meditando nos dias que se foram... - pensei com tristeza.

- Sim... estou recapitulando os fatos como se passaram. E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus divinos passos. Vejo-O ainda na cruz entregando a Deus o seu destino... Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que O abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que O ampararam no doloroso transe... Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor... Olho complacentemente os que me acusam sem refletir se podem atirar a primeira pedra... Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio. Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência no tribunal dos suplícios redentores.

Quanto ao Divino Mestre - continuou Judas com os seus prantos - infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque, se recebi trinta moedas, vendendo-O aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado... 

- E verdade - concluí - e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lo.

Judas afastou-se tomando a direção do Santo Sepulcro e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Jordão rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto.

Chico Xavier pelo Espírito Humberto de Campos em Pedro Leopoldo, em 19 de abril de 1935. Este texto é do livro "Crônicas de Além-Túmulo".

“DESENCARNAÇÃO”

A existência terrena é delimitada por dois extremos:

O nascimento e a morte.

 O primeiro corresponde à chegada do Espírito no plano físico.

 Os homens preocupam-se muito com esse instante.

Enxovais são preparados, quartos são arrumados, as famílias se engalanam para receber seus novos membros.

Isso é bom e correto, pois o ressurgimento na esfera carnal constitui uma bendita oportunidade de trabalho e progresso para aquele que nasce e para a família que o recebe.

Em geral, não se trata exatamente de um novo membro, mas de um antigo e querido companheiro de lutas que retorna.

Já o que se chama morte é o retorno do Espírito ao seu ambiente de origem.

Todo homem é um Espírito que habita temporariamente um corpo.

O organismo físico se desgasta, envelhece, adoece e morre.

Mas o Espírito vive e evolui para sempre.

A verdadeira pátria corresponde ao plano espiritual.

Toda existência terrena é eminentemente transitória.

Estranhamente, ao contrário do que se dá com o nascimento, em regra há pouco preparo para o fenômeno da morte, ou desencarnação, como chamamos.

Esse tema é envolto em tabus e fantasias, como se não fosse algo natural.

E constitui um fato inexorável.

Toda criatura, mais cedo ou mais tarde, verá seu corpo físico perecer.

Não há providência possível contra isso.

Por ser um fenômeno natural, deve ser tratado com naturalidade e calma.

Como todos morrerão um dia, nenhuma separação é definitiva.

O ente querido que morre apenas retorna antes ao verdadeiro lar.

Embora se trate de algo natural, isso não implica negar a sua gravidade.

Ao nascer, o Espírito traz uma programação de vida, voltada ao seu progresso e burilamento.

Ao término da existência, ele faz um balanço de seu comportamento, de suas vitórias e fracassos.

O momento do encontro com a própria consciência pode ser terrível ou maravilhoso.

Tudo depende do comportamento adotado durante a existência terrena.

O corpo físico amortece enormemente as percepções e os sentimentos do Espírito.

Após a desencarnação, tudo se torna muito mais vívido.           

A alegria de um Espírito pelo dever bem cumprido possui uma intensidade inimaginável para quem permanece vinculado à matéria.

Mas também o remorso e a vergonha que experimenta por erros cometidos atingem proporções lancinantes.

A ingenuidade humana muitas vezes afirma que a pessoa  descansa ou se liberta ao morrer.

Mas é difícil avaliar o que significa esse pretenso descanso para quem se permitiu semear dores e misérias na vida alheia.

Do mesmo modo, quem gastou o tempo enredando-se em vícios e maldades não experimenta qualquer libertação ao término da existência.

Quem morre não vai para o céu e nem para o inferno.

O céu e o inferno são estados de consciência, que cada qual cria para si com o próprio proceder.

A cada um conforme as suas obras, disse o Mestre Divino.

A lição é cristalina e não permite enganos.

O fenômeno da morte é natural, mas muito grave.

Ele constitui um momento de balanço, de aferição de méritos ou deméritos.

Assim, importa tratar do tema com serenidade e maturidade.

Não há qualquer milagre ou favor envolvido.

Pense nisso.

 Para passar com tranquilidade por esse momento, importa viver reta e dignamente.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 30

do livro Para uso diário, do Espírito Joanes,

psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

Em 27.08.2008.

"SUICÍDIO: QUANDO ALGUÉM SE MATA E PERCEBE QUE NÃO MORREU!"

A terra é o lugar onde se experimentam os elementos e aspectos da condição humana - que não podem ser vivenciados em nenhum outro lugar.

É um lugar de crescimento - e crescer não é fácil. A maioria das pessoas vivas hoje está constantemente pressionada por desafios de sobrevivência.

Somos bombardeados com preocupações de ordem financeira, profissional, emocional, por problemas de saúde. Muitas dessas preocupações estão associadas com sentimentos de autodestruição.

A certa altura, acreditamos: "Não posso suportar isso!" ou "É melhor morrer!".

A maioria das pessoas tem impulsos suicidas, pelo menos uma vez na vida. No entanto, esse tipo de impulso vem e vai embora, de acordo com a situação.

O tipo de personalidade obcecada com a ideia de autodestruição - pessoas que fazem várias tentativas de por fim à vida - pertence, geralmente, a uma das seguintes categorias :

  1. Uma pessoa com uma personalidade controladora e que de repente perde o controle dos acontecimentos.
  2. Uma pessoa abalada por uma autoimagem excessivamente negativa. Essa pessoa acha que não tem valor algum, nem contribui em nada para a sociedade. Ela chega a acreditar que planeta estaria melhor sem ela.
  3. Aqueles que sofrem de uma enfermidade em estado terminal e não querem suportar mais sofrimento e dor, até a morte.
  4. Aqueles que estão mentalmente doentes ou que sofrem algum desequilíbrio bioquímico.

É compreensível que, por conta de determinados sentimentos, circunstâncias e crenças, alguém encontre uma forte razão para se matar. Entretanto, do ponto de vista espiritual, isso não está certo.

Cada um de nós tem um destino para o qual nascemos. Nosso destino cármico pode durar um mês, apenas, ou trinta e cinco, ou mesmo oitenta anos.

Antes de retornarmos ao plano terreno, nos imbuímos de um fortíssimo desejo de nascer, de usufruir da experiência física, e entramos neste mundo com uma espécie de mecanismo de tempo instalado em nosso complexo psíquico.

Quando a vida é cortada, nosso corpo deixa de existir, mas restam sempre laços magnéticos, ainda ativos, de tudo o que deixamos no plano terreno.

Esses laços completam sua missão apenas quando percorremos integralmente o tempo predeterminado para nós no plano terreno. Como está escrito: Cada estação tem seu tempo.

Quando alguém se mata, uma das primeiras coisas de que se conta é que, na verdade, não está morto. Persiste na pessoa uma sensação pesada; porque os laços com o plano terreno continuam, como parte de sua natureza.

De certo modo, podemos dizer que essa alma não está totalmente livre. A personalidade mortal se vai, mas não a alma.

A alma imortal continua existindo, estacionada entre o mundo físico e o espiritual - viva, mas incapaz de comunicar-se com seus entes queridos ou com qualquer um.

A alma sente-se culpada, sofre, fica angustiada, depois de pôr fim à vida. Descobre que seu destino poderia ter sido significativo, que teria muito a dar ao mundo, se tivesse permanecido viva.

No estado espiritual, torna-se consciente de que deveria ter passado justamente por aquelas experiências que acabaram levando-a ao suicídio. E, ainda, pressente a dor e a raiva que deixou naqueles que ficaram.

O pior de tudo é que se encontra numa espécie de região do limbo. Não está apta a avançar para o reino eterno, nem pode retornar para o mundo físico.

Está parada, imobilizada numa espécie de terra-de-ninguém, atormentada incessantemente pela lembrança do terrível ato que cometeu. Revê sua morte, vezes sem conta, como se fosse um filme velho, um filme muito ruim. Está presa numa armadilha, não há como sair.

Alguns espíritos de suicidas têm consciência do que fizeram. Mas muitos outros podem não estar cientes do que ocorreu.

Por isso, revivem ininterruptamente seu momento de morte, como se fosse um círculo vicioso - que pode acabar tornando-se um tormento horrível.

Eventualmente, o espírito acaba por convencer-se de que não pertence mais ao plano terreno.

Postado por ANA MARIA TEODORO MASSUCI 

às setembro 22, 2016  

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